WRC 2021

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Ismael Rodrigo

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WRC - Latvala: «Makinen mandava em tudo»

A dar os seus primeiros passos como Manager, Jari-Matti Latvala vai operando mudanças na Toyota Gazoo Racing WRT e deu uma entrevista sobre esse tema.

O ex-piloto da Toyota revelou que mudou a organização da estrutura, porque "Tommi mandava em tudo. Ele levantou tudo desde o início, por isso estava todo sobre a sua alçada. Basicamente ele decidia tudo."

Agora a estrutura da Toyota do Mundial de Ralis tem quatro pessoas chave. "Kaitsu (Director Desportivo Kaj Lindström) tem a ser cargo todas as actividades da competição. O trabalho administrativo, comunicações com a FIA e comunicação com os pilotos."

Tom Fowler mantém-se como o Director Técnico que "é responsável pelos desenvolvimentos técnicos." Yuichiro Haruna é Director de Projecto que tem a toda responsabilidade sobre as contratações. É quem decide quem contratar e trata das questões orçamentais."

Latvala é ele próprio o quarto elemento, responsável "pelo staff e de como as pessoas trabalham. Respondo pelos seus problemas e desafios, e tento que tudo avance para o local correcto. Tento manter a equipa unida e o trabalho a funcionar" explicou.

A experiência como piloto na Ford e na Volkswagen contribuiu para esta visão organizacional de Jari Matti Latvala. Relembra Malcolm Wilson com quem "algo acordado ficava selado com um aperto de mão."

Mas o trabalho de Jost Capito na VW é que mais o marcou nesta área. "O Jost confiava mesmo nas pessoas abaixo dele. Ele não interferia em assuntos técnicos por exemplo. Focava-se muito - como eu me foco - nas pessoas. Acho bom que liderança e competência sejam partilhadas. Assim focámo-nos melhor numa única coisa."

E sobre Makinen referiu ainda que o veterano finlandês "entendia o ponto de vista do piloto. Nunca reclamava dos erros. reagia bem a essas situações e deixava o tempo passar. Tinha uma visão de olhar sempre para a frente. Isso foi bom para mim."

Depois de um ano de desemprego, Latavala recebeu este cargo a convite do próprio Akio Toyota que tinha o piloto finlandês em boa conta. Foi uma mudança surpreendente que o tempo acabará por avaliar. Por agora Latvala ainda trabalha sobre o que Tommi Makinen construiu, as alterações demorarão alguns meses a surtir efeito.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Rali do Artico é dificil de reconhecer segundo Sebastien Ogier

Com apenas duas passagens de reconhecimento permitidas em cada troço, os vídeos são uma ferramenta essencial para as equipas, mas não no Rali do Artico.

Sebastien Ogier explica, antes do arranque da prova, que "normalmente quando temos vídeos onboard do ralis, tentamos olhar para eles."

Numa prova como o Arctic Rally Finland Powered by CapitalBox que é disputada pela primeira vez, esses mesmos vídeos não são uma ferramenta tão essencial. "Esta é a prova onde, provavelmente, olhar para os vídeos onboard não é uma grande vantagem, porque frequentemente os bancos de neve podem estar noutro local. Dão-nos uma ideia do que esperar em termos de perfil e velocidade, mas não são uma grande ferramenta de trabalho."

Os bancos de neve que ladeiam os troços são linhas de orientação, mas são também locais onde muitas vezes podem encostar as rodas ou os párachoques para ajudar ao equilíbrio.

O Rali do Artico tem esta 6ª feira o shakedown seguido dos dois primeiros troços durante a tarde.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC - Artico: Será que vamos ter problemas com os pisos?

Depois de algumas edições do Rali da Suécia complicadas pela falta de neve, a chegada do Artico parecia resolver o problema, só que pode não ser bem assim.

Não é que falte neve na Lapónia ou temperaturas negativas, até porque à hora a que se publica esta notícia as máquinas niveladoras terminaram a passagem pelos 31km do troço de Sarriojärvi para justamente retirar neve solta. Este será o troço a utilizar hoje com dupla passagem.

A preocupação é com a capacidade do gelo que está por baixo da neve resistir às passagens. Nos reconhecimentos foram vistos vários locais dos troços onde já havia terra misturada com neve. O facto de há um mês muita destas estradas terem sido "escavadas" pelos 130 concorrentes do Rali do Artico do campeonato finlandês também poderá ajudar.

