Morris Garages vs Triumph

Morris Garages vs Triumph

  • Morris Garages (MG)

    Votos: 1 3.7%
  • Triumph

    Votos: 26 96.3%

  • Total de votantes
    27

António Barbosa

Red Line
Portalista
Escolhi os MG porque quis participar, decidir qual dos dois me agrada mais é me particularmente dificil. Gosto muito de ambos.
Já agora para os mais entendidos, gostaria de saber qual o roadster tipicamente inglês que aparece na versão original do filme "Sabrina", anos 50, com Audrey Hepburn.
 
OP
OP
António Miguel Carvalho
Dias Gonçalves disse:
...
Nos anos 70 que MG haviam ?
O MG B e a versão fechada
O MG Midget como baixo de gama
O MG 1300 que mais não era que um Morris 1300 GT com uma grelha diferente

E que Triumph haviam ?
O Spitfire e a versão fechada (GT 6)
O TR 6 com motor de injecção, posteriormente o TR 7
O 2000 e o 2500 PI como grandes berlinas
O Stag como cabrio de 4 lugares e motor V8
O Toledo e o 1300 como pequenas berlinas de tracção dianteira
O Heralde, o Heralde Cabrio e os Vitesse como pequenos carros
O Dolomite como berlina intermédia / desportiva (o primeiro 16 válvulas de série)

Na minha opinião este argumento não é totalmente válido, já que a MG como marca de desportivos da Morris não iria produzir carros com propósitos mais familiares, embora tenha sido produzido o MG 1300, talvez por uma questão de marketing.
Sendo assim, não faz muito sentido comparar a gama de cada uma das marcas, mas sim os modelos mais desportivos e exclusivos.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
António Miguel Carvalho disse:
Na minha opinião este argumento não é totalmente válido, já que a MG como marca de desportivos da Morris não iria produzir carros com propósitos mais familiares, embora tenha sido produzido o MG 1300, talvez por uma questão de marketing.
Sendo assim, não faz muito sentido comparar a gama de cada uma das marcas, mas sim os modelos mais desportivos e exclusivos.

Até posso concordar. Obviamente que numa discussão destas pretende-se sempre levantar algumas polémicas, mesmo algumas provocações.
No entanto a MG até fez carros familiares, como o MG Magnete, o que já pode permitir comparar as gamas de ambas as marcas
 

Anexos

  • MG_Magnette_Saloon_1958.jpg
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OP
OP
António Miguel Carvalho
Dias Gonçalves disse:
Até posso concordar. Obviamente que numa discussão destas pretende-se sempre levantar algumas polémicas, mesmo algumas provocações.
No entanto a MG até fez carros familiares, como o MG Magnete, o que já pode permitir comparar as gamas de ambas as marcas

De acordo, mas uma marca que é uma sub-marca de uma outra generalista nunca iria ter a mesma quantidade de carros familiares que a Triumph, logo haverá sempre uma descrepancia entre as gamas, certo?
E quando criei o tópico até foi só a pensar nos roadsters, mas claro que a Triumph tem o mérito de ter produzido carros desportivos e familiares.

Quanto ao MG Magnete, penso que este carro terá sido um MG e não um Morris pois para altura parece ter sido um carro de uma gama mais alta, e se tivesse o simbolo da Morris não seria levado como um carro de luxo e as pessoas não iriam aceitar o preço pedido. Estou a supor pois não conheço bem o modelo, mas parece-me fazer sentido.
 
António Miguel Carvalho disse:
De acordo, mas uma marca que é uma sub-marca de uma outra generalista nunca iria ter a mesma quantidade de carros familiares que a Triumph, logo haverá sempre uma descrepancia entre as gamas, certo?
E quando criei o tópico até foi só a pensar nos roadsters, mas claro que a Triumph tem o mérito de ter produzido carros desportivos e familiares.

Quanto ao MG Magnete, penso que este carro terá sido um MG e não um Morris pois para altura parece ter sido um carro de uma gama mais alta, e se tivesse o simbolo da Morris não seria levado como um carro de luxo e as pessoas não iriam aceitar o preço pedido. Estou a supor pois não conheço bem o modelo, mas parece-me fazer sentido.

