Clássicos a Preto e Branco

José_Braga

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Foi implementada pelo "estado novo" …………. :cool::cool: com viragem à direita.


Post scriptum - com a chegada do primeiro carro deu-se foi o atropelamento de um burro; bem ainda não esclareci se o dono do animal montava o dito .... :wub::wub::wub:
O primeiro automóvel em Portugal

O Panhard & Levassor, foi o primeiro automóvel em Portugal.
O primeiro automóvel chega a Portugal em 1895.
É um veículo da marca Panhard & Levassor, importado de Paris pelo IV Conde de Avilez.
Na Alfândega de Lisboa, surge a dúvida sobre a taxa aduaneira a aplicar a tão estranho artefacto.
Seria uma máquina agrícola ou uma locomobile «máquina movida a vapor»? Adoptou-se esta última definição.

Ver anexo 1164066


Está actualmente em exposição no Museu da Alfândega na cidade do Porto e é propriedade do Automóvel Clube de Portugal.
Como disse trata-se do primeiro automóvel a entrar em Portugal.
Ver anexo 1164068


Curiosidades:

A história rodoviária portuguesa não podia ter começado da pior forma. No primeiro dia em que um carro circulou em Portugal houve uma vítima mortal: um burro!
Na primeira viagem que realiza, entre Lisboa e S. Tiago do Cacém, este veículo é protagonista do primeiro acidente de viação em Portugal ao atropelar um burro.


Após atravessar o Tejo chega ao Barreiro, a primeira localidade a ouvir o barulho do seu motor V2 de 1290 cc, onde inicia uma louca viagem até Santiago do Cacém, a primeira realizada por um automóvel em Portugal. Perante o terror de uns e o deslumbramento de outros, lá segue a sua correria rumo ao Litoral Alentejano, à louca velocidade de 15 Km/h:eek:. A máquina dava cerca de trinta, mas como ainda não havia SCUTs nem autoestradas, aliás, as estradas não passavam de caminhos, a maior parte das vezes antigas estradas romanas, o percurso foi feito a uma velocidade mais reduzida, embora estonteante para os padrões da época.
A 11 de Outubro de 1895, pelas 5 da tarde, dá-se a chegada a Santiago do Cacém, no meio de grande festa e curiosidade popular, isto depois de uma atribulada viagem, que acabou por incluir o primeiro acidente de viação registado em Portugal, após a viatura atropelar um burro.:xD::xD:
À entrada da vila, surge um burro no meio da estrada e daí recusa-se a arredar com a sua típica teimosia. O choque é inevitável e do atropelamento resulta a morte do burro. O dono vê-se então recompensado da sua significativa perda com a quantia de dezoito mil réis, o triplo do valor de um burro naquela épocao_O. A chegada do Panhard & Levassor ao seu destino, Santiago do Cacém, causou enorme sensação e pasmo entre os habitantes da pacata localidade.
Foi também pelo caminho que houve necessidade de proceder ao primeiro reabastecimento, também mal sucedido, seguindo-se a primeira reparação, que poderá também classificar-se como a primeira "assistência em viagem", já que, à falta de outro combustível, decidiram encher o depósito com petróleo de iluminação, o que fez com que o motor não trabalhasse, obrigando à sua completa limpeza para seguir viagem, após atestado com combustível próprio, que entretanto chegara, provavelmente transportado em carroças.
Conta-se que o Conde de Avilez (na foto em baixo), embora as viagens fossem bastante duras, devido não só ao estado das estradas, mas também ao facto dos rodados do carro não serem muito diferentes dos das carroças, em madeira e com aros de ferro, se deslocava bastantes vezes no seu novo veículo, destacando-se de entre as suas épicas viagens umas idas a Beja e a Évora.
Ver anexo 1164070



Aqui vos deixo um video desta 1ª "máquina" Portuguesa




É verdade @Guilherme Bugalho, eu quando partilhei a história do 1 carro a circular em Portugal, também achei caricato esse acontecimento, logo na viagem inaugural. ;)
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
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Foi implementada pelo "estado novo" …………. :cool::cool: com viragem à direita.
É verdade @Guilherme Bugalho, eu quando partilhei a história do 1 carro a circular em Portugal, também achei caricato esse acontecimento, logo na viagem inaugural. ;)

S.Tiago do Kassem .... :xD::xD:

Post scriptum - bem agora veio-me à memória uma cena passada comigo …. no turismo em Santiago do Cacem .... :wub::wub: estava eu a tentar orientar-me para ir ao castelo … e pergunta a senhora do turismo ... mas quer ir ao castelo porquê ???. Olhe que aquilo é um cemitério ..... :ph34r::ph34r::ph34r:



Bem jágora fica aqui um scanner ...



