Renault Clio 1.2 RN (1997)

Clássicos Modernos

Renault Clio 1.2 RN (1997)

Este carro foi comprado em 2010 e foi o presente do meu 18º aniversário. É, portanto, o meu 1º e único carro que tive. Trata-se de um Renault Clio 1 Phase 3, um 1.2 RN. Tem o motor atmosférico D7F de 58 cv, a injecção multiponto.

O carro pertencia a um velhote (que já faleceu entretanto) que era avô do marido da minha prima. O carro foi tão pouco utilizado que tinha na altura 22000 km, e estava tão de origem que ainda não tinha um autorrádio, nem sequer colunas (que só descobri quando mais tarde comprei um autorrádio), tendo apenas as respectivas pré-instalações. Houve um belo dia em que o velhote entrou em contramão numa autoestrada (pelo menos é esta a versão que me foi contada), e perante o susto nunca mais pegou no carro, e por isso decidiu desfazer-se dele. Como eu na altura estava prestes a fazer 18 anos, e portanto quase a começar a tirar a carta de condução, os meus familiares lá decidiram juntar-se e comprar o carrito ao velhote.
OK, é verdade que não era este o meu carro de sonho, mas fui conduzindo-o e conhecendo-o, e acabei por afeiçoar-me a ele. Eu e o carro estamos um para o outro da mesma maneira que o Michael Knight e o KITT estão um para o outro. Já houve conhecidos meus que eu não via há muito tempo e que ficaram admirados por eu ainda ter este carro.
Estou consciente que este carro nunca será mediático e lendário como um 2.0 Williams, nem um 1.8 16v, nem nada que se pareça. Eventualmente poderá valorizar um bocadinho de nada por ter sido um modelo que foi produzido por apenas 2 anos, e mesmo assim não sei, não. Sei perfeitamente que este carro é considerado como mais um charuto banal que já devia estar na sucata, e por isso é olhado com algum desdém. Mas estou afeiçoado de tal maneira ao carrito que estou empenhado em ficar com ele a todo o custo, desfazendo-me dele apenas se lhe acontecer algo grave ao ponto de ficar irrecuperável. Somos inseparáveis, o que posso fazer?...

Volvidos estes anos todos, o conta-quilómetros está neste momento na casa dos 80000 km, atingidos há umas semanas atrás. Para além de já não estar exactamente como veio parar às minhas mãos. Já foi feito o seguinte:
- Instalação de um rádio com leitor de CD's e entrada USB da Pioneer;
- Na sequência, tive de comprar um par de colunas para a frente, pois como expliquei acima, só dei pela falta das colunas depois de instalar o rádio. Mais tarde comprei outro par de colunas, mas para trás;
- Instalação de um "turbo" ( :p );
- A panela de escape final é do Clio 1.8, que teve de ser adaptada;
- Na sequência, instalou-se também uma ponteira cromada;
- Tive de comprar outra antena, porque a borracha da outra deteriorou-se e começou a entrar água dali para dentro do habitáculo, e essas borrachas não se vendem;
- Jantes de alumínio de 14 polegadas do Clio 2 Phase 1, que após a aquisição mandei desempenar e eliminar os riscos;
- Na sequência, aquisição de uns pneus Mabor Sport Jet 3, na medida 185/55 R14.

Daqui a umas semanas vou estar de férias, e vou aproveitar para ver se o electricista tem disponibilidade para instalar os faróis de nevoeiro dianteiros, que entretanto já adquiri. Já adquiri igualmente o interruptor, vindo de um Clio Oásis.
Futuramente, vou fazendo o seguinte:
- Substituir gradualmente as lâmpadas convencionais por lâmpadas de LED;
- Reparar os estofos do banco do condutor (pelo menos);
- Reparar as marcas deixadas pela fita letratag;
- Reparar os frisos laterais, que estão ruços;
- Reparar o friso do pára-choques traseiro, que para além de ruço está lascado, resultado de um acidente com o antigo dono;
- Reparar as imperfeições na chapa onde encaixa o farolim esquerdo (que tinha o vidro partido e cujos cacos estavam colados com super cola, mas o farolim já foi entretanto substituído)
- Eliminar uma "bolha" que está a aparecer junto ao vidro do passageiro de trás do lado direito
- Os dois últimos pontos serão feitos quando levar uma pintura geral.