O MG ZA e ZB Magnette era baseado no Wolseley 4/44, outra marca do grupo BMC. O seu motor era o mesmo do MGA, o serie B, de origem Austin:D.
No entanto a MG até tinha uma boa reputação a nível de familiares desportivos. Nos anos 30 os seus modelos VA, SA e WA rivalizavam com o que de melhor a Jaguar tinha, e até nem ficavam muito atrás. E antes destes havia o KN que era mecanicamente muito semelhante ao famoso K3 de competição.
Por outro lado a Triumph com os seus Gloria, Continental, etc. pouco mais podia fazer do que assistir à luta pelo mercado das berlinas desportivas entre a Jaguar e a MG.

Já no pós guerra surgiu os YA e YB, uma espécie de MG TC para a família, e que até nem eram nada maus, sendo estes substituidos pelos ZA e ZB Magnette mencionados.

Neste segmento a MG apenas começou a perder a sua identidade com o novo Magnette baseado na nova serie "Farina" do grupo BMC, em que os Austin, Morris, Wolseley, Riley e MG eram todsos iguais à excepção da grelhao_O.
 

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OP
António Miguel Carvalho
Fábio Silva disse:
O MG ZA e ZB Magnette era baseado no Wolseley 4/44, outra marca do grupo BMC. O seu motor era o mesmo do MGA, o serie B, de origem Austin:D.
No entanto a MG até tinha uma boa reputação a nível de familiares desportivos. Nos anos 30 os seus modelos VA, SA e WA rivalizavam com o que de melhor a Jaguar tinha, e até nem ficavam muito atrás. E antes destes havia o KN que era mecanicamente muito semelhante ao famoso K3 de competição.
Por outro lado a Triumph com os seus Gloria, Continental, etc. pouco mais podia fazer do que assistir à luta pelo mercado das berlinas desportivas entre a Jaguar e a MG.

Já no pós guerra surgiu os YA e YB, uma espécie de MG TC para a família, e que até nem eram nada maus, sendo estes substituidos pelos ZA e ZB Magnette mencionados.

Neste segmento a MG apenas começou a perder a sua identidade com o novo Magnette baseado na nova serie "Farina" do grupo BMC, em que os Austin, Morris, Wolseley, Riley e MG eram todsos iguais à excepção da grelhao_O.

Então vou tentar resumir.

Nos primeiros tempos da MG, esta além de produzir desportivos, também produzia carros familiares com uma vertente desportiva, capazes de ombrear com marcas mais cotadas, como a Jaguar.
Contudo, com as politicas de redução de custos esses familiares deixaram de se enquadrar nos padrões originais da marca. O que terá, mais tarde, provocado a sua extinção.
Parece então que a partir daí os apenas os desportivos, os modelos mais conhecidos, mantiam o ADN da marca.

A Triumph, era nos anos 30 uma marca mais modesta, mas com o evoluir dos tempos, no pós guerra, conseguiu produzir automóveis com mais carácter, tanto desportivos como familiares.


Pessoal, vamos lá tentar melhorar isto tomando como base estes dados, até porque um dos objectivos do tópico é ficarmos a conhecer melhor as duas marcas.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
Tendo eu um Triumph Spitfire, uns dos Triumph que mais admiro é o ADU 4B, versão do Spitfire 4 (posteriormente conhecido como MK I). Foram 4 os carros que a Triumph preparou para Le Mans em 1965, tendo o ADU 4B ficado em 1º da classe e em 13º da geral, o ADU 3B ficando logo a seguir (2º e 14º lugar, respectivamente)

O motor de 1147 cc do Spitfire com uma cabeça de 8 portas (em vez das 6 portas originais), com carburadores Weber 45 DCOE, conseguia ter 109 bhp / 7300 rpm, permitindo que o carro atingisse os 214 km/h. A carroçaria passou a ter um Hard Top que foi posteriormente utilizado para criar o Triumph GT 6.