Esta questão ganhou visibilidade quando se viu Kalle Rovanpera a baixar o ritmo no shakedown com o argumento de que tinha de poupar pneus. Os seus colegas de equipa tiveram uma postura muito conservadora com um ritmo bastante baixo aos ponto de tanto Sebastien Ogier como Elfyn Evans quase nem serem vistos perto do topo da tabela de tempos. Tendo em conta que Juho Hanninen disputou o Rali do Artico em Janeiro, a Toyota deve ter mais informação que a concorrência.

Mas mesmo no próprio shakedown de hoje, a terra já era visível em algumas zonas, e apenas com as equipas prioritárias a ainda ter passado lá, como esta foto de Ott Tanak na terceira passagem bem demonstra. E faltava ainda mais de metade da caravana efectuar as suas passagens.

Apesar de não diferentes pneus para escolher,a terra nos troços poderá levar a que a gestão de pneus assuma grande importância na prova.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: O que se passou com os Toyota no Artico?

Depois de um Rali de Monte Carlo perfeito, a Toyota foi derrotada no Artico com uma dimensão que não era esperada.

Kalle Rovanpera salvou a marca japonesa de uma grande derrota, mas não disfarçou o facto de Sebastien Ogier e Elfyn Evans terem estado apagados nos momentos em que deveriam ter andado mais depressa.

A inconstância de performance dos Toyota Yaris WRC saltou a vista. "Eu não estive perfeito com o carro em algumas zonas e vi que estava a perder tempo. Por isso tinha de atacar muito para recuperar noutros locais," referia Kalle Rovenpera no final do rali quando explicava o que teve de atacar para o 2º posto. Assumiu também ter lutado "com o carro o fim de semana todo, não estava perfeito."

No final do dia de Sábado, quando a ordem de partida já não era desculpa para a falta de resultados, pelo menos de Elfyn Evans, Jari-Matti Latvala explicava ao Dirtfish.com que a equipa conseguia ver "claramente que houve troços em que fomos fortes mas foi muito de altos e baixos, por isso sim temos de evoluir. Necessitamos de recolher todos estes dados e juntos entender o que não esteve bem."

A táctica de gestão de pneus nas segundas passagens pode ter falhado, como Thiery Neuville demonstrou no final do dia de Sábado ao perigar o 2º posto de Kalle Rovanpera. "Eles geriram obviamente os pneus melhor do que eu, esse é o ponto principal," dizia Elfyn Evans ainda no Sábado.

No final do rali Jari-Matti Latvala assumiu que "lutamos com o set-up e os pilotos não estiveram completamente contentes com o carro na maior parte do tempo. Fomos rápidos em alguns troços e noutros não fomos tão rápidos, temos de analisar porquê."

Quem obviamente estava contente era Andrea Adamo pois viu os seus Hyundai i20 WRC dominar as lutas com os Toyota. "Depois de Monte Carlo afirmei que só a vitória aqui nos poderia fazer regressar onde necessitávamos de estar. Temos de estar melhor focados e melhor preparados. A equipa fez um excelente trabalho e este resultado reflete isso," explicou o transalpino.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Hyundai ainda não decidiu o futuro e vitória Artico não faz diferença

A ameaça da Hyundai decidir abandonar o Campeonato Mundial de Ralis em 2022 está em cima da mesa, aguardando-se uma decisão que terá de vir de Seul.

Na conferência de imprensa no final da Arctic Rally Finland, Andrea Adamo foi questionado se esta vitória teria peso para uma decisão positiva na Coreia do Sul. Adamo foi fiel a si próprio na resposta.

"Esse é o tipo de pergunta que me faz rir, mas com respeito. Desculpem se vou ser longo, mas estava com a Lancia a ganhar tudo e o programa foi encerrado. Estava com a Alfa Romeo e estávamos a perder e o programa desportivo não foi encerrado. As coisas que interferem na decisão de sair ou ficar num campeonato são mais amplas do que uma vitória ou uma derrota."

Mas revelou não estar "de todo preocupado com a permanência da Hyundai no campeonato. Seja como fôr, a estratégia de uma administração que investe milhões não é algo cujo chairman me liha na 5ª feira quando estou a embarcar no avião e diz 'Olha, se não ganhares este rali fechamos tudo'. As pessoas acreditam que há gente melhor do que eu a gerir uma empresa como a Hyundai."