001kassem.jpg
 
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José_Braga

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Fiat 130 Berlina

Em 1969, o Fiat 130 Berlina foi apresentado e foi considerado o carro-chefe da empresa de Turim
O Fiat 130 Berlina (4 portas) tinha um motor montado à frente que fornecia a potência às rodas traseiras.
A alimentação do Fiat 130 era de uma única árvore de canes de comando de cabeça, com um motor de 6 cilindros naturalmente aspirado de 3,2 litros, com 2 válvulas por cilindro que produz valores de potência e torque de 163 cv (165 PS / 122 kW) a 5600 rpm e 250 N · m (184 lb-ft / 25,5 kgm) a 3400 rpm, respectivamente.
Tinha uma transmissão manual de 5 velocidades transmite a potência às rodas motrizes.
O Fiat 130 Berlina pesa 1615 kg e tinha uma velocidade máxima reivindicada é de 190 km/h.

O Fiat 130 Berlina.jpg Painel instrumentos Fiat 130 Berlina.jpg
 

José_Braga

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Sede dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses

Aqui vos deixo uma fotografia de 1925, da frota automóvel, diga-se, verdadeiros clássicos, dos BV Lisbonenses, esta tirada mesmo em frente ao quartel, que fica na Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa.

1585559120973.png

Em baixo, uma foto dos BV Lisbonenses em ação real, na Rua da Escola Politécnica com o Largo de São Mamede, em Lisboa, aquando de um incêndio.:eek:

1585559705234.png

Grandes viaturas estas de combate aos incêndios, com mangueiras por todo o lado.
Algumas estão em exposição no museu dos coches.

Por fim deixo um pequeno vídeo de um cortejo de viaturas antigas dos Bombeiros.



Gostei especialmente daquela viatura de apoio, VW Pão de Forma:D

Um abraço
 

Tiago Baptista

Portalista
Portalista
Tiago confessa, estas memórias são tuas, herdaste-as, onde foste buscar o gosto por carros dos tempos da "outra senhoa"

A explicação para a sua publicação destas imagens no Portal é simples. No Domingo, estava a assistir a um episódio que tinha guardado sobre uma série que passa na RTP, chamada "A Arte Elétrica em Portugal", quando me deparo com algumas bandas de rock que germinaram em Coimbra nos finais dos anos 80, princípios de 90 e que quebraram com uma certa "hegemonia" que vinha das duas principais cidades de referência do país. Dos vários temas abordados naquele capitulo, um em particular captou a minha atenção: os locais da moda onde se realizavam os concertos. Foi então, que comecei a pesquisar sobre a vida coimbrã daquele período. Encontrei muita informação nos vários separadores que ia abrindo e, numa dessas ocasiões deparei-me com estas fotos que já conhecia de outras núpcias. Alguém as tirou, publicou e por qualquer motivo ligado à rede de transportes públicos de Coimbra, acabaram com uma legenda cuja descrição se encontra numa língua de um país do leste europeu. Escusado será dizer que "devorei" esse lote de imagens e partilhei-as com todos vós para mostrar como era a cidade que me viu nascer e que me acolhe, durante a década de 70.

À parte disto, não duvido que existam fotografias desta época e até mais antigas, em casa dos meus pais e dos meus avós.

Agora, respondendo ao outro lado da pergunta, sim, confesso que estas duas imagens em particular me trazem boas recordações.
Na segunda foto, aquele primeiro prédio à direita, era um Centro de Saúde, mais conhecido como Posto Nº1, onde trabalhou a minha Mãe até 2004, ano que o fecharam por risco de colapso. ( o certo é que o raio do prédio ainda lá está, impávido e sereno, à espera que, segundo o que já me foi, seja transformado numa residência para estudantes). Muitas vezes estive com o meu Pai parado à porta no final do dia para levar a minha mãe até casa. Foi ali, naquelas três janelas do quinto piso que, quando o médico estava de férias ou ia para algum congresso, a minha Mãe me levava para o seu local de trabalho. Normalmente era na altura das férias escolares. Delirava sair de manhã, ir no autocarro, percorrer as ruas da cidade sentado no banco junto à janela e descer na paragem ao lado das Escola Primária. Tomava o pequeno almoço no snack-bar, sempre ao balcão, mesmo que não chegasse com os pés as chão para logo em seguida, dirigir-me ao Posto 1 e aí iniciar o meu dia de trabalho. Escrevia muito à maquina, desenhava nos toalhetes de papel que forravam a secretária e desfrutava da vista única que aquele quinto andar proporcionava. Foi dali que assisti, por exemplo, à requalificação do Mercado D. Pedro V.

