A Dúvida De Muitos No Principio De Um Restauro...

...muito já por mim foi lido sobre os excelentes restauros efectuados às Renault´s 4l deste Portal em busca de informação e esclarecimentos para o restauro da minha, embora uma dúvida persista 536420.gif ...

- e preços?? 1987.gif

Sei que ninguém é obrigado a falar sobre tal e que cada carro é um carro e o estado em que o mesmo se encontra muito tem a ver, mas a busca por mim iniciada sobre valores para tal em oficinas muito dispersos andam.

Desde me dizerem

- "...só quando se começar a mexer é que podemos falar sobre tal..." ;
- "...dependendo do que pretende uma pintura geral pode ir de 400€ a 3000€..." ;
- "...ficas com um carro novo com 1000€...";

etc...

Começando do principio comprei a minha R4GTL à coisa de 10 anos, apesar de aparentemente saudável a preocupação inicial foi uma revisão na parte mecânica, seguido de alguns pequenos retoques no exterior da chapa onde era visível o aparecimento de alguns podres (poucos). Talvez por inexperiência da minha parte e muita vontade das oficinas onde me dirigia ganharem dinheiro a sensação com que sempre fiquei foi que era betume e tinta para cima e passa para cá os €´s o que sempre me fez andar a saltitar (poucas foram as vezes).

A carrinha para mim não é um negócio, é algo com que pretendo ficar para passar à geração presente e à que vem a caminho daí gostar que o restauro fosse profissional.

Certo é que não estamos perante um país economicamente estável e que os gastos "não prioritários" nos deixam sempre reticentes daí a minha procura por algo "certo" e não por "...só quando se começar a mexer é que podemos falar sobre tal..." .

Assim sendo à por ai alguém que possa/queira informar sobre os valores despendidos nos restauros das vossas?

A ideia é verificar/restaurar o chassi caso seja necessário, reparação de chapa (se necessário) uma pintura geral (exterior, interior, cofre, etc) e estofagem dos bancos.

Aguardo respostas biggrin.png , obrigado.
 

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Rafael S Marques

Pre-War
Membro do staff
Premium
Delegado Regional
Portalista
Um restauro de chapa e pintura para carros com bastantes podres tenho o meu bate-chapas que me leva quase sempre o mesmo, 3000€ e o serviço geralmente fica muito bom, mas é ele que trabalha assim, só mexe nestes carros antigos e só aceita outro carro depois de acabar o que tem a arranjar, o que é otimo pois acaba por ser mais rápido, mas na maior parte das oficinas trabalha-se à hora, e aí se o estado do carro for mau, a reparação tende em encarecer.
 

Claudio Vilas

Veterano
Boa noite meu caro:

Percebo muito bem o que pretende.
Acima de tudo, quer verdades.
Falando da minha experiencia, quando realizei os restauros, tentei procurar orçamentos em diversos locais, e todos com a mesma historia, "Ui, so dou um valor depois de desmontar" ou, " Vamos indo, vamos vendo" etc.
Este tipo de conversa, nunca me interessou, de forma que fui contactando com pessoas, umas serias outras bem por isso e aprendi algumas coisas.colha
Se o carro tem podres, se calhar, é preferivel comprar as peças do que ter trabalho de chapeiro. O preço das peças geralmente. é mais barato que a mao de obra.
Outra coisa que aprendi, foi olhar para as coisas, e ver o que gostava e nao gostava,
Até que houve um dia. que encontrei a pessoa que tomou conta dos meus carros.
Tudo começou numa exposição, em que vi um carro que esse senhor conduzia, por sinal, igual ao meu.
Gostei do trabalho, perguntei que tinha feito a obra e por ai em diante.
Peça diversos orçamentos, nao tenha medo e esteja atento a forma coma as coisas sao ditas.
Escolha, pessoas que GOSTEM DE CARROS ANTIGOS, VERDADEIRAMENTE
Nunca me esqueço de um comentario que tive com a pessoa que arranja os meus carros, e ele disse, "Para se arranjar estes carros, é preciso gostar-se deles#. É bem verdade.

Cump
 

Luis C Matos

Clássico
Boas,

Este post chamou-me a atenção porque também sou pintor e há uns factos que devem ser esclarecidos quanto às iniciais dúvidas de restauro de uma viatura independente da sua marca, modelo e ano de fabrico. Mas vamos a ver os factos.

Por uma "regra de ouro" nunca é fácil dar um orçamento por completo para uma viatura só pela observação e por mais atenta que esta seja, pois, na maior parte das vezes há novas surpresas debaixo da chapa que de facto se encontra oculta pelos respectivos painéis, alcatifas, acentos e até demais tintas que se conseguem manter em bom estado superficial quando na realidade ocultam, secretamente, bons pedaços de chapas podres e fixar um valor de imediato e numa quantia global é de alto risco.

Da minha parte, não acho correcto, que durante um orçamento se fique a matutar se o valor do orçamento é tamanho L, M, X ou depois mais tarde se vá até valores tamanho família de XXL porque somente o faz quem realmente o pode e por muitas dúvidas iniciais que ficaram por resolver e por essa razão arrisca um valor final não imediato que o cliente toma, logicamente, pelo mais certo e dentro do que pretende gastar com mais umas ou menos coroas e outras tantas a mais ou menos patacas.

Na prática, quando falo de um valor total a um cliente este já inclui, pois, em claro os restantes riscos do que as surpresas me possam reservar e somente em situações de grandes reparações imprevistas e mais do que necessárias o cliente é informado, sempre atempadamente, antes de se fazer mais alguma alteração para além das já previstas inicialmente tendo estas recaindo em grande parte para a substituição de bateria, opticas, escovas limpa vidros, comandos manuais e as opticas dos piscas.