No futuro, em termos estéticos pretendo dar-lhe um ar mais desportivo, mas nada de exorbitante. Embora ainda não esteja instalado, já tenho um aileron igual ao do Clio Williams. Depois, ainda estou indeciso entre:
- Instalar uma entrada de ar no capô e recorrer a fibra de vidro para "alargar" os guarda-lamas, para ficar ao estilo do Clio Williams;
- Ou limitar-me a instalar uns "lips" nos pára-choques e as saias laterais do Clio 1.8 RSi.

Daqui a uns anos, lá muito mais para a frente, em termos de performance, pretendo instalar um motor mais potente. A minha 1ª escolha é o motor F7R do Clio Williams, até porque só é permitido instalar motores que tenham saído no modelo em questão, neste caso o Clio mk1. Mas não sei até que ponto as "phases" também contam. É que se contarem, lá terei de me contentar com o motor F3P do Clio 1.8 RSi "phase 3". Independentemente do motor, terei depois de investir na segurança, evidentemente.
Mas enquanto tenho este motor, gostaria de arranjar maneira de "espremer sumo", desde que não estrague o motor, fazendo alterações na admissão, colectores, linha de escape, velas, cabos de velas, e reprogramação da centralina. Acima de tudo não quero que as alterações sejam feitas às 3 pancadas.

Eis umas fotos...

IMG_20210321_191842.jpg

IMG_20211015_143015.jpg

IMG_20211015_143042.jpg

IMG_20211015_143129.jpg

IMG_20211015_143156.jpg

O velhote tinha o nome e a morada junto ao porta-documentos, escritos com aquelas fitas letratag, ou lá como é que isso se chama. O autocolante "Puxe" é um improviso para disfarçar as marcas deixadas pelas tais fitas.

IMG_20211015_143252.jpg

Eis o porquê...

IMG_20211015_143410.jpg

IMG_20211015_144033.jpg

IMG_20211015_144046.jpg

IMG_20211015_175730.jpg

IMG_20211015_181542.jpg

IMG_20211015_181637.jpg

IMG_20211015_181809.jpg
 
Última edição:
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
Sim, a bem dizer o único friso que está "reparado" é o do pára-choques dianteiro, mas isso foi por causa de uma passa que mandei na traseira de outro carro por uma distração minha, há uns 4 anos :(. O carro teve de levar um pára-choques e um capô do motor.
 

joao p vasconcelos

Pre-War
Premium
Bela base que aí está!
Na minha opinião, esquecia as entradas de ar/alargamentos e troca de motor. Vai desvirtuar o carro e será uma fonte de problemas com a polícia e na inspeção anual.
A ponteira de escape cromada é maior que a do 1.8 16v e, mesmo este, não tem o para choques cortado.

É tratar desses pequenos pormenores (pintar plásticos pretos, estofar banco, borracha para choques frente, etc ..) e desfrutar do que esse chassis e D7f tem para oferecer!
 

Francisco3F

Clássico
Este carrinho é bem porreiro e são raros estes clios, ainda para mais no estado do teu, acho que vale a pena tentar preservar o mais original possível, apenas com um toque ou outro para ficar a gosto. Bem haja!
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
Carrinho simpático e em aparente bom estado. As alterações de motorização são o caminho errado. Mais vale comprar um Williams ou 1.8RSi. Fica em valores aproximados e sem chatices com a policia e principalmente com as seguradoras em caso de acidente. A primeira alteração que eu fazia era tirar o emblema 'turbo'.
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
Membro do staff
Premium
Portalista
Bem vindo Fábio.

Vi o título, vi a primeira foto e pensei: "Este tópico é capaz de ter potencial"

Começaste por enumerar todas as características de valor que o carro tinha no momento em que o compraste, o que me levou a acreditar que tinhas percebido o que realmente diferenciava esse Clio dos restantes que se vêm ainda a circular pelas nossas estradas.

Cheguei ao parágrafo sobre as alterações que lhe fizeste ao longo destes anos e percebi que afinal trataste-o como um mero meio de transporte. Esse carro não é um clássico pela idade, mas também nunca será um clássico se continuar a ser tratado dessa forma.

Eu sei que tinhas 18 anos e que ele cumpria uma apenas uma função, mas se vieste para a um fórum de clássicos tens de perceber que ele só será um clássico se o tratares como tal. E o primeiro passo que terias de dar era reverter todas as alterações que lhe fizeste. O segundo passo era esquecer todas as alterações que lhe planeaste fazer.

