Debate: Conservação Vs. Restauro

Bem a minha opinião é simples precisa de pintura e tratar podres e o dono tem t€mpo, força com isso, agora gastar rios de dinheiro em recuperação de coisas que servem simplesmente para se ver e descurar da verdadeira essencia do carro que é a mecanica isso é que já não acho muita graça.

É bem verdade que é espetacular ver os carros a brilhar por todos os lados, mas depois ouvir coisas do género, a caixa não está bem, o carro tem os segmentos manhosos, os travões não estão grande coisa,etc. Isso é que não.
 
Vivam...

Em primeiro lugar cada um deve tomar uma decisão informada e realista do que pode e deve fazer.

O primeiro exemplo mostra um carro bonito e é necessário dar valor por andar com ele todos os dias, mas eu no lugar dele não o fazia apenas devido a segurança será que os miúdos não iam ficar sem dentes na primeira travadela???

Para mim o segundo caso também tem todo mérito tecnológico, mas acho que é retirar a alma do carro o trabalhar do motor caracteristico, o "feeling" que a caixa tem que é diferente de qualquer outro, etc etc.

Mas acima de tudo sou a favor de duas coisas, não deixar que o carro passe de uma linha cuja recuperação é praticamente um projeto impossível e que não se tenha um carro clássico ou não, restaurado ou não apenas para se dizer que tem.
Se não vou usufruir se o vou ter apenas como um biblô... para isso compro um cão de louça!

Mas é a penas a minha opinião, cada um tem a sua e todos temos razão.

Cpts.
Bonifácio
 

Diogo Lisboa

Veterano
Bom tópico!! :p

Sou a favor dos dois, no entanto se o carro estiver em bom estado a melhor opção passa por recuperar o carro dando um novo aspecto recorrendo ao detalhe e recuperando todo o aspecto exterior e interior do carro sem meter nada novo :rolleyes:

Caso o carro esteja em mau estado nada melhor que uma boa recuperação de chassis, pintura, mecânica, etc..., mas sempre tentando deixar o carro mais original possível e com uma quantidade pequena de peças novas recorrendo a peças de velhos stocks, etc... ;)
 

Ricardo Neves

Clássico
Pudesse eu ter "em estado de concurso", o Ford Anglia que o meu pai comprou quando tinha vinte e poucos anos!!... Sem nunca ter rolado! Imaculado!
É um carro lindo!Pelo menos para mim! Muita gente ia cobiçar o carrinho!!

Mas FELIZMENTE NÃO TENHO!!

Tenho-o sim, em bom estado! Em condições de poder chegar à garagem de Verão ou de Inverno, dar à chave e sair com ele "a espalhar charme" (como eu costumo dizer) e ir para onde me apetecer sem a preocupação de ficar empanado!
Tenho o privilégio de poder ter um carro com cinquenta anos, que apesar dos riscos e esmurradelas que apresenta na pintura...apesar dos cromados com alguma oxidação...dos riscos nos vidros...dos estofos gastos... tem a história de ter levado a minha mãe grávida para a maternidade!De me ter ido buscar lá quando nasci!De ter sido o primeiro carro que "pilotei", ainda no colo do meu pai porque nem aos pedais chegava!Foi o primeiro carro que conduzi sozinho, quando apanhava o meu pai distraido e me "pirava" com o carro para uma voltita ao quarteirão!

Nunca foi restaurado, foi apenas conservado! Reparou-se o que era preciso e avariou com o tempo e desgaste, e meteu-se novo o estritamente necessário! Tudo que se pode conserta-se e mantém-se!
Circula sempre que é preciso! Não faço dele uso diário porque não se justifica, mas acredito que não me deixava pendurado!

Tudo isto para dizer que gosto muito de ver automóveis REALMENTE restaurados de A a Z!
Originais?! Não! Isso só o foram uma vez! Quando sairam da fábrica!Mas muitos desses restauros apenas servem para expôr!!
As razões são várias: porque dá estatuto... porque tem valor... porque não há mais nenhum igual (no mesmo estado)... mas quando toca a sair à rua não se pode deixar abandonado porque podem riscar a pintura...vai-se desgastar com o uso...não se arrisca fazer 20 kms porque se calhar avaria...é frio e desconfortável porque é antigo...

Perde-se a "ligação" com o clássico! Acho que por vezes se torna impessoal!
Prefiro sinceramente a conservação! Acho que poder ter um carro que "conta a sua história" com os estofos gastos, com os riscos da pintura, com os cromados menos brilhantes, tem outro sabor!A "ligação" ao antigo é maior!Mais intensa...

