Alfa Romeo Bella

O meu primeiro clássico. Italiano. Vermelho. Lindo!
Diários de Bordo

Alfa Romeo Bella

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HugoSilva

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"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
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Agradeço desde já a opinião de ambos, toda a ajuda é útil! ;)

Hugo, a primeira intervenção relativamente simples mas que dá muito gozo.
A 2ª, sinceramente é-me impossível diagnosticar o que seja, neste momento pelo que comentas inclino-me para a embraiagem e seus acessórios/periféricos, mas convém verificar, quanto mais tempo para se agravar pior e o custo de peças para caixas de velocidade é um rombo bem grande.

Pois, tenho de começar a pensar nisso, a verdade é que já fez alguns quilómetros e não se parece ter agravado mas nada como prevenir. Será tratado no curto-prazo.
 
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HugoSilva

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Já andava a ficar aborrecido quando saía com o carro cheio de pó, fica logo com outro aspeto quando a pintura está minimamente refletiva, e por esse motivo nova aquisição...
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Aproveito para perguntar ao pessoal dos Alfas, ando à procura de
  • um encosto de cabeça para a 3ª série (neste caso as primeiras unidades), que é mais redondinho que os da série 4;
  • braços das escovas dos vidros, versão preta ao invés de cromada;
  • placa "branqueadora" do rádio;
  • punho das mudanças;
Alguém?
 

Anexos

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HugoSilva

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Há muito que isto está parado e a verdade é que com o mau tempo não tem apetecido andar de descapotável e inclusivamente atrasei a iPO à conta disso mas o que tem de ser tem muita força e há umas semanas lá foi cumprir o devido!

Fiz umas verificações básicas e tal só para não ter supresas como no passado! Luzes de mudança de direção, médios, máximos e luzes de matrícula tudo no ponto







E pronto, desta feita sem qualquer anotação, estará pronto para mais um ano!



Os gajos deste centro de inspeções são de facto impecáveis e durante os testes aos travões, já no final, chamaram-me ao fosso para ver "uma coisa", parece que o escape precisa ser reparado pois onde a tubagem se encontra com a panela uma das soldas cedeu e já se vê sinais de fuligem...



Uma voltinha para arejar os carburadores e fim da entrada ;)
 
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Apesar de o diário ter parado, a verdade é que o carro tem andado pouco e quero mudar isso com o bom tempo que já se vem fazendo anunciar faz algumas semanas, a semana passada foi à IPO e passou à primeira!

O que ninguém lhe tira é a chiadeira dos travões e infelizmente está a perder líquido do radiador, já tive que o repor algumas vezes, mesmo com o pouco uso.
Visto que não há sinais óbvios e tem os travões dianteiros para renovar (discos e pastilhas), a ver se esta semana vai fazer uma estadia, que espero seja curta, em oficina de clássicos.
 
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Antes da deprimência financeira lembrei-me que é engraçado ver o nosso carro em filmes...

Em 'Tequila Sunrise' podemos ver um série "3.5" (de 1986 em diante) na cor mais rara, supostamente só existem 30 porque houve problemas na fase de pintura e não foram pintados mais nesta cor...


Em 'Spy' podemos ver um série, tal e qual o meu, em aparente estado de concurso a ser conduzido de faca nos dentes, grande cena!
 
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Sábado, 20:15, 17 de Junho de 2017
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Estávamos a poucas horas de começar a perceber as dimensões grotescas do número de vidas humanas que se tinham perdido apenas à algumas horas atrás em Pedrogão Grande.
Uma das maiores tragédias de que há memória no nosso país e que ainda me pôs a bater mal após conhecer a dramática história de um casal, com dois filhos, que pouco antes do meio-dia tinha atualizado a rede social com mais uma foto de um momento em família, daqueles que devemos guardar para toda a vida mas infelizmente, não tiveram direito a tal. Fugiram para se salvar a eles e aos filhos, perderam a vida na estrada da morte. Se tivessem ficado em Castanheira de Pêra provavelmente esta entrada no diário não fazia sentido. Trágico.