Logo, quem considera que somente pode estabelecer um valor final depois de já ter verificado ou começado o trabalho e verificar mais profundamente o estado da viatura está, claramente, na situação e “fase de negociação” que pode em muito ou mesmo só por mais um pouco engordar o orçamento que tinha dado ao cliente e no qual este último se fixou como o mais certo. Atrapalhar a verdade é só não saber calcular.

Não é uma metodologia de trabalho muito correcta nem precisa a não ser que o cliente também tenha uma clara consciência (mesmo não revelada) de que a viatura, de facto, possa estar com muito mais problemas ocultos do que os que estão à vista desarmada e aqueles que o cliente revelou ter claro conhecimento.

Cabe, de forma clara, a ambas as partes chegar a um consenso e uma negociação para a melhor situação e neste caso não prever o que é imprevisto é o mesmo que ir ao mar alto sem as respectivas bóias nem barcos de salvação.

A situação tem bom pano para mangas e até contar histórias rocambolescas, mas eu nunca me fui pelo tal de ”… só depois de mexer é que eu lhe digo um valor…”, e se faço um preço fixo na hora (como já dei pessoalmente a uns poucos membros deste Grupo e Fórum) é porque o posso bem fazer e assumir claramente todos os riscos seguintes dai resultantes sem que haja maior controvérsia e outra especulação.

Ver, observar atentamente, meter uns dedos de conversa e quebrar um pouco de gelo inicial e perceber onde se mete a cabeça (desde que não seja na boca do lobo ou da do jacaré) e dar um valor final é uma obrigação de todos quantos se consideram bons profissionais desta arte. Tudo o resto é somente uma pura especulação.

Não é uma tarefa tão fácil quanto se pode pensar, porque isto dos restauros envolve possuir, pois, com margem de segurança atrás das costas e não visível pelo cliente (caso o meu que envolve outros bons profissionais) uns certos meios de trabalho em redor de nós próprios e conhecimentos de quem faz e pode fazer e saber bem “desenvencilhar” as diversas situações ocorridas e consideradas “percalço e incidente de ocorrência de serviço” e quem não os possui lá se fica pelo tal “…depois de desmontar damos o valor…”.

Eu não arrisco nada nem vou arriscar e somente o que disser se mantêm, salvo erro se tiver dado um orçamento e passado alguns meses os valores dos materiais tiverem já subido de acordo com as novas tabelas de 2014 já que eu dei preços válidos até 31 Dezembro 2013.

E isto para terminar faz-me lembrar uma antiga frase: “Não há nada de errado em correr riscos, desde que não se arrisque tudo e aquele que não sabe arriscar não sabe trabalhar”.
 
OP
OP
Nuno Duarte Ribeiro

Nuno Duarte Ribeiro

YoungTimer
Claudio Vilas disse:
...Escolha, pessoas que GOSTEM DE CARROS ANTIGOS, VERDADEIRAMENTE...
Por norma dirijo-me a oficinas de mecânica e pintura auto do dia-a-dia que a meu ver o que pretendem é que o carro lá esteja o menos tempo possível, até podendo gostar muito de carros antigos gostam mais de dinheiro rápido e fácil.

Luis C Matos concordo com o que disse em relação ao dar preços, acho que o "orçamentista" tem que saber indicar ao cliente um "entre tanto e tanto" e a partir daí será correcto da parte de quem está a solicitar o serviço pensar no valor mais alto, que normalmente é o mais "correcto".

O último orçamento que obtive falaram-me em 400€ para a pintura geral coisa que até mesmo antes de ler os vários valores por aqui apresentados para uma pintura me deixam com o pé atrás 536420.gif ...

Continuarei a procura...
 

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Claudio Vilas

Veterano
Estas coisas dos restauros, tem muito que se lha diga.
Todos nós, queremos que os nossos carros fiquem impecaveis, bonitos, brilhantes e que nao nos deixem mal a todos os niveis.
Infelizmente já há poucos e bons chapeiros, e pintores cosnscentes e competentes.
Ninguém pense que um restauro, nao custa dinheiro. Claro que custa e tudo depende como é obvio do estado da viatura.
Como é facil de entender, quem faz o trabalho, tem que ser ressarcido do seu trabalho, mas não é explorar.
Há oficinas, que quando vem um carro antigo a entrar por lá dentro, de imediato os donos vem logo o ganho que um ano inteiro quase.
Dou um pequeno exemplo: À cerca de um ano, precisava de substituir a valvulina num Punto. É uma tarefa facil de fazer. Pedi um orçamento e o valor que me deram na altura foi de 60 euros.
Claro que fui dar uma volta para outro sitio, onde em 20 minutos e eu assistir a tudo levaram-me 30 euros para mesma coisa. ISTO É VERDADE.
Com os carros antigos é pior, tal como acima referi.
Eu, nos meus carros, apesar de nao ser mecanico, fiz coisas que sabia, travoes, casquilhos etc.
Outras coisas, mais especificas, mandei fazer,, mas sempre com o meu acompanhamento, semanal e por vezes diario.
O dinheiro que poupei nas coisas que fiz. ajudou para que as outras artes (mec, chaparia e pintura) fossem feitas "mais a vontad€" para poder exigir, caso as coisas tenham corrido mal.
Felizmente, tudo tem corrido bem. Ja tenho o meu 850 restaurado desde 2006 e nao tem ferrugem á vista.
Claudio
 
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