A Hyundai Motorsport ainda não assumiu totalmente o compromisso para a nova geração de veículos Rally1 híbridos.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: A Toyota estava obrigada a vencer no Artico? Ou Rovanpera estava convencido que ia ganhar?

O ano começou bem para a gestão de Jari-Matti Latvala na Toyota, mas já se complicou um bocado com o resultado no Rali do Artico.

Os Toyota não estiveram tão rápidos como os Hyundai na neve finlandesa, mas já existiram alturas em que os Hyundai não estiveram tão rápidos como os Toyota, como por exemplo Monte Carlo em Janeiro.

Na prova monegasca a Hyundai trazia a pressão de ter vencido em 2020, mas o melhor Hyundai ficou em 3º a 1m13s do Toyota vencedor. No Artico a Toyota tinha a pressão de todos acreditar que o Yaris WRC iria ser o carro a bater, mas o melhor deles ficou em 2º a 17,5s do Hyundai vencedor.

Nada de novo num campeonato onde existe equilíbrio de forças, no entanto desde o segundo dia do Rali do Artico que parece existir uma tentativa desesperada de se perceber porque é que os Yaris não bateram os i20 WRC, perguntas e mais perguntas sobre as razões pormenorizadas pelas quais os Toyota não bateram os Hyundai.

Nem o facto de Sebastien Ogier e Elfyn Evans terem a tarefa de abrir a estrada no primeiro dia em condições muito penalizadoras, especialmente para o francês, parece ter acalmado a busca de respostas. As notícias multiplicam-se e as explicações da equipa surgem mesmo sem ninguém as pedir, como foi o caso de Kalle Rovanpera na conferência de imprensa final ao fazer questão de explicar que teve de lutar com o carro, como que a desculpar-se de porque é que não venceu o rali.

Esta pressão toda cai em cima de Jari-Matti Latvala que está obviamente sob escrutínio, pois o finlandês assumiu a gestão da equipa este ano debaixo de grande surpresa. Até o seu antecessor - Tommi Makinen - deu a entender que se calhar não estará à altura do desafio.

Mas a parte curiosa, analisando toda a informação do fim de semana, está em que foi Kalle Rovanpera quem mais falou no assunto e quem mais se mostrou inconformado na busca de respostas.

No Sábado o jovem finlandês afirmava ao Dirtfish.com: "Agora percebo que talvez as nossas estradas de testes não fossem óptimas, tivemos mais secções técnicas que não tivemos nos testes." E disse ainda "se conduzes bem e não és suficientemente rápido fica complicado".

Elfyn Evans foi mais modesto nas explicações. Assumiu que os testes podem não ter decorrido no local perfeito, mas "testamos aqui só que isso aconteceu numa semana em que estavam -30ºC. Ninguém conseguiria adivinhar." Durante a prova as temperaturas oscilaram entre os 5 e os 10 graus negativos, com evidente reflexo no estado do gelo das estradas que, ao contrário do esperado, se deteriorava nas segundas passagens.

"Se tivéssemos uma bola de cristal que nos dissesse o estado do tempo, talvez fosse mais fácil planear as coisas," ironizou Evans.

Em declarações ao Dirtfish.com Jari-Matti Latvala reconheceu que testaram numa zona que não tinha tantas curvas rápidas tão longas com as de alguns troços da prova, mas que queria entender porque razão Rovanpera perdeu confiança ao longo da prova.

"Viemos ao rali da nossa terra na esperança de ser capazes de ganhar. Não ganhamos, o Sr. Tanak fez um grande rali e ganhou," afirmou Latvala, para terminar com uma grande verdade óbvia: "Não se pode ganhar todos os ralis."

A questão de testar em condições diferentes dos troços também afectou a Hyundai Motorsport, que contudo se saiu melhor durante o rali.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: No Artico a Hyundai também não testou em condições óptimas

A busca desesperada de explicações para a derrota da Toyota no Arctic Rally Finland desaguou no local dos testes, que no entender de Kalle Rovanpera não foi o adequado e contribuiu para o resultado.

Só que a Hyundai Motorsport também testou em condições muito longe daquelas que encontraram no dia da prova. Ott Tanak reconheceu-o numa entrevista ao portal estónio Delfi.ee.

"Quando chega um rali novo há muita incerteza e temos de aprender durante a prova. Temos de reagir rapidamente a algumas situações, mas a parte inicial da prova é o local exacto onde se pode fazer a diferença de forma decisiva," começou por afirmar o vencedor do rali.