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Eu não os conhecia...
Não sei qual foi o percurso de vida...
Se eram boas pessoas...
Se gostavam de quem gostava deles...
Mas esta tardia entrada no diário de bordo começa com eles, começa com Pedrogão, com os Bombeiros, com Portugal.
Enfim, é por estas e por outras é que devemos rir, chorar, beber, magoar e ser magoados, é para isso que cá estamos e o Spider decidiu levar isto à letra... à grande!!

Duas Semanas antes

Tenho o carro desde o Verão de 2014 e a verdade é que fui resolvendo os poucos problemas que me deu de forma DIY com grande ajuda de um amigo que tem algum à vontade e não tem medo de aprender. Obrigado Sérgio, mais uma vez!
No entanto este ano decidi resolver alguns detalhes que se tinham vindo a acumular, e que não tinhamos capacidade para resolver sem outros recursos logísticos, nomeadamente:
  • sempre que o carro atingia a temperatura de funcionamento os carburadores começavam a silvar, um "pi-pi-pi-pi" irritante na cadência própria do funcionamento do motor que provavelmente denunciava alguma fuga que tinham nas juntas, afinal é um carro de 1985, as borrachas já deviam estar demasiado acomodadas e sem elasticidade.
  • com tempo quente a temperatura escalava e era fácil vê-lo perigosamente passar dos 80º/85º, chegando aos 100º e quiçá mais dependendo do esticão.
  • a linha de escape tinha uma soldadura partida junto a uma das panelas, para a qual já me tinham alertado na última IPO.
  • quando tive a triste ideia de colocar o carro à venda à uns meses a única pessoa verdadeiramente interessa que esteve a olhar para ele ficou com a sensação que os sinoblocos traseiros estavam a precisar de renovação.
Assim foi, ficou numa oficina que trabalha maioritariamente com clássicos da qual já conhecia o dono faz alguns anos mas nunca lhe tinha confiado um bólide.
Uma semana depois os problemas tinham sido todos atacados com a agravante de que ao começarem a tratado dos sinoblocos foram dar com nada mais, nada menos, amortecedores montados ao contrário!... Mas há mais! Uma das molas... estava partida!!...
Sempre achei o carro muito falso, a pressão superior nos pneus traseiros contolava a coisa mas pouco, sempre foi muito fácil fazer este carro fugir de traseira, o que pode ser bom, se soubermos controlar a coisa, que não é o meu caso. Será que estes dois pormenores justificam?...

O Spider perdeu a cabeça

Estava eu e a moçoila a caminho de um normalíssimo jantar de aniversário do outro lado do rio, já no tabuleiro da ponte VdG, alguns quilómetros após as portagens quando comecei a levar com líquido anti-congelante no pára-brisas... haverá algum sinal que apele mais ao "Pára já!!!" que este? A verdade é que tinha acabado de fazer alguns quilómetros em AE com picos momentâneo de 140km/h e já tinha reparado que a temperatura estava a galgar mas como estávamos no tal fatidigo dia com temperaturas a bater nos 36º perto das 21h e o ar quentíssimo que nem a cara refrescava, não achei totalmente descabido e achei que viria a normalizar com o avançar da noite.

Não aconteceu.

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Encostei imediatamente (pudera...) e chamei a assistência, afinal é para isso que pagamos seguro certo? Estava um dia de vento demoníaco e nesses dias qual é o pior sítio para se ter uma avaria? Claro está, no tabuleiro da ponte Vasco da Gama. Para piorar só se tivesse estado à espera uma data de tempo!!... E estive. Cerca das 21h55 lá chegou o reboque, conduzido por um Sr. no mínimo suis generis e que no processo ia ficando tal como veio ao mundo, tal não era a ventania que se fazia sentir. Belzebu estava irritado, estava mesmo.

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O Diagnóstico

Como era dia de festa na terra da oficina, o rapaz, que foi impecável, recebeu-nos, já passava das 23h. Estivemos à conversa alguns minutos e um colega entusiasta Fiat que também lá estava (provavelmente conhecido por alguns de vocês mas não me recordo o nome) após observar o tubo que sai/entra ao topo do radiador observa que se calhar o tubo estava entalado entre o radiador e o capot, isto porque o tubo estava com aspeto de achatado. Para confirmar que não tinha sido isso soprou-se pelo depósito de anti-congelante mas o ar não passava. Eureka! O tubo estava entalado... debaixo da bateria!

