Os clássicos que já conduzimos

João Luís Soares

Pre-War
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Quais foram os clássicos que cada um de nós já conduziu?
Partilhemos essas experiências!


A ideia não é fazer disto uma lista de supermercado com nomes de carros, mas enumerarmos os diferentes clássicos que já conduzimos, escrevendo umas linhas sobre cada experiência.
Se houver fotos, melhor.


Apenas clássicos... por favor!
 

Rafael Isento

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O meu Morris Mini 1000 Special De Luxe mkII de 1972 dava um filme.
Comprado por 35 contos em 1994, ainda antes de ter carta. No dia que o comprei o meu pai conduzi-o até casa (eu não podia).
A primeira coisa a fazer foi limpá-lo, as bolsas atrás traziam uns "extras" úteis a qualquer jovem que acabava de comprar o seu primeiro carro :D
O Mini era um kart, em tudo. Baixinho como um caniche, duro como uma tábua, ruidoso como uma moto-serra, rápido em recta como uma tartaruga mas lento em curva como um Porsche 917K em Le Mans. Batia com a cabeça no tejadilho nas lombas e buracos, o limpa-vidros só tinha duas velocidades, devagar e devagarinho. O esguicho do limpa-vidros era estilo pistola de carnaval. O piso do carro era igual ao dos Flinstones mas tinha as suas vantagens, no verão era fresco :D
Tinha tantos podres que a partir dos 100km/h por vezes sentiam-se alguns "estalidos", era o material a dar de si...
Ah, a segunda velocidade não se aguentava, a alavanca saltava para ponto-morto, por isso era de 1a para 3a.
Era preciso carregar 3-4 vezes no pedal para começar a travar.
Cheirava imenso a gasolina e óleo no habitáculo.

Certo dia saí à noite e, pouco mais que 1000-1500m de casa parti os cardans.
Rumei a casa (demorei quase 30min a fazer os 1000-1500m) entro e diz o meu pai: "já em casa?"
Respondi: os cardans partiram...
Do outro lado: Até que enfim, compra um carro em condições!



Foi o carro que mais saudades me deixou!

EL-97-75 (Eugénio Lencanstre)
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Quem já conduz há mais de 25 anos tem também a possibilidade de relatar os carros que conduziu na época e que agora são clássicos, mas não sei se te interessa misturar as coisas.
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Bem, entretanto o Rafael já fez o que eu estava a imaginar.

Estou na mesma situação. O meu único clássico digno de registo foi há 20 anos a Marinete que eu apresentei na minha entrevista de gentleman-driver. Já na altura era pré-classica. Amanhã deixo o meu relato com mais tempo.
 
Última edição:

afonsopatrao

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Apenas clássicos... por favor!
João: para não correr o risco de ir ao lado do que é o objectivo, seria possível encontrar um critério de clássico, apenas para participação neste tópico?
Sei que a definição é controversa e que, em regra, não é necessária para nada. Mas para este efeito, parece relevante; pelo menos eu tenho receio de contaminar o tópico com carros que não são aqui pretendidos.
Obrigado!
 
O que me ficou mais na memória foi um
Fiat 127...das últimas versões, já com aqueles plásticos todos do lado de fora, era vermelho e era da minha namorada, eu tinha 20 anos, ela 27.
Carro do catano, uma vez, num arranque a subir uma avenida em Torres Vedras patinou 1ª, 2ª e 3ª!! :blink:

Uma coisa que me esqueci de mencionar foi que essa namorada era casada e uma vez pediu-me para ir buscar o marido a uma paragem de auto-carro que vinha do trabalho (era instrutor de condução em Lisboa).
Insisti que fosse ele a levar o carro, mas o tipo não quis.Imaginem o meu estado nervoso, tendo em conta ser encartado à pouco tempo misturado com o facto de andar a fazer coisas menos próprias com a mulher do senhor que ia ao lado. A meio da viagem pergunta-me:
-Achas bem o que estás a fazer?
-Hã??? Digo eu.
-Não destravaste o travão-de-mão...
-Xiii...pois não, que esquecido. Respondi enquanto a minha cara deveria estar a mudar de branco pálido (em termos figurativos, pois eu sou mulato) para vermelho sangue. :D
 
OP
OP
João Luís Soares

João Luís Soares

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Quem já conduz há mais de 25 anos tem também a possibilidade de relatar os carros que conduziu na época e que agora são clássicos, mas não sei se te interessa misturar as coisas.

