Portal Quizz Júnior

JP Vasconcelos

Raio de Sol
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Portalista
Ora cá está a resposta certa. Era um Vauxhall Wyvern E-Series

Em Agosto de 1951 foi apresentado um Wyvern equipado com uma carroçaria monocoque de estilo 'ponton' (guarda-lamas e capots fundidos) em formato de três corpos. Embora o carro possuísse uma moderna suspensão independente à frente, utilizava a direcção, suspensão e eixo traseiro (ligeiramente melhorados) do modelo anterior. De inicio foi igualmente utilizado o motor do modelo anterior, mas decorridos seis meses do inicio de produção do Wyvern, o carro recebeu, em Abril de 1952, um novo motor de quatro cilindros de 1508 cc de curso curto.

Ver anexo 1186914

O carro era moderno, espaçoso e confortável. O êxito não tendo sido retumbante foi real. Acresce que o facto de ter seis lugares e ter uma fiabilidade muito razoável tornou-o uma opção para os serviços de táxi das grandes cidades. Foram construídos 105.275 num período de seis anos.

Ver anexo 1186911

Este foi um carro que teve influência directa em mim. Em 1979 Portugal era um país muito diferente de hoje. No entanto a injecção maciça de pessoas regressadas à pátria (quer fossem retornados das ex-colónias quer ex-exilados pelo antigo regime), a liberdade de imprensa e o acesso facilitado a tudo o que era estrangeiro (quer fossem os filmes, os livros, a imprensa ou mesmo viagens) começaram a abrir as mentalidades deste cantinho cinzento e retrogrado.

Foi assim com surpresa que o namorado de uma vizinha apareceu com um Vauxhall Wyvern de 1954, um carro que tinha sido táxi na zona de Loures durante muitos anos, e que com a carestia dos combustíveis esteve parado numa serração uns anos. O facto de um rapaz de dezanove anos, estudante sem outra ocupação, ter veiculo próprio não parece ser grande coisa hoje em dia. Em 1979 era border-line revolucionário.

Ver anexo 1186910

No dia em que chegou passou a tarde a dar voltinhas com o pessoal da mesma idade que havia lá no prédio a bordo, todos cheiinhos de inveja e desejosos de fazer o mesmo. A partir de 1980 lá começaram a aparecer os Taunus P2, os Rekord Olympia e os Peugeot 403. Estes foram rapidamente substituídos por Minis e FIAT 127. O Vauxhall durou cinco anos, avariava às vezes e servia de aprendizagem para todos (menos para mim que fugia assim que via o capot levantado). Foi substituído por um Corsa A com mala o que me deixou um bocadinho triste. Eu tinha catorze anos em 1979. Ainda me lembro dos assentos forrados num cabedal grosso e verde e da corrente plastificada presa entre os pilares B. Era um velho táxi mas foi a primeira vez que o sonho me pareceu real.

Novo desafio sff

Muito bom
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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Certíssimo

Originalmente foi concebido por Edsel Ford e por "Bob" Gregorie para ser uma espécie de Ford “light”, um modelo de entrada de gama da Ford, menos volumoso e menos dispendioso que recuperasse o espírito de veiculo de massas que se tinha entretanto diluído. No entanto, Edsel Ford morre em 1943 e, após a guerra, a Ford sentiu que o projecto do suposto light-car depredaria as vendas dos outros Ford. Além disso, Henry Ford II sentiu que os tão esperados Ford e Mercury para 1949 da autoria de Gregorie, eram grandes demais para o mercado do pós-guerra.​

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Assim esses modelos foram promovidos um posto na hierarquia para a Mercury e para a Lincoln, e um concurso foi realizado para projectar um Ford que seria ao mesmo tempo menor que o Mercury, mas maior que o Ford Light. Para recuperar o custo deste último, o projecto foi transferido para a Ford France.​

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Apresentado no Mondial de l'Automobile 1948 em Paris, o carro era muito semelhante aos modelos contemporâneos da Mercury. O Ford Vedette estava equipado com uma grande carroçaria fastback de seis vidros laterais com umas curiosas portas traseiras suicidas, suspensão dianteira independente, motor Aquillon V8 de 2158 cc e apenas 60cv, caixa de três velocidades e eixo traseiro rígido.​

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Foi comercializado em múltiplas versões incluindo coupé, coupé descapotável, berlina dècouvrable, pick-up e uma curiosíssima versão comercial sob o fantástico nome 'Abeille'.​

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Infelizmente o carro tinha sido desenhado para as estradas americanas. Numa Europa saída da guerra a grande carroçaria sustentada por um chassis demasiado ligeiro desconjuntava-se rapidamente. Se juntarmos um consumo muito superior à concorrência, performances decepcionantes e um preço elevado, fácil é de ver que o sucesso não foi grande. Por cá dizem-me que existiram. Poucos julgo eu já que em trinta e cinco anos de observação atenta nunca vi nenhum nem na rua nem nas muitas sucatas que visitei.​

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João Luís Soares

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Não, essa era a versão de chassis curto. Este é longo.

Este é um Fiat 521 Laudalet de 1929. Este exemplar específico tem a particularidade de ter o profano e o sagrado misturados na sua história. Este carro, além de ter aparecido no filme Divina Creatura em 1975, foi parte da frota do Vaticano desde 1929 a meados dos anos 30.
 

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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O disparate do "C" foi da minha inteira responsabilidade, a loira não teve nada a ver com isto. Para ser verdadeiro, a loira sugeriu Fiat 520, 521 ou 524.
 
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