Caramulo Motorfestival 2020 [2-4/10/2020]

JorgeMonteiro

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A XV edição do Caramulo Motorfestival, o maior festival motorizado em Portugal, organizado pelo Museu do Caramulo em parceria com o Automóvel Club de Portugal, e que tinha data marcada para o primeiro fim-de-semana de Setembro, foi remarcado para os dias 2, 3 e 4 de Outubro, devido às limitações impostas pela pandemia.

Com vista à execução do evento em segurança, a organização do festival vai introduzir diversas alterações, reduções ou anulamentos de algumas das actividades inicialmente previstas, para tornar o evento mais contido e seguro.

Adicionalmente, a organização do Caramulo Motorfestival elaborou um extenso plano de higiene e segurança baseado na actual legislação, normas da DGS, exigências da FPAK e nas melhores práticas internacionais para este tipo de situação, nomeadamente, o reforço da equipa de voluntários ao evento, munidos de equipamentos de protecção individual (EPI) como máscaras, viseiras, luvas, gel e óculos de protecção. Introdução de medição térmica ao público nos únicos três pontos de acesso possíveis ao evento, pela equipa de voluntários, munidos de termómetros por infravermelhos.

O evento terá lotação máxima de visitantes, garantindo sempre uma média de 20m2 por pessoa ao longo do dia. Haverá também limitação de pessoas nos espaços de maior densidade de público, definindo zonas de distanciamento e promovendo o deslocamento condicionado por fitas de demarcação e elementos de marcação no chão ou fixos.

Será criada uma equipa de limpeza e desinfecção das instalações e de superfícies com maior contacto físico e será disponibilizado gel desinfectante em vários pontos do recinto, às quais acrescerá o serviço móvel de distribuição de gel, por voluntários, ao longo do recinto nas zonas de circulação.

Serão introduzidas bancadas suplementares com lugares marcados sentados na zona da pré-grelha, garantindo assim as distâncias de segurança legalmente impostas e o serviço de comunicação/alerta sonoro por speaker, devidamente cadenciado durante o evento, alertando para as medidas de distanciamento recomendadas.

As actividades que promovam a proximidade e contacto entre pessoas (ex. sessões de autógrafos com pilotos, entrega de prémios), serão canceladas e será criada a figura do “Safety Officer”, responsável máximo e em exclusivo da aplicação e execução de todas as medidas de higiene e segurança.

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Tiago Jose Antunes

Tiago Antunes
:(:(
 

Tiago Baptista

Portalista
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:(:(

Não me surpreende e, numa opinião um pouco mais pessoal, também não tenho grande pena. Talvez este ano sabático sirva para que os responsáveis do Motorfestival aprendam que a formula se encontra perto da exaustão. Mais espremida e já não sai sumo. A edição dos 40 anos roçou o pobrezinho para quem pretendia comemorar tal efeméride.

Que se reinventem procurando novas atividades para o festival, novas caras e propostas para a automobilia (e um espaço diferente), que alterem a disposição dos espaços publicitários e que principalmente tornem a subida mais emocionante e competitiva através, quem sabe, da inclusão da Rampa do Caramulo a contar para o CNM no próprio Motorfestival.

E vamos ser honestos. Era preciso ser muito ingénuo ou muito arrogante para pensar que esta edição tinha pernas para andar. Não é por estar no topo da serra que o vírus não chega lá. Mais, sabendo que é um evento que atrai muita gente e que as condições atuais não permitem grande veleidades, as profundas remodelações que iriam ser introduzidas não abonavam a favor da qualidade da edição 2020. Quem é que estaria interessado em percorrer 100, 200 ou mesmo 300km para estar presente e depois encontrar obstáculos como este

O evento terá lotação máxima de visitantes, garantindo sempre uma média de 20m2 por pessoa ao longo do dia. Haverá também limitação de pessoas nos espaços de maior densidade de público, definindo zonas de distanciamento e promovendo o deslocamento condicionado por fitas de demarcação e elementos de marcação no chão ou fixos.

onde existiria um número máximo de pessoas? Julgo que não foi uma medida muito ponderada mas vindo de quem vem não se podia esperar algo diferente.
 

Samuel

Veterano
Talvez este ano sabático sirva para que os responsáveis do Motorfestival aprendam que a formula se encontra perto da exaustão. Mais espremida e já não sai sumo. A edição dos 40 anos roçou o pobrezinho para quem pretendia comemorar tal efeméride.

