Fábio de Oliveira
Clássico
Esta motorizada foi comprada nova em 1982 pelo meu pai. Trata-se de uma FAMEL XF-17 de uma edição limitada e portanto foram produzidas poucas unidades. A única diferença em relação às outras é estética, mais especificamente os embelezadores cromados no depósito. O motor é o habitual Zundapp de 5 velocidades refrigerado a ar (está de origem), e ainda é de fabrico alemão (quando a Zundapp faliu os motores passaram a ser fabricados aqui, acho que foi mesmo a FAMEL quem comprou a patente, corrijam-me se estiver enganado). Os amortecedores dianteiros ainda são a molas (as últimas XF-17 já tinham amortecedores hidráulicos).
Pois bem, esta motorizada esteve sempre na família, e foi usada pelo meu pai até que deixou de trabalhar, e consequentemente ficou encostada ali no barracão uns 10 anos. Entretanto cresci, e nos primeiros anos da década passada a moda das motorizadas voltou, e fui vendo amigos meus a arranjarem as motas dos pais ou a comprarem a outras pessoas, e eu naturalmente quis fazer o mesmo (já desde há muito tempo, não foi só naquela altura). Entretanto lá comecei a trabalhar e assim juntar dinheiro para ressuscitar a motorizada.
E assim foi. Comecei por meter a motorizada funcional. Recorri a um amigo meu que arranja motas, que veio cá a casa e em pouco mais de 15 minutos meteu o motor a trabalhar. O que estava a impedir de funcionar era um simples problema no cachimbo da vela, que fazia com que a corrente não passasse. Mas como o motor esteve sem trabalhar muitos anos, os retentores entregaram a alma ao criador, e por isso deitava óleo por todo o lado. A motorizada foi para a oficina, para abrir o motor e repará-lo todinho. A motorizada estava ferrugenta, mas já trabalhava. A prioridade estava portanto concretizada.
Dali a 2 anos lá desmontei-a toda para restaurar. A pintura não ficou como eu queria (queria mantê-la metalizada, o pintor usou tinta lisa), e as listas tive de ser eu a improvisar com autocolantes que mandei fazer à medida, mas pelo preço em que ficou lá deixei estar. Para a próxima vez recorrerei a outro pintor, e será pintada como deve ser.
Há uns meses decidi mudar o sistema eléctrico. Aboliu-se os tradicionais platinados e instalou-se um kit electrónico de 12 volts da Kokusan.
Fui buscá-la à oficina há umas 2 horas, porque o cubo da roda traseira teve de ser substituído. Um dos rolamentos gripou e foi "comendo" o compartimento onde estes se instalam.
Futuramente, quando for preciso substituir o pistão, vou aproveitar e aumentar a cilindrada, mas nada de exorbitante, optando por um cilindro de 42 mm. Até porque já vi na XF-17 Sport de um amigo meu que não é preciso fazer muitas invenções nestes motores para andar bem.
Mas gostava também de meter pneus tubeless por questões de segurança em caso de furo. Tal é para esquecer com estes aros e raios. Por isso, já pensei em adquirir umas jantes de alumínio da Zundapp (as XF-17 também saíram com elas), mas não sei até que ponto dão para pneus tubeless se montarmos um pipo. Além disso, essas jantes estão pela hora da morte. A alternativa, portanto, seria equipar as rodas com dessas câmaras-de-ar reforçadas, mas não sei até que ponto não será a mesma coisa que as câmaras-de-ar convencionais.
Seguem umas fotos...
Pois bem, esta motorizada esteve sempre na família, e foi usada pelo meu pai até que deixou de trabalhar, e consequentemente ficou encostada ali no barracão uns 10 anos. Entretanto cresci, e nos primeiros anos da década passada a moda das motorizadas voltou, e fui vendo amigos meus a arranjarem as motas dos pais ou a comprarem a outras pessoas, e eu naturalmente quis fazer o mesmo (já desde há muito tempo, não foi só naquela altura). Entretanto lá comecei a trabalhar e assim juntar dinheiro para ressuscitar a motorizada.
E assim foi. Comecei por meter a motorizada funcional. Recorri a um amigo meu que arranja motas, que veio cá a casa e em pouco mais de 15 minutos meteu o motor a trabalhar. O que estava a impedir de funcionar era um simples problema no cachimbo da vela, que fazia com que a corrente não passasse. Mas como o motor esteve sem trabalhar muitos anos, os retentores entregaram a alma ao criador, e por isso deitava óleo por todo o lado. A motorizada foi para a oficina, para abrir o motor e repará-lo todinho. A motorizada estava ferrugenta, mas já trabalhava. A prioridade estava portanto concretizada.
Dali a 2 anos lá desmontei-a toda para restaurar. A pintura não ficou como eu queria (queria mantê-la metalizada, o pintor usou tinta lisa), e as listas tive de ser eu a improvisar com autocolantes que mandei fazer à medida, mas pelo preço em que ficou lá deixei estar. Para a próxima vez recorrerei a outro pintor, e será pintada como deve ser.
Há uns meses decidi mudar o sistema eléctrico. Aboliu-se os tradicionais platinados e instalou-se um kit electrónico de 12 volts da Kokusan.
Fui buscá-la à oficina há umas 2 horas, porque o cubo da roda traseira teve de ser substituído. Um dos rolamentos gripou e foi "comendo" o compartimento onde estes se instalam.
Futuramente, quando for preciso substituir o pistão, vou aproveitar e aumentar a cilindrada, mas nada de exorbitante, optando por um cilindro de 42 mm. Até porque já vi na XF-17 Sport de um amigo meu que não é preciso fazer muitas invenções nestes motores para andar bem.
Mas gostava também de meter pneus tubeless por questões de segurança em caso de furo. Tal é para esquecer com estes aros e raios. Por isso, já pensei em adquirir umas jantes de alumínio da Zundapp (as XF-17 também saíram com elas), mas não sei até que ponto dão para pneus tubeless se montarmos um pipo. Além disso, essas jantes estão pela hora da morte. A alternativa, portanto, seria equipar as rodas com dessas câmaras-de-ar reforçadas, mas não sei até que ponto não será a mesma coisa que as câmaras-de-ar convencionais.
Seguem umas fotos...