Há neste portal alguns exemplos de carros que não interessam a ninguém exceto ao seu dono, mas a forma como são tratados fazem-nos merecer o seu estatuto. O teu foi maltratado.

Espero que que me tenha feito entender e que o comeces a ver com outros olhos.
 
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
Bela base que aí está!
Na minha opinião, esquecia as entradas de ar/alargamentos e troca de motor. Vai desvirtuar o carro e será uma fonte de problemas com a polícia e na inspeção anual.
A ponteira de escape cromada é maior que a do 1.8 16v e, mesmo este, não tem o para choques cortado.

É tratar desses pequenos pormenores (pintar plásticos pretos, estofar banco, borracha para choques frente, etc ..) e desfrutar do que esse chassis e D7f tem para oferecer!

Bem, a ideia de trocar de motor era só mesmo se este entregasse a alma ao criador. Não iria desfazer-me de um motor que está bom.
Quanto à minha preferência na estética é imitar o Williams pelas razões mais óbvias. Mas também não descarto de todo imitar um 1.8 RSi, que as únicas diferenças estéticas em relação ao meu Clio são as borrachas (ou plásticos, ou lá o que é aquilo) por baixo dos pára-choques e as saias laterais, para além do aileron.
Sim, embora a panela e a saída seja o do 1.8 16v, a ponteira não é. Mesmo sem a ponteira cromada, o pára-choques no meu carro teria de ser cortado. Talvez por não haver outra forma, ou talvez fosse mesmo a casa dos escapes que não teve habilidade para montar a panela sem ter de cortar o pára-choques. Uma coisa é certa: gosto mais de uma saída de escape a apontar para trás, em vez de apontar para baixo como a ponteira da panela original.
 
Última edição:

António_Vidal

Veterano
Premium
Portalista
Estava a ler com entusiasmo até chegar à parte da, perdoa-me a expressão, "tu&a do mijo". Investe em material de manutenção original e/ou de muito boa qualidade e expreme esse motor que tens. Com boa manutenção (leia-se a tempo e horas) isso dura ;)
Se começas a alterar, depois precisas disto e daquilo. Depois precisas de mais tretas e nunca usufruis todo o exponencial do carro. Lembra-te que na vida real as estradas têm buracos, limites de velocidade e imprevistos que temos de conseguir reagir.

Se queres um brinquedo arranja algo que já saiu de fábrica como brinquedo.

De resto, parabéns pelo estado do carro :wub:
 
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
Carrinho simpático e em aparente bom estado. As alterações de motorização são o caminho errado. Mais vale comprar um Williams ou 1.8RSi. Fica em valores aproximados e sem chatices com a policia e principalmente com as seguradoras em caso de acidente. A primeira alteração que eu fazia era tirar o emblema 'turbo'.
Hum... Será? Será que ao fim de modificar, averbar e legalizar todas essas modificações (não iria fazer nada pela porta do cavalo) iria gastar 20000 biscas? É que são esses os valores mínimos que pedem por um Williams (já vi inclusive a pedirem 30000 biscas). Os 1.8 16v estão mais baratos, mas também não é assim por muito. Os 1.8 RSi Phase 3, não sei até que ponto foi comercializado aqui em Portugal... Pelo menos nunca vi nenhum.
Importar um carro destes, iria gastar balúrdios na importação e depois na legalização, pelo que também acabava por não compensar.
Estar uma carrada de anos a pagar um carro, ou pedir empréstimos a bancos (o que vai dar ao mesmo), também está fora de questão
 
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
Bem vindo Fábio.

Vi o título, vi a primeira foto e pensei: "Este tópico é capaz de ter potencial"

Começaste por enumerar todas as características de valor que o carro tinha no momento em que o compraste, o que me levou a acreditar que tinhas percebido o que realmente diferenciava esse Clio dos restantes que se vêm ainda a circular pelas nossas estradas.

Cheguei ao parágrafo sobre as alterações que lhe fizeste ao longo destes anos e percebi que afinal trataste-o como um mero meio de transporte. Esse carro não é um clássico pela idade, mas também nunca será um clássico se continuar a ser tratado dessa forma.

Eu sei que tinhas 18 anos e que ele cumpria uma apenas uma função, mas se vieste para a um fórum de clássicos tens de perceber que ele só será um clássico se o tratares como tal. E o primeiro passo que terias de dar era reverter todas as alterações que lhe fizeste. O segundo passo era esquecer todas as alterações que lhe planeaste fazer.