Talvez isso aconteça quando mudarem o local para Fátima... Havendo fé... os milagres acontecem... :lol:
 

Guilherme Bugalho

BUGAS03
Portalista
Sejamos honestos, as condições para a realização deste evento este ano não eram nenhumas.:confused:


Eh pah ... desculpa lá ... "deste evento este ano" ????
Deste evento e de mais uns quantos. E "espetadores" de futebol, por exemplo ...

E não é uma questão de honestidade .... é uma questão de racionalidade.

Há muita gente que ainda não meteu na cabeça ..... que se ficarem infectados, é para sempre, para o resto da vida.
Mais ..... podem "escapar" e não morrer, mas as mazelas vão ficar. Serão para sempre. Neste aspecto eu sei o que digo, porque com 19 anos tive uma coisa que na época se chamava "pleuresia", e fiquei "marcado" para sempre.
Há uns seis anos o radiologista que me detectou a dita, voltou a detetar as marcas antigas, só as vou perder depois de ir para a quinta do padre ... :p:p ; mas mesmo assim vai ser necessário passar lá uns tempos :cool::cool:

Post scriptum - é chocante ouvir e participar numa conversa de pai, mãe e filho ... sobre a necessidade, ou não, de se separarem os talheres (os meus dos deles ...)
 
Não me surpreende e, numa opinião um pouco mais pessoal, também não tenho grande pena. Talvez este ano sabático sirva para que os responsáveis do Motorfestival aprendam que a formula se encontra perto da exaustão. Mais espremida e já não sai sumo. A edição dos 40 anos roçou o pobrezinho para quem pretendia comemorar tal efeméride.

Que se reinventem procurando novas atividades para o festival, novas caras e propostas para a automobilia (e um espaço diferente), que alterem a disposição dos espaços publicitários e que principalmente tornem a subida mais emocionante e competitiva através, quem sabe, da inclusão da Rampa do Caramulo a contar para o CNM no próprio Motorfestival.

E vamos ser honestos. Era preciso ser muito ingénuo ou muito arrogante para pensar que esta edição tinha pernas para andar. Não é por estar no topo da serra que o vírus não chega lá. Mais, sabendo que é um evento que atrai muita gente e que as condições atuais não permitem grande veleidades, as profundas remodelações que iriam ser introduzidas não abonavam a favor da qualidade da edição 2020. Quem é que estaria interessado em percorrer 100, 200 ou mesmo 300km para estar presente e depois encontrar obstáculos como este



onde existiria um número máximo de pessoas? Julgo que não foi uma medida muito ponderada mas vindo de quem vem não se podia esperar algo diferente.

Tiago, como deves saber nos primórdios do Motor Festival quando era necessário "encher" as listas de inscritos (todos nós sabemos que não era necessário, o Motor Festival sempre teve muita procura e até recusa quem quer pagar 400€ por meia dúzia de quilómetros :p:rolleyes:) o Campeonato Português de Montanha fazia parte e aí já corriam alguns que agora já não podem. Desta forma os Ford Probe, os 2 CV e afins podem brilhar à vontade com a sua fantástica prestação serra acima :xD: que iria ofuscar os potentes e históricos carros que já participaram na Rampa.

Lembro-me de nomes como Rufino Fontes, António Nogueira, Pedro Salvador, Ricardo Megre, João Fonseca, entre tantos outros habitues da montanha aliarem a sua rapidez ao espetáculo e nos proporcionarem momentos únicos; de alguns nomes menos conhecidos levarem carros que marcaram gerações ao Caramulo, como o Escort RS da Diabolique; alguns Lancia ex-Abarth oficiais; Renault 5 Turbo, Lola T70 e outros modelos que ainda hoje perduram no imaginário dos aficionados do Desporto Automóvel.

Na minha opinião as pessoas vão para verem este tipo de carros a serem guiados, não para verem um desfile de vaidades que tiram o carro da garagem para irem subir a serra a ritmo domingueiro. Claro que também há excepções e alguns são rápidos, mas na sua maioria dá sono ver as passagens. Não é por convidarem ilustres (com a devida e merecida vénia) ao Motor Festival, para irem lá passear (outros só em espirito, porque nunca os vi por lá) ou dar umas entrevistas e autógrafos que atrai mais público ao evento. Porque não uma combinação 037 + Alen? Ou até mesmo Santos + RS1800? Quiçá o piloto da casa João Fonseca com um dos carros que já ganhou a rampa?! Um Rufino Fontes com um Alfa Romeo? Com tantos sponsors do evento não seria viável convidar alguns nomes (ainda competitivos) para apimentar a coisa?

