Olá a todos,
Estava eu há pouco a ler um artigo a discutir este assunto, e lembrei-me de o colocar em discussão aqui no fórum.
Cada vez mais nos nossos círculos se começa a insurgir um movimento de revolta contra os restauros exaustivos dos clássicos, e há vozes que se levantam de ambos os lados, mas o consenso é difícil, para não dizer impossível.
A questão que se levanta é: Até que ponto se deve restaurar ou não um carro? Onde é que se traça a linha?
As opiniões serão certamente tão variadas quantas pessoas participem, e queremos ouvi-las.
Começo por mim, dou desde já a minha opinião:
Pessoalmente, acho que o mais importante num carro é o aspecto funcional. Preocupa-me que um carro, independentemente da sua idade, seja possuidor pleno de todas as suas funções, e que seja capaz de se comportar condignamente na estrada. Não me agradam aqueles restauro tipo "bombom caramelizado" em que se põe o carro todo "muitalindo" para mostrar aos domingos em que faz sol, e depois não se tem coragem de usar o carro, nem se confia nele para fazer mais de 10 km. Um carro que não anda, para mim, é como se estivesse morto. Ou tipo animal empalhado, como aqueles troféus de caça velhos.
Nunca foi tão fácil restaurar um carro como é hoje, cada vez mais são acessíveis técnicas e equipamentos, saberes e peças. Mas também cada vez mais vemos trabalhos feitos sem qualquer regra e linha de orientação, e perdem-se todos os traços de carácter. Será mesmo preciso trocar tudo o que se vê num carro? Será preciso que fique absolutamente tão ou mais reluzente do que o dia que saíu da fábrica? E será que não era bem mais importante garantir que o carro está em plenas condições (e não apenas capaz de "raspar" pela IPO sem anotações?
Olhem este rapaz, que anda no dia-a-dia com uma máquina bem mais primitiva que as nossas, e que como podem ver, não é vítima de restauros...
http://www.youtube.com/watch?v=23ORfbTlIWw
Deixo-vos com um pensamento que guia este contingente pela preservação: "Só é original uma vez". Ao contrário do que se vê escrito em muito anúncio classificado, que nos informa que o carro está "Totalmente restaurado de origem"... Ainda alguém me há-de explicar o que é isso.
Um abraço a todos.... e digam de vossa justiça!
Este post foi promovido a noticia
Estava eu há pouco a ler um artigo a discutir este assunto, e lembrei-me de o colocar em discussão aqui no fórum.
Cada vez mais nos nossos círculos se começa a insurgir um movimento de revolta contra os restauros exaustivos dos clássicos, e há vozes que se levantam de ambos os lados, mas o consenso é difícil, para não dizer impossível.
A questão que se levanta é: Até que ponto se deve restaurar ou não um carro? Onde é que se traça a linha?
As opiniões serão certamente tão variadas quantas pessoas participem, e queremos ouvi-las.
Começo por mim, dou desde já a minha opinião:
Pessoalmente, acho que o mais importante num carro é o aspecto funcional. Preocupa-me que um carro, independentemente da sua idade, seja possuidor pleno de todas as suas funções, e que seja capaz de se comportar condignamente na estrada. Não me agradam aqueles restauro tipo "bombom caramelizado" em que se põe o carro todo "muitalindo" para mostrar aos domingos em que faz sol, e depois não se tem coragem de usar o carro, nem se confia nele para fazer mais de 10 km. Um carro que não anda, para mim, é como se estivesse morto. Ou tipo animal empalhado, como aqueles troféus de caça velhos.
Nunca foi tão fácil restaurar um carro como é hoje, cada vez mais são acessíveis técnicas e equipamentos, saberes e peças. Mas também cada vez mais vemos trabalhos feitos sem qualquer regra e linha de orientação, e perdem-se todos os traços de carácter. Será mesmo preciso trocar tudo o que se vê num carro? Será preciso que fique absolutamente tão ou mais reluzente do que o dia que saíu da fábrica? E será que não era bem mais importante garantir que o carro está em plenas condições (e não apenas capaz de "raspar" pela IPO sem anotações?
Olhem este rapaz, que anda no dia-a-dia com uma máquina bem mais primitiva que as nossas, e que como podem ver, não é vítima de restauros...
http://www.youtube.com/watch?v=23ORfbTlIWw
Deixo-vos com um pensamento que guia este contingente pela preservação: "Só é original uma vez". Ao contrário do que se vê escrito em muito anúncio classificado, que nos informa que o carro está "Totalmente restaurado de origem"... Ainda alguém me há-de explicar o que é isso.
Um abraço a todos.... e digam de vossa justiça!
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