Agora a questão é... fui eu? Assumindo que sim é de dar 3 cabeçadas numa parede com picos... vá 5 que é para não ser estúpido. A verdade é que a última vez que mexi na bateria, e de facto a tirei fora, foi para por outro carro a trabalhar, aquele trabalhar higiénico como costuma dizer o @nuno granja hehe Será que nesse momento, quando a voltei a montar não reparei que o tubo tinha ficado por baixo?... :ph34r:

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A noite terminou com um cofre de motor completamente enlameado, uma espécie de água acinzentada, provavelmente o resultado de ter fervido o anti-congelante e eu com vontade de me converter a uma qualquer religião que me safasse de uma junta da cabeça queimada.

Não aconteceu.

Dias mais tarde ligaram-me para informar que mesmo com o tubo de volta ao sitio expectável o carro continuava a aquecer. Testou-se o radiador, esta entupido. A casa de recondicionamento orçamentou a operação em cerca de €150, reutilizando o topo e o fundo, usando um favo novo. Optei por colocar um radiador novo. Veio do estrangeiro para poupar uns trocos, ainda assim ficou nos €24X. Porra!!
Infelizmente mesmo com o radiador novo o líquido continuava a ser expulso e o pior veio a confirmar-se. Junta da cabeça no galheiro.

Neste momento estou sem o carro faz duas semanas, houve problemas com o fornecimento da junta que chegou incompleta. Esta semana passou-se e ainda não tive notícias. 2ªF ligo e pergunto qual é o estrago.

Neste momento estou com receio pois se for outra fatura avultada começo e entrar no
redline onde de um ponto de vista financeiro começa a ser discutível continuar a investir no carro.

Entretanto ainda o quero levar a uma loja de detalhe para:

  • tratarem a estrutura da capota que está com picos de ferrugem;
  • lavar a capota, tem zonas esbranquiçadas, nunca a lavei;
  • remover algumas falhas de pintura na extremidade das portas que provoquei quando arranquei os frisos plásticos que alguém aplicou para prevenir danos com eventuais batidas da porta.
Espero concluir esta desventura brevemente e fazê-lo sem a conta depenada de euros...
 
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Rafael Isento

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Como eu te compreendo...
Não te vou dar duas palmadinhas nas costas e dizer "isto dos clássicos é mesmo assim, anima-te". Por vezes chega uma hora em que é preciso refletir.
Mas tem a noção que tens um Alfa Spider.
Qual o valor desses meninos? E qual a tendência do mercado para eles?

Pensa assim. Compraste o carro e já usufruiste dele. Portanto não vale a pena chorar o valor da compra. A manutenção idem. Pensa apenas no que investiste em reparações. Faz sentido continuar a investir? O valor das reparações já ultrapassou o valor do carro? Se calhar não...

Eu acho que ainda vale a pena investires nele, afinal é um modelo icónico.
 

Rafael Isento

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Portalista
Quanto ao casal da foto eram a Lígia e o Sérgio, de Sacavém. Era hábito irem a Castanheira de Pera no verão. Uma tragédia, infelizmente. Para eles e mais umas dezenas de seres.

Sem palavras!
 

Nelson Santos

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Realmente um azar nunca vem só :mad: mas não desanimes. Lembro-me de o teres colocado à venda e na altura os valores não eram interessantes. Mas agora sempre que vejo um à venda lembro-me de ti e vejo os valores e já andam pelos 13.000€... os valores começaram a subir e o teu carro parece-me ter um elevado potencial de valorização. Mas os alfistas que me corrijam se tiver enganado.

Se não estiver, acabas por fazer a reparação que ele estava a precisar para andares mais seguro com ele e daqui a uns anos vale bem mais.
 
OP
OP
HugoSilva

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Como eu te compreendo...
Não te vou dar duas palmadinhas nas costas e dizer "isto dos clássicos é mesmo assim, anima-te". Por vezes chega uma hora em que é preciso refletir.
(...)
Eu acho que ainda vale a pena investires nele, afinal é um modelo icónico.

(...) agora sempre que vejo um à venda lembro-me de ti e vejo os valores e já andam pelos 13.000€... os valores começaram a subir e o teu carro parece-me ter um elevado potencial de valorização. Mas os alfistas que me corrijam se tiver enganado.


