Então sempre tinham porca de aperto, ou foi preciso inventar para apertar?
Fiat Fiat 850 Sport Coupé
- Autor do tópico Pedro Seixas Palma
- Data de início
Então sempre tinham porca de aperto, ou foi preciso inventar para apertar?
OP
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??? Transmiti a ideia de que me faltava uma porca de aperto???
O amortecedor fixa ao apoio com o atrás referido parafuso inoxidável.
A colocação no carro é simples: basta "pescar" o apoio com o parafuso superior, enfiar os dois parafusos inferiores e enroscar as porcas, esticar o amortecedor e fixá-lo no braço da suspensão. Depois é só apertar tudo devidamente e apertar a contra-porca do perno do amortecedor. Ao contrário dos amortecedores originais, em que a porca aperta contra um casquilho de aço, nestes a porca pode ser apertada até espremer as borrachas até à morte. Daí a contra-porca.
No fim disto tudo é possível ver um pequeno autocolante amarelo nos confins da suspensão:
Pela imagem do novo amortecedor, parece-me que se confirma a minha suspeita. A quadra na extremidade do amortecedor é para segurar enquanto se aperta a porca.
OP
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Sim, correto. Escapou-me essa linha de raciocínio. Os Monroe têm a ponta do perno quadrada para segurar. E vou ter de os reapertar porque pelo que li devem ser apertados até que as borrachas ocupem a área das anilhas. Ainda falta um bocadinho. Depois de dar uma volta para assentar.
OP
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Tirei uma horinha mal medida para continuar a autópsia ao velho motor.
A embraiagem não está com mau aspecto. Claramente poderia continuar a utilizá-la por muitos anos.
O retentor da cambota estava naturalmente a falhar.
Nota para o meu futuro eu: talvez não seja má ideia substituir os parafusos de fixação do volante. Estavam muito apertados. Muito mesmo. Mesmo assumindo que teriam loctite estavam muito apertados.
O interior do bloco tem muita ferrugem solta. Também não é surpresa...
Retirado o suporte do retentor, nada de novo. A superfície da cambota tem uma pequena marca mas deverá sair facilmente.
Próximo passo será tirar o carter e ver que surpresas esconde. E pensar o que fazer com este motor.
A embraiagem não está com mau aspecto. Claramente poderia continuar a utilizá-la por muitos anos.
O retentor da cambota estava naturalmente a falhar.
Nota para o meu futuro eu: talvez não seja má ideia substituir os parafusos de fixação do volante. Estavam muito apertados. Muito mesmo. Mesmo assumindo que teriam loctite estavam muito apertados.
O interior do bloco tem muita ferrugem solta. Também não é surpresa...
Retirado o suporte do retentor, nada de novo. A superfície da cambota tem uma pequena marca mas deverá sair facilmente.
Próximo passo será tirar o carter e ver que surpresas esconde. E pensar o que fazer com este motor.
OP
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Continuando a "carqueologia", a junta do carter é de borracha. E está colada. E ressequida. E dura que nem apêndices craneanos.
Alguma estratégia vencedora? O x-acto acabará por triunfar, mas gostava de ter um truque que permitisse remover o carter sem esforço. WD-40 e maço de borracha?
Alguma estratégia vencedora? O x-acto acabará por triunfar, mas gostava de ter um truque que permitisse remover o carter sem esforço. WD-40 e maço de borracha?
OP
OP
Não sei se foi o WD-40 ou o maço de borracha, mas saiu.
Para além do lodo com evidências de bocados de metal crocante, o que mais me surpreende é a limpeza relativa do carter. Evidência de gasolina no óleo? Eu sei que ela esteve lá, mas seria suficiente para limpar as paredes do carter? Já agora, se juntarmos gasolina e óleo, a gasolina fica em cima ou em baixo?
O chupador de óleo também mostra alguns restos de lixo mecânico:
A árvore de cames não parece estar fabulosa, mas vamos esperar até estar limpa.
A bomba de óleo não me parece ter a mesma idade que o motor, o que pode ser bom ou mau.
Para além do lodo com evidências de bocados de metal crocante, o que mais me surpreende é a limpeza relativa do carter. Evidência de gasolina no óleo? Eu sei que ela esteve lá, mas seria suficiente para limpar as paredes do carter? Já agora, se juntarmos gasolina e óleo, a gasolina fica em cima ou em baixo?
O chupador de óleo também mostra alguns restos de lixo mecânico:
A árvore de cames não parece estar fabulosa, mas vamos esperar até estar limpa.
A bomba de óleo não me parece ter a mesma idade que o motor, o que pode ser bom ou mau.
OP
OP
Mais um pouco de carqueologia:
As bielas aparentemente foram aligeiradas. Parte do contrapeso foi cortado e tenho marcas de punção a identificar o número. Parece que era habitual fazer isto (o outro motor também tinha esta modificação)
As bielas aparentemente foram aligeiradas. Parte do contrapeso foi cortado e tenho marcas de punção a identificar o número. Parece que era habitual fazer isto (o outro motor também tinha esta modificação)
Ou esse motor foi bem mantido na vida dele ou a gasolina lavou parte! Confesso que estou deveras curioso para ver o estado dessa cambota....
