Pilotos Lendários

OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
Circuito de Hockenheim, Agosto de 1977, a propósito de Jonnhy Cecotto:

A terceira etapa da temporada de 1977, disputada no dia 08 de maio, em Hockenheim, foi palco das disputas mais electrizantes da história.

Ainda não foi desta vez que Giacomo Agostini teve a chance de confrontar a nova Yamaha 500 de 4 cilindros na pista com a imbatível Suzuki RG 500 de Barry Sheene !

O autódromo de Hockenheim tem 6.879 metros e foram disputas as categorias 50, 125, 250, 350 e 500 cilindradas.

A situação do campeonato, após duas etapas era a seguinte:

Na 50 cc, a primeira prova do ano.

Na 125 cc, os líderes eram Nieto e Lazzarini, empatados com 15 pontos cada.

Na 250 cc, só houve prova na Venezuela (1ª etapa) e o era líder Walter Villa, com 15 pontos.

Nas 350 cc, Cecotto liderava com 15 pontos. Na etapa da Áustria, a prova das 350 foi interrompida por acidente e não contou pontos.

Ceccoto (aqui com o amigo Sheene) não participou nesta etapa, com uma lesão no braço esquerdo !

Nas 500 cc, novo empate na liderança entre Barry Sheene e Jack Findlay com 15 pontos cada.
 

Anexos

  • GP_77_circuito.jpg
    GP_77_circuito.jpg
    14.2 KB · Vistos: 1
  • GP_77_cecotto.jpg
    GP_77_cecotto.jpg
    14.8 KB · Vistos: 0
  • GP_77_largada_500.jpg
    GP_77_largada_500.jpg
    25.1 KB · Vistos: 0
  • GP_77_500_pelotao.jpg
    GP_77_500_pelotao.jpg
    24.6 KB · Vistos: 0
  • GP_77_Ago_350.jpg
    GP_77_Ago_350.jpg
    18 KB · Vistos: 0
  • cecotto_30_anos_podio.jpg
    cecotto_30_anos_podio.jpg
    36.1 KB · Vistos: 1
Ola
Antes de mais muitos parabens um topico muitissimo interessante, a nostalgia destas pilotos toca me muito, adoro tudo o que se relaciona com pilotos e historia d eoutros tempos, tenho algum (pouco arquivo de pilotos historicos, mais relacionados com motos.
Sou piloto de motos e como nao poderia deixar de ser corro cum uma senhora clasica de todos os tempos, para os que sabem um yamaha FZR 1000, marcou o seu tempo.
Mas voltando ao tema tenho todo o prazer de colocar aqui o tenho, vou faze-lo o mais breve possivel.

Um abraço
LOBO
 

Simao Reis

Prego a fundo...
aqui vai o meu contributo...
:huh:

