Dakar 2021

Ismael Rodrigo

Veterano
Dakar: Peterhansel diz que o problema de Al-Attiyah é outro


Stéphane Peterhansel respondeu às críticas deixadas por Nasser Al-Attiyah que acusa a regulamentação de prejudicar os 4x4, como o Toyota, a favor dos buggies, como o MINI John Cooper Works Buggy. O francês afirma que o problema do seu grande rival é outro.

Peterhansel tornou-se o primeiro piloto a vencer em três continentes diferentes, 30 anos depois de ter festejado o primeiro triunfo, em motas, em 1991, em África. Peterhansel, que vencera as edições de 1991, 1992, 1993, 1995, 1997 e 1998 em motas, somou este triunfo em carros aos já conseguidos nos anos de 2004, 2005, 2007, 2012, 2013, 2016 e 2017, concluindo a prova em 44:27.11 horas, menos 14.51 minutos do que Al-Attyiah, que foi segundo, apesar de ter vencido seis etapas.

O piloto da Toyota, Nasser Al-Attiyah, diz que não está interessado em voltar ao Dakar se as regras não forem alteradas para tornar a luta justa entre os buggies e os 4x4, mas Stéphane Peterhansel, o vencedor da edição de 2021, não pensa da mesma forma.

"Eles reclamam há anos", disse o francês, citado pelo jornal MARCA. "Nós, quando não ganhamos, não choramos. É só uma questão de ego e se Nasser tivesse um ego um pouco diferente, poderia ter vencido o Dakar. O seu ego levou-o ao ponto de querer ganhar o prólogo e acho que foi aí que ele perdeu a corrida", acrescentou.

O "Monsieur Dakar" até pode ter razão no que diz, no que respeita à vitória desnecessária no prólogo do piloto árabe, que perdeu mais de 10 minutos a abrir a estrada, mas quanto ao "não chorar", nisso está errado. Quem já se esqueceu da choradeira de Peterhansel em 2020 sobre as notas que não lhe eram lidas em francês pelo português Paulo Fiúza?

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Notícia de:Jorge Plácido / Ramón Herrera
 

Ismael Rodrigo

Veterano
Dakar: A Besta não tem a genica necessária


Os irmãos Tim e Tom Coronel estavam satisfeitos por chegarem ao fim do rali Dakar, mas ao mesmo tristes porque o seu buggy "Beast 4.0" não consegue ter a velocidade para acompanhar os mais fortes na prova.

Para Tim foi o décimo quinto Dakar, para Tom, o oitavo. “Mas não experimentei tão pouco como agora em oito Dakars”, diz o irmão Tom, mas à-vontade nas provas de circuitos. “Foi um mega-Dakar: difícil, duro, como deveria ser. Mas sem problemas técnicos para nós".

Sobre os azares e tropeções na corrida da Arábia Saudita, Tom relembra que " furamos duas vezes por nossa própria culpa, porque andamos rápido demais sobre as pedras".

Os populares irmãos holandeses foram os 26º classificados à geral, mas acreditam que podem ir mais além com o carro equipado com um motor 6,2 litros da Chevrolet e preparado pela própria Coronel Dakar Team na Holanda.

"A Besta foi exemplar. A única coisa a criticar é a velocidade. Podemos fazer no máximo 160km/h, a favor do vento. Temos pelo menos que fazer 180km/h se realmente quisermos competir neste pelotão forte. Podemos andar ao nível deles, mas o nosso carro não. Portanto, precisamos pensar sobre isso e discutir as nossas opções para o futuro quando chegarmos em casa”, resumiu Tom.

Depois de terminar em 27º na edição de 2020 do rally-raid mais difícil do mundo, os irmãos Coronel concentraram-se em melhorar o ‘Beast 4.0’ e em polir algumas das falhas que o buggy projetado e construído pela Jefferies Racing ainda carrega. Neste aspecto, a ‘fera’ recebeu uma grande dieta para emagrecer, graças à intervenção de um especialista em chassis na Holanda, permitindo que a sua estrutura perdesse cerca de 140 quilos. Além disso, o ‘Beast 4.0’ montava este ano um novo sistema de resfrigeração com o qual evitou os problemas de temperatura que teve nas etapas mais longas e exigentes do rali Dakar o ano passado.

