Os clássicos que já conduzimos

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João Luís Soares

João Luís Soares

Pre-War
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Portalista
Eh páh, isso agora...
Já foi há uns anitos... Eu ia a subir, tinha passado o viaduto sobre a N14 junto às pirâmides e o Cadillac passou em sentido inverso. Já nem sei se foi de manhã ou de tarde, não me lembro.

Ok. Eu passei com ele aí no dia 23 de Setembro de 2011, perto das 19h30, mais ou menos.
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Cá vai mais um... e este é grande!

Cadillac DeVille Covertible de 1970 do Sr. José Teixeira, conduzido em Setembro de 2011.

Ver anexo 1085267

O dono deste carro é o pai do portalista Ricardo Teixeira e aluga vários clássicos para eventos.
Normalmente ele conduz. Se forem alugados vários, pede ajuda a amigos. Neste caso precisava de mais gente e pediu ao Nuno Andrade. Como o Nuno não podia, encaminhou-o para mim. E eu tive a sorte de poder.
Primeiro, uns dias antes, fui experimentar o carro para me habituar e depois, no dia do evento, deixei o Fiat Ritmo na Póvoa e vim numa caravana até ao Porto. Este Cadillac era o mais novo dos 5 carros do grupo.

Para quem normalmente conduzia um Fiat Ritmo e sobretudo um Fiat Panda, conduzir este carro implica uma reaprendizagem de quase tudo.

Comparando o incomparável.
O Panda tem 3,38 m de comprimento. Essa é praticamente a distância entre eixos deste Cadillac.
O Panda tem 770 centímetros cúbicos. O Cadillac tem 7700. 10 vezes mais.
O Panda tem 34 cv. O Cadillac anuncia 375. 11 vezes mais
O Panda tem 57 Nm de binário. O Cadillac cerca de 700. 12 vezes mais.
Ah! A caixa do filtro de ar quase que dava para guardar o pneu suplente do Panda lá dentro.

Ver anexo 1085265

Apesar de tudo, é um carro fácil de conduzir no seu habitat natural: a estrada aberta.
Mas o "evento" era transportar uns franciús entre o Palácio da Bolsa e as caves de Vinho do Porto, do outro lado do Rio.
Conduzir este monstro na Ribeira e nas ruelas da zona das caves é como manobrar uma caixa gigante de esferovite no meio de uma loja de cristais atulhada. Fica sempre a sensação que não há espaço. Felizmente à minha frente ia outro Cadillac - um Fleetwood de 1959 - que tem o mesmo comprimento e mais 1 cm de largura. Se esse passava, o que eu conduzia também passava.

A condução em cidade não tem história, tirando a facilidade que é conduzir um carro de caixa automática, com direcção assistida um binário sempre pronto e um longo etc.

Giro foi que o evento acabou perto das 16h15 e eu trabalhava das 17h às 19h. Ou seja, não tinha tempo de ir à Póvoa trocar de carro, como já tinha previsto. Incrivelmente, o Sr. Teixeira disse para eu levar o carro.
Ainda fui a casa trocar de roupa e, à saída, o meu irmão mais novo fez este vídeo.



Ao chegar ao local, estaciono calmamente, fecho a capota eléctrica e quando me ia a encaminhar para trabalhar, ao passar atrás do carro reparo que estou a meio da faixa de rodagem. Tinha mais de 1 metro de Cadillac na estrada. O lugar tem cerca de 4,5 m e este menino crescido mede 5,7 m. Lá entrei e ajustei a coisa. Ocupou 3 lugares, mas teve de ser.

A melhor parte foi o regresso à Póvoa.
É para este tipo de viagens que este carro foi feito. Estradas largas e com pouco trânsito.
É uma delícia ir a 55 Mph na A28 de capota aberta quase sem sentir o vento nem ouvir o motor. (Calma, continuo a preferir ir a 50 ou 60 km/h numa estrada de montanha num 124 Spider a ouvir todo um cagaçal de motor e vento...)