Claro que não quero com isto dizer que o carro se deve deixar "ao sabor dos tempos". Sem qualquer tipo de cuidados. Nada disso! Até porque um clássico digno desse estatuto, se deve apresentar em bom e pleno funcionamento! Travar com toda segurança, ter a suspensão em bom estado, bons pneus, etc!Ser digno de toda a confiança para se fazer os quilómetros que nos apetecer!

E agora apenas em tom de desabafo...quantos já não sentiram "a lágrima no canto do olho" quando passam na estrada por carros recentes e os seus condutores pasmam a olhar "o charuto" que sem problema nenhum passou por eles e parece que disse..."Até logo se nos virmos"?!
Quantos já não tiveram a experiencia de estar numa esplanada e observaram o "charuto" a ser rodeado por montes de gente curiosa que comenta alegremente sobre ele?Ainda que com riscos na pintura...cromados baços...uma ou outra mossa...

Concordo com muitas das opiniões aqui expressas, mas confesso que que me dá um gozo enorme ouvir alguém dizer "que grande lata que tens aí" e depois admitir que "gostava de ter um assim"!"Está porreiro apesar dos anos"!"Bem conservado"! :D :D
 
Para mim a resposta é muito curta:

Cada um tenha o carro com o gosta, e está tudo certo! Desde que cumpra as regras de segurança.

O que interessa é mantê-los a rolar.

Agora, o que eu gosto, aí, já é diferente.

O que eu gosto é de usufruir de um carro com as mesmas especificações de origem, e o mais bem cuidado possível, tanto de mecanica como de estetica.


Prefiro de facto um carro bem mantido do que um carro refeito, mas há carros que, com o seu uso diario se vão desgastando, não só na estética mas também na sua estrutura. Então nesse caso, prefiro uma reparação a fundo o melhor possível, e utilizando toda a tecnologia disponivel para proteger a estrutura do carro contra a corrosão. De resto tudo o que se puder aproveitar, aproveite-se.
Se os para choques estão com o cromado a saltar, crome-se de novo. Se um farolim está partido, coloque-se um novo. O que está em condições de uso, mantenha-se!

cumprimentos

José Carlos
 

Mário Macedo

Datsunbat
Boas!

Já me tinha pronunciado noutros foruns e em diversas conversas com amigos àcerca desta dualidade.

Na minha mais modesta opinião, penso que cada carro é um caso diferente e que cada pessoa atribui um objectivo ao restauro ou à manutenção.

No meu caso, sem dúvida que a "patine" é o que deixa um carro original, e dependendo do estado do carro é aquilo que vamos deixar, mas se o veículo apresentar já um grande desagaste em termos gerais, aí tem que se partir para um restauro e deixar a manutenção de lado.

Em relação ao restauro, cada um faz o que pode e como gosta, e eu não sirvo de exemplo nesse campo.

Num restauro tudo deve ser equacionado, desde o veículo a restaurar, o porquê do restauro (desgaste temporal, factores mecânicos, motivos familiares etc), o que se ganha com ele (motivação, gosto pelo modelo, confiança para rolar descansado etc), e depois um factor importante, o estado propriamente dito da viatura.

Depois é necessário ter em conta quanto podemos gastar e aí sem dúvida que a manutenção é quase de certeza mais barata que um restauro.

Restaurar até à exaustão, adoro, aprovo e se pudermos aprofundar conhecimentos gerais do carro então 100%, mas o que vem depois da inspecção é que é pior..."-Vamos sair?, -Eh pá está de chuva!" e surgem os problemas...é que ficamos a gostar tanto do carro que há coisas que não se fazem mesmo, daí ter o carro funcional e apenas mantido permite fazer algumas loucuras...

Para terminar, eu tenho sempres estas dualidades, mas prefiro restaurar e depois manter...

Bom tópico...

