Com 6 décadas vividas foi altura de fazer pela primeira vez de pendura numa estreia também total da equipa e do carro, num Rali de Regularidade.
Como as Camélias Classic eram à porta de casa, a família quotizou-se e ofereceram-me a inscrição... gozando que deveria comprar "Vomidrine"!
Para a aventura ser total houve que dar vida ao VW que não saía da garagem há sete anos e cuja idade ultrapassa em pouco o meio século!
Um mês de mimos, (trocar óleos, tratar dos travões a tambor e de outras questões mecânicas, ida à inspeção e um polimento à pintura para realçar o azul) e a máquina ficou pronta na quinta feira anterior ao rali.
Até aí, ainda não tinha sofrido como navegador, mas apenas como responsável por ter o carro "au Point", tendo entretanto surgido a incógnita: resistiria? Afinal em 20 anos terá andado cerca de 100 km apenas...
Ao mesmo tempo lá ia recordando o que aprendera nos cursos do ACP Clássicos (antes da pandemia e no online da pandemia) e tentava perceber como funcionaria o Rabbit (obrigado loja do chinês pelo único suporte- e preço agradável - que encontrei a tempo para o segurar com a ventosa) entre médias, trechos, ligação ao piloto... Lindo!!!
Verificações feitas no sábado e lá fomos à aferição do Rabbit... para o Guincho.
E logo uma primeira vitória! Já lá iam 60 Kms e o VW com o nº 31 resistia a este primeiro ensaio e eu tinha conseguido calibrar e perceber a coisa, sem um vómito sequer!
Domingo podia vir!
E chegou... depois de uma noite a fazer contas com as tabelas numa mão, o tablet na outra e o nervoso a instalar-se!
A Cidadela de Cascais estava repleta de carros que dava vontade de fotografar, mas a prioridade ia para a leitura e acerto do road-book acabado de entregar! Dizem que o navegador tem de se sentar e começar a ler, mas quando entregaram o livrinho eu andava a ver carros de corrida... e o piloto recebeu!
À hora certa, com direito a fotografia ao lado do vereador, lá demos inicio à ligação ao Guincho para a 1ª PECR do dia (tabelas... obrigado Alexandre Berardo pelas dicas uns dias antes após um comentário no Facebook). Arranque e... cronómetro Rally 3 ao chão com o vigor dos 40 cavalos do VW a atraiçoarem o íman que o prendia ao tablier!
Lá fomos... Sem nervos e sem tempo cronometrado não nos saindo mal!
Seguiu-se Janes! As luzes do Rabbit funcionavam... até que:
"Para o Pisão" disse eu, sem falar esquerda, mas fomos em frente e a correção custou 300 e muitos pontitos que poderiam ter ajudado às contas...
Duas já estavam! A seguir Serra de Sintra, a recuperar o prejuízo na ligação subindo a Pena com valentia!
As classificativas da Serra com o Rabbit e as luzes a alternar foram incríveis! Palmas... gritos e o azulinho a aguentar até encontrar o empecilho no final da 4ª PECR que obrigaria a dar tudo na ligação para Almorquim e as suas figuras.
O almoço estava ganho e a 1ª parte feita com a consciência (ou não) do que seria a tarde!
De qualquer forma a saída de Ribeira de Ilhas foi em grande!
A tarde começava…
E que tarde!
Santo Isidoro, Mafra, Codeçal, Picanceira e Gradil! Nomes grandes... e quilómetros que não acabavam e quase me traziam os bofes à boca se não houvesse tanto para fazer entre a leitura do road-book, com um olho, enquanto o outro namorava as luzes no tablet e a voz lembrava, ou antes berrava, ao piloto que o carocha tinha travões de tambor e pneus fininhos da época!
É que a falta de cavalinhos levava a aproveitar tudo, quando as médias subiam...
O Camélias Classic ia chegando ao fim... e o "Vomidrine" continuava na pasta!
O trânsito de domingo em Mafra e na Terrugem, fizeram com que a chegada a Cascais fosse de noite com o 31 na 22ª posição (ou 24ª com todos juntos)!