vencedores do campeonato do Mundo de Rallies desde 1932


1932 - Col. Loughborough, Lanchester
1933 - Miss Kitty Brunell, AC Ace
1934 - F.R.G. Spikins, Singer Le Mans
1935 - Resultados desconhecidos
1936 - C.E.A. Westcott, Austin 7
1937 - Jack Harrop, Jaguar SS100
1938 - Jack Harrop, Jaguar SS100
1939 - Abiegeg Fane, BMW 328
1940–50 - Não foi realizado
1951 - Ian Appleyard, Jaguar XK120
1952 - Godfrey Imhof, Allard-Cadillac J2
1953 - Ian Appleyard, Jaguar XK120
1954 - John Wallwork, Triumph TR2
1955 - Jimmy Ray, Standard Ten
1956 - Lyndon Sims, Aston Martin DB2
1957 - Não foi realizado
1958 - Peter Harper, Sunbeam Rapier
1959 - Gerald Burgess, Ford Zephyr Six
1960 - Erik Carlsson, Saab 96
1961 - Erik Carlsson, Saab 96
1962 - Erik Carlsson, Saab 96
1963 - Tom Trana, Volvo PV544
1964 - Tom Trana, Volvo PV544
1965 - Rauno Aaltonen, BMC Mini Cooper S 1275
1966 - Bengt Söderström, Lotus Cortina
1967 - Rally Cancelado
1968 - Simo Lampinen, Saab 96 V4
1969 - Harry Kallström, Lancia Fulvia 1.6 Coupé HF
1970 - Harry Kallström, Lancia Fulvia 1.6 Coupé HF
1971 - Stig Blomqvist, Saab 96 V4
1972 - Roger Clark, Ford Escort RS1600
1973 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1600
1974 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1600
1975 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1800
1976 - Roger Clark, Ford Escort RS1800
1977 - Björn Waldegård, Ford Escort RS1800
1978 - Hannu Mikkola, Ford Escort RS1800
1979 - Hannu Mikkola, Ford Escort RS1800
1980 - Henri Toivonen, Talbot Sunbeam Lotus
1981 - Hannu Mikkola, Audi Quattro
1982 - Hannu Mikkola, Audi Quattro
1983 - Stig Blomqvist, Audi Quattro A2
1984 - Ari Vatanen, Peugeot 205 Turbo 16
1985 - Henri Toivonen, Lancia Delta S4
1986 - Timo Salonen, Peugeot 205 Turbo 16
1987 - Juha Kankkunen, Lancia Delta HF 4WD
1988 - Markku Alen, Lancia Delta Integrale
1989 - Pentti Airikkala, Mitsubishi Galant VR-4
1990 - Carlos Sainz, Toyota Celica GT-Four
1991 - Juha Kankkunen, Lancia Delta Integrale 16V
1992 - Carlos Sainz, Toyota Celica Turbo 4WD
1993 - Juha Kankkunen, Toyota Celica Turbo 4WD
1994 - Colin McRae, Subaru Impreza 555
1995 - Colin McRae, Subaru Impreza 555
1996 - Armin Schwarz, Toyota Celica GT-Four
1997 - Colin McRae, Subaru Impreza WRC
1998 - Richard Burns, Mitsubishi Carisma GT Evo 5
1999 - Richard Burns, Subaru Impreza WRC
2000 - Richard Burns, Subaru Impreza WRC
2001 - Marcus Grönholm, Peugeot 206 WRC
2002 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2003 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2004 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2005 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2006 - Marcus Grönholm, Ford Focus RS WRC 06
2007 - Mikko Hirvonen, Ford Focus RS WRC 06
 

Simao Reis

Prego a fundo...
aqui vai o meu contributo...
:huh:

vencedores do campeonato do Mundo de Rallies desde 1932


1932 - Col. Loughborough, Lanchester
1933 - Miss Kitty Brunell, AC Ace
1934 - F.R.G. Spikins, Singer Le Mans
1935 - Resultados desconhecidos
1936 - C.E.A. Westcott, Austin 7
1937 - Jack Harrop, Jaguar SS100
1938 - Jack Harrop, Jaguar SS100
1939 - Abiegeg Fane, BMW 328
1940–50 - Não foi realizado
1951 - Ian Appleyard, Jaguar XK120
1952 - Godfrey Imhof, Allard-Cadillac J2
1953 - Ian Appleyard, Jaguar XK120
1954 - John Wallwork, Triumph TR2
1955 - Jimmy Ray, Standard Ten
1956 - Lyndon Sims, Aston Martin DB2
1957 - Não foi realizado
1958 - Peter Harper, Sunbeam Rapier
1959 - Gerald Burgess, Ford Zephyr Six
1960 - Erik Carlsson, Saab 96
1961 - Erik Carlsson, Saab 96
1962 - Erik Carlsson, Saab 96
1963 - Tom Trana, Volvo PV544
1964 - Tom Trana, Volvo PV544
1965 - Rauno Aaltonen, BMC Mini Cooper S 1275
1966 - Bengt Söderström, Lotus Cortina
1967 - Rally Cancelado
1968 - Simo Lampinen, Saab 96 V4
1969 - Harry Kallström, Lancia Fulvia 1.6 Coupé HF
1970 - Harry Kallström, Lancia Fulvia 1.6 Coupé HF
1971 - Stig Blomqvist, Saab 96 V4
1972 - Roger Clark, Ford Escort RS1600
1973 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1600
1974 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1600
1975 - Timo Mäkinen, Ford Escort RS1800
1976 - Roger Clark, Ford Escort RS1800
1977 - Björn Waldegård, Ford Escort RS1800
1978 - Hannu Mikkola, Ford Escort RS1800
1979 - Hannu Mikkola, Ford Escort RS1800
1980 - Henri Toivonen, Talbot Sunbeam Lotus
1981 - Hannu Mikkola, Audi Quattro
1982 - Hannu Mikkola, Audi Quattro
1983 - Stig Blomqvist, Audi Quattro A2
1984 - Ari Vatanen, Peugeot 205 Turbo 16
1985 - Henri Toivonen, Lancia Delta S4
1986 - Timo Salonen, Peugeot 205 Turbo 16
1987 - Juha Kankkunen, Lancia Delta HF 4WD
1988 - Markku Alen, Lancia Delta Integrale
1989 - Pentti Airikkala, Mitsubishi Galant VR-4
1990 - Carlos Sainz, Toyota Celica GT-Four
1991 - Juha Kankkunen, Lancia Delta Integrale 16V
1992 - Carlos Sainz, Toyota Celica Turbo 4WD
1993 - Juha Kankkunen, Toyota Celica Turbo 4WD
1994 - Colin McRae, Subaru Impreza 555
1995 - Colin McRae, Subaru Impreza 555
1996 - Armin Schwarz, Toyota Celica GT-Four
1997 - Colin McRae, Subaru Impreza WRC
1998 - Richard Burns, Mitsubishi Carisma GT Evo 5
1999 - Richard Burns, Subaru Impreza WRC
2000 - Richard Burns, Subaru Impreza WRC
2001 - Marcus Grönholm, Peugeot 206 WRC
2002 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2003 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2004 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2005 - Petter Solberg, Subaru Impreza WRC
2006 - Marcus Grönholm, Ford Focus RS WRC 06
2007 - Mikko Hirvonen, Ford Focus RS WRC 06
 
Gostaria de agradecer e parabenizar o Francisco Lemos Ferreira pela dedicação e pela precisão das informações prestadas em sua pesquisa.
Abraço
 

Filipe_Rocha

YoungTimer
Parabens Francisco, belo trabalho. Só acho que falta aqui um grande piloto nacional, em breve darei o meu contributo.

Cumprimentos
 
boa noite

Assim vale a pena estar neste portal quando se tem o previlegio de ler trabalhos como o do Francisco Lemos Ferreira, muito obrigado pelo excelente trabalho que desenvolveu na historia de alguns grandes pilotos de outras tempos, vale a pena dizer "ou se faz bem feito ou entao nao vale a pena". Sem querer, de forma alguma menespresar e seu trabalho, que repito " e expectacular" permita-me juntar aqui umas fotos, que tirei ha dias, de uns livros que para aqui tenho na minha biblioteca, que, penso tambem fazem parte dessa epova;
as minha s saudaçoes
Ver anexo 31293

Ver anexo 31294

Ver anexo 31295

Ver anexo 31296

Ver anexo 31297 vieira leitao
 

Anexos

  • IMG_0012.jpg
    IMG_0012.jpg
    73.9 KB · Vistos: 4
  • IMG_0010.jpg
    IMG_0010.jpg
    77.1 KB · Vistos: 6
  • IMG_0007.jpg
    IMG_0007.jpg
    89.9 KB · Vistos: 2
  • IMG_0006.jpg
    IMG_0006.jpg
    94.6 KB · Vistos: 2
  • IMG_0003.jpg
    IMG_0003.jpg
    75.2 KB · Vistos: 3
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
José Carpinteiro Albino começou a competir com um Mini Cooper, tendo guiado o Renault 8 Gordini nos anos de 1967 e 1968. Ao longo da sua carreira utilizou outros carros: Saab 96 V4, Volkswagen, Fiat 125 e Fiat 124 Spider. Foi Campeão Nacional de Ralis (Turismo Especial) em 1970. Em 1974 abandonou as competições automobilísticas. J. Carpinteiro Albino faleceu em 2002.
Na primeira edição do Rali TAP em 1967, piloto do R8 é o português José Carpinteiro Albino e o co-piloto é P. Pereira. O Rali TAP viria a estar na origem do Rali de Portugal, que chegou a ser considerado o melhor rali do mundo. Em 1967 iniciaram o Rali TAP 52 equipas mas apenas terminaram 8 equipas. Muitas equipas foram vítimas da dureza das etapas. José Carpinteiro Albino soube gerir muito bem a mecânica do seu Renault 8 Gordini e aproveitou as desistências dos favoritos para garantir a vitória. Mas só na última etapa é que garantiu a liderança do rali quando desistiu o piloto oficial da Renault, Jean-Pierre Nicolas.
 

Anexos

  • albi70.jpg
    albi70.jpg
    53.5 KB · Vistos: 7
  • albi69.jpg
    albi69.jpg
    58.6 KB · Vistos: 8
  • albi3.jpg
    albi3.jpg
    91 KB · Vistos: 7
  • albi1.jpg
    albi1.jpg
    71.3 KB · Vistos: 7
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
ANTÓNIO PEIXINHO