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Notícia de: Jorge Plácido
 

Ismael Rodrigo

Veterano
Dakar: De Rooy cheio de vontade de regressar


A equipa De Rooy caiu consideravelmente o ano passado e teve que colocar três camiões à venda após o início da pandemia do novo coronavírus. Além disso, a De Rooy Holding reduziu o patrocínio da equipa de corridas, descartando a sua participação no Dakar deste ano na Arábia Saudita. Contudo, melhores ventos parecem soprar na Holanda.

O seu líder, Gerard de Rooy, espera retornar no próximo ano. Nos últimos meses o holandês tem trabalhado intensamente no desenvolvimento e construção de um novo camião. Este deve começar a testar na primavera. E, embora ainda haja muitas incertezas devido à pandemia, de Rooy está ansioso para retornar à competição.

"Depois de um ano de ausência, o desejo de voltar é mais forte do que nunca", disse De Rooy, duas vezes vencedor da categoria de camiões.

O objetivo é testar no Marrocos em maio, mas a dúvida é se isso será possível. O Morocco Desert Challenge acaba de ser adiado para setembro. Se Marrocos não for viável, "podemos recorrer a locais na Europa. Durante este teste também vamos agendar alguns dias para os pilotos interessados em conduzir, uma vez nas condições adequadas, com a orientação e apoio da equipa De Rooy".

Pela primeira vez este ano, o Dakar lançou uma categoria de carros e camiões clássicos, em paralelo com o percurso tradicional de corrida, numa competição de regularidade. Dois camiões participaram na primeira edição, mas De Rooy deixa claro que tem em mente apresentar ele próprio outros dois e muito especiais para 2022...

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Notícia de: Jorge Plácido
 

Ismael Rodrigo

Veterano
Dakar: Roma fica com a BRX e pede reacção da FIA


Quando chegou da Arábia Saudita, Juan "Nani" Roma deu uma entrevista ao jornal desportivo catalão Sport, onde confirmou que irá ficar no próximo ano com a equipa Bahrain Raid Xtreme da Prodrive, depois do quinto lugar obtido na prova deste ano.

"A equipa tem um acordo de longo prazo com o Dakar e o meu contrato é de dois anos, extensível a um terceiro. É um projeto que tem uma longa história e que pode crescer muito", disse Roma que no último minuto perdeu o seu habitual co-piloto Dani Oliveras para a COVID-19, tendo recorrido aos serviços do experiente Alex Wincocq.

Sobre o buggy BRX Hunter, Roma diz que "temos uma boa base. Agora, com os dados em mãos, devemos analisar onde somos mais rápidos e mais lentos, em quais áreas precisamos melhorar mais. Mas estamos no começo. Eu não competia há um ano. Fizemos apenas quatro dias de testes de suspensão, temos que melhorar isso e o motor ... há muito espaço para progresso".

Este ano houve polémica com a alegada vantagem dos buggies MINI sobre seus rivais 4x4, muito mais expostos a furos. Roma reconhece que é preciso tentar encontrar um equilíbrio no regulamento.

Sobre o assunto, Roma disse o seguinte: "o ASO e a FIA têm que reagir. O que não pode ser é que existem carros muito mais competitivos, principalmente a nível dos pneus e tendo em conta a quantidade de pistas de pedra que já passámos na Arábia. Há 15 anos que temos o mesmo pneu, 16 polegadas, as suas rodas são 37. Além disso, o Mini tem 400 de suspensão e nós 280. Os nossos carros pesam duas toneladas e o Mini 1.800 quilos, e podem inflar e esvaziar. Al-Attiyah, com toda a sua experiência, sofreu 16 furos e os quatro Toyota, mais de 80... Espero que os técnicos da FIA se manifestem sobre o assunto".

O piloto espanhol diz que a equipa tem recursos e vontade de fazer mais corridas, mas não revelou qual o seu programa de provas para o resto de 2021. Que bom seria para os adeptos portugueses ver os BRX Hunter a correrem na Baja Portalegre 500.​

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Notícia de: Jorge Plácido
 
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