Não pensei nisso...
A ideia não é contar estórias da época ou de agora.
A ideia é partilhar experiências de condução de clássicos.

João: para não correr o risco de ir ao lado do que é o objectivo, seria possível encontrar um critério de clássico, apenas para participação neste tópico?
Sei que a definição é controversa e que, em regra, não é necessária para nada. Mas para este efeito, parece relevante; pelo menos eu tenho receio de contaminar o tópico com carros que não são aqui pretendidos.
Obrigado!

Simples: 25 anos.
E não há cá pré-clássicos.

Experiências de condução de clássicos. Só isso.
 
OP
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João Luís Soares

João Luís Soares

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OP
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João Luís Soares

João Luís Soares

Pre-War
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E então? Que estás à espera?...

Cá vai o primeiro.

VW 1302
Conduzi por pouco tempo sempre em zona citadina e devagar.
Completamente diferente de tudo o que conduzi até então.
A visibilidade para o exterior é boa, mas é difícil ver os limites do carro para estacionar.
A posição dos pedais é de difícil habituação, por isso a posição de condução também.
A resposta do motor é boa e nota-se a tracção imediata por causa da posição do mesmo.
O som do motor é característico e muito engraçado.

Destaque negativo: a posição de condução algo estranha para mim.
Destaque positivo: o tacto do volante grande e fino é fantástico.
 

afonsopatrao

Portalista
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Citroën Visa 11RE, 1987
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Motorização:
Com motor X de 1124cm3 e 55cv, é um gosto de conduzir. Tem uma sonoridade muito característica e é muito agradável em cidade. Em estrada, pedia uma quinta velocidade. Atinge com facilidade a velocidade máxima (140kms/h).
Não é guloso, mas também não é especialmente económico. Em cidade, gastará 7 ou 8litros por 100kms

Habitáculo e conforto:
O VISA é um carro que eu adoro. Não é especialmente espaçoso, mas é muito confortável e tem imenso carisma. Na versão RE (Riche Économique) vem com bancos com enchimento mais confortável e estofos num tecido aveludado.
Suspensões muito molinhas dão um excelente conforto do bordo. O ângulo de abertura das portas traseiras dá um óptimo acesso.
Na última fase do Visa, como este que eu conduzi, o painel de instrumentos já era o mais tradicional (com as habituais manetes em vez do dispositivo PNR); ainda assim, os elementos mais típicos Citroën que se mantinham (comandos da chauffage; volante monobraço; tranças interiores das portas) são de fácil habituação. Aliás, o volante monobraço em espuma é uma mais valia, pois liberta movimentos e tem muito boa pega.

Fiabilidade
Zero problemas de motor. Já a chapa Mangualde é o que é... Apodrece a olhos vistos. Além disso, o meu Visa partiu inesperadamente uma transmissão; e um carreto da caixa entregou a alma ao criador.

Comportamento:
Muito pouco interessante. Adorna muito em curva e subvira com facilidade.

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Ainda assim, é um carro por que tenho uma enorme paixão. Só para verem, é um dos poucos que eu consideraria trocar pelo Uno. Sobretudo na primeira fase do mk2.
 

Anexos

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Pedro Teixeira

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Citroën Visa 11RE, 1987
Ver anexo 1061668

Motorização:
Com motor X de 1124cm3 e 55cv, é um gosto de conduzir. Tem uma sonoridade muito característica e é muito agradável em cidade. Em estrada, pedia uma quinta velocidade. Atinge com facilidade a velocidade máxima (140kms/h).
Não é guloso, mas também não é especialmente económico. Em cidade, gastará 7 ou 8litros por 100kms

Habitáculo e conforto:
O VISA é um carro que eu adoro. Não é especialmente espaçoso, mas é muito confortável e tem imenso carisma. Na versão RE (Riche Économique) vem com bancos com enchimento mais confortável e estofos num tecido aveludado.
Suspensões muito molinhas dão um excelente conforto do bordo. O ângulo de abertura das portas traseiras dá um óptimo acesso.
Na última fase do Visa, como este que eu conduzi, o painel de instrumentos já era o mais tradicional (com as habituais manetes em vez do dispositivo PNR); ainda assim, os elementos mais típicos Citroën que se mantinham (comandos da chauffage; volante monobraço; tranças interiores das portas) são de fácil habituação. Aliás, o volante monobraço em espuma é uma mais valia, pois liberta movimentos e tem muito boa pega.

