Fiat FIAT 124, o carro convencional Italiano

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A primeira ocasião com o carro e test drive:

A primeira refeição (10 litros) do 124 já meu:

 

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Como alguns sabem, comprei em Julho um FIAT 124 normal, 1200.

Foi uma compra bastante condicionada, pelo seguro digamos, pois só o comprei com certeza de que estava capaz de ser utilizado, sem grandes investimentos, sem despesas burocráticas, papéis encravados e assim.
Era único dono também.

A questão passava por vontade de ter um carro mecânico, clássico, de sensações directas e RWD.
Em Portugal dentro destas características, preço simpático; e antes dos anos 80, temos apenas "fartura" de 3 modelos: Corolla, Datsun e 124, todos 1200.
O 124 distingue-se dos dois Japoneses por ser um carro maior de segmento acima, com espaço bom ainda HOJE, mas também por gastar mais gasolina.
Enquanto os Japoneses ainda hoje se aceitam os seus consumos de 7-8, o 124 já consome sempre uns 10.

 

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O objectivo é, por incrível que pareça, ser daily car... digamos que a "50%".

Diria que metade dos dias poderá circular.
Dias com muito trânsito ou mau tempo não fará muito sentido por exemplo.

A despesa de combustível diária será digamos de 5 € contra 3 € do Stilo GPL. Será semelhante aos 5 € do Punto.

As vantagens do 124 passam também por ser já isento de impostos e selos.
De resto é bastante espaçoso e confortável.
A configuração de cor e interiores é próxima do perfeito: branco é das cores senão a cor mais bonita no 124, e os estofos em napa preta combinam muito bem com o branco e com os cromados.
O volante fininho mas agradável é muito interessante, bem como a buzina de aro.
De brinde, tem ainda aqueles vidrinhos triangulares de abrir.



O motor apesar de modesto 1200 de 60cv é muito nervoso e a sonoridade quer natural do motor, quer de escape velho muito interessante.
A caixa é que é absurdamente curta.
Para os dias de hoje não faz sentido a 3ª a 10 km/h já ir bem, assim como a 4ª dar a sensação que tudo o que seja acima de 70-80 é para beber como um desalmado!

Mas o essencial é o prazer de condução e a diversão que um veículo destes proporciona na sua utilização.
Um veículo ainda puramente mecânico e directo. Engenharia de ponta dos anos 60 a fervilhar! Sendo ainda um RWD.
É garantia de meia hora + meia hora diária de diversão, sendo que o grande mérito deste tipo de carro é que dá prazer a qualquer velocidade a que se utilize, mesmo apenas a 20, 30, 40 ou 60 km/h.

 

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A primeira ida para o trabalho:

 

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Depósito de um lado e roda suplente + ferramentas do outro.

Para além de um bom espaço.





Mais do que palavras, o que o pessoal quer é fotos!

 

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Incrível como estes carros antigos, mesmo a frio pegam logo de estalo!

 

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Alguns pormenores que os amigos gostam,

Primeiro banho do 124 RT:



Braços de escovas Carello lic. Trico, Made in Italy:



Interior:

 

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I tre fratelli:

 

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Algumas considerações:

Este modelo está a fazer 50 anos (1966-2016) mas não parece.
Não será por acaso que foi carro do ano também, pois tinha algumas coisas muito avançadas.
Acabou por ser um veículo global e salvo erro o 3º mais produzido de sempre, com grande peso nos números dos Lada da URSS, baseados no 124.

O espaço é notável (ainda hoje) para um veículo de 4,03 m.
OK é mais um veículo sob alçada de Giacosa, logo o espaço costuma ser surpreendente.

O conforto de rolamento é bastante bom e calça 155/70-13! Assim como os bancos são bastante confortáveis.

O nível de ruídos do motor, sensações e não filtragem é enorme e apaixonante!

O fechar de portas é sempre difícil neste tipo de carros desta época.

A existência de várias chaves pode fazer confusão nos dias de hoje.

A aerodinâmica de "tijolo" é algo que nos dias de hoje também faz confusão.
Até furgões actuais me parecem melhores na sensibilidade aos ventos.