Há neste portal alguns exemplos de carros que não interessam a ninguém exceto ao seu dono, mas a forma como são tratados fazem-nos merecer o seu estatuto. O teu foi maltratado.

Espero que que me tenha feito entender e que o comeces a ver com outros olhos.
Viva! Obrigado.

Não vou esconder que na altura tinha ideias de fazer alterações hardcore a nível estético, ao estilo da saga "Velocidade Furiosa". Mas a verdade é que fui pesquisando e conhecendo versões mais apimentadas do Clio mk1, cujas estéticas embora não tenham diferenças gritantes relativamente às versões base, vê-se que têm um ar mais agressivo, mais desportivo, para além de ser bonito de se ver. E por as diferenças não serem gritantes, sairia muito mais barato imitar uma destas versões apimentadas do que imitar a "Velocidade Furiosa" (também fui perdendo esse interesse, mas o desejo de dar-lhe outro ar continua).

A parte do meio de transporte, para todos os efeitos o carro é mesmo, ainda que tenha só 80000 km, um dos meus meios de transporte, a par da minha XF-17. Mas um veículo que é meio de transporte não impede que seja clássico, da mesma maneira que um veículo que é clássico não impede que seja um meio de transporte. Uma coisa não invalida a outra, por amor de Deus. Mas isto é a minha opinião, que vale o que vale.
Independentemente da idade (e já que não fugimos às despesas), defendo que as viaturas foram feitas para circular nas estradas, para tirarmos partido delas. Defendo que as viaturas foram feitas para andar, e não para estarem encafuadas na garagem 364 dias por ano, a acumularem pó e teias de aranha. É que se fosse para isso eu teria, por exemplo, deixado a minha XF-17 como estava, toda ferrugenta e encostada lá ao canto. Além disso, já diz o velho provérbio que "ferros que não são usados, gasta-os a ferrugem". Mas cada qual anda com as suas viaturas onde, quando, e como bem entender, evidentemente.

A parte do interesse ou não, infelizmente as pessoas no geral não tem grande interesse por viaturas mais antigas, principalmente se estas forem de versões mais básicas. Existem inclusive incentivos para mandar a charutada para a prensa. Infelizmente está no ADN do povo português. Mas a grande ironia é que essas pessoas são as mesmas que depois ficam maravilhadas quando vêem viaturas antigas nas concentrações.
Felizmente, pelos vistos não é essa a mentalidade do pessoal daqui do fórum, já reparei nisso entretanto, e isso é de louvar. Há opiniões e opiniões, que todos nós temos direito, e há gostos e gostos, que não se discutem. Mas isso é como tudo na vida.
Há quem aprecie todo o tipo de clássicos independentemente da idade ou da originalidade, há quem prefira e portanto dê mais valor à originalidade, há até quem prefira um clássico todo ferrugento a um todo restaurado precisamente por questões de originalidade... Pronto, são os gostos de cada um, que como disse são indiscutíveis, e portanto só nos resta respeitar, embora possamos dar a nossa opinião, que tal como também disse, temos esse direito. Longe de mim ousar fazer o oposto.
Quanto a mim, tanto me faz que um clássico esteja original ou modificado, desde que seja e esteja bonito. Num dos últimos passeios de motas e carros antigos que fui, que foi antes desta maldita pandemia, estava lá um Opel 1204 vitaminado com um motor de 2000 cm3 (creio que fosse o do Manta B GTE, pelo menos não me está a ocorrer outro), e para mim não deixou de ser bonito e muito menos clássico. Se o swap estava legal ou não, isso honestamente não sei dizer, porque não ousei sequer questionar. Limitei-me a apreciar a máquina.

Bem, com isto tudo acabei por fazer um bocado de off-topic, e por isso peço as minhas desculpas. Mas tudo isto foi para dizer que, independentemente dos gostos e das opiniões de cada um de nós, todos nós aqui do fórum temos um denominador comum: damos valor e somos amantes de clássicos, desde a versão especial à versão básica. :)
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
Hum... Será? Será que ao fim de modificar, averbar e legalizar todas essas modificações (não iria fazer nada pela porta do cavalo) iria gastar 20000 biscas? É que são esses os valores mínimos que pedem por um Williams (já vi inclusive a pedirem 30000 biscas). Os 1.8 16v estão mais baratos, mas também não é assim por muito. Os 1.8 RSi Phase 3, não sei até que ponto foi comercializado aqui em Portugal... Pelo menos nunca vi nenhum.
Importar um carro destes, iria gastar balúrdios na importação e depois na legalização, pelo que também acabava por não compensar.
Estar uma carrada de anos a pagar um carro, ou pedir empréstimos a bancos (o que vai dar ao mesmo), também está fora de questão

Vamos lá ver...

