Rover 400 '00 - "O Boi"

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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O tecto de abrir...

Já tive problemas desses num Rover R8... Ainda bem que vais manter o tecto de abrir.

Gosto muito desses carros principalmente os últimos que saíram (os de 2004-2005) em cores mais atrevidas.

Infelizmente ninguém (ou quase) se interessa por este modelo. Parabéns por pegar no OX e levá-lo ao nível que ele merece.
 

António Barbosa

Red Line
Portalista
Tópico espetacular!!!!! Um verdadeiro lobo em pele de cordeiro. Tive uma Tourer 1.6 16V série K, comprada nova em 1997 e que me fez 340000km fabulosos. O motor acabou por "derreter" e não me atrevi a fazer um transplante de sonho para um VVT. Hoje vivo com 45 1.4 "morno" que me vai levando daqui para ali sem grandes sobressaltos.
 
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Andre Jacinto

Veterano
O tecto de abrir...

Já tive problemas desses num Rover R8... Ainda bem que vais manter o tecto de abrir.

Gosto muito desses carros principalmente os últimos que saíram (os de 2004-2005) em cores mais atrevidas.

Infelizmente ninguém (ou quase) se interessa por este modelo. Parabéns por pegar no OX e levá-lo ao nível que ele merece.

Nunca cheguei a ter problemas nos TA do Ex- Concerto ou da Tourer dos meus pais, assim como no meu ex-400... E mesmo neste, pelos vistos não era esse o problema!

Por acaso, não gosto desses 45. Tenho que admitir que fizeram um milagre ao revitalizar uma base mais que datada, na altura já com 10 anos... Mas com isso também perdeu a elegância dos faróis separados dos primeiros 45, a traseira sem a matrícula da mala fica, a meu ver, horrível (demasiada chapa na tampa da mala), e os interiores são mais feios e de bem pior qualidade que os anteriores.

Para mim o ideal era um bom 45 V6, dos primeiros :wub:

Tópico espetacular!!!!! Um verdadeiro lobo em pele de cordeiro. Tive uma Tourer 1.6 16V série K, comprada nova em 1997 e que me fez 340000km fabulosos. O motor acabou por "derreter" e não me atrevi a fazer um transplante de sonho para um VVT. Hoje vivo com 45 1.4 "morno" que me vai levando daqui para ali sem grandes sobressaltos.


Foi precisamente esse motor na Tourer dos meus pais (que ainda anda por casa, e tem sido claramente o motor a gasolina mais fiável de casa, no meio de outros 3 carros com motor Honda... Perdendo o seu lugar para motor mais fiável para o Rover 220 SDi que era do meu irmão e agora anda nas mãos do meu pai) que me fez adorar o série K.

Ainda hoje acho que o 1.6 é o série K mais equilibrado, e o 45 da minha namorada também já cedeu o lugar do 1.4 a um desses. :)
 
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Andre Jacinto

Veterano
Querendo passar as jantes para 16, a escolha recaiu sobre as 9 spoke que o meu irmão já teve montadas no 200 dele. Porém, estiveram envolvidas num acidente e como tal tiveram que ser reparadas.

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E umas fotos com o 45 da cara metade:

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Arranjei também um módulo de airbag de 45 mk 1.5::

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Mas rapidamente voltei ao look mais discreto do airbag de 400 "personalizado":

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Uns passeios aqui e ali, neste caso junto ao Castelo de Porto de Mós:

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E após uma tentativa de benção da junta, nos arredores de Fátima :p

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Andre Jacinto

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Depois do tempo que esteve parado â espera do transplante, reparei que a panela traseira estava a degradar-se rapidamente.

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Aproveitando a necessidade de rever a linha de escape, decidi preocupar-me em substituir a do 1.4 por algo mais adequado. Assim, com algum corte e costura, adaptei a 1.8 do dador e encomendei a panela final do MG ZS 1.8, com o diâmetro correcto com o resto da linha.