O episódio mais "giro" foi quando ia calmamente a 60 mph (96 km/h) a meio da ultrapassagem a um camião e um palhaço com um 320D se cola na traseira a dar sinais de luzes.
Usando uma das lições de Sr. Teixeira, provoco o kick down da caixa e o resultado é estonteante. Não é o pontapé de um turbo ou a força repentina de um bialbero italiano... é uma espécie de mão gigante que empurra todo o carro para a frente com um vigor impressionante. Em menos do que demora a contar, já o Cadillac estava a passar para lá das 80 Mph (façam as contas, excepto se forem agentes da autoridade). Nessa altura o BMW encolheu de repente no retrovisor, não sei porquê. Tadinho...

Destaque negativo: não é meu; e transmite poucas sensações da estrada para o meu gosto. Se fosse o destaque negativo eram os consumos e o facto de precisar de um armazém para o estacionar.
Destaque positivo: a imponência do carro, o nível incrível de equipamento para um carro de 1970, o conforto e o V8 colossal que está debaixo do capot.

Ver anexo 1085266


P.S. Desculpem ter escrito tanto, mas esta foi uma experiência de condução bastante diferente de todas as outras que tive antes e depois.


Adorei, percebemos que te marcou imenso o que é óptimo para quem lê.
Os carros americanos não me dizem muito aliás a maioria não me diz quase nada é quanto maiores pior, mas é está diferença entre os fabricantes e locais para onde são produzidos que adoro.
Não ia gostar nada era do consumo:).
 

Rui Meireles

Veterano
O carro mais antigo que guiei foi um Honda Civic Mk1. Anos 70 portanto.

Trata-se de um carro pequeno e ágil, com menos de 700 Kg. O comportamento reflectia isto mesmo. Não me tendo aproximado dos limites fiquei com a sensação que curvava muito bem.

Fiquei deliciado também com o comando da caixa de velocidades. Estava à espera de uma caixa agrícola e renitente mas não! Era macia e precisa, praticamente idêntica à de um Honda novo e consequentemente muito superior à grande maioria dos carros novos de outras marcas. De se lhe tirar o chapéu.

O que mais se saltou à vista pela negativa foram os assentos escorregadios e os cintos sem enrolador automático. Senti-me muito inseguro ao volante pois deslizava por todo o lado em curva. Não se pode no entanto dizer que seja um defeito deste carro específico, pois era algo comum na época.

Depois, as relações de caixa eram tão curtas que tornavam o carro insuportável de utilizar em auto-estrada. Demasiada rotação a velocidades de 100-100 Km/h, logo demasiado ruído. Mais uma vez, algo característico de uma época em que as auto-estradas não estavam tão vulgarizadas como agora.

Não me lembro de mais pormenores pois a volta foi pequena e já há algum tempo.

Em resumo adorava ter um, mas tinha de arranjar maneira de instalar uns bancos de qualidade (há uns Recaro de época muito bons, e caros), cintos "modernos" e uma caixa de 5 velocidades com overdrive. Na prática, prefiro carros um pouco mais modernos.
 
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Rui Meireles

Veterano
Estava aqui a pensar e afinal conduzi algo mais antigo que o Civic, pelo menos a nível de idade do projecto.

Um Mini IMA. Mas foi só subir e descer uma rua, e seguramente há mais de 12 anos.

Só me lembro que era preciso bombear o pedal para que os travões actuassem! Não sei se era defeito da unidade em causa ou se é mesmo assim. Sei é que fiquei como que "aterrorizado" e com pouca vontade de experimentar de novo.
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Portalista
Fiquei deliciado também com o comando da caixa de velocidades. Estava à espera de uma caixa agrícola e renitente mas não! Era macia e precisa, praticamente idêntica à de um Honda novo e consequentemente muito superior à grande maioria dos carros novos de outras marcas.

Esse sempre foi o pormenor que me chamou a atenção na minha juventude quando comecei a ligar aos carros. Sempre achei as caixas dos japoneses muito mais interessantes que os restantes carros da época.
 

Rui Meireles

Veterano
Esse sempre foi o pormenor que me chamou a atenção na minha juventude quando comecei a ligar aos carros. Sempre achei as caixas dos japoneses muito mais interessantes que os restantes carros da época.
Infelizmente acho que nem todos os Japoneses são assim.

