Honda Prelude 2.0 16i 4ws - Restauro

Honda Prelude 2.0 16i 4ws - 1989. 3º série - 140.000 Kms - Sem restauro, a não ser pequenas intervenções para melhoramentos. Viatura de Fim-de-semana; Encontro de clássicos e fazer o gosto ao pé.
Boas a todos.

Serve o presente tópico para registar as actividades de restauro já implementadas e a implementar nos restauro da minha viatura estacionada aqui:
http://portalclassicos.com/foruns/index.php?garagens/honda-prelude.85/

Após a compra da viatura, começei por onde todos começam : Mudar liquidos, inspeccionar e mudar sobressalentes.

Na substituição de todos os líquidos do meu carro, deparei-me com um pequeno problema.
Quero mudar todo o líquido do sistema de refrigeração. Mas para isso queria fazê-lo com o manípulo da “sofagem” no quente. Julgo eu, que só assim consigo alcançar o líquido que se aloja no radiador da “sofagem”.

O meu tablier tem um manípulo que desliza para a esquerda e para a direita, de forma a que o ar ventilado seja quente ou frio.
Ele desliza, mas a temperatura do ar é sempre a mesma.

De uma vez que estava a testá-lo, o manípulo parou a meio do trajecto e ouvi um barulho de algo que tinha caído dentro do tablier.
“Aqui à gato”
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e é de má raça. Querias trabalho? Ora aqui tens.

Rapidamente vi a minha sina. “Toca a desmontar”.
Observei o manual da oficina (“ver os bonecos”) e comecei a assustar-me. Tanta coisa para desmanchar.

“Mãos à obra”.
Depois de muita observação, parafusos e tempo, lá consegui alcançar o problema.

Aquele manipulo o que faz é puxar ou empurrar um cabo de aço que abre ou fecha uma portinhola, responsável ou não de trazer ar quente para o habitáculo.
Esse cabo de aço é envolvido por uma bicha que tem de estar presa a algo, de forma que o cabo deslize.

Mas não estava presa, pois o local de onde prendia estava partido !!!
E agora ? ainda por cima é de plástico. Como vou sair desta?

Bem se ouvi um barulho de algo a cair dentro do tablier, tem de ser parte da peça que aqui falta. Toca a procurar.

Encontrei !!! Mas quando pequei nela partiu-se toda ! O plástico está a acusar o passar dos anos ou naquele tempo os Japoneses já tinham inventado o plástico biodegradável
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.
Grande carga de trabalhos. Puxei pelo cérebro (já teve melhores dias) e cheguei à conclusão que tinha de reconstruir a peça.
Pensei logo em resina de epóxi.

Telefonei e enviei umas fotos a uma amigo que costuma usá-la em trabalhos seus.
Do outro lado ouvi; “É ingrato, porque a resina não adere bem a muitos tipos de plástico, existem os PP , os PE, etc.” ( para mim só existe um tipo de plástico que é o : Plástico !!) “No entanto faz uns furinhos, tipo encaixe de forma à resina entrar lá dentro, se a resina não pegar bem na peça fica presa por esses encaixes". Grande ideia e tão simples
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.

Toca de ir às compras.
Pelo caminho lembrei-me daquela massa branca de 2 componentes que se amassa com os dedos e “repara tudo” (dizem eles na embalagem) que depois de seco parece betume de pedra. Já uma vez a utilizei em plástico e deu bons resultados.

Assim foi, usei a tal massa, a ideia do meu amigo e tudo correu bem, como nas histórias felizes.
Está tudo montado e a funcionar bem. 100%? Não sei, só daqui a 2 anos ( prazo legal de garantia ) vos posso dizer.

Agora já não tenho desculpa para não mudar o líquido de refrigeração.

Ponho aqui algumas fotos, pode ser que sirva de ideia para alguém.

NOTA: Outra ideia que gostava de compartilhar com vocês; Ao desmanchar, quando olhei para os parafusos que já tinha tirado, deu-me a sensação que estavam a “procriar”, então peguei no telemóvel , coloquei no modo de fotografias com som e comecei a tirar fotos aos vários tipos de parafusos e gravando vocalmente de onde eles pertenciam. ( Nunca entendi bem como os profissionais juntam-nos todos numa “lata” e depois sabem de onde eles são).
NOTA: Não sobrou nenhum parafuso.
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Alcançando o problema.

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Devia ser assim.

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Mas do outro lado estava assim.

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E assim.