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E o resultado após a montagem:

 
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Andre Jacinto

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Tendo sempre estranhado o facto do meu motor trazer a Throttle Body de 48mm em plástico (tal e qual todo e qualquer 1.4 ou 1.6 da mesma altura, sendo que com a passagem para os Rover 25/45 e com a norma Euro 3 vieram as TBs de 48mm em alumínio) e não a de 52mm em alumínio, aproveitei os descontos numa das lojas do costume para estes carros e lá veio uma nova e original, de 52mm como deveria ser!

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Assim de imediato notei que o acelerador ficou mais rijo, e os efeitos práticos foram uma ligeira melhoria na resposta ao acelerador, e um pouco mais de força principalmente em baixas.

Para além disso, um dos problemas conhecidos nas TBs de plástico são o empeno da mesma. No meu caso, já era algo notório, e o acelerador prendia em algumas situações, principalmente em dias mais quentes e com o motor quente. Isto ficou resolvido com esta troca!
 
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Andre Jacinto

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Em finais de 2018, por motivos de força maior, tive que ceder o 400 à minha namorada por uns tempos.

Decidi então antecipar a adição do catalisador (o que veio do dador do VVC estava destruído e estava a pensar em repor mais junto da IPO).

Troquei também o colector de escape, para resolver a fuga num dos cilindros que mostrei num dos posts anteriores, e todas as juntas do escape:

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Andre Jacinto

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Depois de tanto tempo sem qualquer problema... Veio o período negro do 400 nas minhas mãos.

E começou com um estrondo... Ligeiramente literalmente.

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Numa dada tarde, recebo uma chamada da minha namorada a dizer que algo se passava, que tinha a luz da bateria ligada e que a direcção estava pesada. Como estava a acabar umas coisas no trabalho e não estava propriamente atento, disse que não deveria ser grave, provavelmente uma correia que partiu, mas que não deveria andar com o carro e que mal saísse ia lá dar um salto para averiguar. Ela disse que o sítio onde estava não era o melhor e não estava longe de casa, pelo que ia seguir para lá.

Entretanto acabei o que tinha que fazer, comecei a pensar no assunto e verifiquei que 1+1 não é igual a 1... Isto é, que as duas coisas que se queixava eram feitas por duas correias diferentes e que, como tal, poderia ser algo mais grave. Quando ia para ligar para dizer para não andar com o carro, era tarde de mais. Já se tinha ido abaixo por ele mesmo.

O problema... Bem, infelizmente tinha a gravidade que suspeitei quando me apercebi deste facto.

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Para quem pode não ter percebido pela foto... Basicamente, a polie da cambota estava solta, e está toda torcida, ao centro da imagem, E a correia de distribuição solta.

Suspeito que, quando ela se queixou da direcção, apenas a polie "exterior" se tinha soltado, mas quando se foi abaixo soltou-se também a que está na distribuição. Felizmente, isso aconteceu ao ralenti, mas infelizmente ela rodou o motor para o tentar pôr a trabalhar. Agora só se saberia da extensão dos estragos com o motor aberto, não quis arriscar em montar tudo assim e ver o que se passava.

Como se pode ver, a correia veio a roçar a tampa por algum tempo:

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E sim, tinha uma fuga nos retentores das árvores de cames :p
 
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Andre Jacinto

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Na altura tinha-me acabado de mudar das Caldas da Rainha para Aveiro, e o meu pai quis ir avançando no 400, razão pela qual acompanhei a reparação à distância ou nos fins-de-semana em que ia a casa.

Tal como suspeitava:

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Foram "só" 4 válvulas de escape. As restantes estão intactas, as de admissão estão intactas, e os pistões idem.


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De imediato, deu para ver 4 estragos devido ao motor ter ficado fora de ponto, tal como suspeitava.

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Estavam assim:

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Deveriam estar assim:

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Dado que nem há marcas nos pistões, assumo que foi uma ligeira interferência. Como o carro morreu subitamente ao ralenti, acredito que isso tenha acontecido nesse mesmo instante, ou quando, inocentemente, a minha namorada insistiu em dar ao motor de arranque.

Depois de ter tirado as válvulas todas de escape fora,verifiquei que foram somente essas 4 que ficaram danificadas. As de admissão não sofreram.

Como a correia andou um pouco por toda a parte, as tampas também sofreram algumas cicatrizes:

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A razão? Essencialmente erro humano, com a montagem de uma peça que não estava nas melhores condições:

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A polie da cambota, da parte interior, tem uma chaveta para o encaixe da que fica exteriormente à tampa. Na altura da montagem, e recordo-me disso, senti que não era preciso muito para que a exterior saísse do sítio. Mas quando apertada na sua posição, não parecia ter margem para eventuais problemas... Mas tinha. Provavelmente, tinha alguma folga, a suficiente para ao longo de 3 anos ter desgastado a pouca "chaveta" que tinha, e provavelmente ter causado o desaperto.

Andei a desmontar o que tinha por casa, e a do 1.4 de origem do OX tinha este aspecto:

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Gravei este vídeo para se perceber a diferença com a mesma polie "exterior", com as duas "interiores".



4 Válvulas novas, todas as válvulas novamente rodadas, e estava pronto para montar tudo novamente, com uma nova junta do N-series (só me apetece bater por esta, em retrospectiva).

Assim que possível, no fim-de-semana em que me foi possível ir buscá-lo, tive que meter as mãos ao volante novamente... As saudades eram mais que muitas!

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No entanto, e após a troca das cames do VVC uma vez que as originais estavam rachadas e barulhentas, senti algo que não esperava. O ralenti estava extremamente instável, sentia uma hesitação na resposta e não estava com a alma que lhe conhecia. Decidi fazer uns kms para ver como se portava.

Entretanto, tirando ainda mais partido da força extra do VVC e fazendo jus ao nome "boi", decidi dar uma prenda ao 400
:lol:


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Uma lavagem para voltar às lides do dia-a-dia, agora novamente nas minhas mãos:

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Andre Jacinto

Veterano
Com o passar dos kms, continuava não convencido com o comportamento do motor. Estava com o andamento que experimentei num 1.8 normal, e não com a vivacidade que conhecia do VVC. Decidi fazer uma viagem fazendo o log dos dados da centralina, e confirmei as minhas suspeitas:

A azul no gráfico, o ângulo de abertura das válvulas de admissão que seria expectável, a laranja o real.

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E confirmando em alguma literatura sobre o VVC:

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Não estava, de todo, com um funcionamento normal.

E, pouco tempo depois, não por esta razão mas por algo relacionado, decidiu dar mais um passeio "às cavalitas".

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E porquê?

Bem, na viagem de volta das Caldas decidi ver os níveis. Tudo a nível, e sem fugas, como se quer.

Passados dois dias, na hora de almoço no trabalho, vejo uma poça XL de óleo por baixo do 400, que não estava de manhã. Decidi desmontar a tampa da distribuição de imediato, pois aparentava vir de lá. Rapidamente vejo toda a zona da polie da árvore de cames da admissão do lado da distribuição bastante babada.

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Vim sem tampa até casa, que são uns 15kms, e fez logo este aparato:

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E a fuga não era de todo pequena. De um dia para o outro perdeu uma cruz na vareta.




Também dá para verificar no vídeo que ainda fazia um bocadinho de barulho das cames do VVC, apesar de bem menos audível que antes. Os VVC fazem sempre um pequeno bater, e eu já o considerava normal, já o tendo ouvido noutros exemplares.


Achei estranho, porque desta vez tinha utilizado retentores originais (e recomendo mesmo face às melhores marcas da concorrência), mas decidi encomendar de imediato um retentor para substituir.

Depois da reparação das válvulas, decidi não trocar a distribuição porque não se encontrava danificada e assim verificava se estava tudo bem com o motor. Ainda tinha 10 000km para fazer com esta, e já estava a preparar a substituição... Que, pela contaminação com óleo, acabou por ser forçada.

Para despachar um pouco mais o processo por estar a necessitar do carro, decidi tentar arranjar nas casas de peças da concorrência um kit de distribuição. Mas foi um engano: por ser um VVC, não tinham o kit em stock em nenhuma das casas onde fui, e não conseguiam para o dia seguinte. O custo também me pareceu elevado (tendo em conta que o meu pai tem desconto nestas casas): 140€.

