Fiat 126 (1972)

Conta apagada 31475

Antes Francisco Lemos Ferreira
A imagem da Fabbrica Italiana Automobili Torino (Fiat), fundada em 1899, há muito está ligada a carros pequenos, económicos e eficientes na sua missão. E poucos duraram tanto quanto o 126, um diminuto modelo de apenas 3,1 metros de comprimento introduzido no Salão de Turim, em novembro de 1972, como sucessor do famoso 500.
O carrinho era simpático no seu estilo simples, com formas claramente inspiradas no 127 lançado um ano antes. dois volumes, duas portas, faróis rectangulares, e capô envolvente. Dois vincos nas laterais tentavam trazer alguma robustez ao estilo. Uma importante distinção era a frente "lisa", sem grade para o motor, em função de sua montagem traseira.
O dois-cilindros em linha de 594 cm3, longitudinal e arrefecido a ar, era uma ampliação do motor do 500, com comando de válvulas no bloco, caixa de quatro e tracção traseira. As suspensões eram independentes, a dianteira com feixe de molas semi-elíticas transversal .
Os travões usavam tambores e os pneus eram modestos 135 R 12, suficientes para o peso de apenas 580 kg.
Já em 1973 aparecia a opção de tecto solar em lona, recurso comum nos carros europeus de menor preço e já usado no 500. Três anos depois, também em Turim, surgia o 126 Personal, com acabamento melhorado, pára-choques e protecções laterais em plástico. Em 1977 chegava o motor de 652 cm3, com potência de 24 cv a 4.500 rpm, capaz de levá-lo a 110 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 45 s.
Mais força era bem-vinda, mas seu forte continuava o consumo: fazia 14,5 km/l na cidade e 17,2 km/l na estrada a moderados 90 km/h. O depósito de 21 litros parecia bem maior do que era na verdade... Para quem discordasse dessa proposta, porém, os irmãos italianos Domenico e Attilio Giannini elaboraram versões preparadas: com 650 cm3 e 30 cv, para 120 km/h; com 700 cm3 e 35 cv, para 130 km/h; e com 800 cm3 e 41 cv, para 145 km/h.
A Fiat italiana produziu 1,3 milhão de unidades do 126 até 1980; a FSM (Fabrika Samochodów Malolitrazowych, fábrica de carros de pequena cilindrada) polaca, que começou a construí-lo em 1975, fez 3,3 milhões. O governo da Polónia via nele a saída para popularizar o automóvel no país, permitindo que toda família tivesse um carro. A marca produzia Fiats sob licença desde 1965, quando lançara o Polski (polaco) Fiat 125p.
No mercado local o FSM 126 ficou conhecido como Maluch, que significa pequeno bébé em polaco. Foi exportado para a Itália e outros países até 1982. As suas peças e reparações custavam tão pouco que algumas unidades eram montadas pelos próprios compradores a partir de peças novas -- algo impensável na maior parte do mundo, onde a soma das peças multiplica o preço de qualquer carro.
O carro manteve-se sem grandes novidades até 1987, quando um motor arrefecido a água de 704 cm3, ainda com dois cilindros e comando no bloco, foi introduzido no 126 Bis. Com 26 cv às mesmas 4.500 rpm, tinha na posição horizontal (em vez de vertical)a sua maior vantagem, pois sobrava mais espaço para bagagem na traseira. Uma tampa única era adoptada para facilitar o acesso à carga, tornando-o num três-portas.
Um motor dianteiro foi pensado, tendo sido construídos protótipos entre 1978 e 1981, mas nunca saiu dessa fase, provavelmente pelos elevados investimentos necessários. Outras ideias polacas que não chegaram ao mercado foram o comercial 126 Bombel, com caixa de carga traseira colocada sobre a carroceria recortada; o hatchback 126 Long, com traseira alongada e 10 cm a mais entre eixos; a Comercial 126 Kombi, também de entreeixos longo; e o motor diesel de 800 cm3 e proveniência japonesa. Já versões descapotáveis foram feitas em pequena quantidade pela empresa OBR.
Em 1994 recebia alterações de estilo, melhor acabamento interno e lâmpadas de halógeneo nos faróis; dois anos depois retornava o motor 650 arrefecido a ar, agora com catalisador no escape. Exportado para a Itália, jugoslávia, Alemanha, Hungria, França, China, Inglaterra, Checoslováquia, Cuba, Bélgica, Bulgária, Suíça, Grécia, Áustria, Holanda, Dinamarca, Chile e Nova Zelândia, em Setembro de 2000 sua produção chegava ao fim, com uma série especial chamada Happy End (final feliz).
 

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Nelson Lopes

Clássico
tal como o cinquecento nao conseguiu fazer esquecer o fiat 500, daí estar aí á porta o novo modelo, bem mais bonito.
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
um verdadeiro Fiat "TOPOLINO" em bom estado tem um enorme potencial coleccionavel, prefiram o modelo com tecto em lona, aqui fica uma variante fotografado por mim.
Cumprimentos.
 

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tinha um cliente que tinha dois uma para peças e outra pra andar branco!!! era o carro de dia a dia dele!!! nao posso precisar mas ou teve um acidente ou roubalharam lhe o carro para destruir uma montra de uma loja!!!
 
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