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Os furos para a massa ao colocar fazer de rebite.

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A massa.

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Já colocada, a fazer de "rebite"..

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A secar.

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Depois de seca, pequeno furo para alojar parafuso auto roscante.

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Serviço terminado.

Esta reparação tem mais que um ano. ( Também não ando sempre a mexer no botão ).
Até agora e "dentro do prazo da garantia". Está a funcionar e bem.

Um bom fim de semana a todos.
Cumprimentos
Frederico Nina.
 

Anexos

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Samuel

Veterano
Foi há relativamente que descobri esse sistema 4WS nos Hondas (já não me lembro a propósito de quê - talvez quando descobri que o XM S2 também tinha herdado a direcionalidade traseira do ZX e do Xantia).
Na altura que pesquisei e vi uns videos sobre os Prelude até fiquei com ideia que tinha surgido gerações a seguir a este e que era ainda um sistema mecânico (sem eletrónica) - achei genial!! Genial, genial, genial!!! Mesmo!!! Adorava sentir a sensação dessa condução.
Se um dia tivesse um Honda, seria um Prelude da 4ª ou 5ª geração. Confesso que não acho tanta piada a este mas admito que deve ser um bólide de respeito e, com esse sistema, já subiu uns pontos largos na minha consideração :)
Uma boa recuperação para estar de volta à estrada no seu melhor!
 
OP
OP
Frederico Nina
Foi há relativamente que descobri esse sistema 4WS nos Hondas (já não me lembro a propósito de quê - talvez quando descobri que o XM S2 também tinha herdado a direcionalidade traseira do ZX e do Xantia).
Na altura que pesquisei e vi uns videos sobre os Prelude até fiquei com ideia que tinha surgido gerações a seguir a este e que era ainda um sistema mecânico (sem eletrónica) - achei genial!! Genial, genial, genial!!! Mesmo!!! Adorava sentir a sensação dessa condução.
Se um dia tivesse um Honda, seria um Prelude da 4ª ou 5ª geração. Confesso que não acho tanta piada a este mas admito que deve ser um bólide de respeito e, com esse sistema, já subiu uns pontos largos na minha consideração :)
Uma boa recuperação para estar de volta à estrada no seu melhor!

Boa Tarde, a todos.

Samuel, realmente gostos não se discutem.
A 4º e 5º geração na minha opinião e o que invejo, são os seus motores, ( verdadeiros canhões, principalmente o motor H22 ) pois já vinham com o sistema VTEC, sistema que na altura do meu ainda não existia. Quanto ao resto..., aprecio mais a minha versão, linhas mais quadradas, faróis escamoteáveis, pois logo a seguir foram proibidos por uma questão de segurança para os peões, e o tal sistema 4WS mecânico.

Quanto ao motor, é muito interessante, no entanto os motores de geração seguinte com o VTEC, têm mais "saída".

Quanto á condução, é um pouco estranha, eu próprio sinto que ainda não me adaptei bem a ela. Nas curvas muito apertadas em que as rodas de trás viram em sentido contrário às da frente, dá-me a sensação que estamos com um karting nas mãos, que o carro vira como se tivesse um eixo espetado na vertical no centro do carro e ele roda sobre esse eixo. Ainda não consegui descobrir os limites deste sistema, apesar que já uma vez tive uma subviragem, que nem o sistema conseguiu anular. Enfim é uma questão de prática de experiência.

Quanto a experimentar, pode ser que um dia nos vejamos por aí, em alguma concentração.

Cumprimentos
Frederico Nina.
 
OP
OP
Frederico Nina
Bom dia a todos.

Desta vez vou mostrar como pintei a minha tampa de válvulas.

Quando comprei o carro esta estava horrível, até tinha falta de tinta.
A dificuldade era de pintar em "picotado", como as tampas da Honda são (ou eram ) em tinta de alta temperatura.
. spray(Mobile).jpg
- Na Net descobri este spray

No entanto a técnica de aplicação não era das mais fáceis para se obter o pretendido. Entre outras coisas era necessário curar a pintura durante 1 hora a 93ª C .
Comecei a pensar em comprar um fogão velho no OLX, mas rapidamente cheguei à conclusão que a tampa das válvulas não cabia dentro dos fornos de fogões vulgares.
Fiquei sem saber o que fazer, consultei horas a fio a internet para descobrir uma solução, reparei que muita gente usava a pistola de ar quente para curar a pintura e com isso realizar o picotado, pois se a tinta não for bem curada o picotado não aparece. No entanto fiquei com a impressão que com a pistola o trabalho não ficava muito bom. Continuei à procura de uma solução até que alguém no youtube sugeria usar uma caixa de papelão forrada com papel de prata. Papelão ? 93º C ?
Como o investimento não era grande, toca a experimentar, até tenho um bom extintor.
Assim fiz, construi a estufa com uma caixa de papelão, comprei um termómetro de forno, ensaiei e aguentou.
A seguir mostro-vos o trabalho.