Luzes apagadas, ficou a vontade de voltar... talvez com outro carro e um cinto de segurança que fixe ao banco já que neste carro de época o cinto abraça apenas o peito... e os bancos escorregam demais!
Adorei ler, sentir a emoção, da descoberta, da aventura, de utilizar o Carocha, do prazer em participar. Parabéns!
A regularidade é algo que por vezes se estranha, mas que se entranha, é um desafio viciante, e quando bem estruturada pela organização, um desafio gigante para quem vai ao lado.
Adoro conduzir, mas ir ao lado é, algo de mágico, não sei qual dos dois prefiro, diria que depende da ocasião, da prova, do desafio, mas também de quem temos ao lado, seja ao volante ou nos instrumentos de controlo.
Espero vê-lo em breve numa prova destas de cálculo, com condução, e muita emoção.
10 de Setembro 2021, 19:30 chego à Cidadela de Cascais estaciono o meu veículo a gasoil fedorento, desloco-me para frente à Praia da Ribeira em frente ao Hotel Baia, onde já estão seguramente mais de 80% das mais de 60 viaturas, e seu utilizadores participantes nas 500 milhas ACP de 2021, uma prova que aos poucos se está a tornar mítica e com razão de ser.
Trato de fazer as verificações administrativas e entretanto chega o meu piloto com a bomba de decoração Kremer para ser verificada também, tudo ok, iriamos participar noutro carro mas não ficou pronto assim voltamos a participar no mesmo Porsche 911 S com motor 2500 primorosamente preparado, um carro algo bruto para a prova que vamos fazer. Voltamos a casa, e vou preparar o roadbook e programar os equipamentos, para mim será melhor assim pois vou acumular kms e experiencias com os equipamentos deste carro. A prova terá um pouco mais de 640km (não chega ás 500 milhas) mas no total com a viagem de regresso e idas para a prova as máquinas irão efectuar mais de 900km no total, algo puxado num dia para as máquinas que teoricamente no máximo são de 1974 ou seja a larga maioria das máquinas tinha mais de meio século de existência!
11 de setembro 2021 5:15 aguardo no meu carro, com a Maria e os putos que me quiseram ir ver partir, pela chegada do meu piloto, e lá fomos até Cascais, ás 6:31 sai o primeiro carro no caso um magnifico MG TD de 1952,e lá vamos nós com o número 705, indicando que partimos ás 7 horas e 5 minutos da manhã, o dia será longo.
A primeira ligação foi longa mais de 60 km, até chegarmos à zona da Arrábida, na ligação um pequeno troço de 2000 metros serve para aferir os equipamentos, como já tinhamos aferido para o quilómetro correcto, estava impecável, aqui não existem dentadinhas aos metros e por isso torna-se mais fácil para pilotos, navegadores, e novatos, chegamos à 1ª PEC das 19. Nesta ligação ver o sol Nascer e os seus reflexos foi reconfortante.
PEC 1 Azeitão - Em sectores, será efectuada em 3 sectores de 5km cada um todos para serem efectuados no mesmo tempo, esta PEC prolongou-se pela Serra da Arrábida, terminando na zona da rampa da mesma serra mas em sentido contrário, a média para este carro é simples de efectuar, mas fazer a rampa da arrábida a descer com carros que tem mais de 50 anos e por vezes menos de 100cv mas com um peso considerável não é para todos, eu fiz logo asneira demonstrando que a minha experiencia com Bluniks é escassa, demos pouco espaço para o canhão de blunik que estava mesmo no arranque e fui acelerado para o arranque , assim passamos no Blunik 1,5 segundos antes do tempo, gaita, que burro já estraguei a primeira PEC, passamos no final do 1º e 2º sector a zeros, no ultimo passamos 0,5 segundos atrasados não queríamos ir muito depressa para não sermos apanhados à saída da curva e acabamos por nos atrasar, não foi por isso uma grande PEC, efectuamos um 19º. As vistas na PEC deslumbram-nos, e, foi incrível à sete e meia da manhã a quantidade de transeuntes a ver, filmar e puxar, algumas mas muito poucas bicicletas também por lá andavam. Uma Pec para recordar mesmo que não seja pela prestação.