Desde o início dos anos 60 que António Peixinho era um dos mais competitivos pilotos portugueses, com vitórias em automóveis como o Lotus Elan, o Ford Cortina Lotus, ou o Ferrari LM de Pierre de Siebenthal. No final da década de 60 foi correr para Angola, integrando a equipa da Socoina (agente Alfa Romeo) sendo desde logo um crónico vencedor das provas em que participava, quer no início com o Alfa GTA, quer depois com o GTAm, ou com o protótipo T33. Em 1972 e depois de disputadas as 3 Horas de Luanda a Autodel (empresa gestora do Autódromo de Luanda) adquire o Lola T212 ao piloto–preparador sul-africano André Verwey, um dos participantes nessa prova. O carro, de cor verde é pintado de vermelho e entregue a António Peixinho que desde logo fica praticamente imbatível pelas outras máquinas do parque automóvel angolano. Provou-o logo depois em Novo Redondo onde obteve uma fácil vitória. Para a época de 73, a Autodel resolve fazer um investimento ainda maior e adquire um dos novos Lola T292, equipado com um potente motor BMW (270 cv) preparado pela Schnitzer. A estreia do carro ocorre na primeira prova da Temporada Internacional, disputada em Luanda, mas problemas vários fazem com que apenas na última prova, disputada em Benguela, a dupla Peixinho-Nicha Cabral consiga aproveitar na sua total plenitude as possibilidades do Lola e vença, deixando o outro carro idêntico, do norueguês Ray Fallo, na 2ª posição. No ano seguinte (1974) o Lola passa para as mãos de Mabílio de Albuquerque, que convida Peixinho para com ele partilhar a sua condução na primeira prova da Temporada Internacional, as 6 Horas Internacionais do Huambo, Nova Lisboa. Seria a última prova da extraordinária carreira de Peixinho, coroada por mais uma excelente vitória, e logo na mais carismática prova do país da sua paixão: Angola.

Este Alfa do Peixinho, foi um dos 2 T33-2,5l produzidos.
Conforme reportagem de Carlos Blanco para o jornal MOTOR , chegou a Luanda numa manhã de cacimbo em Julho de 1970.
Ganhou logo no 1º teste em Malange e na prova seguinte, 6h do Huambo.
Actualmente, este carro encontra-se a totalmente recuperado, na posse dum coleccionador algures na Europa.
 

Anexos

  • peixi0.jpg
    peixi0.jpg
    119.9 KB · Vistos: 12
  • Peixinho_NRedondo_72.jpg
    Peixinho_NRedondo_72.jpg
    14.6 KB · Vistos: 11
  • peix.jpg
    peix.jpg
    73.6 KB · Vistos: 8
  • peixinho.jpg
    peixinho.jpg
    126.3 KB · Vistos: 8
  • peixiberl.jpg
    peixiberl.jpg
    25.7 KB · Vistos: 10

Hugo Rainho

Clássico
Francisco Lemos Ferreira = Biblioteca do desporto automóvel;)

Devo confessar que só hoje vi este tópico todo e está muito para além daquilo que eu pensava que era.
 
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
HELDER DE SOUSA

Em 1974, Hélder de Sousa teve a excelente oportunidade de conduzir um dos March 74S-Ford da equipa Paulenco Racing nas provas que compunham a Temporada Internacional de Angola. Os carros foram alugados pela equipa ETA-Mocar e Hélder fez equipa nas 3 provas com o espanhol Artemi Rosich Prats. Depois de duas provas marcadas por problemas de vária ordem, realizou uma estupenda exibição na 2ª manga das 3 Horas de Luanda, vencendo à frente do inglês Robin Smith em Chevron. No entanto, e como o catalão Artemi, o seu companheiro de equipa, fora apenas 7º na primeira manga apenas se pôde classificar no 4º lugar da geral da prova. Depois de finda a Temporada Internacional, a corrida disputada como habitualmente nas ruas de Sá da Bandeira, as 3 Horas de Huíla, foi marcada pela inesperada presença de Hélder de Sousa como companheiro de Mabílio de Albuquerque. A vitória foi mesmo para a dupla do Lola T292, que depois de sofrer problemas mecânicos, conseguiu recuperar o atraso em relação ao Porsche de Lopes de Almeida e Herculano Areias, vencendo sem contestação. Depois de regressar a Portugal continental e provavelmente de forma inesperada, Hélder de Sousa volta aos protótipos em 1978, fazendo a última prova da época, a Rampa James (Penha), ao volante do carro (GRD) de 0rlando Gonçalves. 0 piloto-jornalista apenas conseguiu o 12º lugar da geral pois teve que fazer a prova, que decorreu debaixo de forte chuva, com pneus slicks.
Para lá da conhecida faceta de jornalista, Hélder de Sousa foi também um piloto de reconhecido mérito e sucesso que correu durante alguns anos em Angola e posteriormente em Portugal Continental. Se uma característica pode ser apontada à carreira do piloto, será sem dúvida a preferência por correr com "sport-protótipos" de 2 litros, tendo utilizado carros tão variados como o March 74S, o Lola T-292 ou mesmo o GRD S-73 que mais tarde viria a utilizar em Portugal Continental. As fotos que aqui apresentamos e que na maioria foram gentilmente cedidas pelo piloto, representam um dos mais interessantes e dramáticos períodos da história do automobilismo desportivo nacional, quando após a revolução de Abril de 1974 e no meio das perigosas incertezas que rapidamente dominaram o dia a dia das antigas Províncias Ultramarinas, os pilotos locais optaram por continuar a correr, mesmo quando a prudência aconselharia a uma postura mais recatada. Assim, este período representaria simultaneamente o auge (porque o parque automóvel angolano atingia o seu ponto mais elevado) e a decadência das provas de automobilismo na África portuguesa.