"Durante a prova todos aprendem e vão ganhando conhecimento, e aí as diferenças são menores. Eu sabia que teríamos de atacar desde o início e fazer a diferença em relação aos restantes. Foi o que fizemos", adiantou o homem navegado por Martin Jarveoja.

Os testes da Hyundai para este rali foram feitos em condições muito diferentes das que a prova tinha, mesmo o rali na Estónia feito por Tanak e Thierry Neuville era bastante diferente dos troços do Artico. "Eu não tinha confiança no carro, por isso tivemos de trabalhar no duro."

Com isso em mente, Tanak assume que "durante duas semanas pus pressão nos engenheiros porque teríamos de descobrir algo." A ideia era um set-up que ao fim de duas passagens no Monday Test pudesse mostrar resultados. "Foi um dia ocupado mas no fim veio a recompensa."

E na verdade que milagre foi descoberto? Isso fica para a equipa, "digamos que sabíamos o que não funcionava, por isso tivemos de tentar coisas que poderiam funcionar."

Olhando para os tempos Ott Tanak construiu a vantagem em que assentou o seu triunfo nos dois primeiros troços da prova na 6ª feira, onde ganhou uma dezena de segundos em cada um deles. Tinha uma boa posição de partida e eram troços mais lentos do que os de Sábado e Domingo.

Ao longo da prova os i20 WRC estiveram consistentes, e no Sábado tiveram uma excelente gestão de pneus na segunda ronda, como provou o triunfo de Thierry Neuville no ultimo troço da segunda etapa, rubricando a maior diferença em troços de toda a prova entre o 1º e 2º.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Thierry Neuville não tem vida fácil na adaptação ao novo navegador

A mudança de navegador decidida por Thierry Neuville dias antes do Rali de Monte Carlo está a ter impacto nos seu resultados. Numa altura em que a dupla parece já trabalhar bem, surge a dificuldade da língua.

No Sábado foi notória alguma dificuldade de comunicação entre os dois, algo que "talvez nos tenha feito perder 10 segundos" mas que melhorou "depois de algumas alterações no Sábado de tarde e no Domingo," explicou Neuville na conferência de imprensa final da prova.

Mas quais são afinal as dificuldades de com se debatem? Essencialmente Martijn Wydaeghe "é francês e a sua língua nativa é o flamengo." Para além disso "este sistema de intercomunicadores baseado na voz do meu antigo navegador faz-me ter dificuldades em, por exemplo, entender a diferença entre 50 e 70." Wydaeghe tem estado a ter lições de francês para melhorar a sua pronúncia.

Esse pequeno pormenor faz diferença. "Em resultado disto fico hesitante. Em alguns momentos nalguns locais perdi tempo por entender que a curva era mais lenta do que na verdade na realidade o era. Isto pode ter-nos custado o 2º lugar."

Neuville ficou a 2,3s do 2º lugar de Kalle Rovanpera no Arctic Rally Finland do passado fim de semana.

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Notícia de: José António Marques
 

Tiago Baptista

Portalista
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WRC: Thierry Neuville não tem vida fácil na adaptação ao novo navegador

A mudança de navegador decidida por Thierry Neuville dias antes do Rali de Monte Carlo está a ter impacto nos seu resultados. Numa altura em que a dupla parece já trabalhar bem, surge a dificuldade da língua.

No Sábado foi notória alguma dificuldade de comunicação entre os dois, algo que "talvez nos tenha feito perder 10 segundos" mas que melhorou "depois de algumas alterações no Sábado de tarde e no Domingo," explicou Neuville na conferência de imprensa final da prova.

Mas quais são afinal as dificuldades de com se debatem? Essencialmente Martijn Wydaeghe "é francês e a sua língua nativa é o flamengo." Para além disso "este sistema de intercomunicadores baseado na voz do meu antigo navegador faz-me ter dificuldades em, por exemplo, entender a diferença entre 50 e 70." Wydaeghe tem estado a ter lições de francês para melhorar a sua pronúncia.

Esse pequeno pormenor faz diferença. "Em resultado disto fico hesitante. Em alguns momentos nalguns locais perdi tempo por entender que a curva era mais lenta do que na verdade na realidade o era. Isto pode ter-nos custado o 2º lugar."