Abraço
Mário
 

Luis Antonio Cardoso

Pre-War
Premium
Portalista
Uma discussão bastante interessante, pessoalmente sou a favor de um restauro a condição original ( ou com alguns estras de epoca) , naqueles veiculos que se encontram bastante deteriorados, é fazer um restauro geral , obviamente restaurando tudo o que seja possivel.
Se a viatura apresentar um estado geral razoavel e original , optaria por uma conservação/intervenção para a manter com bom aspecto e fiavel em termos de utilização.
Tenho 2 exemplos pessoais um Mini 1000 de 1974 , que a data de aquisição era um "monte de sucata" e efectuei um restauro total , e tenho um Peugeot 404 de 1967, com a sua patine original , apenas fazendo a sua manutenção "carinhosamente" para o manter saudavel.
Cps
 

Helder Manuel Oliveira

Pre-War
Premium
Portalista
Outra questão que também acho pertinente e que se enquadra neste tema, são as "pequenas alterações ao gosto de cada um".
E aqui não há nada a fazer. Cada um tem o seu gosto particular.
Mas por exemplo já repararam que quase toda a gente que restaura minis coloca abas no carro.
Qualquer dia não vemos um mini clássico sem abas nos guarda-lamas.
 
Outra questão que também acho pertinente e que se enquadra neste tema, são as "pequenas alterações ao gosto de cada um".
E aqui não há nada a fazer. Cada um tem o seu gosto particular.
Mas por exemplo já repararam que quase toda a gente que restaura minis coloca abas no carro.
Qualquer dia não vemos um mini clássico sem abas nos guarda-lamas.

É como referes cada um tem o seu gosto particular... e eu caso tivesse um mini muito provavelmente colocaria abas :p mas isso é porque gosto bastante de ver alargamentos nos carros...

Isso dos gostos... é a guerra do 100% original, é tal e qual nos dias de hoje:
-Um carro sai original de fábrica, MAS depois tens os extras da própria marca... carro com extras da própria marca pode ser sem mal nenhum!
- Agora extras feitos por preparadores NEM PENSAR... Isso parece-me ridiculo...

Se consegues combinar dentro do "bom gosto" algo ao teu toque pessoal, a mim parece-me sempre bem :)

Portanto restaurar com alterações de upgrade de componentes, alterações estéticas etc... se for na dose certa não vejo mal nisso, tal como não vejo mal em quem opta por ter o carro original com "passaporte" ACP :) ( e depois anda a medos que pode partir alguma peça e lá se vai a originalidade :lol: )

Abraço

Cumprimentos
 
Eu sou daqueles que não gosta de Patine num carro, acho que isso é desculpa para não o
aprumar... Para mim um carro tem de ter obrigatoriamente bom aspecto e não pode ter ferrugem. Alem disto tem de ter a mecânica sempre pronta para fazer quilómetros os que me apetecer e principalmente,quando me apetecer.
Bom, já estou a imaginar muitos ler isto e a pensar "pois, pois, haja dinheiro" Enganam-se!... A maior parte dos carros com "patine" com muito pouco dinheiro conseguem retomar o brilho de outrora, basta arregaçar as mangas e muita dedicação dedicação.
Por exemplo:
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Nesta operação para apagamento da Patine quanto eu gastei?... acima de tudo muito tempo, muito trabalhito, uma maquina de polir de 20 euros e massa de polir barata...
Não substitui borrachas tratei-as, foi muita coisa desmanchada limpa engraxada.
Não ficou em estado de concurso, longe disso, mas ficou com muito bom aspecto e era alvo de elogios por onde andava.
É Importante conservar mas também importante restaurar. Atenção que restaurar não implica obrigatoriamente desmontar um carro, ficar sem ele durante uma eternidade e gastar uma pipa de massa, podemos fazer aos poucos e por partes, desde que não tenhamos ido ataras da pechincha toda podre. Fujam disso!...
Posto isto de certeza que com o que se poupa consegue-se mudar os tubos de borracha, principal causadores de muitos dissabores pela estrada fora.
Como eu costumo dizer, ter um carro antigo não é difícil em termos financeiros o difícil é arranjar tempo e ter força de vontade para tratar dele, e isso é que não é para todos.
Um clássico é para usar não é para ter na prateleira por ter gasto uma fortuna no restauro e não querer estragar...
 

Anexos

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ribeiro moreno

YoungTimer
para mim que não pesco nada disto! o restauro de um carro é olhar para ele depois de pronto e dizer que na altura dele saio assim de fabrica! mas depois de um carro ser mexido seja como for deixa de ser de origem! a originalidade de um carro e tentar manter o carro o menos tocante possível. mas isto é a minha opinião!
 