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- Fase da construção da estufa

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- Inicio do teste.

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- Alcançando a temperatura desejada.

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- Decapagem quimica.

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- Mascarada

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- Trabalho Final.

Não ficou 100%, mas está aceitável, para a 1º vez que faço um trabalho destes.

O carro ficou muito mais bonito, eu mais contente e a estufa está pronta para outro trabalho. ( NÃO ARDEU !! ).

Continuação de um Bom Dia para todos.
Frederico Nina.
 

Anexos

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OP
OP
Frederico Nina
Com o meu "Vaidoso" parado, aproveito para escrever estas extensas linhas sobre um arranjo no meu Honda.

Arranjo do ALB ( Antiga designação da Honda para o chamdo hoje de ABS ).

Chegou a altura de tentar recuperar o ALB ( vulgo ABS ).
O carro tem 2 circuitos de travagem. Um sistema normal às 4 rodas. Outro um circuito independente do ALB com óleo de travões sobre grande pressão provocada por nitrogénio.

Quando os sensores detectam a paragem das rodas fazem accionar 3 selenóides que deixam passar o óleo de travões do circuito do ALB que vai accionar uns pistons que momentaneamente cortam o circuito de travagem normal , aliviando assim os pistões das bombites e empurrando o pedal de travagem para cima. Todo este processo é repetitivo e em décimas de segundo evitando assim a blocagem das rodas.

O carro no seu arranque verifica se o circuito do ALB tem a pressão suficiente para funcionar se fôr necessário. Se não tiver acciona uma bomba para tentar puxar óleo de travões do vaso de expansão para o circuito de forma a ganhar pressão. Se não conseguir ganhar pressão a bomba ao fim de 120 segundos pára para não se queimar e a luz do tablier acende. ( é isto que está a acontecer com o meu ).

O sistema é igual ao do Honda NSX, tendo o NSX, 4 selenóides em vez de 3.
Consegui descobrir na Internet um documento sobre a reparação num NSX. Lá indica que as impurezas do óleo de travões quando não é mudado, ao fim de muitos anos, encrava os selenóides e eles deixam de funcionar correctamente, não deixando o circuito ganhar pressão.
Este selenóide encontram-se no “Modulador”, tem que se abrir limpar e substituir todos os seus anéis de borracha ( são bastantes ).
Todos os anéis de borracha estão descontinuados.
Foi uma verdadeira aventura descobri-los.
Assim arranjei uns em stock num concessionário Honda Portugal, outros num concessionário em França e outros num concessionário na Alemanha. Finalmente a massa de lubrificação veio da Bulgária. Se conseguir reparar o ALB, vai ser o ALB mais internacional que conheço.
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É muito comum nestes automóveis o ALB deixar de funcionar, devido á idade. Este sistema só funciona quando existe um potencial bloqueio de rodas numa travagem mais brusca. O que pode passar anos sem tal acontecer. A mudança de óleo de travões deste circuito é descorada e deteriora-se com o passar dos anos, criando resíduos. Grande parte dos proprietários destes veículos, retiram o sistema de ALB ou a luz do tablier, pois o carro continua a travar, mas sem sistema anti - bloqueio.

Como grande apaixonado pela mecânica, não queria abdicar deste sistema, sendo um dos primeiros a aparecer e diferente dos actuais, pois o circuito de óleo de travões do ALB é completamente independente do circuito de óleo de travagem.
Depois do grande trabalho pela Europa a arranjar as borrachas para a reparação do meu ALB ( abs ).Foi tempo de sujar as mãos.