Neuville ficou a 2,3s do 2º lugar de Kalle Rovanpera no Arctic Rally Finland do passado fim de semana.

Ver anexo 1204829

Notícia de: José António Marques

Lá vêm as desculpas. Acredito que leve tempo até se habituar ao seu novo parceiro, mas Sr. Neuville quem o mandou trocar de navegador na véspera de uma nova temporada do WRC? Pois, agora tem de trabalhar mais para se adaptar. Se ficar em segundo no final da época, já sei de quem é a culpa e qual será a justificação.
 
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Ismael Rodrigo

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Lá vêm as desculpas. Acredito que leve tempo até se habituar ao seu novo parceiro, mas Sr. Neuville quem o mandou trocar de navegador na véspera de uma nova temporada do WRC? Pois, agora tem de trabalhar mais para se adaptar. Se ficar em segundo no final da época, já sei de quem é a culpa e qual será a justificação.

É o mais certo de acontecer.
 
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WRC: Andrea Adamo confiante na continuação da Hyundai

O responsável máximo da Hyundai Motorsport revelou estar confiante que a Hyundai Motor Company na Coreia do Sul venha a decidir pela continuidade no Campeonato Mundial de Ralis.

Na conferência de imprensa final do Rali do Artico, Andrea Adamo já tinha deixado escapar não estar "de todo preocupado com a permanência da Hyundai neste campeonato."

Mas esta semana desenvolveu o assunto numa entrevista à revista britânica Autosport mostrando-se "optimista que a Hyundai Motorsport se juntará à nova era do WRC em 2022, mas obviamente estamos ainda a aguardar a luza verde da Hyundai Motor Company na Coreia do Sul."

Quando isso acontecer avisa que "não vamos começar a trabalhar numa folha em branco" já que os engenheiros da estrutura já avançaram trabalho em função da informação que tinham.

Não sabe quanto tempo demorará a colocar o novo Hyundai pronto a testar depois de receber o "Ok" do Oriente, mas não se mostra muito preocupado. Apesar das marcas terem adquirido os kits híbridos à Compact Dynamics, as entregas atrasaram-se e "mesmo os construtores que já confirmaram a sua presença em 2022 e já estão a trabalhar nos novos carros, não podem fazer um teste completo por causa disto."

Os construtores têm-se debatido com atrasos por parte da empresa que fornece a unidade híbrida de 100kW plug-in, e estão a atrasar as datas do primeiro teste. Provavelmente o primeiro destes automóveis apenas rolará no final da primavera, apesar de no início deste ano a expectativa ser de poder ver testes já este mês.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Thierry Neuville entende que Andrea Adamo exagerou no discurso

O discurso de Andrea Adamo após o Rali de Monte Carlo foi duro e objectivo, e nas palavras antes do Artico manteve a linha de actuação ao revelar que só a vitória interessava.

Toda a equipa se sentiu pressionada, incluindo os pilotos, para vencer na Finlândia e no final Adamo revelou-se satisfeito por ver que "as pessoas fizeram a mesma abordagem que no ano passado e que a partir da Estónia nos permitiu chegar ao título mundial de construtores."

Mas Thierry Neuville pensa que Adamo exagerou um pouco e que a performance em Monte Carlo não foi assim tão má. "Começo a conhecer melhor o meu chefe, até porque já passamos uns anos a trabalhar juntos," começou por afirmar Neuville no final da prova finlandesa.

"Sei que tenho de ter cuidado, mas penso que a direcção depois de Monte Carlo foi exagerada quando comparada com o resultado final," continuou o belga.

O seu 3º lugar foi bom, "estava com um novo navegador e não poderíamos esperar o impossível. Obviamente o Ott teve um fim de semana mau, mas ainda assim existiu performance. Poderíamos ter terminado com dois carros no pódio. Mostramos boa velocidade em alguns troços mas infelizmente não conseguimos o resultado final, mas estávamos apenas no primeiro rali da temporada."

O piloto belga assume que foram à luta e mostraram o valor, mas muito graças "a Andrea, ele colocou algumas pessoas no lugar certo, de volta a uma boa linha." Com tudo isto, Neuville realçou que "deram-nos a oportunidade de passar tempo no carro e isso finalmente deu frutos."