Veja-se o sucesso do Rali Spirit. A organização pode pecar por algumas coisas, mas a César o que é de César e o Ortigão sabe organizar um evento. Um elenco de luxo, uma estrutura competitiva bem desenhada onde a prova é feita a pensar não só no público, mas também nos pilotos. A componente social não é esquecida e a confraternização entre participantes é evidente.

O Caramulo tem tudo para ser igual. O traçado é excelente (apesar de curto); o público tem vários locais para assistir à prova; enquadra-se numa região de excelência e turística. "Só" faltam os concorrentes! O Caramulo merece mais! Não pode viver refém do sucesso do passado e esperar que perdure no tempo! Espero que este ano sabático sirva de reflexão e que em 2021 a vaidade fique em casa e a competitividade seja colocada à prova.
 
OP
OP
JorgeMonteiro

JorgeMonteiro

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Na minha opinião o caramulo vale pelo ambiente à volta do museu. A rampa não tem o mínimo interesse. Já lá fui alguns anos e nunca passei da linha de partida para cima.


A minha receita era:
1-Saida do parque pela avenida do restaurante.
2- Partida na Rotunda da N230
3- Bancada em frente ao Museu
4- Ecrã gigante em frente ao Hotel

Assim era possível ver uma passagem em velocidade em frente ao Hotel, em vez daqueles arranques entediantes.
 
Na minha opinião o caramulo vale pelo ambiente à volta do museu. A rampa não tem o mínimo interesse. Já lá fui alguns anos e nunca passei da linha de partida para cima.


A minha receita era:
1-Saida do parque pela avenida do restaurante.
2- Partida na Rotunda da N230
3- Bancada em frente ao Museu
4- Ecrã gigante em frente ao Hotel

Assim era possível ver uma passagem em velocidade em frente ao Hotel, em vez daqueles arranques entediantes.

Impossível de realizar.
Não tens condições de segurança para tal, quer para o piloto, quer para o público. Para não referir que chegas com muito mais velocidade à primeira curva. Penso que nenhum orgão federativo homologaria o traçado com essa variante. Quem quer ver velocidade trepa serra acima e vai para a recta antes do gancho. Com todas as condições de segurança.
 
OP
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JorgeMonteiro

JorgeMonteiro

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Tudo se faz. Haja dinheiro e meios para se criarem as condições. Vila Real deve ser muito mais complicado...
 

Tiago Baptista

Portalista
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Não é por convidarem ilustres (com a devida e merecida vénia) ao Motor Festival, para irem lá passear (outros só em espirito, porque nunca os vi por lá) ou dar umas entrevistas e autógrafos que atrai mais público ao evento. Porque não uma combinação 037 + Alen? Ou até mesmo Santos + RS1800? Quiçá o piloto da casa João Fonseca com um dos carros que já ganhou a rampa?! Um Rufino Fontes com um Alfa Romeo? Com tantos sponsors do evento não seria viável convidar alguns nomes (ainda competitivos) para apimentar a coisa?

Isto é o que faz a organização do Leiria Sobre Rodas.

As primeiras duas edições passaram um pouco ao lado do público mas em 2017, quando convidaram o Ari Vatanen, o evento deu o salto que precisava. E se nesse ano foi o finlandês, no ano seguinte esteve o Didier Auriol, e o ano passado o Markku Alén e o Miki Biasion. Todos estiveram na pequena tertúlia promovida no estádio onde responderam às questões levantadas pelo público e pelo moderador, deram os seus autógrafos e tiraram fotografias com fans e ainda tiveram tempo para queimar pneu no traçado desenhado no parque de estacionamento do estádio para gaudio de todos os presentes quer no recinto quer em casa. Estava (definitivamente) colocado no mapa o certame leiriense. Isto sem mencionar nomes como Rui Madeira, António Rodrigues, Ricardo Moura, Pedro Meireles ou Ramiro Fernandes.

No caso do Caramulo, podiam convidar nomes internacionais mas mesmo se convidassem figuras do desporto nacional, julgo que seria um bom motivo de interesse. Falo de figuras ligadas aos ralis mas também à velocidade e a Rampa do Caramulo teve, ao longo dos seus 40 anos, figuras incontornáveis que certamente teriam todo o gosto em reviver memórias do tempo em que passavam horas atrás do volante.
 
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