Note-se que muitas destas provas de 1974 e 1975 foram disputadas em ambiente de verdadeira guerra civil entre os movimentos que visavam obter o poder em Angola.


http://www.blogger.com/profile/11492326400723313758
 

Anexos

  • hs4.jpg
    hs4.jpg
    105.3 KB · Vistos: 13
  • hs3.jpg
    hs3.jpg
    70 KB · Vistos: 13
  • hs2.jpg
    hs2.jpg
    26.1 KB · Vistos: 15
  • Helderde_Sousa_Lola_T292BMW.jpg
    Helderde_Sousa_Lola_T292BMW.jpg
    129.2 KB · Vistos: 12
  • hel1.jpg
    hel1.jpg
    50.6 KB · Vistos: 13
  • hel2.jpg
    hel2.jpg
    61.7 KB · Vistos: 14
  • hel3.jpg
    hel3.jpg
    55.1 KB · Vistos: 15
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
LARAMA (Manuel Amaral)

Em 1974, Larama era provavelmente o mais cotado piloto angolano e por isso não estranhou que a equipa ETA-Mocar o convidasse para conduzir um dos dois March 74S que alugou à Paulenco Racing para a Temporada Internacional. E, de facto, Larama não deixaria os seus créditos por mãos alheias e seria o grande vencedor da Temporada Internacional, depois de obter 3 excelentes resultados: um 2º lugar em Nova Lisboa (em parceria com Roy Johnson); 3º em Benguela (também com Roy Johnson) e 1º em Luanda (com John Sabourin). Infelizmente, a sua carreira com protótipos estava também terminada. Pouco tempo depois Larama regressará a Portugal e a sua carreira a curto prazo passará pelos Ralis nos Açores, ao volante de um Ford Escort RS. Venceu mesmo a prova do Nacional de Ralis disputada em 1977 e 78 nos Açores, a “Volta à Ilha de S. Miguel”. Mais tarde, irá também participar (com algum sucesso) nos Troféus Citroen, mas já com o seu verdadeiro nome “Manuel Amaral”. Hoje, mantém-se activo no automobilismo nacional como empresário ligado à modalidade.
 

Anexos

  • LARAM2.jpg
    LARAM2.jpg
    16.5 KB · Vistos: 12
  • lara.jpg
    lara.jpg
    116.5 KB · Vistos: 8
  • laram1.jpg
    laram1.jpg
    23.4 KB · Vistos: 9
  • Larama_NLisboa74.jpg
    Larama_NLisboa74.jpg
    23.8 KB · Vistos: 8
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
Francisco Lemos Ferreira disse:
LARAMA (Amaral)

Em 1974, Larama era provavelmente o mais cotado piloto angolano e por isso não estranhou que a equipa ETA-Mocar o convidasse para conduzir um dos dois March 74S que alugou à Paulenco Racing para a Temporada Internacional. E, de facto, Larama não deixaria os seus créditos por mãos alheias e seria o grande vencedor da Temporada Internacional, depois de obter 3 excelentes resultados: um 2º lugar em Nova Lisboa (em parceria com Roy Johnson); 3º em Benguela (também com Roy Johnson) e 1º em Luanda (com John Sabourin). Infelizmente, a sua carreira com protótipos estava também terminada. Pouco tempo depois Larama regressará a Portugal e a sua carreira a curto prazo passará pelos Ralis nos Açores, ao volante de um Ford Escort RS. Venceu mesmo a prova do Nacional de Ralis disputada em 1977 e 78 nos Açores, a “Volta à Ilha de S. Miguel”. Mais tarde, irá também participar (com algum sucesso) nos Troféus Citroen, mas já com o seu verdadeiro nome “Manuel Amaral”. Hoje, mantém-se activo no automobilismo nacional como empresário ligado à modalidade.