Se não estiver, acabas por fazer a reparação que ele estava a precisar para andares mais seguro com ele e daqui a uns anos vale bem mais.

A perceção que tenho pelo que tenho vindo a ver nos classificados é que os valores não se alteraram, sempre se pediram valores em torno dos 12/13K's desde que o tive à venda a primeira vez mas cheira-me que os livretes ainda não mudam de mãos por esses valores. A velha questão do, podes pedir o que quiseres, a questão é se te pagam o que queres.

Estes séries 3 em particular têm o grande senão de serem considerados os mais feios das quatro edições, subjetivismos à parte, e esquecendo logo os dois primeiros, a maior parte das pessoas inclusivamente gosta mais da última série do que desta, lá está, "a beleza está nos olhos de quem a vê".
Por outro lado, até 1986 como é o caso, os carros desta série preservaram subtilezas estéticas da série anterior, nomeadamente os logótipos Pininfarina na carroçaria e os interiores salvo a adição da consola central.
Outro bónus do meu carro é ser um 2000cc e a esmagadora maioria do que se vê à venda são os 1600cc. Não que a maior cilindrada seja um bónus técnico, é apenas diferente, regra geral nestes Italianos até se apreciam bastante as cilindradas menores por serem mais rotativos em detrimento do binário. Ainda assim em quase todos os clássicos, independentemente da marca, as cilindradas mais altas são mais valorizadas e no nosso território dá-me ideia que foram vendidos muito menos 2.0 que 1.6 o que aumentará a raridade, se esse adjetivo se puder aplicar ao mais comum dos Alfa clássicos.

Algo a confirmar será o facto deste ter autoblocante, o mecânico numa das vezes que o conduziu ficou com essa pulga atrás da orelha mas não me soube dar certezas, pelo que li basta levantar a traseira do carro e rodar uma das rodas, se a roda do outro lado rodar no sentido inverso, é porque tem diferencial autoblocante, confirmam?...

Ainda em relação a valores.
Da vez que o estive quase a vender, o valor acordado teria sido em torno dos €10.000 e custou-me voltar atrás, não pelo dinheiro mas por ter feito a pessoa perder tempo mas a verdade é que depois de me apontarem N defeitos ao carro, ainda que fossem reais e não estritamente para baixar o preço, senti que tinha de o mimar, e foi o que aconteceu.

Bem mas de repente tornei aquilo que sinto quando o conduzo em algo meramente financeiro, o que é extremamente injusto! Adoro o carro pela estética e principalmente pelo caráter mecânico que tem, é simplesmente sublime e só tenho pena de não saber tirar partido do potencial da propulsão e da traseira solta, talvez um dia arranje alguém que me dê um crash course! hehe

Certo, esqueci-me que independentemente da chapada que venha nesta fatura já sei que tenho de meter bombas de travão novas na dianteira e um dia pensar em resolver algo antigo pois está assim desde que o comprei. A marcha-atrás salta, que deverá ser sintoma de desgaste das engrenagens...
 
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Rafael Isento

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"pelo que li basta levantar a traseira do carro e rodar uma das rodas, se a roda do outro lado rodar no sentido inverso, é porque tem diferencial autoblocante, confirmam?"
É preciso ter cuidado com o que se lê.
Nesse exercício qualquer carro roda a roda oposta no sentido inverso. É uma característica do diferencial e não do autoblocante.
Quando as rodas estão livres e aplicas binário directamente numa delas (rodando a roda e não o veio de transmissão), a outra recebe 0 de força motriz. Então o diferencial vai distribuir a força e fazer a outra roda girar ao contrário.
Imagina um eixo normal ao solo (perpendicular) que passa no centro do diferencial. No exercício que falas, se as rodas estivessem em contacto com o chão e ligadas entre elas pela transmissão, todo o conjunto rodava em torno desse eixo imaginário.

