Guilherme Coutinho
Clássico
LANCIA FULVIA HF COUPÉ
O Lancia Fulvia HF Coupé foi um dos carros do período forte da marca, já depois da recuperação do pós-Guerra.
Lançado em 1965, com base no Fulvia, um pequeno coupé surpreendeu por ser atraente e muito rápido.
Depois, com as séries HF, mais desportivas, o carro fez mesmo história, celebrizando-se nos ralis, pilotado, nomeadamente, por Sandro Munari.
O LANCIA FULVIA HF COUPÉ nasceu em 1966, tendo por base o Fulvia, que surgira dois anos antes, para substituir o Appia, e o Fulvia Coupé, apresentado no ano anterior.
O Fulvia surpreendeu, em 1963, com o seu pequeno motor de quatro cilindros em V e 1,1 litros de cilindrada.
Tinha uma carroçaria com design prático, muito quadrado e montava o propulsor num sub-chassis dianteiro, solução que já tinha sido utilizada com sucesso pelso técnicos da Lancia.
O Fulvia era um carro que interpretava bem as necessidades do mercado nos anos 60 e constituiu uma boa operação comercial para a marca.
Mas, a Lancia não ficou de braços cruzados e, dois anos depois do seu lançamento, apresentou uma versão coupé, com a mesma base mecânica, mas com 80 cavalos de potência.
O carro não só era rápido, como representava uma noa base para progredir, o que aconteceu um ano mais tarde, com a sérir HF, mais desportiva.
Esta série caracterizava-se por ter mais oito cavalos de potência e por ter sido alvo de uma "cura de emagrecimento", à custa da utilização do alumínio e de um interior mais espartano no que toca ao equipamento.
O Fulvia HF começou desde logo a ser utilizado por muitos pilotos amadores nos ralis italianos, onde se revelou muito competitivo.
De tal forma que o director desportivo da equipa, Cesare Fiorio, convenceu os dirigentes da Lancia a competir nos ralis internacionais, pelo que o pequeno motor de 1,3 litos foi ainda mais refinado, passando a debitar 101 cavalos de potência.
Foi o início de uma carreira internacional brilhante na competição, que manteve o Fulvia HF em produção até 1976.
CLUBE RESTRITO:
A designação HF, aplicada ao Fulvia coupé em 1966, correspondeu a uma política de cativar clientes totalmente virada para a competição.
O HF representava um carro menos confortável e equipado, mas com um desempenho muito superior - um automóvel destinado a um grupo restrito de utilizadores, leais à Lancia e ao espírito das corridas.
Daí a opção do logótipo HF - iniciais de High Fidelity, formando-se um clube dos clientes fieis à marca - depois utilizado nos seus sucessores nos ralis, o Stratos e o Delta.