Entre dois e quatro mil por um motor (sendo muitíssimo optimista)

Reparação do motor talvez dois mil euros (sendo muito optimista)

Chicote eléctrico alterado talvez 1.500 e rezar para que fique tudo bem.

Caixa de velocidades e embraiagem 2.000 (isto se couber)

Suspensões e travões 3500 a 5000 (material novo)

Mão de obra nem sei já para não falar do tempo que tudo isto levaria.

Homologação - quasi impossível.

A importação do carro não é tão cara como pensas. Os 1.8 16v foram por cá vendidos (phase 3 muito poucos). Não existem muitos sobreviventes mas encontram-se.

Sonhar é bom. Infelizmente a realidade costuma relembrar-nos que o que é bom custa dinheiro. Acresce que muitas versões desportivas, embora pareçam iguais a outras mais modestas, na realidade utilizam carroçarias muito reforçadas e alteradas que não é possível replicar de forma amadora.

No fim dos anos oitenta um amigo tentou montar uma cabeça de um R8 Gordini 1100 num Renault 5 TL. Parecia uma tarefa fácil. Ainda há uns meses atrás vi o motor e a cabeça (e um montão de outras peças) na garagem do sonhador. O R5 foi vendido no inicio de 2000...​
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Boa noite Fábio,
Antes de mais parabenizar-te por manteres um modelo sem valor comercial relevante activo e bem tratado.
Não sou adepto do troca tudo, mas também não sou originalidade a todo o ponto, basta ver os meus carros.
Contudo olho para a tua base e entendendo que podemos fazer muito, se tens o carro para uso regular acho que não deves alterar um centímetro á mecanica que tens, motor fiável e honesto e com Manutencao cuidada faz 5x os km que ostenta no quadrante.
Dito isto numa questão de imagem, procuraria umas jantes de liga leve de 14” dos clio de 90 a 98 e não de um fase 2, sempre dá um ar mais racing e não está fora de época. ;)
A Renault reforça de forma muito substancial os seus modelos desportivos e isso vê-se desde os R5 da 1a geração até agora, um modelo normal nunca será um 1.8 16Sopapos ou 2.0 Williams não tens forma de o fazer correctamente.
Se quiseres um carrinho mais despachado e manteres-te nos clio, é por exemplo procurar um Clio 2 1.6 16v, muito fiáveis muito económicos e na estrada não desmerecem nada, se achas que andam pouco compra um 2.0RS não tem ainda os valores dos Clio 1 desportivos e tens uma bela máquina. Atenção estas mecânicas não são amigas da carteira e trabalhar nestas não é tão fácil até porque não tens o mesmo espaço disponível.

Para finalizar mantém a tua máquina, não a desvirtues por completo, vais ter muitas dores de cabeça e deitar muito dinheiro que não irás recuperar a não ser em sorrisos ao utilizar a máquina (em provas?).
 

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Sonhar é bom. Infelizmente a realidade costuma relembrar-nos que o que é bom custa dinheiro. Acresce que muitas versões desportivas, embora pareçam iguais a outras mais modestas, na realidade utilizam carroçarias muito reforçadas e alteradas que não é possível replicar de forma amadora.

No fim dos anos oitenta um amigo tentou montar uma cabeça de um R8 Gordini 1100 num Renault 5 TL. Parecia uma tarefa fácil. Ainda há uns meses atrás vi o motor e a cabeça (e um montão de outras peças) na garagem do sonhador. O R5 foi vendido no inicio de 2000...​
Não falando de custos porque nunca procurei é isto.
Já agora também cheguei a pensar fazer o mesmo no R5, desisti dessa parte antes de começar a sério.
Mas que ficaria fantástico, deveria ficar. :)
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
Não falando de custos porque nunca procurei é isto.
Já agora também cheguei a pensar fazer o mesmo no R5, desisti dessa parte antes de começar a sério.
Mas que ficaria fantástico, deveria ficar. :)

Acompanhei com muito interesse essa epopeia. Os motores deveriam ser iguais mas nada cabia... A cabeça veio de França e precisou de ser refeita (vários meses de espera) mas depois verificaram que nenhum dos auxiliares e ligações à parte de baixo do motor eram compatíveis. Lá veio um dos blocos R8 1100 e depois era uma imagem em espelho do motor original. Vai de fazer adaptadores que afinal não cabiam. Apareceu um bate-chapas que achou que tudo era fácil mas dois anos depois ainda não tinha tempo...