Fiabilidade
Zero problemas de motor. Já a chapa Mangualde é o que é... Apodrece a olhos vistos. Além disso, o meu Visa partiu inesperadamente uma transmissão; e um carreto da caixa entregou a alma ao criador.

Comportamento:
Muito pouco interessante. Adorna muito em curva e subvira com facilidade.

Ver anexo 1061669

Ainda assim, é um carro por que tenho uma enorme paixão. Só para verem, é um dos poucos que eu consideraria trocar pelo Uno. Sobretudo na primeira fase do mk2.
Tenho aqui um...quando quiseres anda buscar!
 
Bolas!!

O @Rafael Isento e o @Hugo Viana da Silva pisaram o risco e eu ia fazer o mesmo.

Lembro-me agora que era um Super, deveria ter na altura perto de 15 anos...estava impecável, o casal em questão era brasileiro e voltaram para o país natal na altura...o carro foi vendido a quem não lhe deu o real valor e em pouco tempo ficou lastimável, que pena tenho em não ter ficado com ele...de qualquer forma não deixava de ser um projecto já com 25 anos naquele tempo.

Cá vai o primeiro.

VW 1302
Conduzi por pouco tempo sempre em zona citadina e devagar.
Completamente diferente de tudo o que conduzi até então.
A visibilidade para o exterior é boa, mas é difícil ver os limites do carro para estacionar.
A posição dos pedais é de difícil habituação, por isso a posição de condução também.
A resposta do motor é boa e nota-se a tracção imediata por causa da posição do mesmo.
O som do motor é característico e muito engraçado.

Destaque negativo: a posição de condução algo estranha para mim.
Destaque positivo: o tacto do volante grande e fino é fantástico.

Agora que falas nisso, penso que o meu primeiro foi mesmo um "carocha".
Conduzi-o somente uns 1000mtrs, da casa da minha tia até à oficina. Lembro-me que desse pequeno percurso registei de facto a parte engraçada dos pedais...tinha quase que elevar os joelhos até ao queixo para travar ou embraiar. Já para não falar de ter olhado umas 3 vezes pelo retrovisor para ver que tractor é que vinha colado a mim...de todas as vezes constatei que era o motor montado no local errado. :D
Aqui está ele...há cerca de 20 anos parado...:(
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Anexos

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Rafael Isento

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Bolas!!

O @Rafael Isento e o @Hugo Viana da Silva pisaram o risco e eu ia fazer o mesmo.
Já que o @Hugo Viana da Silva se chegou à frente, eu também chego.
O Mini foi vendido em Dez-1997, já era um clássico! Efectivamente foi o único clássico que possuí, outros que já tive também já são clássicos, mas não o eram na altura. O Rover 114 GTi foi o que esteve mais perto, tinha 23 anos quando o comprei e 24 quando o vendi.
Lembro-me do Fiat 127 de 1976 e do Opel Kadett D de 1981 do meu pai, que conduzi, mas não eram clássicos na altura. Também dum Clio e Fiesta de 1990, conduzi-os mal sairam do stand, ainda sem carta, e agora já são clássicos (ou talvez não).
E lembro-me bem de onde vem a loucura do AX, mas tinha eu 17 anos e o carro apenas 3.
 

Pedro Teixeira

Portalista
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O teu é um 10E. E eu tenho uma ligação sentimental à escova traseira (que os 10E não traziam). ;)
Qualquer dia fazemos um mês de intercâmbio: o Uno passa um mês no Porto (para matares saudades de um Uno) e um Visa um mês em Coimbra (para eu matar saudades de um Visa). ;)

Pena ele não ser só meu, senão vinhas ca busca.lo e curtias uns bons 3 meses nele ;)
 
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