Até chegarmos à PEC 2 temos mais 30 km de ligação, com muito tempo, aproveitamos e atestamos agora a máquina pois verificamos que teríamos tempo, acabamos por ser dos últimos a chegar à PEC2 e verificamos o 1º concorrente com problemas no Buggy, no entanto os mesmos foram resolvidos e chegaram ao fim,
PEC 2 - Landeira à figura uma PEC de 10Km, já para lá de Setúbal, uma PEC à figura, com um piso muito muito mau mesmo na zona inicial, andar sem ser ao centro da estrada e levavamos muita porrada e o carro ainda mais por causa das raizes das árvores, fazemos uma prova muito boa pois zeramos, a única equipa a fazer igual tinha como navegador o consagrado Caldeira, o mais conhecido, experiente e Internacional navegador Português de Regularidade. Ao contrário da anterior a PEC não teve nada de condução, e foi apenas pura navegação. No entanto começam aqui as minhas dores, em 10 km ter apenas 3 controlos é francamente redutor, e as figuras também eram poucas apenas 12, siga para a próxima.
Vamos até Venda Novas e depois começamos a ir em direção a Norte 15 km de ligação, a ligação é curta e o tempo para chegarmos á PEC seguinte mais do que suficiente, até demasiado sendo realmente um inicio que transpira , tranquilidade.
PEC 3 - Lavre, 11 Km à figura com 24 figuras e apenas 3 controlos, esta não correu tão bem como a anterior, praticamente zeramos na 1ª, mas numa zona com encadeado de curvas o meu piloto entusiasmou-se um bocado e apanhamos 1,4 segundos por avanço, já perto do fim, dou indicação muito tarde para uma saída à esquerda, obrigando a uma pequena manobra e mesmo com todos os fogosos cavalos a darem de si passamos 1,4 segundos atrasados, faz parte, fazemos apenas 26º.
24 Km de ligação até Coruche, onde vamos ter a 1ª neutralização, para um petisco a meio da manhã, para reconfortar o estomago, esticar as pernas e dar duas de conversa, não muitas que a prova não terminou. Qualidade muito boa, organização impecável, obviamente esta qualidade paga-se. Arrancamos de Coruche para a 2ª secção 11 km depois. acabamos a 1ª secção em 12º.
PEC 4 - Erra, mais uma à figura 13,60km, 25 figuras, várias mudanças de média de velocidade e só 3 controlos, sinceramente enerva-me pois a vitória como em todas as provas, também se faz pela sorte, mas aqui esta tem uma maior percentagem de preponderância, o que eu não aprecio, mas um dia ainda irei engolir estas palavras, A prova decorria normalmente, e foi bem mais mexida que o habitual pois as mudanças de média obrigam a maior concentração e verificação mais atenta, mas, e existe sempre um mas, mexi no Brantz para acertar e fiz bodega, andei para ali a ver se atinava e quando achei que estava bom deixei estar, estava mal, parece que ficou 2 segundos atrasado em distancia e batemos mal nas duas do fim, no entanto baralhou-me mais ainda estes canhões estarem em distâncias que não tinham figuras, mas os outros estavam bem pelo que a culpa foi minha, este erro no entanto fez-me perceber melhor o funcionamento do Brantz e estar melhor para as outras a seguir, foi no entanto uma má prestação da minha parte, fazemos 14º.
Uma ligação de 7km apenas e arrancamos para Couço,
PEC5 - Couço, com uma extensão de 9km e 13 figuras, sem mudanças de média era uma PEC fácil, apercebo-me aqui que já deveria ter acertado o Big Digit novamente, pois acabamos por levar, 0,2, 0,2 e 0,1s pois o Big Digit já não estava tão certo como deveria, a PEC era facilíssima e mesmo com apenas 0,5 de penalização efectuamos apenas 17º. Ainda tenho muito que crescer, se quero andar lá à frente, e nada, mesmo nada deve ser esquecido ou levado com leviandade.
