Do Brasil para Portugal

António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
No caso de atribuição de matrícula a veículo que não possua o Certificado de Conformidade (COC), a medição das emissões e feita em centro de inspecção categoria B.

Os procedimentos estão devidamente descritos no Despacho nº 15730/2006 que regula e aprova o manual de procedimentos para centro de inspecção categoria B.

Só para o António José Costa não ficar a chorar :D, e para satisfação da sua curiosidade, deixo o parágrafo deste Despacho referente ao procedimento de determinação das emissões poluentes:

Procedimentos de inspecção:

Geral—igual ao de uma inspecção periódica.
Específico—determinação do valor das emissões de CO2.

Aplicável nos seguintes casos:
Inspecção para atribuição de matrícula: categoria M1.

A determinação do valor das emissões de CO2 só será efectuada desde que este elemento não esteja disponível, nomeadamente através de:
Documento de identificação do veículo (certificado de matrícula ou documento equivalente);
Certificado de conformidade;
Registo de homologação do veículo (em Portugal ou no país de matrícula).

O valor das emissões de CO2 é determinado através de um ciclo de ensaio, no banco dinamométrico, sem carga.

Só é realizado o ensaio aos veículos cujas emissões de CO ou da opacidade dos gases de escape (consoante se trate de veículos alimentados a gasolina ou gasóleo) estejam em conformidade com os limites destes poluentes fixados para a inspecção.

O veículo será ensaiado utilizando a relação de caixa mais alta possível recomendada pelo fabricante, para cada velocidade.

As acelerações devem ser executadas de forma constante procedendo-se à transição com suavidade quando se passa da aceleração à fase de velocidade estabilizada.

As medições das emissões de CO2 são efectuadas a duas velocidades distintas (50 km/h e 70 km/h), após um período de estabilização da velocidade mínimo de 5 s, com o motor à temperatura normal de funcionamento.

Cada fase terá uma duração não inferior a 10 s, sendo medida a distância percorrida d e considerado o valor da concentração de CO2, CCO2, após estabilização em cada uma das fases.

O valor de CCO2 num ensaio corresponderá à média aritmética dos dois valores obtidos.

As emissões de CO2 são calculadas através da seguinte fórmula:
Ver anexo 1137945

MCO2— emissão de CO2 em gramas por quilómetro do ensaio, arredondado à unidade;
V— volume de gases de escape (reduzido às condições normais);
QCO2— densidade do CO2 à temperatura e pressão normais;
CCO2— concentração de CO2 expressa em percentagem do volume de gases de escape
d— distância percorrida durante o ciclo de ensaio (fase I + fase II) em quilómetros.

Devem ser realizados dois ensaios. Se a diferença entre os valores obtidos for superior a 4%, será realizado um novo ensaio.

O valor final das emissões de CO2 resulta da média aritmética dos resultados obtidos nos três ensaios de medição realizados sequencialmente. O valor é anotado no certificado modelo n.º 112.

Obrigado Joaquim, a ver se não me esqueço de analisar isto mais tarde. ;)
 

António M. Vieira e Sousa

Gentleman Driver
Premium
Amigo Flávio Costa,

Seja muito bem-vindo e os meus parabéns por esse belo Dodge com óptimo aspecto, adoraria encontrá-lo por cá.

Se o seu carro partilhar componentes mecânicos com os Dodge Dart que nos anos 60 foram fabricados em Espanha pela empresa Barreiros sob licença Chrysler, certamente não será difícil de encontrar peças de substituição cá por estes lados da Europa.

Faço votos para que tudo corra bem e que o processo de legalização do carro se torne o mais fácil possível, seria uma pena esse carro não o acompanhar na mudança.

Um abraço.
 
OP
OP
Flávio Costa

Flávio Costa

YoungTimer
Amigo Flávio Costa,

Seja muito bem-vindo e os meus parabéns por esse belo Dodge com óptimo aspecto, adoraria encontrá-lo por cá.

Se o seu carro partilhar componentes mecânicos com os Dodge Dart que nos anos 60 foram fabricados em Espanha pela empresa Barreiros sob licença Chrysler, certamente não será difícil de encontrar peças de substituição cá por estes lados da Europa.

Faço votos para que tudo corra bem e que o processo de legalização do carro se torne o mais fácil possível, seria uma pena esse carro não o acompanhar na mudança.

Um abraço.

Bom dia, António.

Obrigado pelas dicas. Vou me informar sobre os Darts espanhóis.

Em relação à legalização, farei o possível para levar o carro comigo. Espero estarmos reunidos em breve .

Um abraço
 
OP
OP
Flávio Costa

Flávio Costa

YoungTimer
A traseira do dodge faz-me lembrar o Cortina

index.php



Ver anexo 1137693


Verdade! Tem suas semelhanças.

Grande abraço!!
 

José_Braga

Pre-War
Premium
Caro Flávio,

Para além de lhe dar as boas vindas ao fórum e os parabéns pelo estado que aparenta o seu Dodge Dart, utilizo o seu tópico como exemplo prático, para demonstrar os custos de legalização de uma viatura proveniente de um país terceiro (não UE), para este maravilhoso país à beira mar plantado.

Os montantes apurados não são nenhum segredo, a simulação pode ser realizada em: Portal Aduaneiro
Trata-se do simulador ISV da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), obrigando a registo baseado em número de contribuinte (NIF) e password. Caso o Flávio ainda não tenha NIF, no seu processo de movimentação para Portugal, aconselho-o a tratar deste assunto com prioridade. Adicionalmente, será útil a abertura de uma conta num qualquer banco licenciado para operar em Portugal, pois, pela lei em vigor, a AT só aceita pagamentos em numerário até 500€.

Vamos então ao cálculo do imposto e os dados para a simulação.
  • Ano da viatura: 1976
  • Cilindrada: 5200 cc3
  • Combustível: Gasolina
  • Emissão de CO2: por inexistência de certificado europeu de conformidade, este parâmetro é apurado pela medição realizada na inspeção tipo B. Poderemos, no entanto, apurar de forma teórica, uma aproximação de qual o valor de CO2 emitido. Sabendo que existe uma relação entre CO2 emitido e consumo da viatura, no caso da gasolina, esta representa cerca de 24 gramas de CO2 por cada litro de gasolina consumido. Assumindo que o Dodge tem um consumo médio de 15 litros/100 Km, então temos 15 * 24 = 360 gr/Km
Depois de “cozinhados” estes dados no simulador, o imposto apurado (ISV) a pagar é o que consta na imagem abaixo.
Ver anexo 1137744
Falta ainda adicionar o IVA à taxa de 23% sobre o ISV apurado: 57.455,86€ * 1,23 = 70.670,71€.

Mas ainda não é tudo. O IVA também incide sobre o valor aduaneiro do veículo (valor declarado da viatura + despesas de transporte para Portugal + seguros) e direitos aduaneiros (em regra 10% do valor aduaneiro do veículo).

Depois, a posse dessa viatura, implica o pagamento de outro imposto anual, o IUC, no montante de 914,39€.

Com base nestes dados, penso estar facilitada a decisão do Flávio de trazer ou não a sua viatura para Portugal.
Infelizmente os impostos afastam muito a ideia de importar um muscle car como este:mad:

É pena que tal aconteça
A traseira do dodge faz-me lembrar o Cortina

index.php



Ver anexo 1137693
Bela máquina esse Dodge ;)
 
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