OP
OP
Mais carqueologia...
As manivelas parecem estar bastante razoáveis. À primeira vista não há riscos profundos. Há indícios de alguma contaminação do óleo, mas não faltam bocados em lado algum...
As manivelas parecem estar bastante razoáveis. À primeira vista não há riscos profundos. Há indícios de alguma contaminação do óleo, mas não faltam bocados em lado algum...
OP
OP
Binky!
OP
OP
Mais carqueologia:
Todos os segmentos presentes e livres. O cavilhão do número quatro parece estar ligeiramente preso. Os pistões são os originais e, apesar de algum desgaste e riscos, ainda têm visível o padrão horizontal para reter o óleo.
Parece-me que não era por aqui que o motor estava a morrer.
Como tirar a bomba de óleo é sempre um trabalho sujo, resolvi roscar o interior da cambota para futuramente tapar com um bujão M10. Utilizei uma guia impressa em 3D que enrosca na cambota e tem um furo M10 para guiar o macho. Estou a ficar bastante razoável a modelar e imprimir roscas funcionais!
Todos os segmentos presentes e livres. O cavilhão do número quatro parece estar ligeiramente preso. Os pistões são os originais e, apesar de algum desgaste e riscos, ainda têm visível o padrão horizontal para reter o óleo.
Parece-me que não era por aqui que o motor estava a morrer.
Como tirar a bomba de óleo é sempre um trabalho sujo, resolvi roscar o interior da cambota para futuramente tapar com um bujão M10. Utilizei uma guia impressa em 3D que enrosca na cambota e tem um furo M10 para guiar o macho. Estou a ficar bastante razoável a modelar e imprimir roscas funcionais!
OP
OP
Mais um pouco de carqueologia.
Como suspeitava, a bomba de óleo é de um 127. E não tem folgas apreciáveis, se bem que a superfície do chupador onde os carretos trabalham está bastante desgastada.
Encontrei um parafuso da embraiagem a segurar o tubo de óleo, o que significa que tinha um parafuso do tubo de óleo a segurar a embraiagem. Na realidade encontrei dois parafusos na embraiagem que não pertencem lá. Medo!
A árvore de cames está de facto um pouco escafiada. Faltam-lhe alguns bocados de metal e as superfícies estão algo riscadas e gastas.
O primeiro apoio da cambota está assim, assim. Parece os cinquenta anos que tem.
De resto os anéis retentores de óleo parecem estar a funcionar. O que significa que continuo sem grande ideia de porquê a pressão de óleo estar tão baixa.
Como suspeitava, a bomba de óleo é de um 127. E não tem folgas apreciáveis, se bem que a superfície do chupador onde os carretos trabalham está bastante desgastada.
Encontrei um parafuso da embraiagem a segurar o tubo de óleo, o que significa que tinha um parafuso do tubo de óleo a segurar a embraiagem. Na realidade encontrei dois parafusos na embraiagem que não pertencem lá. Medo!
A árvore de cames está de facto um pouco escafiada. Faltam-lhe alguns bocados de metal e as superfícies estão algo riscadas e gastas.
O primeiro apoio da cambota está assim, assim. Parece os cinquenta anos que tem.
De resto os anéis retentores de óleo parecem estar a funcionar. O que significa que continuo sem grande ideia de porquê a pressão de óleo estar tão baixa.
Última edição:
Fabio Brochado
Veterano
Pode não ser visível pode ser uma soma de tudo o desgastar-te do motor
Se estivesse no teu lugar e pode-se é claro montava o motor e testava a pressão que fazia depois
com plastic gauge media as folgas dos bronzes!
Se as folgas não estivessem dentro do aceitável trocava junto com uma nova bomba de óleo e voltava a testar a pressão!
Ps: muito trabalho
Se estivesse no teu lugar e pode-se é claro montava o motor e testava a pressão que fazia depois
com plastic gauge media as folgas dos bronzes!
Se as folgas não estivessem dentro do aceitável trocava junto com uma nova bomba de óleo e voltava a testar a pressão!
Ps: muito trabalho
OP
OP
@Fabio Brochado mas que excelente ideia!
Acho que é aconselhável uma legenda: isto é o plastigauge DEPOIS de ter apertado os mancais com o torque correcto. Intocado.
O intervalo deste plastgauge é de 0.025mm a 0.075mm. Se os meus manuais não me enganam, a folga deveria estar entre 0.020 e 0.070m.
Atenção à gravidade e ao local onde o colocas ...
Post scriptum -
ao min. 2:40 ..
Fabio Brochado
Veterano
Atenção há temperatura ambiente, não pode ser numa zona fria.
20 graus para medições mais corretas
20 graus para medições mais corretas
OP
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Deve-me estar a escapar alguma coisa...
OP
OP
Uma bela foto para identificar a chumaceira da cambota. É difícil de ler, mas diz 4181682. O número original é o 4181680, o que me leva a suspeitar que este seja o tamanho acima... ou dois acima. Infelizmente os tamanhos acima do standard não constam do catálogo...