25 km de ligação até á PEC 6 em Foros do Arrão, será a primeira hectométrica, será que vamos nos dar bem nas hectométricas?
PEC 6 - Foros do Arrão, hectométrica de 10km em ascendente e com inicio no meco kilométrico, correu bem ganhamos a PEC zeramos em todas, na realidade correu muito muito bem, e voltei a desejar que existissem mais controlos, numa hectométrica de 10 km existem pelo menos 100 controlos possíveis...
5 km de ligação e chegamos à,
PEC 7 - Bemposta, composta por 3 sectores de 2 km, perfazendo um total de 6km, voltei a fazer asneira no arranque, levamos 0,4 segundos no arranque, e continuamos ligeiramente atrasados na PEC, só acertamos no final, fazemos 16º, a PEC tinha algumas curvas engraçadas mas pouco mais. Estamos em 9º à geral, quando acabamos a 2ª Secção.
E seguimos até Abrantes para o almoço no Aquapolis, o local era muito porreiro, e com boa vista, já aqui tinha almoçado em outras ocasiões, a comida não desmerece sem ser extraordinária, mas o serviço esteve francamente mau, o staff do ACP estava a ajudar o catering, o que diz muito da desorganização, acabamos por ter pouco tempo para comer e não desfrutamos nada do local. Entretanto soube que os meus amigos do Taunus RS Coupe tinha ficado com a manete da caixa de velocidades na mão, iam a uma oficina ver se soldavam a mesma, e conseguiram, mas infelizmente atrasaram-se muito e não poderam continuar a competição, mas poderam almoçar.
Fotos ACP Clássicos by Paulo Maria, e minhas.
Continua na 3ª, 4ª e 5ª Secções, a publicar em breve
Saímos do almoço meio estremunhados e eu estava noutra ainda, seguimos rapidamente para a continuação do rali, com estômago minimamente preenchido.
Ligação bem curtinha e arrancamos para a 1ª Pec da 3ª Secção
PEC 8 - Sardoal, novamente à figura 8610 metros para 17 figuras e apenas um pequeno desvio, era um troço simples e sem grande dificuldade sem perceber porquê chegamos atrasados ao último controlo que era mesmo no fim da PEC, acabando por penalizar 0,7s e fazendo 10º.
3 km de ligação e já estamos na Pec seguinte
Pec 9 - Penedo Furado, uma hectométrica com 11200 metros com kilometragem descendente, numa bonita zona, hectométrica efectuada na N2 estrada com bom piso e até ligeiramente desafiante, pec com mudanças de média, e sabemos que isso obriga sempre a muito auto controlo e boa gestão dos tempos da parte do navegador, controlo do pé direito ao condutor principalmente porque aqui as médias são relativamente baixas, esta PEC definiu muito da nossa classificação final e de muitos outros concorrentes, sendo decrescente os mecos estavam à esquerda, o problema é que o lado esquerdo estava completamente tapado com duplo rail e era quase impossível ver os mecos, a contagem estava boa ou parecia estar boa mas chegamos a andar com 100 metros de avanço, uma barbaridade, quando nos apercebemos pedi ao piloto para praticamente parar e voltar ao ritmo, mas já tínhamos o ritmo completamente estragado, obviamente estas situações são imperdoáveis para quem quer andar à frente, é uma desculpa engraça agora dizer que manter o pé direito a fazer médias de 30 e 45 numa Porscheta com esta potência e rapidez não é fácil, mas a regularidade é isto mesmo de ambos os lados dentro do carro, controlar olhar, ver os mecos, indicar como manter médias, perceber exactamente como estamos a fazer e se estamos bem, bom, bem nós não estávamos e penalizamos 12,9segundos nesta PEC, numa PEC mais de 30% do total da penalização recebida em todo o rali, e mais de 60% da penalização total de quem o ganhou à geral, mais uma vez imperdoável, assim se nota que a regularidade pode ser implacável. Mas foi uma PEC divertida acreditem, e realmente só numa PEC de regularidade onde fizemos tudo mal, podemos no final mesmo assim dizer, foi do caraças e divertido tentar acertar tudo depois.
Bom fizemos apenas 23º e por incrível que pareça subimos uma posição para 8º.
Fazemos agora uma ligação muito grande com mais de 50 km, fazemos a mesma sem problemas e temos um local para atestar, beber uma água ou café, a Secção 3, termina nesta ligação, temos poucos km após a bomba de gasolina com café, um CHSP, o que é um CHSP, bom é um controlo horário sem paragem, só que, neste CHSP estava lá um canhão do blunik, quem passa-se antes do tempo era duramente penalizado, e todos paramos na estrada para passar mais ou menos na hora, mas obrigatoriamente após a hoa, 3 km depois iniciava-se a 1ª PEC da 4ª Secção, e assim não nos acumulávamos ali, dando tempo também á organização de colocar os restantes canhões nas próximas pec, isto presumo eu.
PEC 10 - Maria Gomes, em sectores de 5Km cada um, a pouco e pouco vamos melhorando a prestação nos sectores, a PEc é relativamente simples e tem aqui e ali algumas curvas interessantes, acabamos por andar sempre algo atrasados para no final de cada sectores não sermos apanhados desprevenidos e podermos acelerar, acabamos por passar num deles meio segundo atrasados e fazemos 8º. 10 Km de ligação sem história e,
PEC 11 - Moninho em hectométrica, 10300 metros na N112, com mecos decrescentes, e alguém não esteve bem, tudo contadinho e fazemos uma má prestação, dois mecos com 1 segundo de diferença, e um com 3 segundos e meio, como é isto possível, estaríamos a dormir? Ligação com menos de 2 Km a ver se acordamos e @nuno granja
PEC 12 - Colmeal em sectores de 3 km cada um de 3, aqui já se conduziu, finalmente belo percurso, boa condução diversão, no total em 4 controlos penalizamos 1,2 segundos e fazemos 9º, mas divertimo-nos um bom bocado, além disso eu já vou acertando os equipamentos melhor. Menos de 1000 metros depois
PEC 13 - Candosa, sectores novamente, agora só 2 sectores de 3km, mas agora sim com bela condução e muito, muito divertido para o piloto, o navegas apenas ia a curtir a condução e correu maravilhosamente zero de penalização, vencedores da PEC, o ritmo e encadeamento destas 4 PEC foi muito interessante sendo muito mais dinâmico que praticamente todo o rali até aqui. Nova ligação com mais de 10Km e passamos pela bela vila de Góis, chegamos à PEC 14.
PEC 14 - Casal S. José 5760 metros à figura, mais uma PEc onde a navegação era dar os tempos para cada figura sem cortes, simples e bom para iniciantes, andamos certinhos e terminamos com uma penalização de 0,1s, isto dá um 7º posto nesta PEC, fazemos 5 km e paramos em Arganil, terminando a 4ª secção em 6º, 3 3º da nossa categoria.
Em Arganil estava montado um verdadeito arsenal de belos petiscos, de todos os tipos uma maravilha de qualidade, que deveria ter aproveitado mais, mas estava concentrado em ver como paravam as modas e preparar as coisas para a última secção da prova, iriamos efectuar provas com sol de frente a por-se e provas nocturnas, olho para a carta de controlo e percebo que a junção da antepenúltima e penúltima pec podem muito bem definir o vencedor, um erro de treta ali será fatal para todas as equipas.
Olho para a classificação geral e era mais fácil perdermos 2, 3 4 posições do que ganhar aos tubarões, mas considero que é possivel subir um ou dois lugares na geral, e um na categoria, vamos embora. A ordem de partida vai-se alterando e agora à nossa frente estão um belissimo Caterham Seven dos anos 60.
Ligação curta e chegamos a Secarias,
PEC 15 - Secarias 4060 metros à figura, sem alterações de média e sem "cortes" de estrada, penalizamos 0,6 segundos e fazemos 6º, a PEC foi simples e sem grande stress.
Após esta PEc tivemos todos de efectuar uma pequena paragem, não me recordo porquê e acabamos por nos agrupar em pequenos grupos, a ligação teve mais de 30 Km e foi um verdadeiro luxo ir em grupos de 4/5 carros a fazer a ligação, com a visão a deliciar-se com o sol a por-se e os carros à nossa frente, a audição a maravilhar-se pois apenas se ouviam os motores, e o olfacto em extase pela mistura do mais "caro" dos perfumes e a natureza envolvente, idilico!
Que espirito efectuar uma prova destas num carro completamente desprovido de "tecto", portas de plástico manhoso e afins, "Os meus Parabéns!"
PEC 16 - Travancinha uma pec à figura com 11200 metros e já mais ao meu gosto, apenas lhe faltou algumas mudanças de média para baralhar, e mais uns controlos, assim tivemos várias cortadas, algumas seguidas, truques de roadbook simples, mas que fazem a diferença se não existir alguma preparação do mesmo, muito interessante mas relamente em 23 figuras só 3 controlos, isto enerva-me. Fizemos 6º com uma penalização total de 0,5 segundos.
Ligação de 50 km até ao Caramulo, com engraçado alguma navegação inicial, um bom truque nos ralis mais rápidos pois perdemo-nos nas ligações "mata" a prova para as PEC, mas aqui tinhamos tempo e agora um CHCP, apesar de ser CHCP não era penalizamos por chegarmos antes ou depois do tempo, mas eramos obrigado a parar e apenas podemos sair do Parque onde entravamos 2 minutos antes de iniciar-mos a PEC 18 no mesmo local. Já era noite bem cerrada e estava algum frio, estavamos parados à frente do Museu do caramulo, lá dentro muitos carros belissimos, mas cá fora o parque não desmerecia em nada e transpirava, vigor, calor, emoção, ansiedade, nervosismo, estamos a chegar ao fim já cansados e com mais de 14 horas na estrada, a subida da rampa com rápida saida para outra PEc enervava tanto os pilotos como os co-pilotos, ninguem podia falhar, e público, não era muito mas existia, apoiava e até se colocavam à frente do canhão do blunik, iria agora o rali aquecer, a sério? é claro que sim
PEC 18 - Caramulo 5040 metros à figura, esta pec inicia-se em frente ao museu do caramulo subindo a rampa, ao inicio tudo ok, mas ao final de poucos metros não se via nada, absolutamente nada com o nevoeiro, o interior do Porsche está bem apetrechado com luzes para o navegador ter tudo visivel, o navegador dá os tempos que faltam para cada figura, 5, 4, 3, 2, 1, ZERO!
- Ó António tu até não estás a cantar mal apesar de quase já não teres voz, mas o problema é que eu nºao vejo porra nenhuma, nem placas, nem os postes nada porra!
- Curta aqui à Direita Carlos, já!
- Porra podias ter dito mais cedo!
Ligeira hesitação, mudança falhada e comemos logo 3 segundos à saída para não sermos totós.
- eu avisei-te antes, já estamos cansados, não podemos claudicar agora! 5, 4, 3, 2, 1, ZERO!, Direita aqui já!
Silêncio do piloto, concentração total de ambos.
- Só mais um pouco Carlos, pronto já está, 100 metros Dta 45º
- Qual delas?
- Aquela já temos 30 segundos para fazer 400 metros, rápido, dá-lhe , dá-lhe! Aqui pára!!!!!
- Chegamos a tempo, sim, ainda temos 10/12 segundos. Porrrrrrra a Blunik não arranca, Porrrrra ( e mais umas asneiras), vou de Big Digit, 4, 3, 2, 1, JÁ!!!!!
PEC 18 - Almofala, uma PEC à figura com 5210 metros e muito, mas mesmo muito mau piso, e além disso desafiante para a condução, logo a seguir `à rampa, tenho de o comentar o rali está a acabar com um nivel de stress e adrenalina espectacular, isto assim o dia tudo chegavamos ao fim mortos, mas felizes!
- António os tempos?
- Calma estou a acertar-me a ver se isto está bem, arranquei um segundo mais tarde, ok, estou sincronizado agora, 5, 4, 3, 2, 1, ZERO.
- Porra continua sem se ver anda de jeito está melhro mas muito pouco.
- Siga é igual para todos temos de dar giz!
Foi intenso, foi divertido, foi muito giro, foi uma treta o Blunik não ter arrancado, estragou-nos a prova, será?
PEC Caramulo - 4,1 segundos a hesitação tramou-nos, o nevoeiro tramou-nos mais ainda, fizemos 13º
PEC Almofala - 2,8 segundos de penalização tentei acertar-me com o Big digit mas mesmo assim andamos sempre 1 segundo atrasados, fez a diferença, o Blunik não arrancar não ajudou nada, poruqe não funcionou e me enervou bastante numa altura em que já estamos moídos, fizemos 15º
Após isto pensei, vamos descer e sair do pódio na categoria, gaita.
4 km depois vamos para a última PEC
PEC 19 - São João do Monte, 3 sectores de 4 km cada - Voltamos a penalizar 0,4 segundos por arrancarmos ligeiramente antes do tempo (nunca acertei com isto e é outra coisa que me enerva, o que é que esta porra define na regularidade, nada é simplesmente parvo), no restante a zeros menos o último 0,1 segundos, penalizmaos no total mais meio segundo, fazemos 4º na úlitma PEC, aqui já com bom piso, e uma estrada aqui e ali muito, muito gira de conduzir à noite, de dia acredito que fosse muito mais soft.
A pec terminaram agora fazer 13 km até ao CHC em Águeda onde não podemos penalizar por avanço, e não convém penalizar por atraso também, e depois 30 km até ao local do jantar e distribuição de prémios. Os resultados só sairam quando chegamos ao Hotel, para arrumar as coisas, beber um aperitivo, comer um pestisco e aguardar serenamente pelo jantar, mais uma vez com qualidade.
A entrega de prémios foi feita no átrio do piso para termos todos mais espaço. Terminamos em 6º à geral e 3ª na categoria G (1º e 2º à geral).
Foi um dia divertidíssimo e intenso na fase final, cansativo mas pleno, uma boa prova de iniciação, mas darei mais pontos de vista no próximo post.
Mais de 640 Km de prova em pouco mais de 15 horas é um belo desafio para carros matriculados até 1974.
Mais de 170 km de provas cronometrada, 61 controlos
63 inscritos à partida, 57 chegaram ao fim pelos seus meios.
Organização a um nível muito bom, paragens em locais e tempos adequados, com muito bom pequeno almoço, excelente lanche, bom jantar e um almoço que foi a única refeição que correu menos bem.
Prova caracterizada por ter como controlo o sistema Blunik, que consiste num canhão que verifica o tempo de passagem à décima, é muito trabalhoso para organizações, mas é preciso, infelizmente para sermos mais controlados teria de existir um numero maior de pessoas. Na minha opinião peca por ser redutor, deveria ter mais controlos por PEC. E utilizam algumas "filosofias" que não concordo, como o canhão no inicio das PEC até pelo tipo de prova que é, baixas penalizações que são depois balizadas por arranques fora do tempo, não concordo.
É uma prova na sua maioria calma e capaz de ser efectuada por todos os veículos, aprende-se bastante é uma prova que joga sempre com elementos visíveis, ou que poderiam estar visíveis, mais de 50% da prova com figuras, sectores bem identificados ou hectométricas com mecos que é algo que nós visualizamos ou poderíamos visualizar. O baixo numero de controlos também permite uma maior competitividade até final, o que para quem está em prova torna-se mais desafiante, o erro acaba por ser bastante penalizador.
Nesta prova em particular as ultimas PEC poderiam fazer a diferença, obrigaram claramente a maior stress e aumentaram possibilidade de erro, a experiência ai conta bastante.
Obriga a controlo dos navegadores também para os tempos de entrega das cartas de controlo, o que aprecio, pois muitos organizadores já se borrifaram para isso.