Por esse preço, adiei a reparação uma semana e mandei vir material original da Rimmer. Veio o kit de distribuição, 3 retentores (2 para stock
:lol:
), termostato (na altura em que o que tinha estava sempre aberto, meti um usado a funcionar que tinha em casa, até ter a oportunidade de o trocar), o-rings do housing (tinha uma pequena fuga), já com portes, por 136€.

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Como eu gosto de utilizar material original
:-D


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Na verdade... Não foi preciso substituir retentor nenhum. O meu pai, com algum receio por ter visto as cames originais partidas, montou a medo, tendo só encostado os parafusos das cames do VVC e, por distracção, não apertado posteriormente a binário. Para além disso, a árvore de cames do VVC do lado oposto à distribuição estava um dente desviado do ponto, o que explica as minhas queixas relativamente ao comportamento.

Tudo montado de volta no sítio (e devidamente apertado
:lol:
), testado e... Aprovado. As cames ficaram basicamente sem ruído, o ralenti mais estável (ainda não está a 100%, mas claramente melhor), e o andamento... Agora sim, é o que conhecia dele.
:twisted:


Na verdade, parece ter melhor resposta acima das 4000rrpm face ao que tinha antes da reparação das válvulas.

O motor em si, mesmo antes de rever esta situação, está de longe mais suave em andamento. O VVC junta realmente o melhor de dois mundos, a suavidade do 1.4 quando se está a andar nas calmas e uma brutidão acima do 1.8 normal quando...
:twisted:
:twisted:


Mesmo o pegar, que achava estar a demorar mais uma volta do motor de arranque que o normal, agora está de volta ao regular.




Uma lavagem com o irmão mais velho:

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Seria desta que ia ter descanso? A resposta é... Não. Desta vez, a 100% por minha culpa.
 
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Andre Jacinto

Veterano
Uma polia a dar problemas, que coisa de carro moderno :eek:

Tudo feito em casa, certo? Não me querem adotar? :xD: :ph34r: :p
Tudo em casa, por um ex-mecânico da British Leyland (apesar de ter a cabeça fora do lugar na reparação do 400, daí as asneiras consecutivas... Mas tudo acabou por ser resolvido :D), e responsável por este bicho dos carros ingleses! :)

Curiosamente, uns tempos depois tive um conhecido com o mesmo sintoma num série K e eu disse para parar de imediato. E safou-se de boa!
 
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Andre Jacinto

Veterano
Uma pequena actualização de Setembro de 2019:

Nestes últimos tempos tem-se portado como devia... E melhor, até. Desde a troca das cames do VVC que os consumos vieram a baixar, tendo atingido os 6,5 numa condução despreocupada (e com algumas idas com o ponteiro das rotações até à zona vermelha pelo meio
:twisted:
). É verdade que os percursos de estrada aberta ajudam bastante, mas ainda assim, só com condução cuidadosa é que cheguei a esta média num 1.4 (e foi no 45, que de si é já mais contido nos consumos que nos 400).

Por vezes, apetece-me reconsiderar quando digo que não voltaria a fazer este swap... De dia para dia acho que vale mais a pena, e estou a referir-me em utilização normal
:D


Agora resta bater as médias que já atingi com o 1.6: 5,5L/100km. Duvido que aconteça, até porque não consigo fazer um depósito inteiro para os consumos neste carro... Não sei se é do ronco, se é da resposta que tem quando é mais solicitado, mas de vez em quando puxa mesmo para a brincadeira
:twisted:


Agora uma foto que retrata o crescimento das berlinas de mais baixa gama da Rover... Esta garagem foi a casa do 213 nos primeiros 16 anos de vida, e cabia lá sem problemas
:lol:



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Uns dias depois deste update, decidi abrir a tampa do óleo e...

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É a prova que este carro não pode ser elogiado ou bem tratado. É para ser tratado, como o nome sugere, como um boi.

Ainda assim, decidi dar o benefício da dúvida, mas em menos de duas semanas, veio mais um sintoma: Pegar a 3 cilindros.