O próximo rali do mundial é a Croácia apenas no final de Abril. Até lá os pilotos de Hyundai poderão fazer alguns ralis, como é o caso de Neuville e Craig Breen que estarão com dois Hyundai i20 R5 no Rally Il Ciocco e Valle del Serchio que abre o campeonato italiano no próximo fim de semana.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Novo Ford Rally1 já fez os primeiros metros

A M-Sport está na linha da frente do desenvolvimento dos novos Rally1 híbridos, e deverá ser a primeira a começar os testes do novo carro.

A M-Sport revelou a meio da tarde um vídeo com os primeiros sons do novo carro da Ford que está a ser desenvolvido em Dovenby Hall, com uma pintura camuflada.

Ao final da tarde, em declarações ao Dirtfish.com Malcolm Wilson revelou que o carro rodou os primeiros metros na passada 6ª feira de tarde na pista de Dovenby Hall, amanhã será feito shakedown final.

A equipa espera que o novo carro rode já na próxima semana em terra. Wilson referiu ter agora "tempo para testar o máximo possível antes do arranque da nova temporada."

Apesar de rumores que dariam como provável a utilização do Puma como modelo base, as fotos divulgadas pela Ford Performance deixam indícios que pode ser um Fiesta.

A M-Sport é a primeira a completar o carro, tendo a Toyota previsto fazê-lo no final de Março. A Hyundai ainda não tem data, porque ainda não recebeu a luz verde da Hyundai em Seul.

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Notícia de: José António Marques
 
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WRC: Suécia e Artico podem coexistir?

Será que poderemos ter um Campeonato Mundial de Ralis com duas provas de inverno em neve? Essa possibilidade existe como o Rali do Artico demonstrou, e há vontade nesse sentido.

O Rali da Suécia na região central do país já estava ameaçado devido ás temperaturas mais altas, mas foi a pandemia que fez tombar este ano a prova sueca. A alternativa do Artico provou ser viável e são muitas as vozes de defendem a sua entrada permanente no campeonato.

Os finlandeses não querem uma guerra com os suecos, e por isso a coexistência dos dois ralis seria uma boa solução. Em declarações à revista Motorsport Aktuell o CEO da AKK Motorsport que gere os ralis na Finlandia revelou que "temos sempre verdadeiro inverno aqui (...) Não há nada contra existir dois ralis de Inverno. Assim testes e desenvolvimento de pneus ainda valeriam mais a pena."

A cidade de Rovaniemi também vê com bons olhos a integração do WRC no futuro. Isto iria obviamente colocar pressão no Rali da Finlândia no verão, o qual poderia mesmo desaparecer. Seria difícil de explicar neste momento que a Finlândia tivesse dois ralis no calendário sem ser a título excepcional como este ano.

A site Rallye-magazin.de revelou que os custos do Rali do Artico rondaram 1 milhão de Euros, ao passo que a prova de Agosto na Finlândia custa cerca de 5 milhões de Euros.

Do ponto de vista político a mudança para a Lapónia parece ser vista com bons olhos, até porque são as opções politicas que pagam a prova, e essas vêm reduzindo a sua simpatia para com os ralis. Contudo há que ter em conta que o Rali do Artico deste ano foi uma prova de recurso e isso refletiu-se nos custos reduzidos.

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Notícia de: José António Marques
 

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WRC: Andrea Adamo confiante na continuação da Hyundai

O responsável máximo da Hyundai Motorsport revelou estar confiante que a Hyundai Motor Company na Coreia do Sul venha a decidir pela continuidade no Campeonato Mundial de Ralis.

Na conferência de imprensa final do Rali do Artico, Andrea Adamo já tinha deixado escapar não estar "de todo preocupado com a permanência da Hyundai neste campeonato."

Mas esta semana desenvolveu o assunto numa entrevista à revista britânica Autosport mostrando-se "optimista que a Hyundai Motorsport se juntará à nova era do WRC em 2022, mas obviamente estamos ainda a aguardar a luza verde da Hyundai Motor Company na Coreia do Sul."

Quando isso acontecer avisa que "não vamos começar a trabalhar numa folha em branco" já que os engenheiros da estrutura já avançaram trabalho em função da informação que tinham.

Não sabe quanto tempo demorará a colocar o novo Hyundai pronto a testar depois de receber o "Ok" do Oriente, mas não se mostra muito preocupado. Apesar das marcas terem adquirido os kits híbridos à Compact Dynamics, as entregas atrasaram-se e "mesmo os construtores que já confirmaram a sua presença em 2022 e já estão a trabalhar nos novos carros, não podem fazer um teste completo por causa disto."