Carlos Vaz

Pre-War
Ora aqui está um tema interessante...
Na verdade penso que a opção por qualquer uma das vias prende-se mais com o estado inicial do carro e com aquilo que se pretende do mesmo.
Já em tempos fiz um restauro completo de um 1750 Gtv... deixando no entanto, tudo aquilo que estava recuperável ou que se podia apenas limpar, por exemplo levou uma alcatifa nova, mas a forra do tejadilho ficou a que lá estava, os farois foram abertos e o interior foi cromado, etc, etc.
Hoje tenho um 106 XSI (pois... não é ainda um classico) que pretendo simplesmente usar e disfrutar. O carro está feio de pintura, mas essa é a parte que menos me preocupa, pois está na rua e junto ao mar... assim estou a cuidar da parte mecânica, suspensões, casquilhos, direcção, etc...
Tenho disfrutado dele assim e por vezes (é o que está a acontecer neste momento) chego a fazer um uso diário dele. Assim, em cerca de 1 anos já vai com 12.000kms feitos e revelou-se uma exelente compra!
 
Boas,excelente topico!
Para mim,as coisas sao simples,eu aprecio veiculos classicos estejam eles no estado que estiverem,mas o que aprecio mais é ver a paixao dos donos pelos seus carrinhos.Quantas vezes vemos em encontros,classicos restaurados com milhares gastos em material novo e que os donos pouco sabem acerca dos proprios carros?Muitos apenas se deram ao trabalho de o levar para uma oficina e ir buscar quando estiver pronto,é claro que nao há uma relaçao dono/automovel.Mas nao deixam de ter o seu valor,pois investir num classico,para mim é sempre de louvar.O que gosto de ver é aquele apologista de classicos,com o seu carrinho mantido e recuperado conforme foi possivel,mas que cunhece cada promenor do seu carro,pois com cada avaria se aprende mais um pouco.
No meu caso,tenho um bocado fobia á ferrugem,e o que é meu tem de estar ao meu gosto,nao sou capaz de investir num classico sem saber o que la está.No charuto que estou a recuperar,um dia que andar nele,quero ter a certeza que posso andar nele,á chuva,ao sol,sem ter receio de ferrugens ou podres e saber que o que tenho debaixo do capôt me leva para qualquer lado.Será um carro para fazer uns pioes,para levar de vez enquando para o trabalho,para ir a encontros,etc...etc...etc...
O que mais me importa é saber com o que posso contar e quando surgirem problemas(que irao surgir certamente),quero saber o que tenho nas maos,para evitar andar a currer para oficinas.
Gosto de promenor e adoro a personalização.Adoro ver um classico á distancia e saber de quem é,porque acompanhei o restauro e todas as dores de cabeça que isso causou.
Nos classicos apenas nao aprecio o Ratstyle,se antigamente ter um automovel era um grande luxo, nao era para todos,andavam sempre com os carros impecaveis,eram arranjados e arranjados e arranjados vezes sem conta,porque é que hoje vamos andar com eles com ferrugem á mostra?Nao aprecio mesmo...
Mas no fundo o que mais importa nao sao os classicos,mas sim quem gosta deles!
 
Ora Boas!
O pessoal tem andado afastado, devido ás alterações, na minha opinião para melhor. Eu contínuo a defender a recuperação de todos os componentes de origem, até se esgostarem as possibilidades. Há que ter em conta que se arranjam peças, novas de stock antigo, que podem perfeitamente ser aplicadas, como o original, assim sendo, podemos manter a originalidade. Não apoio, os cromados em: tubos, filtros e outros componentes no motor, que de tampa aberta, vão mostrar e encher o olho, aos leigos, para quê? só se for com os interesses que indico na opinião anterior.
Por aqui me fico, apresento saudações clássicas, e até breve. Carlos Real
 

Rui M Brito

Clássico
Para além dos termos "restaurar" e "conservar" acho que se deveria considerar um terceiro - "renovar".
Na realidade, e olhando para uma parte significativa do que acontece por aqui no Portal, o que de facto acontece são renovações. Exemplo: se compro um palacete antigo e procedo a obras para colocar uma nova canalização, novo chão, janelas novas, etc. estou a renovar. Estou a colocar materiais modernos dentro da casa. Por fora aparenta a sua idade, mas por dentro está renovada. O mesmo acontece com os carros, na minha opinião. Compro um Mini de 1970. Descasco o carro para eliminar os podres, uso todo um conjunto de materias modernos para produzir uma pintura impecável, aplico bancos xpto, molas e amortecedores y, no motor mudo quase tudo para melhor, etc. Isto é um restauro? Claro que não. É uma renovação. O carro fica melhor do que quando saiu de fábrica. Em carros que tenho visto aqui no Portal na maior parte das vezes nem sequer é possível restaurar... Só é possível renovar. Restaurar é na minha opinião substituir peças danificadas por outras de carros dadores da mesma altura, conseguir devolver a funcionalidade perdida pelo desgate dos anos. Se estivermos a falar de verdadeiros clássicos é isto que penso de deverá ser feito. Agora se eu quero ter um carro com a imagem antiga ,mas beneficiar de todos os avanços da tecnologia, então estamos a falar claramente de renovações... Há empresas especializadas que o fazem, por exemplo a Mekatronik. Chamam-lhe restauro, mas na minha opinião não o é. É uma reconstrução total do carro renovando tudo, menos o design original...
cumps. .
 