Conheci-o no pós 25 de Abril no Restelo, em Lisboa :D
 

Anexos

  • Larama_NLisboa74.jpg
    Larama_NLisboa74.jpg
    23.8 KB · Vistos: 7
  • LARAM2.jpg
    LARAM2.jpg
    16.5 KB · Vistos: 8
  • laram1.jpg
    laram1.jpg
    23.4 KB · Vistos: 7
  • lara.jpg
    lara.jpg
    116.5 KB · Vistos: 8
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
MABILIO DE ALBUQUERQUE (Dr.)

Em 1971, Mabílio de Albuquerque aparece nas provas angolanas a conduzir o BMW 2002 Grahser ex. Miguel Correia e em 1973 passa a conduzir o Lola T212-Ford ex. Autodel (ex. André Verwey e António Peixinho). Essa primeira época ao volante de um protótipo não lhe traria grandes alegrias, mas o mesmo já não se poderá dizer da época seguinte, pois, já ao volante do Lola T292-BMW (#HU-59) foi o grande “campeão de Angola”, vencendo em Moçâmedes, Malange, Luanda (na prova nacional), Nova Lisboa (6 Horas Internacionais) e Sá da Bandeira (com Hélder de Sousa), e obtendo a 2ª posição em Benguela (prova nacional). Mas, em breve, o Dr. Mabilio de Albuquerque, como milhares de outros portugueses, regressava a Portugal e abandonava as competições, ficando no entanto para a história como sendo provavelmente o piloto português com mais vitórias em provas ao volante de um Sport de 2 Litros, se excluirmos as actuais corridas de clássicos.

VIDEO
http://www.dailymotion.com/country:pt/video/x4xdrw_mabilio-de-albuquerque-sa-da-bandei_sport

Citando: Helder de Sousa in mázungue
Estamos em semana dedicada ao Dr. Mabilio de Albuquerque, mas, apesar disso, tenho que abrir uma brecha para agradecer a Marius 70 as amáveis palavras a meu respeito, logo clarificadas pelo sempre atento amigo Farapuso.
A foto referente ao circuito de Moçâmedes 74, com o Lola de Mabilio a ser verificado atentamente na sua altura ao solo, através de um gabarito de 10 cm de altura que era a considerada mínima para aqueles carros, essa foto reflecte o clima de arranjos e influências bairristas que também se manifestava no automobilismo desportivo. Esse bairrismo doentio e retrógrado mostrava-se em muitas manifestações, não só nas desportivas embora sendo estas as que mais despertavam sentimentos separatistas.
Mabilio, que sempre foi piloto de ponta desde que foi para Angola, era um alvo apetecível dessas manifestações, tal como Emilio Marta o foi por essas e outras razões, tal como o falecido Carpinteiro Albino quando foi a Angola, tal como António Peixinho, e por aí fora.
O que Mabilio deixou para o automobilismo angolano de antes da independência foi, acima de tudo, a imagem forte e bem marcada de um "gentleman driver", de um senhor que andava nas corridas pelo gosto dos automóveis e da competição e que não alinhava nas maquinações de gabinete.
Mabilio e Vitor Vitorino que lhe dava assistência mecânica constituiram uma dupla de grande qualidade num automobilismo bastante incipiente como era, no fuim de contas, o nosso em Angola até 75.
O Lola T292-BMW, antes pertença de Peixinho - isto é, da Autodel - foi bem mais eficaz nas mãos de Mabilio do que nas de Peixinho. Talvez, justamente, por ser assistido pelo Vitor Vitorino.
Mabilio e sua sempre simpática mulher Teresa vão estar presentes no encontro anual de antigos pilotos de Angola que costumo organizar juntamente com o João Coimbra. E o António Peixinho confirmou-me também a sua presença. Deverá ser uma excelente jornada de confraternização de grandes pilotos, aos quais se juntam ainda o Serafim Furtado, o Ferreira do Carmo, o Vicente Pires, o Vitor Morgado, o professor dr. Pamiés Teixeira e muitos outros cujos nomes, se me derem autorização, publicarei noutro local mais conveniente já que este é dedicado a Mabilio de Albuquerque.
abraços
helder

Gostei de me rever no pódio (filme) com o Mabilio, o Zé Rebocho e o Waldemar Teixeira, no final das "3 horas da Huila" 1974 em que, no meu turno, partiu-se a suspensão traseira direita na curva larga à esquerda antes da curva para a recta da meta. Acho que era a curva da praça de touros. Pode ser? Existe, aliás, um desenho do circuito com anotações minhas que foi publicado algures.
Consegui levar o carro até à box e, aí, o Vitorino fez o milagre de recompor o carro. Ganhamos depois de o Mabilio ter recuperado as voltas de atraso e de ter feito uma condução soberba.
Acho que foi a melhor corrida que ele fez na sua carreira em Angola.