Quanto ao dominares um propulsão acredita que é tudo uma questão mental.
1° tudo o que sentimos dum carro é a vibração e a aceleração. Esses são os "inputs" que recebemos (o som/ruído também é vibração). Tens que aprender que cada elemento do nosso corpo é um sensor para diferentes órgãos mecânicos do carro. Depois tens a dinâmica do carro que se explica com as leis da física. Atrito, aceleração/movimento e as transferências de massa.
Parece complexo mas não é. Quando souberes analisar (sentir) todos os "inputs" necessários, os "outputs" saem de forma natural, dosear acelerador e o ângulo de viragem.
Um bom descampado em terra batida é um péssimo campo de treino, a não ser que vás de capota aberta :D:D:D
 
OP
OP
HugoSilva

HugoSilva

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(...)
Um bom descampado em terra batida é um péssimo campo de treino, a não ser que vás de capota aberta :D:D:D
Suponho que quisesses dizer "óptimo" hehe
Eu só não arrisco mais porque este carro, por ser descapotável, tem um virar muito instável, o chassis não tem a rigidez de um coupé, não sei explicar mas nas curvas o carro parece que está a levitar, é assustador arriscar mas como não tenho noção do que devo fazer para compensar o eventual oversteer...

Então mas... qual é a melhor forma inequívoca de perceber se o carro tem autoblocante ou não?!
 

Rafael Isento

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Então mas... qual é a melhor forma inequívoca de perceber se o carro tem autoblocante ou não?!
Autoblocante: no teste da traseira no ar, devem girar no mesmo sentido.
Sem autoblocante (ou diferencial aberto): giram em sentido contrário.

Numa rotunda, com o motor numa rotação a produzir alguma força, se acelerares a traseira "descola" logo? Ou é preciso algum abuso? Se tiver autoblocante "descola" com muita facilidade. Obviamente esse teste convém ser levado em conta com uma suspensão, pneus e transmissão em bom estado, não com molas partidas e amortecedores ao contrário que adulteram a dinâmica do carro.

Os descampados em terra batida são mesmos péssimos, em asfalto é muito diferente.
Mas se fores para o descampado com a capota aberta, é capaz de ser giro.
Tira fotos, NO FIM, e posta aqui ;)
 
OP
OP
HugoSilva

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Quase Um Ano Depois
318 dias depois, quase um ano de "Pedrógão". Quase um ano sem entradas no diário e em minha defesa, este inverno tem sido longo. É um carro tipicamente de "bom tempo" e só agora os fins de semana começam a presentear-nos com dias de jeito, se as temperaturas não galgarem demasiado, até vai ser um ano bom para descapotáveis!

Enfim, há 3 semanas fui (depois da data!) com ele à IPO. Chumbou! Porquê?
  • triângulo escagalhado para lá de toda a recognição... :rolleyes:
  • Médios demasiado "baixos";
  • Emissões de CO > 7% (~7,70%)
Começou logo mal, nunca me checkam a bagageira onde tenho o colete (desta safei-me, é suposto estar acessível pelo interior do habitáculo!) e o triângulo e desta feita acertaram na mouche! O pior de tudo é que há cerca de um ano, quando fiquei parado na Vasco da Gama, já tinha reparado que o triâgulo de polígono já tinha muito pouco, nem dava para manter de pé!!
Uma visita a uma determinado loja de material auto e €10 resolveram o problema.



Os médios também foi fácil. Fui ao manual ver os pontos de ajuste e pimba. Usei o feixe de luz do carro da namorada contra a porta da garagem como referência e alinhei o Spider por aí. Quinze minutos de trabalho árduo e ficou resolvido.

Agora o bixo de sete cabeças... emissões!! :wacko:
Comecei logo a bater mal... será algum sensor nas lonas?... Problema de motor é pouco provável, depois do tratamento que levou o ano passado, daqueles que sodomizam a carteira (à bruta!).
A primeira coisa que me veio à cabeça foi mesmo a nível de carburação, e pus-me a investigar. Recorri mais uma vez ao manual mas nada constava especificiamente a ajustes de mistura oxigénio/combustível. Tenho de arranjar um manual melhor, duvido que isto não seja algo recorrente afinal todos sabemos que os carburadores desafinam.