Os construtores têm-se debatido com atrasos por parte da empresa que fornece a unidade híbrida de 100kW plug-in, e estão a atrasar as datas do primeiro teste. Provavelmente o primeiro destes automóveis apenas rolará no final da primavera, apesar de no início deste ano a expectativa ser de poder ver testes já este mês.

Ver anexo 1205408

Notícia de: José António Marques

Espero que a marca coreana permaneça no WRC. Já bastou a saída da Citroen e, agora, se se confirmar a não permanência da Hyundai, creio que o campeonato iria ressentir-se muito tendo somente dois construtores. Isto porque, em principio, não se perspetiva a entrada de uma nova marca para o próximo ano. A ver vamos...

É claro que o ano anormal vivido em 2020 e a incerteza que paira sobre 2021, não augura nada de bom para as competições, e, em particular, para os ralis. Os prejuízos foram elevadíssimos, o retorno reduzido, neste momento a ordem é de contenção, os organizadores das provas veem-se a braços com dificuldades para montar um rali e, é claro, isto tudo junto terá impacto no decorrer da temporada e coloca muitas questões sobre se vale a pena investir ou não nesta disciplina. Aliado a isso, a FIA não mostrou grande sensibilidade, face ao que aconteceu o ano passado, diferindo o pedido de adiamento para a entrada dos novos regulamentos. Não foi por falta de pedidos mas a intransigência manteve-se. Esperemos que isso não origine carros feitos "em cima do joelho", menos competitivos e mais caros. Ou seja, rezemos para que os espetáculo não saia defraudado.

WRC: Suécia e Artico podem coexistir?

Será que poderemos ter um Campeonato Mundial de Ralis com duas provas de inverno em neve? Essa possibilidade existe como o Rali do Artico demonstrou, e há vontade nesse sentido.

O Rali da Suécia na região central do país já estava ameaçado devido ás temperaturas mais altas, mas foi a pandemia que fez tombar este ano a prova sueca. A alternativa do Artico provou ser viável e são muitas as vozes de defendem a sua entrada permanente no campeonato.

Os finlandeses não querem uma guerra com os suecos, e por isso a coexistência dos dois ralis seria uma boa solução. Em declarações à revista Motorsport Aktuell o CEO da AKK Motorsport que gere os ralis na Finlandia revelou que "temos sempre verdadeiro inverno aqui (...) Não há nada contra existir dois ralis de Inverno. Assim testes e desenvolvimento de pneus ainda valeriam mais a pena."

A cidade de Rovaniemi também vê com bons olhos a integração do WRC no futuro. Isto iria obviamente colocar pressão no Rali da Finlândia no verão, o qual poderia mesmo desaparecer. Seria difícil de explicar neste momento que a Finlândia tivesse dois ralis no calendário sem ser a título excepcional como este ano.

A site Rallye-magazin.de revelou que os custos do Rali do Artico rondaram 1 milhão de Euros, ao passo que a prova de Agosto na Finlândia custa cerca de 5 milhões de Euros.

Do ponto de vista político a mudança para a Lapónia parece ser vista com bons olhos, até porque são as opções politicas que pagam a prova, e essas vêm reduzindo a sua simpatia para com os ralis. Contudo há que ter em conta que o Rali do Artico deste ano foi uma prova de recurso e isso refletiu-se nos custos reduzidos.

Ver anexo 1205891

Notícia de: José António Marques

Não me choca que o Rali do Ártico se mantenha no mundial porque, neste momento, é a única prova de neve pura.

A Suécia é um rali histórico e um dos fundadores do WRC, em 1973, como o conhecemos hoje mas já não tem aquela dureza típica a que nos habituou no Inverno face aos acontecimentos extra prova que se sucedem ano após ano. Por isso, é natural que se procurem alternativas. E o Ártico pode muito bem ser essa solução. A prova sueca mantêm-se como um rali de terra e o a escandinava como um rali de neve.

Agora a questão é outra. Será que para o Ártico ficar, o clássico e rápido 1000 Lagos tem de sair? Pois, a questão é pertinente uma vez que será complicados justificar como é que um país tem duas provas no WRC. Sai uma e fica a outra? Ou o rali dos mil saltos vai sobreviver puxando dos galões que tem acumulado ao longo dos últimas décadas? É esperar para ver...
 
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