O sistema é composto por:
Motor e Bomba – responsável por introduzir óleo de travões em um acumulador que por sua vez está pressurizado com nitrogénio, de forma que o circuito de óleo de travões
do ALB atinja uma elevada pressão.
Acumulador – Depósito em forma de esfera, dividido por uma membrana de borracha. De um lado óleo de travões, de outro lado nitrogénio.
Modulador – Composto por 3 selenóides ( electro - válvulas ) que abrem ou fecham, accionando 4 pistões que fazem com que o óleo do ALB a alta pressão, feche o circuito de
óleo normal de travagem, momentaneamente e repetidamente ( milissegundos ). Aliviando as bombites de travão e empurrando o pedal para cima, não deixando
assim bloquear as rodas.
Sensores de roda – Envio de sinal eléctrico à centralina dedicada somente ao ALB.
Centralina – gere electrónicamente o sistema do ALB.

A centralina do ALB tem um led que pisca consoante o tipo de erro existente no circuito.
Esse led deu a indicação de falta de pressão no circuito.

Já é um começo, mas algo vago. Poderá ser de a Bomba estar gripada e não conseguir puxar óleo para o circuito, poderá o Acumulador ter perdido o nitrogénio e o circuito não ganhar alta pressão, poderá ser a membrana do Acumulador estar furada ou deteriorada e o nitrogénio foi-se. Poderá os selenóides do Modulador estarem queimados e não abrirem ou poderá os selenóides estarem encravados na posição aberta e o óleo do circuito voltar pelo retorno ao vaso de expansão, estando o circuito aberto e não ganhando pressão.
Para dificultar mais a tarefa, existe um sangrador quadrado, que só se consegue utilizar com uma chave especial da Honda que contém um reservatório para o óleo que sai em alta pressão, ( cerca de 3000 psi ).

Levei o automóvel a uma oficina em que o dono tinha trabalhado na Honda e tinha essa chave. Na tentativa de sangrar o circuito, o único que conseguiu foi tirar óleo do circuito, mas ele não ganhava pressão. Será escusado dizer que a sua 1º reacção e ultima foi desistir.

Do que li na Internet, o mais comum era os selenóides do Modulador ficarem encravados na posição aberta devido às impurezas e detritos do óleo de travões com muitos anos.

1º passo, retirar o Modulador, abrir, limpar, testar o funcionamento dos selenóides e substituir todas as suas borrachas.
No Modulador, todos os selenóides funcionavam, as borrachas tinham bom aspecto, mas estava altamente contaminado de óleo ressequido e de resíduos.
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- Vista geral do Modulador, selenóides muito ferrugentos por fora e Modulador cheio de residuos e óleo ressequido que entopem todo o circuito.

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- Limpeza total, sempre com óleo de travões e esfregão verde da loiça. À direita, Modulador desmontado, vendo-se os pistões a azul, já com borrachas novas.
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- Vista do Modulador com o trabalho já terminado.

Na bomba. Esta tem um motor eléctrico que faz girar um eixo excêntrico dentro de uma cúpula de óleo, este veio faz actuar um mini pistão que injecta o óleo de travões no Acumulador criando assim a alta pressão.
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- Imagem geral da Bomba, onde se vê o sangrador quadrado, Bomba aberta, esquerda - veio excêntrico, direita - um pequeno pistão que deveria estar mais para fora de forma a ser comprimido pelo veio excêntrico.

A desmontar a Bomba, fiquei com a mola do mini pistão partida em 3 na mão. O aço da mola estava completamente podre, devido ao contacto de 25 anos com óleo de travões.
Tirei as medidas da mola ( diâmetro, comprimento que deveria ter comprimida e na sua posição de repouso ). Fui a uma fábrica de molas, comprei uma semelhante e cortei-a de forma a que a medida em repouso e comprimida desse certo com os meus cálculos.
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- Nova mola do pistão em Inox, ( talvez dure mais tempo ), Vista geral da Bomba depois de reparada.

Tudo montado e limpo. Faltava agora a tal chave especial, para sangrar os sistema quanto tudo fosse montado no automóvel.
Um mecânico amigo deu-me uma ideia. Medir o sangrador quadrado, comprar tubo e depois com o maçarico, moldá-lo a 8 mm ( dimensão do sangrador ).
Por sorte, encontrei tubo quadrado em que o seu interior tinha 9,2 mm e encontrei varão quadrado de 8 mm, que serviria de molde para achatar o tubo para os 8mm que necessitava.
Levei ao mecânico e a chave foi feita. ( Esta chave é utilizada para todos os Hondas que têm este sistema de ALB ).
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- Realização da chave. Leva uma mangueira transparente de "mija-mija" dentro tubo que de um lado se liga ao purgador, do outro a um recipiente. Comprida para fácil acesso à Bomba depois de montada no automóvel.