Em todo o caso ocorreu-me também que o carro costuma estar várias semanas seguidas parado, regra geral dado este facto puxo-lhe sempre o ar para o ajudar a voltar à vida mas segundo sei assim é mais provável "afogar" os carburadores e no dia em que fui à primeira vistoria fui direto para o centro, já dentro da temperatura de funcionamento, mais ou menos os 80º, mas sem grandes voltas. Desta vez fiz diferente.
Vinte minutos antes da hora marcada para a inspeção fui dar fogo à peça. A poucos quilómetros de casa há uma reta com algumas centenas de metros e puxei ligeiramente mais por ele do que é normal. Fiz a ida/volta da reta em regimes mais altos (>4000rpm), entre os 100 e os 120km/h. A ideia era quimar o combustível extra que pudesses estar nos carburadores após o arranque a frio inicial, é que entretanto o carro já estava parado à uma semana. Sempre ouvi dizer que esta é a melhor maneira de afinar um Alfa :p

Ainda com receio de chumbar novamente pelas emissões andei a vasculhar fóruns diversos onde aprendi que alguns aficionados nestas situações aceleram ligeiramente o relantim e assim fiz, ajustei o parafuso correspondente e fui para a IPO.
Eles são uns bacanos e deixaram-me tirar uma leitura para ver se valia apena ir pagar nova sessão de exame e milagre! Menos de 5 no valor do CO!! Rotações nos 1300rpm... :ph34r:

Resumindo, à segunda passou com distinção, sem anotações, o problema é que fiquei sem saber o que ajudou mais a baixar o CO para quase metade, o relantim ou a gazada que lhe dei?... Fica a dúvida e um relantim para corrigir, não vou andar por aí constantemente nas 1300 mas lá trouxe a folha verde para casa, sem "truques" ;)

Passaram-se outras duas semanas e ontem à tarde tive um típico domingo molengão, após o almoço estasva tudo mais a dormir que acordado e resolvi ir fazer alguma coisa de útil! Ajustar o relantim!




Peguei novamente no manual e fui direto ao parágrafo do "Idling speed Adjustment". Depois de alguns minutos de tentativa e erro consegui obter um trabalhar coeso... não sei explicar bem mas em vez de andar aos saltos o motor fica bastante "sossegado", sem soluços. E agora só faltava testar a coisa sem estar parado, na vida real!



A orquestra Bialbero Weber Philarmonic é qualquer coisa de extraordinário, aconselho vivamente... :wub:
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Quanto às emissões creio que foi o conjunto das 2 medidas que ajudou.
No entanto se a primeira medida fosse com um redlinezito e o procedimento um pouco mais longo, julgo que seria suficiente.
Essas mecânicas sem um uso regular também não são regulares. Sendo a carburadores é essencial mantê-los em bom estado, sincronizados, e usar regularmente sem os deixar criar carvão.
 

Marco Vale

Veterano
Premium
Portalista
Primeiro, parabéns pelo Alfa :D

Segundo, e invadindo o tópico, porque passei por uma situação semelhante, hoje levei o meu "velhote" à inspecção e com um ralenti estável nas 950 rpm, obteve um CO de 5,3 %. <_<

Após umas aceleradelas e levá-lo até às 2400 rpm, o CO foi até aos 3 %, mas fiquei com a "dica" por parte do inspector que tinha de afinar, para o CO chegar a cerca de 2,5-3 %.

Também me disseram que o ideal para o ralenti seria ir até aos 800-850 rpm.

A razão para ter um CO alto, disseram que poderia ser entrada de gasolina a mais. Tenho mandar verificar :mad:
 
OP
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HugoSilva

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Primeiro, parabéns pelo Alfa :D

Segundo, e invadindo o tópico, porque passei por uma situação semelhante, hoje levei o meu "velhote" à inspecção e com um ralenti estável nas 950 rpm, obteve um CO de 5,3 %. <_<

Após umas aceleradelas e levá-lo até às 2400 rpm, o CO foi até aos 3 %, mas fiquei com a "dica" por parte do inspector que tinha de afinar, para o CO chegar a cerca de 2,5-3 %.

Também me disseram que o ideal para o ralenti seria ir até aos 800-850 rpm.

A razão para ter um CO alto, disseram que poderia ser entrada de gasolina a mais. Tenho mandar verificar :mad:
Pois e eu pessoalmente achava que seria relativamente fácil alterar o valor de gasolina e oxigénio que entra nos carburadores mas afinal parece que não, ou isso ou o ajuste do relantim faz algo semelhante e quando estamos a ajustá-lo acaba por alterar esses valores.
Uma coisa é certa, nunca mais vou para uma IPO sem lhe dar umas belas gazadas! :lol:
 
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