Este carro continua a existir

Há 2 anos vi uma réplica deste carro que se preparava para correr nas Le Mans Clássicas, tendo infelizmente desistido antes da partida. O seu dono, com mais de 2 m de altura, estava absolutamente desolado quando o visitei no Padock
 

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OP
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António Miguel Carvalho
Parece que um MGB ganhou o rally de Monte Carlo na classe de grande turismo em 1964.
Alguém me sabe explicar se foi uma vitoria à geral ou apenas numa classe. É que não sei se todos os carros participantes pertenciam à classe de grande turismo. :huh:

Ver anexo 32186

Aqui está o que aparece escrito nessa imagem, algumas palavras não se percebem bem, por isso é provável que estejam algumas mal.

“This is the MGB, that won not only it’s class but also first overall in the tough Grand Tourism Category in the 1964 Monte Carlo Rally. It defeated, among others, Ford Falcons, Plymouth Valiants, Porsches, Triumphs and Alfa Romeos. This win for MG is the latest in a string of “first” that go back to the early thirties. The MGB you can drive today is an example of the effect of racing experience on sports car design. But one need not race to enjoy the fruit sot racing. The MGB is a pleasure to drive under any conditions. It’s quick yet safe, powerful yet luxurious, responsive yet forgiving.”

De destacar que venceu Triumphs ;), apesar de não referir quais
 

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António Miguel Carvalho disse:
Parece que um MGB ganhou o rally de Monte Carlo na classe de grande turismo em 1964.
Alguém me sabe explicar se foi uma vitoria à geral ou apenas numa classe. É que não sei se todos os carros participantes pertenciam à classe de grande turismo. :huh:

Ver anexo 36492

Aqui está o que aparece escrito nessa imagem, algumas palavras não se percebem bem, por isso é provável que estejam algumas mal.

“This is the MGB, that won not only it’s class but also first overall in the tough Grand Tourism Category in the 1964 Monte Carlo Rally. It defeated, among others, Ford Falcons, Plymouth Valiants, Porsches, Triumphs and Alfa Romeos. This win for MG is the latest in a string of “first” that go back to the early thirties. The MGB you can drive today is an example of the effect of racing experience on sports car design. But one need not race to enjoy the fruit sot racing. The MGB is a pleasure to drive under any conditions. It’s quick yet safe, powerful yet luxurious, responsive yet forgiving.”

De destacar que venceu Triumphs ;), apesar de não referir quais

Essa vitoria parece que foi apenas na categoria GT. O Monte Carlo de 1964 foi ganho por um MINI Cooper.
 
António Miguel Carvalho disse:
Então que tipo de carros corria na categoria GT?
Seriam carros de série?

Era para carros de Grande Turismo, por ex. Ferraris, Porsches, etc. Basicamente todos os carros que tivessem menos de 4 lugares eram GT's, embora houvesse GT´s com 4 lugares.
Entre os GT´s tal como nos turismos havia grupos, Gr.3 para GT de serie e GR.4 para GT modificado mas não tenho a certeza se em 1964 já era assim.
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
O Monte Carlo de 1964 foi ganho por Paddy Hopkirk em Mini Cooper S
Aliás nunca um MG ganhou este raly, o que, infelizmente, também se aplica à Triumph
 
OP
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António Miguel Carvalho
Dias Gonçalves disse:
O Monte Carlo de 1964 foi ganho por Paddy Hopkirk em Mini Cooper S
Aliás nunca um MG ganhou este raly, o que, infelizmente, também se aplica à Triumph

Mas já se chegou à conclusão que o MGB ganhou o rally de Monte Carlo na classe GT, não à geral

Foi este o carro

Ver anexo 32198
 

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Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
TRIUMPH HERALD
Em 1959 a Triumph lançou um pequeno carro (com 3,88 m) de duas portas, desenhado pelo italiano Giovanni Michelotti (desenhador de vários carros desta marca). O carro tinha um motor de 949 cc e duas características que foram muito importantes para a sua história: em vez de ter uma construção moderna de monocoque, tinha o chassis separado; por outro lado, toda a frente (o capot e os guarda lamas) basculava para melhor acesso à mecânica.

Estas duas características foram essenciais para a construção de toda uma gama: saloon, coupé, convertible e estate. Para além desta gama, permitiu a construção de diversos carros da Triumph (O Spitfire e o GT 6) e de outras marcas (o Bond Equipe e o Amphicar, por exemplo)

O motor original acabou por ser substituído pelo 1147 (Herald 1200 e depois o Herald 12/50) e depois pelo 1296 cc (Herald 13/60, ou seja 1300 cc com 60 cavalos). No total foram produzidos cerca de 526.000 Herald entre 1959 e 1971.

