José H Almeida
Veterano
Apresento aqui o meu quase futuro clássico de 1995. Um Ford Mondeo1.8TD Ghia carrinha. Comprei-o novo, mantido com os cuidados que já viram no VW 1300L, está praticamente todo com as peças de origem, 283mil km a maioria em estrada que vivo numa cidade pequena. Já vi iguais (gasóleo) com mais de 600mil km sem problemas, portanto, a não ser que haja qualquer coisa grave e inesperada, este carro ainda vai por cá andar depois de eu estar debaixo da terra.
Vou colocar aqui algumas notas históricas engraçadas do carro. Pouca coisa fiz ou foi feita neste carro, mas tenho documentado fotograficamente o que fiz que pode ser útil a alguém. Por exemplo, este carro já teve duas micro-falhas que potencialmente o enviavam para a sucata por reprovação na IPO e por peças que me custaram, uma 5 euros e outra 20 euros, e todos me diziam que era impossível encontrar peças. Não levanto mais o véu.
Hoje coloquei silicone em spray nas calhas dos vidros que já subiam e desciam devagar, carro velho, motores eléctricos velhos, conformar-se-iam alguns, mas não, agora parecem novos, os motores eléctricos não têm qualquer problema. Tenho que limpar um interruptor dos vidros atrás que não funciona, pouco uso... quem ainda não o faz aconselho, a regularmente acionar todos os comandos do carro.
Notas prévias para duas perguntas finais e um desabafo. Este sábado fui ao Porto e voltei (para Vila Real) pela autoestrada, que em alguns sítios tem umas pendentes jeitosas, quatro pessoas no carro (pouca bagagem) e sem dificuldade na maioria em 5ª e por vezes em 4ª, mantive os 120km/h de velocidade sem problema e grande tranquilidade (com uns estonteantes 88hp . Há dois anos fui a Beja e voltei (Vila Real-Santarém autoestrada, o resto estrada nacional), para baixo fui sozinho e em andamento calmo e registei 5,65L/100km, para cima éramos três mais bagagem, com um andamento mais vivo e fez 6,19L/100km. Neste momento faço ± 1500-1700km ano.
Pergunto, devo mandar abater este carro para trocar por um eléctrico? Faz sentido trancá-lo numa garagem? Isto são perguntas retóricas que só faço porque por vezes há quem ache que sou criminoso por ainda fazer viagens neste carro (pessoal que troca de telemóvel todos os anos - estou a dar a minha ferroada). Acho que anda toda gente um bocado equivocada, cada situação de mobilidade tem uma solução ideal diferente e se de facto estamos preocupados com o ambiente, transporte público O único argumento válido, mas que nuca vi referir é a questão da segurança passiva, que nos carros mais antigos é pior, mas... depois há ativa e isto já dava outra discussão.
Bom, mas tudo isto porque estamos no bloco dos "Clássicos Modernos" que são os mais difíceis de conservar para o futuro. Vejam uma compilação que fiz com as taxas de sobrevivência clicar aqui e fiquei pelos anos 80/90. Bom, a dificuldade está centrada nos carros de baixo valor no mercado dos clássicos. Eu não tenho mérito nenhum, limitei-me a tratar bem o carro, mérito têm os restantes membros do fórum dos "posts" deste bloco pois em todos os que li houve recuperação de carros que já não estavam perfeitas condições, muitos deles de baixo valor económico, trabalho louvável para memória futura.
Vou colocar aqui algumas notas históricas engraçadas do carro. Pouca coisa fiz ou foi feita neste carro, mas tenho documentado fotograficamente o que fiz que pode ser útil a alguém. Por exemplo, este carro já teve duas micro-falhas que potencialmente o enviavam para a sucata por reprovação na IPO e por peças que me custaram, uma 5 euros e outra 20 euros, e todos me diziam que era impossível encontrar peças. Não levanto mais o véu.
Hoje coloquei silicone em spray nas calhas dos vidros que já subiam e desciam devagar, carro velho, motores eléctricos velhos, conformar-se-iam alguns, mas não, agora parecem novos, os motores eléctricos não têm qualquer problema. Tenho que limpar um interruptor dos vidros atrás que não funciona, pouco uso... quem ainda não o faz aconselho, a regularmente acionar todos os comandos do carro.
Notas prévias para duas perguntas finais e um desabafo. Este sábado fui ao Porto e voltei (para Vila Real) pela autoestrada, que em alguns sítios tem umas pendentes jeitosas, quatro pessoas no carro (pouca bagagem) e sem dificuldade na maioria em 5ª e por vezes em 4ª, mantive os 120km/h de velocidade sem problema e grande tranquilidade (com uns estonteantes 88hp . Há dois anos fui a Beja e voltei (Vila Real-Santarém autoestrada, o resto estrada nacional), para baixo fui sozinho e em andamento calmo e registei 5,65L/100km, para cima éramos três mais bagagem, com um andamento mais vivo e fez 6,19L/100km. Neste momento faço ± 1500-1700km ano.
Pergunto, devo mandar abater este carro para trocar por um eléctrico? Faz sentido trancá-lo numa garagem? Isto são perguntas retóricas que só faço porque por vezes há quem ache que sou criminoso por ainda fazer viagens neste carro (pessoal que troca de telemóvel todos os anos - estou a dar a minha ferroada). Acho que anda toda gente um bocado equivocada, cada situação de mobilidade tem uma solução ideal diferente e se de facto estamos preocupados com o ambiente, transporte público O único argumento válido, mas que nuca vi referir é a questão da segurança passiva, que nos carros mais antigos é pior, mas... depois há ativa e isto já dava outra discussão.
Bom, mas tudo isto porque estamos no bloco dos "Clássicos Modernos" que são os mais difíceis de conservar para o futuro. Vejam uma compilação que fiz com as taxas de sobrevivência clicar aqui e fiquei pelos anos 80/90. Bom, a dificuldade está centrada nos carros de baixo valor no mercado dos clássicos. Eu não tenho mérito nenhum, limitei-me a tratar bem o carro, mérito têm os restantes membros do fórum dos "posts" deste bloco pois em todos os que li houve recuperação de carros que já não estavam perfeitas condições, muitos deles de baixo valor económico, trabalho louvável para memória futura.
Última edição: