Quizz automobilístico.

Tiago Baptista

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Naquele lote de Ferrari favoritos foram apresentados aqui: o Mondial e o Dino 208/308 GT4.

O Mondial é um carro com ar super descontraído. Tanto pode ser usado no dia-a-dia como num passeio de clássicos ou numa ida à praia. Pode não ser muito prático no caso do primeiro e último exemplo mas isso já é outra história. Não me importava nada de ter um Quattrovalvole em cinzento.
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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Devo confessar que nos tempos 'modernos' são para mim os Ferrari menos interessantes. Era giro ter um? Claro. Mas em comparação com obras primas como os 308/328, o BB 512 ou o 365GT4 2+2/400i parecem-me um bocadinho sem sal.
 

Tiago Baptista

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Devo confessar que nos tempos 'modernos' são para mim os Ferrari menos interessantes. Era giro ter um? Claro. Mas em comparação com obras primas como os 308/328, o BB 512 ou o 365GT4 2+2/400i parecem-me um bocadinho sem sal.

Também aprecio os modelos que foram mencionados. Mas acho que os Dino 208/308 e os Mondial podem ser equiparados a um utilitário de uma qualquer marca mais banal. Sei que estou a fazer uma analogia grosseira mas o patamar dos BB 512, 308/328 é superior ao que mencionei, assim como superior é a zona estratosférica onde habitam os F40 ou F50. Diferentes zonas onde os modelos encaixam consoante a necessidade de cada um e o público a que se destinam.
 

José de Sá

"Life's too short to drive boring cars"
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Gostos são gosto. Para mim o Ferrari que mais gosto é o Mondial cabrio. Segue a mesma tipologia do 124 Spider... Carroçaria 2 portas com 2+2 lugares. E principalmente por ser um único Ferrari palpável... Ou seja o único que pelo baixo preço poderei sonhar vir a adquirir.
 

João Paulo C. Ribeiro

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Uma ajudinha para facilitar a coisa.

Famoso designer italiano que salvou da falência certa um prestigiado construtor alemão da actualidade.

Além disso as suas criações foram um triumfo de vendas nos anos sessenta e setenta para um construtor britânico entretanto desaparecido.
 

João Paulo C. Ribeiro

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Pois não
Mas também não desenhou a Neue Klasse. Era o Chefe do departamento de Design da BMW desde 1955, e um bocado à portuguesa ficou com os créditos alheios.
As criações deste designer italiano é que salvaram na realidade a poderosa BMW
Quem era ele?
 
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João Paulo C. Ribeiro

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BINGO

Era o Giovanni Michelotti

Giovanni Michelotti nasceu em Turim no dia 6 de Outubro de 1921 tendo desde muito cedo demonstrado um enorme talento para o desenho e uma verdadeira obsessão pelo automóvel. Com a tenra idade de dezasseis anos foi aceite nos Stabilimenti Farina como aprendiz de desenhador. As tarefas que lhe estavam confiadas eram simples (fornecer os estiradores com folhas de papel ou afiar lápis entre outras) mas o intenso interesse pelo trabalho dos desenhadores do estúdio e a simpatia e curiosidade com que o tratavam levou-o a arriscar mostrar os seus próprios esquissos e aprender com os conselhos que então lhe ofereciam.

Rapidamente o seu talento foi reconhecido e quando um dos principais desenhadores da empresa deixou de ali prestar serviço foi o próprio Attilio Farina que aconselhou a promoção do rapazinho. Durante o período em que trabalhou nos Stabilimenti Farina apercebeu-se da importância que o designer teria na industria automobilística e, sempre cioso da sua autonomia operacional, em 1949 fundou o Studio Tecnico Carrozzeria Giovanni Michelotti , um dos primeiros reservados exclusivamente a criação de design automóvel.

Numa primeira fase o negocio do novo estúdio era fornecer desenhos para os principais carroçadores da altura (Bertone, Allemano, Ghia, etc) tendo no entanto uma colaboração mais cúmplice com a Vignale, para a qual desenhou alguns dos mais belos e icónicos carros de sempre.​

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Na verdade uma parte importante do mito Ferrari deve-se a veículos desenhados por Michelotti como as barchettas Ferrari Vignale que tantas corridas ganharam. No Salão de Turim de 1954 pelo menos quarenta dos carros exibidos foram projectados por Giovanni Michelotti, mas praticamente nenhum lhe era atribuído oficialmente.​

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Sucesso gera trabalho e a partir do fim dos anos cinquenta iniciam-se as colaborações com os grandes construtores. O reerguer da Standard-Triumph (Triumph Herald, Triumph Vitesse, Triumph Spitfire, Triumph TR4, Triumph 2000, Triumph GT6, Triumph Stag, Triumph 1300, Triumph Dolomite), a ressurreição da BMW (o 700, o 1500, o 1602, o 2500/2800, o 2800CS/3,0CS), o dar a conhecer da DAF (o 44, 55 e 66) ou da Hino (Contessa), a criação da primeira cabine de veiculo pesados desenhada com condições ergonómicas de eleição (Leyland Ergomatic)​

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Michelotti foi um dos designers mais prolíficos de sempre, julga-se que desenhou pelo menos 1200 automóveis, mas é impossível realizar um inventário preciso já que Michelotti não exigia que os seus clientes divulgassem a origem do desenho. Era no entanto ferozmente independente, tendo recusado diversas vezes convites de grandes fabricantes para dirigir os seus gabinetes de design (ex. General Motors).​

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Muitíssimo versátil não tinha estilos fixos, seguindo normalmente os desejos dos clientes. É dele a famosa parábola do camelo: 'Um camelo é um cavalo projectado por um designer na sequência de uma reunião com o cliente'

Próximo desafio
 
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