Um inferno. O GT Turbo que o substituiu foi mais barato.
 
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
A importação do carro não é tão cara como pensas. Os 1.8 16v foram por cá vendidos (phase 3 muito poucos). Não existem muitos sobreviventes mas encontram-se.

Vejamos então:

Não é que queira comprar outro carro, mas estive a bisbilhotar os preços dos Williams num site de classificados estrangeiro. O mais barato que encontrei era da Bélgica e estava a 15750€. Os outros estavam mais ou menos dentro dos preços praticados cá em Portugal, sendo que o mais barato que vi neste momento está a 22000€ (e o mais barato que já vi estava a 19000€). Portanto só por aí praticamente mais valia comprar um cá.

Mas peguemos no dos 15750€:
- Só de ISV devia de pagar para aí uns 2000€.
- Mas antes, das duas, uma:
> Ou tinha de pagar o transporte.
> Ou então ia eu lá buscar o carro (de avião está fora de questão, que tenho medo) e aí pagar:
* Combustível.
* Portagens.
* Alimentação e sítios para dormir (que dão jeito :p).
* Pelo meio, teria de arranjar uma matrícula e seguro temporários para poder trazer o carro para cá, não podendo esquecer de arranjar aquela coisa do Certificado de Conformidade.
- Assim que cá chegasse, tinha então de pagar a tal batelada do ISV que já mencionei acima, a inspecção B, a atribuição de matrícula, e depois então o registo de propriedade.

Fazendo as contas assim por alto, eu diria que compensaria pouco ou mesmo nada
 
OP
OP
Fábio de Oliveira

Fábio de Oliveira

Clássico
Bom, adiante.

Tenho estado com azar. Entretanto tinha arranjado a rótula e o fole de direcção do meu lado, quando ontem dei com uma poça de óleo da caixa, vindo precisamente do fole da direcção. O arranjo não foi feito como deve ser, com certeza.
E para piorar a situação. partiu-se a muleta do puxador exterior da porta do condutor. A mola já tinha sido partida há 2 anos.
Mais uma noite em que a minha garagem está vazia :mellow:
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
Premium
Vejamos então:

Não é que queira comprar outro carro, mas estive a bisbilhotar os preços dos Williams num site de classificados estrangeiro. O mais barato que encontrei era da Bélgica e estava a 15750€. Os outros estavam mais ou menos dentro dos preços praticados cá em Portugal, sendo que o mais barato que vi neste momento está a 22000€ (e o mais barato que já vi estava a 19000€). Portanto só por aí praticamente mais valia comprar um cá.

Mas peguemos no dos 15750€:
- Só de ISV devia de pagar para aí uns 2000€.
- Mas antes, das duas, uma:
> Ou tinha de pagar o transporte.
> Ou então ia eu lá buscar o carro (de avião está fora de questão, que tenho medo) e aí pagar:
* Combustível.
* Portagens.
* Alimentação e sítios para dormir (que dão jeito :p).
* Pelo meio, teria de arranjar uma matrícula e seguro temporários para poder trazer o carro para cá, não podendo esquecer de arranjar aquela coisa do Certificado de Conformidade.
- Assim que cá chegasse, tinha então de pagar a tal batelada do ISV que já mencionei acima, a inspecção B, a atribuição de matrícula, e depois então o registo de propriedade.

Fazendo as contas assim por alto, eu diria que compensaria pouco ou mesmo nada
E os custos de uma transformação? Fica em quanto? A ida ao estrangeiro seria se não houvesse em mercado nacional. E compensar pouco é melhor que um carro apreendido por estar alterado...
 
Pela primeira vez vejo este tópico, e tive o cuidado de ler tudo ao pormenor.
Relativamente à transformação... esquece simplesmente.. Eu tenho um 16v e sei perfeitamente o que estou a gastar com ele para o deixar num estado :wub::wub: ...
Tal como foi indicado, se queres fazer algo bem feito, gastas muito dinheiro, e continua a ser sempre um 1.2.......
Necessitas de um motor F7P ou F7R completo, instalação do mesmo, centralina, caixa de velocidades, linha de escape, travagem, direção assistida, eixo traseiro, radiador e tubagens, etc... etc...
 
Topo