Dos nomes que sugeri, falei do Mabílio de Albuquerque. Razões várias me levaram a colocar o nome dele - foi um piloto de ponta durante alguns anos, guiou dos melhores carros da sua época e, acima de tudo, para mim, foi um amigo que me confiou a condução do seu Lola T292-BMW. A equipa Mabilio-Helder estava destinada a grandes sucessos, aliás iniciados nas 3 horas da Huila 74, com uma brilhante vitória. A seguir, seriam as 9 horas de Kyalami, que não foram cumpridas devido à situação política em Angola naqueles tempos. Depois, bem, depois, foi o que sabe...
Mas eu tinha um martelo a bater-me na cabeça para me lembrar do pseudónimo do Mabílio em Portugal, antes de ir para Angola.
Era o SACRILA.
Pronto. Aqui fica mais um contributo para a história.
Abraços.
Helder
 

Anexos

  • mabi1.jpg
    mabi1.jpg
    40.3 KB · Vistos: 12
  • mabi.jpg
    mabi.jpg
    97.5 KB · Vistos: 13
  • MOAMEDES74003.jpg
    MOAMEDES74003.jpg
    89.6 KB · Vistos: 13
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
"NICHA "Mário de Araújo Cabral nasceu em Cedofeita, na cidade do Porto, no dia 15 de Janeiro de 1934. Começou a correr em 1955, na categoria de GT’s.

nichaux9.jpg


Embora os dados não sejam muitos sobre a passagem do primeiro Lusitano pela elite do automobilismo, consegui apurar que o português não era ‘piloto a tempo inteiro’ (presumo que fosse uma espécie de 3º piloto) e que foi inscrito em apenas 5 Gp, começou 4 e apenas finalizou 1. Bastante diferente da fiabilidade a que Tiago Monteiro nos habituou... Mas também eram tempos diferentes e uma percentagem de corridas acabadas de 25% para um piloto que raramente corria já não parece tão pouco, nas máquinas pouco fiáveis da época.

“Nicha” Cabral estreou-se em Portugal (no circuito de Monsanto) em 1959. Foi a única corrida que fez, nessa época. E foi a única que terminou. Em 1960, começou mais uma corrida, novamente em Portugal, desta vez no circuito da Boavista, mas foi forçado a abandonar.
Só voltou às corridas depois de voltar do serviço militar em Angola, disputando duas corridas 1963 (Alemanha) e em 1964 (Itália). Neste último ano, correu pela equipa Derrington Francis - ATS, ao contrário dos outros três (das outras três corridas) em que representou a Cooper – Maserati.
O ano de 1965 ficou assinalado na sua carreira pelas piores razões. No GP de Rouen, em Fórmula 2, foi vítima de um aparatoso e grave acidente, que lhe provocou diversos ferimentos e o afastamento das pistas durante três anos.
No seu regresso, em 1968, conduziu vários carros de Sport até 1975, incluindo o David Piper’s Porsche 917 – o carro que mais gozo lhe deu pilotar (foto superior) – com o qual obteve a segunda posição em Vila Real. Em 1973, no GP de Portugal, em Fórmula 2, ficou em 8º, ao volante de um March.
Pode-se concluir que este piloto português não teve a sorte do seu lado, pelo menos enquanto na F1. Ainda assim, foi o primeiro Luso na Fórmula 1 e, só por isso, faz parte da histório do automobilismo nacional.
 

Anexos

  • nicha2.jpg
    nicha2.jpg
    108.6 KB · Vistos: 14
  • nicha.jpg
    nicha.jpg
    54.6 KB · Vistos: 11
OP
OP
C

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
Francisco Corte Real Pereira

RECORDANDO CORTE REAL PEREIRA

Pequena "estória" de alguém que devia servir de exemplo a todos os que se dedicam a este belo desporto.