Teve ainda direito a um motor de 6 cilindros em linha numa versão designada por Triumph Vitesse, inicialmente com 1596 cc e depois com 1998 cc. Houve “apenas” a versão saloon, convertible e estate (nunca foi feito o coupé). Exteriormente são fáceis de identificar pois têm 2 faróis suplementares. Foram apenas produzidos 50.000 destes carros entre 1962 e 1971.

Em 1962 surgiu um carro que teve o nome de código “Bomb”. Utilizava muitos dos componentes do Herald, incluindo o motor de 1147 cc, e foi produzido até 1980, sobrevivendo portanto ao carro em que se baseava. Trata-se do Triumph Spitfire, que teve motores de 1147 cc, 1296 cc e finalmente 1493 cc. Foram produzidos cerca de 314.000

Em 1966 a Triumph apresentou o carro “nascido em Le Mans”: a versão fechada do Spitfire com um motor de 6 cilindros de 1998 cc. Foram produzidos cerca de 41.000 destes coupés.

Em 1962 na Alemanha foi produzido o único carro amfíbio não militar: trata-se do Amphicar com chassis e motor do Herald. Foram produzidos cerca de 4.500.

Em 1963 a Bond pretendia fabricar um carro que fosse uma alternativa para os seus microcarros. A escolha recaiu no chassis do Herald e nos motores da gama Triumph. O primeiro foi o Bond Equipe GT com motor de 1147cc do Spitfire, seguiu-se o Bond GT 4S com motor 1296 cc e finalmente o Bond Equipe 2 litre com o motor de 1998 cc. Foram produzidos cerca de 4500 destes carros em fibra de vidor.

Desta forma, pode-se dizer que o Triumph Herald permitiu a construção de quase 1 milhão de carros. É um número muito aceitável para um carro tão pequeno.
 

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Pois eu votei MG.
Não sou propriamente aficionado das marcas em questão e pouco conheço em termos de motorizações ou palmarés desportivos, por isso a minha votação teve por base a elegância.
Para mim o MG tem umas linhas mais bonitas e uma presença mais marcante.

Continuem a esmiuçar o assunto que assim eu vou aprendendo.
 
OP
OP
António Miguel Carvalho
"Why an MG? Because I always wanted one, and it's one of those rare things where the having lives up to the wanting.

I wanted an MG because nothing else would do. It's not about the 'safe' or 'practical' thing to do, it's about dreams. It has something to do with an image I had of the heroes of the Battle of Britain; I always pictured MG Midgets parked by their airfields. It is about green hedges and country roads; an escape from everyday reality to a romantic unreality that never existed anywhere else outside of my heart. It's because everything looks better through the windscreen.

It's for the quick, light steering, and the simplicity. It's because of the sudden elation I feel after taking a corner a little too fast and getting away with it . It's because I like the way my face hurts from grinning after a spirited drive, and because I like the satisfaction that comes from knowing that I keep it running myself.

It's kind of like, if you ask a New Yorker why they would put up with that impossible city; because it's worth it, because it's like nothing else. If you have to ask...

It's a common man's "something special" in an otherwise ordinary world."

Phil Vanner
'61 Midget
 

Dias Gonçalves

Abílio Gonçalves
João Pedro Pessoa Cruz disse:
Isto so vai ser decidido c foto-finish!:D:D

Pura ilusão !
Isto NUNCA vai ficar decidido, não fossem estas 2 marcas inglesas grandes rivais.

Nos anos 80 o vencedor foi a MG com a extinção da Triumph pela BL (politiquices). Nessa altura a MG continuou, mas à custa dos seus modelos mais mal amados (como o MG Metro e o MG Maestro).

No final dos anos 90 a BMW poderia ter relançado o nome da Triumph com o Z3 (se calha isto é pura expeculação, mas na altura parecia que este carro poderia ser o sucessor do TR6 e, sobretudo, a versão fechada seria um novo GT6). Se isto fosse verdade, nesta altura a Triumph seria a grande vencedora.

No século XXI o vencedor será seguramente o Portal
 
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