No fim-de-semana seguinte acabaram as dúvidas quando vi o ponteiro da temperatura subir um nadinha acima da posição normal. Obviamente que parei de imediato.

Foi de reboque para casa e, quando se tirou a cabeça, não havia nada fora do normal... As camisas estavam as 4 alinhadas e saídas à mesma altura do bloco, dentro das medidas recomendadas, a cabeça foi testada e não tinha qualquer empeno...

Comecei a pensar que raio poderia estar a causar isto, não havia mesmo motivo. Mas não era o único motor lá de casa que estava nesta situação, o 75 também levou tudo o que se apresentou necessário na altura, e um ZS que levou o overhaul completo ao motor começou a misturar óleo e água de imediato. Qual o factor em comum? A junta N-series.

Todos os restantes K que sofreram reparações à cabeça não nunca apresentaram tais problemas, e tinham levado as MLS da Victor Reinz.

Investiguei, e pelos vistos têm ocorrido situações semelhantes no UK... Portanto, ao contrário do que acreditava até então, esta junta NÃO É a melhor opção para os K... Pelo contrário.

Como tal, a junta do N-Series deu lugar a uma MLS "normal".


Assim, tive-o de volta no dia 22 de Dezembro, e eis o update que fiz na altura:

Desde que está de volta que fiz cerca de 1000km, sem nada a apontar:

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Em termos de comportamento, notei que em altas estava igual, mas em baixas está com mais força (e era uma coisa que me queixava) e ao ralenti deixou de falhar. Tudo indica que pode ter sempre ficado a consumir água. E antes do motor ter sido aberto pelos estragos da polie da distribuição solta, fez os 30000km que fez a mandar anticongelante para fora do bloco, também com a junta do N-Series.

Esperemos que desta seja de vez, que quero deixar de ter despesa em reparações para passar para o investimento em melhorias
:D


Uma coisa é certa, gosto demasiado deste carro e sou mais teimoso que ele, portanto... Vai continuar sempre na estrada, mesmo com estas dores de cabeça
:D



E sabem que mais? Desde então que tem levado com o tal tratamento de boi e tem resultado! Acho que o segredo está aqui :D

Fora de brincadeiras, daqui para a frente são só actualizações aborrecidas de manutenções preventivas e de viagens normalíssimas :)
 
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Andre Jacinto

Veterano
A paciência que tu tens para estes ingleses... :xD: :xD:

Eheh, verdade! :D

Mas neste caso, ao contrário do supra-sumo da fiabilidade (ou, no meu caso, das dores de cabeça) que deveria ser o motor do 213, tenho duas fortes razões para continuar a ter paciência com ele:

Todos estes problemas de maior dimensão não foram do carro em si, mas devido a decisões e/ou distrações da minha parte.

O raio do motor, e os série K em geral, são mesmo viciantes.

É o primeiro daily que tenho que me cativou verdadeiramente com a sua utilização, ao ponto de, mesmo tendo comprado um Tupperware novo em Maio, este continua a ser a minha escolha quando vou a meter as mãos ao chaveiro :D


O único motivo que tenho para não perder a paciência (por pouco) com o 213 é apenas um: valor sentimental... Infelizmente isso pesa bem mais, mas de vez em quando vem o mórbido pensamento da minha escolha para primeiro carro, quando tive a oportunidade de ficar com um Morris Marina mas nesse caso não poderia evitar um destino menos triste do IQ. Enfim, agora já está :xD:


São grandes máquinas, tomara eu deitar a mão a um VVC!

Na altura decidi arriscar com o VVC pelo desafio... Ao contrário do 45/ MG ZS em que a conversão para VVC é relativamente simples uma vez que a centralina é do mesmo tipo (e neste caso são conhecidos diversos exemplares com esta alteração, tendo um deles saído também das minhas mãos), no 400 é bem mais trabalhosa. Envolve mesmo a alteração de toda a cablagem do motor, e não conheço mais nenhum exemplar (razão pela qual não tive qualquer base que me ajudasse na conversão).

Hoje em dia não me arrependo nada, compensou mais do que esperava, em todos os tipos de condução!