Os pequenos vidros triangulares são um must.

O volante é muito bom para o veículo também, apesar de fino para os padrões de hoje é muito adequado. Sendo que a buzina de aro é muito cativante ,tanto o accionamento como o som que emite.

A ignição do lado esquerdo é outro pormenor bem interessante.

Reforços de borracha na alcatifa, de descanso do pé esquerdo e da lateral da biqueira do pé direito junto do acelerador são outros pormenores que cativam.

Este modelo de entrada 1200 na 1ª série tem características ainda do antigamente e outra muito actuais, como por exemplo ainda não ser de alternador, mas de dínamo. Em contrapartida o veículo FIAT 124 tem sempre travões de disco ás 4 rodas.

A caixa de velocidades é difícil de entender hoje em dia, e definitivamente não adequada a auto estradas, pois tudo o que seja acima de 70-80 km/h deixa a sensação que é deitar gasolina ao lixo, de tal forma é curta a caixa.
As 3 primeiras são hiper curtas e depois a 4ª ainda é curta!
De qualquer forma em termos de Engenharia as relações de caixa estão bem pensadas.
Vamos ver se consigo escrever de forma clara o que quero:
A velocidade que uma relação de caixa atinge no regime de potência máxima é igual à velocidade que a relação de caixa seguinte atinge no regime de binário máximo.

Exemplificando:
A 2ª no regime de rotações de potência máxima atinge 60 km/h.
Esses 60 km/h é a velocidade que a 3ª atinge no regime de rotações de binário máximo.

Se por um lado o facto da caixa ser tão curta hoje em dia limita muito a utilização do carro, esta questão da relação de comprimento entre as relações de caixa fascina-me!

 

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Estive a arrumar a mala do 124, que por meio de ganchos que estão na carroçaria e duas cintas elásticas "encaixa" na parte esquerda: o macaco, a roda suplente e a caixa de ferramentas à antiga, com várias chaves, tendo já a dupla de fendas / estrela, bem como o "L" dos pernos das jantes com uma ponta afiada para retirar os tampões.

De assinalar também que este carro, sendo versão de entrada, era um familiar, não com um equipamento como o 125, mas que já tinha por exemplo espelho de cortesia na pala do(a) passageiro(a), duas luzes nos pilares B, Luz no porta luvas, luz no motor e luz na mala.













Entretanto passou os 126.000 kms:

 

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Chaves do 124:
(Imagens estão editadas, um pouco apagadas nos dentes)



Cromodora Torino


As chaves vêm a propósito de hoje ter ido fazer umas cópias para eventualmente não ficar "descalço".

 

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Foi beber outra vez:



Isto porque foi ao fim do dia ás comprinhas ao António:





Assim que possível, mais novidades.

 

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Velas antigas em mau estado!




Correia do dínamo e ventoinha:



A antiga para além de ressequida estava "solta", pouco tensionada.
Com a nova um chiar que por vezes se ouvia desapareceu.








Acho que gostais de saber os custos do material:
(Preços COM 23% IVA)
5,50 € => Correia
9,20 € => 4 Velas
4,90 € => Filtro de Óleo
1,85 € => Filtro de Gasolina

21,45 €, com "atenção" = 20 €

Óleo, tenho 5 litros Lucasoil 10W40 que me sai a 30 €.
Levou 3,7 litros para já.

Outros:

2,50 € => Tubo de Gasolina + 2 abraçadeiras

 

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Mais uma banhoca, que até foi mais tirar manchas / dedadas de óleo, com um trapo embebido em Petróleo.




E como até é muito interessante em cidade, foi à Baixa / Lapa
Sendo bem estacionado.

 

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Num dia de folga e aproveitei para fazer a inspecção, mesmo antes do tempo.
Fica então inspeccionado até 17-09-2016 (por acaso é o aniversário da minha carta de condução. Farei 25 anos de carta.)

Quanto à inspecção, nada de especial a assinalar.
O amortecedor dianteiro direito (lado da berma) tem um pouco menos de eficiência (18%)
Na traseira a suspensão dá uma diferença de apenas 8%.
A travagem está um pouco mais forte do lado direito: 9% na frente e 15% na traseira.