Rodrigo Neto

Clássico
É uma questão pertinente que, no meu caso, se altera consoante sou proprietário ou se estou comprador. Como proprietário, o meu objectivo é manter, reparar e substituir o que não tem reparação por forma a manter o bom estado de utilização, ou seja, conservar. Como comprador e uma vez que a vida não me permite dispor de tempo (com alguma falta de paciência à mistura, admito) para me dedicar a restauros, procuro carros que tenham sido alvo de restauro, sendo o nível de restauro dependente da disponibilidade financeira, como é obvio.

A verdade é que, pela minha curta experiência, quando vejo um carro para venda anunciado como nunca tendo sido restaurado, salvo raras excepções, isso significa um carro que tem sofrido negligências gritantes em termos de conservação por parte do(s) anterior(es) proprietário(s).

Num mundo perfeito preferia comprar um carro bem conservado. No mundo real prefiro comprar um carro bem restaurado. Já sendo proprietário, mantenho e conservo.

De notar que a minha relação com os carro antigos (clássicos ou como lhes quiserem chamar) divide-se em 80% para utilização e 20% para conservação (partindo de uma base em que o carro já está bom e é só manter e utilizar). O meu prazer com os clássicos não se prende com a satisfação que muitos têm (e que compreendo perfeitamente) de restaurar e reparar pessoalmente. Como diria o outro, isso é coisa que não me assiste... :)
 

Marcocab

Clássico
É uma questão que divide muitos certamente. Na minha opinião o que cada um faz ao seu carro, vai um pouco no que pode e quer investir nele. Para uns pode ser por mera carolice, para outros a realização de um sonho antigo, para mim é uma questão pessoal em recuperar o que foi durante muitos anos o nosso carro de familia. Gosto de ser eu a fazer as coisas, em tudo o que posso e consigo. No que não consigo, peço ajuda ou em último caso pago para fazer. Mas o maior prazer que tenho é todo o processo de restauro e de chegar ao fim e ter o carro em muito bom estado.
Se vou desmanchar o motor? Só se precisar. Chapa? Sim claro, tirar mossas, ferrugem e pintar tudo. Estofos? Só o que está rasgado ou em muito mau estado. De resto e na medida do possível vou tentar manter o mlehor possível.
Quando tiver o carro em condições, penso usar e tirar prazer dele. Usar à chuva, ao frio, fazer viagens, etc. Mas sempre a estimar, pois está ali muito trabalho investido e não é para estragar. Com isto não quer dizer que ande com o carro ao colo. Fecho as portas como em qualquer carro, a bater com elas. Subo passeios com cuidado entre outras coisas.
O carro en que estou a trabalhar é da familia há 30 anos. No dia em que o fui buscar cá para casa, veio a rolar e deu-me um gozo danado. O barulho do motor e da falta de insonorização da cabine, a maneira como se fazem as manobras com a "direcção assistida a braços", o meter das mudanças, o sentir a estrada no volante. Voltei a sentir o que é conduzir um carro.
Se me saísse o Euromilhões punha-o numa oficina para fazer um restauro rigoroso? Não, porque aí perdia o carácter todo e não sentia o carro como sinto neste momento. Mas isto sou eu que gosto de fazer as coisas com as próprias mãos e gosto de aprender coisas novas.
Por isso na minha opinião o restauro necessário deve ser feito, se possível pelo próprio e a conservação também.
Apenas a minha opinião.
 

Rui Meireles

Veterano
Depende do estado da viatura. Sendo bem cuidado, um carro aguenta muitos anos apenas com cuidados de manutenção e conservação, mas eventualmente chegará a um ponto onde é mesmo preciso uma intervenção mais profunda.
 
Carissimos estão-se a afastar do tema. A idéia aqui não é como nem porquê mas sim até que ponto se deve restaurar.

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