Inevitável seria não ver a evolução desta avenida desde o final dos anos 90 até aos dias de hoje. Evolução no parque automóvel, na natureza, nas infraestruturas rodoviárias e na arquitectura dos edifícios, por exemplo. Conhecia as lojas de comércio que ali existiam, as suas gentes, o cheiro do mercado, o trânsito caótico, o som que as extremidades das hastes dos trolleys faziam nas linhas, a tabacaria/papelaria onde comprei a minha primeira revista de automóveis, o sabor dos pasteis logo pela manhã a saírem do forno, toda uma rotina que acompanhei até ao momento em que esta zona passou a não fazer parte daquilo que tomava como certo durante largos anos.

É com alguma estranheza que hoje olho para esta zona e a acho impessoal, fria, não é mais nem será aquilo que a minha memória guarda. É por isso que desfruto ao apreciar estas fotos de um período em que não era sequer nascido. Acho interessante ver o passado da cidade que eu viria a conhecer anos depois. Escusado será dizer que este gosto por automóveis veio desse tempo. Porque alguns dos que aparecem nas fotos ainda fazem parte do meu imaginário. Agora, como sou da geração da chapa branca como letras pretas, é com curiosidade que vejo a constituição do parque automóvel nacional naquele ano em particular.

Uma das situações que mais me intrigava naquela altura, era tentar perceber qual seria o modelo que se escondia por baixo daquela capa de lona que o cobria e que, não raras vezes, tinha a sua matricula pintada nas extremidades. Quem não se lembra das ruas deste nosso Portugal com esses carros tapados.

Outra peculiaridade é poder apreciar a convivência das pessoas com aqueles modelos que não tinham o ainda o estatuto que hoje têm e que seria a mesma que temos com os "plásticos" actuais: eram banais e eram vistos como um simples meio de transporte até porque o estatuto de clássicos só o iriam adquirir anos mais tarde.

Resumindo: foi uma altura da minha vida que muito me marcou ao ponto desta cidade, hoje, não me ser estranha. Não quero ser desonesto e afirmar que conheço cada canto. Não, não conheço. Há muitos sítios que quero visitar e outros revisitar. Mas é esse mistério que me cativa em Coimbra. Porém foi, também, graças à liberdade que tive e a quem me orientou nessa descoberta despreocupada dos recantos desta cidade que hoje sei o nome desta ou daquela rua ou de um determinado ponto turístico, sem ter de pensar duas vezes. Porque não há nada melhor do que tratar por "tu" e não ser um turista, no berço que nos trouxe ao mundo.
 
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JP Vasconcelos

Raio de Sol
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Portalista
Sede dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses

Aqui vos deixo uma fotografia de 1925, da frota automóvel, diga-se, verdadeiros clássicos, dos BV Lisbonenses, esta tirada mesmo em frente ao quartel, que fica na Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa.

Ver anexo 1166080

Em baixo, uma foto dos BV Lisbonenses em ação real, na Rua da Escola Politécnica com o Largo de São Mamede, em Lisboa, aquando de um incêndio.:eek:

Ver anexo 1166083

Grandes viaturas estas de combate aos incêndios, com mangueiras por todo o lado.
Algumas estão em exposição no museu dos coches.

Por fim deixo um pequeno vídeo de um cortejo de viaturas antigas dos Bombeiros.



Gostei especialmente daquela viatura de apoio, VW Pão de Forma:D

Um abraço


Adoro carros de bombeiros e graças a eles preservou-se um parque de veículos incomum em qualquer parte do mundo
 

José_Braga

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Vila Real de Santo António - "Rua do Farol" (Era como eu lhe chamava)

Zona onde eu desde miúdo ia passar as férias de verão. Também era a zona onde me costumava encontrar com os meus tios que se encontravam emigrados em França e vinham no mês de Agosto para o Parque de Campismo de Monte Gordo. Belos tempos:)

Esta foi tirada do fundo de um álbum e colocada aqui apenas porque tem 2 clássicos capturados.
Data não tenho a certeza, mas deve ser dos finais dos anos 70, inicio de 80.
1587123995704.png

Em off-topic, partilho com vocês que há uns tempos atrás tive o prazer de ir visitar o farol mais a minha filha, recordando uma visita por mim efectuada com os meus pais e irmã, há cerca de 40 anos atrás e entretanto praticamente apagada da minha memória, uma vez que na altura tinha 6 ou 7 anos.
Hoje é assim:
1587124278745.png

Um abraço
 
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