A caixa é o único componente que não é do 1.8 e não está a gostar muito da ideia da potência e principalmente binário adicional... É no que dá utilizar componentes da Peugeot! :xD:
 

Mario_Marques

Veterano
Grandes trabalhos, sim senhor, á uns anos estive para fazer algo semelhante.
Uma coisa que não tinha noção dos valores exatos, quando o vvc atua, isso fica com 295graus de duração de abertura de admissão, 252 graus de duração de abertura de escape e um overlap considerável :)
Sempre gostei desses motores pelo desafio de preparar um fiável, pelo potencial de fazer potencia deles, e pela leveza, e claro, um pouco de exclusividade, pois quase ninguém sabe mexer neles em condições, cheguei a investir mesmo muito, muito tempo a estudar esses motores, mas nunca tinha visto as especificações exatas do vvc.

Uma nota, que provavelmente já deves saber, existem várias variações dessas cabeças 1.8, há umas com "melhor" fundição que outras, é possivel identificar pela referencia, e dá para fazer uma ligeira preparação na cabeça que depois juntamente com outras coisas permite uns ganhos interessantes.

Adoro o facto desse carro ter esse aspecto discreto, que qualquer pessoa pensa, olha lá vai um velhinho no seu 1.4 queima juntas e depois na verdade........é outra coisa :D
 
Última edição:
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Andre Jacinto

Veterano
A cabeça, que está faceada basicamente até ao limite, é uma preocupação minha num futuro não muito próximo (espero) e pondero arranjar uma suplente. Mas dado que a cabeça dos VVC é diferente das dos 1.8 normais... Vamos ver se aparece alguma coisa de jeito! Estou um pouco limitado nesse aspecto, mas também ainda não me debrucei devidamente sobre o assunto.

O aspecto "usado e abusado" dele tem precisamente esse efeito. E eu divirto-me demasiado com isso :xD:
 
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Andre Jacinto

Veterano
Tal como disse, da reparação para a frente não tem tido nada a assinalar.

Nos primeiros 1000km só notei uma hesitação entre as 1000 e as 2000, principalmente antes de estar na temperatura normal de funcionamento. Fora isso, sem problemas.

Aqui uma foto numa voltinha do primeiro dia do ano de 2020:

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E como daily driver que é (e dado que a rua do meu local de trabalho estava em obras, adicionando a chuva à mistura
:lol:
), não pode ter medo de sujar os sapatos e as partes baixas
:P


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O dono é que não acha muita piada à ideia
:lol:



Em finais de Janeiro era altura de mais uma IPO:

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Para quem duvida das capacidades práticas de carga de um "carro com rabo"
:lol:


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Vá, sejamos realistas... Isto já não seria possível
:P


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Andre Jacinto

Veterano
Na tentativa de resolver a hesitação em baixas, principalmente a frio, que me parecia ser da ignição, decidi começar com o mais básico: 4 velas novas.

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Aparentemente, a falha desapareceu!



Só em inícios de Maio é que voltou a ver água sem ser da chuva, em conjunto com o 45 da cara metade:

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Depois deste carinho, como o boi que é, decidiu demonstrar que não era dado a este tipo de carícias. Na seguinte viagem de Aveiro para as Caldas, a um ritmo... Apressado, começo a ouvir um bater no motor, a partir de dada rotação. Encostei de imediato, e foi isto que vi:

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Por norma, nos meus carros tenho uma correia dos acessórios a mais na mala. É o primeiro carro em que isso não acontece, e foi logo neste que se decidiu desfiar, com apenas 10000km...

Ponderei em chamar de imediato o reboque, mas dado que me encontrava em plena estrada atlântica, um pouco no meio do nada, tentei cortar somente a parte desfiada e seguir viagem:

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Assim foi, meti-me a caminho para fazer os 60km que estavam em falta, desta vez a um ritmo mais calmo:

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As pizzas do jantar ficaram frias, mas pelo menos chegou inteiro
:lol:



No dia seguinte tratei de imediato de arranjar duas correias, uma de substituição e outra para ir para o lugar
:D


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