Após uma noite de Rezas, dia D para que tudo funcione. Montar tudo no automóvel e testar.
Após tudo montado, Ligar a bomba, faz barulho e não se desmontou, abrir o sangrador, começa a sair óleo e a ganhar pressão. O pistão da bomba está a funcionar, a nova mola está OK.
Para a estrada testar. Curva com areia e toca a travar.
RESULTOU….RESULTOU….

Estou muito satisfeito, foi uma grande aventura desde a busca de um mecânico que tivesse a chave, encontrar as borrachas, procurar e procurar e voltar a procurar na Net como tudo funcionava e como se poderia ou não arranjar e finalmente fazer. Pois não sou mecânico, muito menos sabia com funcionava um ALB.
Obrigado pela vossa paciência na extensa leitura. Se necessitarem de tirar algumas dúvidas sobre o funcionamento e/ou reparação de um destes sistemas no vosso Honda clássico, estou à vossa inteira disposição do pouco que sei, sempre para ajudar.

Com Amor, Persistência, Dedicação e uma pitada de Sorte os nossos Clássicos ficarão como no dia que vieram ao Mundo.

Fiquem todos bem.
Frederico Nina.
 

Anexos

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OP
OP
Frederico Nina
Excelente partilha! :p

Não era para mim esse trabalho! Vou procurar uma revista Italiana antiga que tenho com um ensaio deste carro. :)
Boa Tarde João Perreira.
Era óptimo que encontrasse e pudesse partilhá-la comigo.
É muito dificil encontrar artigos sobre este carro.

Ficava muito agradecido.

Cumprimentos.
Frederico Nina.
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Ruoteclassiche Nº199, Julho de 2005.

Comprei esta revista mais tarde por ter um artigo sobre o Fiat 128 Rally. Também ensaiaram o Maserati MC12, o carro mais impressionante que andei até hoje. :p

São fotos de telemóvel (reles). :(
 

Anexos

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Última edição:

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Caro Frederico Nina,

Excelentes posts, exemplarmente descritos, um jeito extraordinário para resolver as situações e uma pesquisa ou conhecimento m, tambem uito apurado.
Adorei ler e ver.
Quanto ao Prelude gosto bastante e acho que esse motor chega bem para as ocasiões:D, e os faróis escamoteáveis:cool:.
Obrigado pela partilha.

PS: As BBS já sairam?
 
OP
OP
Frederico Nina
Caro Frederico Nina,

Excelentes posts, exemplarmente descritos, um jeito extraordinário para resolver as situações e uma pesquisa ou conhecimento m, tambem uito apurado.
Adorei ler e ver.
Quanto ao Prelude gosto bastante e acho que esse motor chega bem para as ocasiões:D, e os faróis escamoteáveis:cool:.
Obrigado pela partilha.

PS: As BBS já sairam?

Boa Noite a todos.
Amigo António Costa. Obrigado pelas suas palavras. Por vezes não é fácil, só a paixão nos permite alcançar. E como qualquer pessoa, as palavras de alento são alimento e força para continuar.

Quanto às BBS, se percebi, sei que não são de origem, são alemãs, o carro é japonês, mas também sei que todo o homem tem o seu defeito não sendo eu excepção. Adoro ver aquelas jantes e se pudesse eram umas de aba. No entanto tenho as rodas e os tampões originais , para um dia quem sabe me passe esta "pancada".

Cumprimentos.
Frederico Nina.
 
OP
OP
Frederico Nina
Boa Noite a todos.

Espero que a vossa Páscoa tenha sido boa.
Por aqui foi, mas não resisti em sujar as mãos. Começei por mudar o óleo e desta vez vou experimentar um usado na competição e track days para poder dar umas "gazadas" sem medo.
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Depois começei a desmontar o Honda. Está na altura de começar para ser pintado no Verão e assim dar este projecto como acabado ( se porventura algum projecto tem fim ) 20170416_171017.jpg 20170416_125034.jpg

Realmente o rádio dava uma música um bocado esquisita. Hoje descobri o porquê.
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Só para acabar e a nível de corosidade. Durante este trabalho apareceu um Amigo com um Civic que não andava há 10 anos, parado na rua, debaixo de uma àrvore. Encostou uns cabos e pronto veio ter comigo." Estes japoneses são doidos".
Foto do motor.
20170416_161157.jpg
está um "bocadinho sujo".

Não os quero maçar mais.
Fiquem todos bem.
Frederico Nina.
 

Anexos

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