Ora bem... começo por uma declaração de interesses: Não tenho gosto por eléctricos.
E como já foi dito por aí... também considero que é uma solução do passado a ser aplicada aos dias de hoje. Se não resultou na altura, hoje também vejo dificuldades que resulte. Pelo menos de forma massiva.
Quando as redes eléctricas ficarem sobrecarregadas (como já acontece em alguns bairros em Lisboa) porque os utilitários de veículos eléctricos decidem ligar a "fichinha" ao carro, quero ver como resolvem o problema. Porque aí o problema deixa de ser limitado aos carros e passa a ser um problema estrutural e que afecta não só carros, mas também casas e principalmente, a qualidade de vida das pessoas.
Tendo dito isto, aceito que o eléctrico seja uma solução viável para certas utilizações. Citadinas maioritariamente. Ainda ontem vi um carro dos CTT a passar por mim. Uma daquelas caixas pequenas com rodas. E serve perfeitamente para o propósito.
Por outro lado, não concordo minimamente com a proibição de construção de motores ICE, usem eles combustíveis sintéticos ou de outra forma. Acho que a solução passa por diversificar as formas de energizar os veículos e não apostar todas as fichas numa única forma. E isso é algo que os "evangelistas da electrificação" não toleram.
Por conseguinte, concordo inteiramente que se explore a possibilidade dos combustíveis sintéticos e olho para o seu desenvolvimento como olho para o desenvolvimento da electrificação dos carros. Ou seja, é mais uma parte da solução que para mim passa por incorporar várias e diferentes tecnologias.
E que nós possamos escolher livremente por qual delas queremos optar.