O Datsun 100A, contemporâneo do Civic Mk1, tinha uma caixa péssima. O meu pai contou-me pois foi o seu primeiro carro. Eu nunca guiei um, mas andei ao lado e reparei na dificuldade do condutor em seleccionar mudanças, tendo chegado a arranhar uma ou outra.

Outro exemplo. Não é antigo mas comprei recentemente um Toyota Celica confiando que teria uma caixa fantástica, apenas para descobrir que não. É dura e tem um tacto "aborrachado", não se sentem as mudanças a entrar.

Honda sim, ainda não andei em nenhum que não tivesse uma caixa divina.
 
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Rafael Isento

Portalista
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Eu conduzi ontem um que me deixou os joelhos a tremer, e não estou a brincar!!
Peugeot 309 Gti 16v

Ainda só me apetece dizer asneiras pra classificar o andamento do carro, por isso é melhor falar sobre isso só daqui a uns dias.. É que ainda estou a bater mal!
O mal amado da Peugeot...
Todos os louros são dados aos 205 GTi e 405 Mi16 (ou mais recente, ao 306 GTi-6), no entanto o 309 GTi, principalmente com o motor de 160cv, consegue ser superior a qualquer um dos referidos. É uma máquina muito séria. Ainda bem que é um mal amado, o 309 esteve para ser lançado como Talbot, talvez um dia arranje um!
 

JP Vasconcelos

Raio de Sol
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Cá vai o primeiro.

VW 1302
Conduzi por pouco tempo sempre em zona citadina e devagar.
Completamente diferente de tudo o que conduzi até então.
A visibilidade para o exterior é boa, mas é difícil ver os limites do carro para estacionar.
A posição dos pedais é de difícil habituação, por isso a posição de condução também.
A resposta do motor é boa e nota-se a tracção imediata por causa da posição do mesmo.
O som do motor é característico e muito engraçado.

Destaque negativo: a posição de condução algo estranha para mim.
Destaque positivo: o tacto do volante grande e fino é fantástico.

táva à espera de uma coisa com mais adjectivos, mas está claro, foram só uns linguados e uns amaços, não passaste daí como o @Hugo Viana da Silva

e sim, sei que isto está do domínio do prémio pá da semana, se for o caso aceito a distinção
 

JorgeBrás

Portalista
Portalista
Acho que é um tópico vale apena reavivar, até para a malta mais recente falar das suas experiências.

A minha lista de clássicos não é muito longa, o primeiro que conduzi foi claro o carro onde tirei a carta - um Peugeot 404.
Depois seguiu-se o meu primeiro carro um Mini 1000 preto de 12/1974.
Conduzi também durante o pouco tempo que o meu pai teve um Citroen ZX Aura.
Como proprietário a lista é curta, para além dos dois Minis, tive também uma Renault 4L e um Toyota Corolla XL.
Nos primeiros tempos de encartado, o meu pai arranjou uma Bedford CA com publicidade às bananas Chiquita para irmos à "terra" naquilo que foi uma viagem um pouco atribulada, pois ia-se a baixo em andamento e só pegava em descida. Anos mais tarde fiz a mesma viagem numa Toyota Hiace, essa bem mais tranquila.
Assim que me lembro conduzi também uma Mini Ima, Datsun Sado, Vauxhall Viva, Renault 9 Turbo, Peugeot 504 e 505 e uma Peugeot 404 Break.
E provavelmente mais algum que agora não me lembro.
Destes todos apenas tenho fotos do ZX do meu pai e do Corolla XL que irei procurar para colocar aqui.
 

JorgeBrás

Portalista
Portalista
O ZX do meu pai, única foto que tenho.
IMG_20230704_134013.jpg

E o meu Corolla, que tantas saudades deixou e que andava sempre num brinco, aqui no dia que o fui dar à troca por um carro novo.
Soube mais tarde que tinha ido para Cabo Verde, pois deu-me um trabalho enorme anular o registo em meu nome.
IMG_20230704_133905.jpg

Tinha levado tubos todos novos que comprei na marca, chegando mesmo a lá ir fazer revisão.
IMG_20230704_133935.jpg
 
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