Francisco Corte Real Pereira foi um piloto que, depois de ter participado e destacado em algumas corridas em Portugal, se radicou em Angola, sendo a sua presença certa em todas as provas que ali se realizavam.
Das provas em Portugal, lembro 1953 em que venceu a I Taça Cidade do Porto, tripulando um ALBA, carro de construção nacional.
Em 1954 voltou a alinhar na II Taça Cidade do Porto, novamente em ALBA e em que se esperava um grande despique entre os carros daquela marca e os FAP, igualmente de origem nacional.
Nesse ano alinhou também no I Grande Prémio do Porto, em Jaguar, tendo desistido em ambas as provas.
Também em Vila Real, alinhou em 1949 tendo ganho o I Grupo até 750 cc.
Em 1951 e 1952 ficou em sexto nos dois anos e, em 1958, alinhou, de novo em ALBA, na Taça Circuito Internacional de Vila Real, tendo abandonado, e na Taça Cidade de Vila Real, em BMW 507, classificando-se em 3º.
Em Angola, o seu amor ao desporto automóvel, o seu espírito de camaradagem e a sua afabilidade de trato granjearam-lhe um amigo em todos quantos com ele conviveram.
A sua presença em qualquer prova era sempre desejada e motivo de satisfação para todos os organizadores e concorrentes.
O Corte Real era um exemplo do verdadeiro desportista e um apoio para qualquer concorrente, principalmente, para os mais novos.
Antes de afinar o seu carro, corria todas as “boxes” prestando a ajuda necessária a quem dela precisasse e só depois se dedicava à sua viatura.
Em 1970, Corte Real Pereira esteve, pela última vez, nas “6 Horas de Nova Lisboa” e recordo, como se fosse hoje, a última mudança de pilotos no seu carro.
Encontrava-se já muito debilitado e preocupou-me como entrou e pegou no volante para arrancar para a sua última participação, porque entendi que não se encontrava em condições físicas ideais para conduzir.
E tão preocupado estava que me encaminhei para o director da prova a fim do aconselhar a que lhe pusesse a bandeira negra obrigando-o a abandonar a prova.
Mas, a meio do trajecto, hesitei e desisti pois não tive coragem de ser o autor do abandono de Corte Real Pereira.
Obrigá-lo a abandonar era o mesmo que matá-lo com o desgosto que se ia provocar a quem tanto amava as corridas e os automóveis.
Corte Real Pereira pôde, assim, concluir as suas últimas “6 Horas de Nova Lisboa”.
Oito dias depois, viria a falecer, vítima de acidente, quando tripulava o seu Lótus nas “3 Horas da Huila”.
Faleceu a fazer aquilo que tanto amava.
No ano seguinte, em sua homenagem e para que não fosse esquecido tão grande desportista e apoiante de todos os que se iniciavam nesta modalidade, instituímos a Taça Corte Real Pereira, troféu a ser disputado na prova de iniciados.
Ainda hoje perdura a saudade por um companheiro que não voltaremos a ter entre nós mas que, pela sua maneira de estar, devia ser um exemplo para todos quantos se dedicam a este nobre desporto.

Contribuído por Armando de Lacerda , Quinta, 20 de Dezembro de 2007 às 17:48 In Auto Sport



Vou tentar deixar aqui mais alguma coisa sobre o piloto Corte-Real Pereira. Não será o mais agradável pois trata-se precisamente da sua trágica morte em Sá da Bandeira. Eu e mais um colega estávamos a cerca de cinquenta metros do local onde se deu o acidente. Na volta anterior reparei que o piloto não levava o capacete apertado, pois viam-se as abas do mesmo a abrir com a deslocação do ar.
Quem estava ao meu lado disse-me que tinha a impressão que o cinto de segurança também não estava colocado, mas como a velocidade era muita...
Na volta a seguir, na curva á esquerda que ía dar ao casino, o piloto do lotus apercebeu-se que vinha um BMW atráz e fez-lhe sinal com o braço esquerdo para que o ultrapassa-se ao mesmo tempo que afastava o lotus para a direita. Só queo carro já estava muito chegado ao lancil o que provocou o despiste, saíndo a direito ao poste de iluminação onde bateu com grande violência. O facto é que o piloto foi projectado do carro para o ar caindo a meio da pista e sobre a sua própria cabeça e já sem o capacete o que vinha confirmar os comentários que haviamos feito na volta anterior. Sempre que vejo um Elan sem capota, faz-me lembrar esse terrivel acontecimento.

Um abraço,

__________________
MOÇÂMEDES...Sempre

Luis Bacharel " In Mazungue"
 

Anexos

  • crp2.jpg
    crp2.jpg
    116.1 KB · Vistos: 13
  • crp.jpg
    crp.jpg
    103 KB · Vistos: 14
  • crp3.jpg
    crp3.jpg
    59.8 KB · Vistos: 13
Topo