Pelo tipo de prova fazem bem dar enfâse às categorias dando assim tempo de antena, foco e admiração pelos veículos mais antigos.
Qualquer carro pode participar, tal como todas as equipas de piloto-navegador com diferentes níveis de experiencia, o importante é a diversão e um dia bem passado junto com as nossas máquinas.
Considero, que as excepções a veículos mais recentes poderiam ser um pouco mais estendidas, mas compreendo a posição da organização.
Passagem em algumas zonas míticas dos ralis ou rampas, o que é sempre extraordinário, uma experiencia de um dia "puxadito", mas muito salutar e interessante, um constante desafio de concentração até ao fim.
Acompanhamento fotográfico de excelência a cargo do Paulo Maria.
O custo de inscrição no rali é alto (425 a 625€), mas pela duração da prova, extensão, paragens e locais de almoço, pessoas envolvidas, etc, penso estar minimamente justificado, devemos utilizar todos os descontos.
Tenho pena de não ter um carro até 1974 para vir cá todos os anos, com um familiar ao lado, e também de não ter a possibilidade económica de o efetuar anualmente, mas isso são outros 500.
Se puderem aproveitem! Antes que não nos deixem desfrutar mais.
Em 2006 o ACP decidiu recriar o Rali de Portugal, mas idealizado com regularidade como se efectuava normalmente nos anos 70 quando se iniciaram os ralis, obviamente devidamente reinterpretado para o século XXI e com a devida adaptação a carros com mais de 20 anos que teriam de efectuar durante cerca de 4 dias 1600 a 2000Km, uma grande parte deles em ritmos de regularidade elevados, nos mais míticos troços de ralis Portugueses, sendo no entanto que hoje a quase totalidade do rali é neste caso em Asfalto.
Sigo a prova com mais atenção desde 2014/15, e já foi algumas vezes ver a noite de Sintra, curiosamente foi precisamente na PEC de Sintra nocturna que os meus filhos se estrearam a visualizar uma pec de ralis, á noite e do RPH, foi inolvidável começar a ouvir o Audi Quattro a soprar e sibilar retumbantemente cortando o silêncio nocturno mas nada visualizarem, depois começarem a descortinar a panóplia de faróis a cortar o breu nocturno e a humidade típica Sintrense, ver a chegar, ouvir mais perto, olhar para os pilotos a lutarem com o carro e o cronómetro, labaredas, ráteres, curvas a derrapar, atravessadelas e um cheiro, um cheiro tão característico tão bom, uma marca que eles guardarão para sempre, espero eu!
Em 2019 foi convidado para fazer a estreia nesta prova como navegador, mas afazeres profissionais colocaram-me na semana da prova em Estugarda sem mínima possibilidade de poder alterar as datas, para mal dos meus pecados dirão os mais devotos! Bom curiosamente 2 anos depois faço a minha estreia na prova, como navegador, a bordo de um Porsche 911 obviamente produzido em Estugarda, 51 anos antes.
Antes da realização da prova como já se aperceberam se leram os posts anteriores fomos treinar, entrosamento, utilização dos equipamentos, afinação do bólide, etc.
A prova desenrola-se na estrada do dia 5 ao dia 9 de Outubro, este ano com cerca de 1840km, como o carro começou a falhar ligeiramente no regresso a casa das 500 milhas, foi para a revisão e fomos efectuar uma volta no dia 2 a 3 dias do inicio da prova, não correu bem e ainda bem
Temos de tratar da máquina, mecânicos avisados e informados, tem de se preparar tudo para estarmos prontos no dia 4, faltam 48 horas! Vão reiniciar os trabalhos ainda nesta noite.
04.10.2021
Sigo para o Hotel Palácio para efectuar as verificações administrativas, receber a carrada de informação e preparar-me para colocar a maior parte da mesma no Blunik para mais de 1850Km de prova, mas não toda, porque o segredo continua a ser a alma do negócio. A prova desenrola-se maioritariamente com PEC absolutas com médias que podem atingir os 60Km/h, tendo várias em sectores, principalmente rampas e kartódromos que obrigam a andar em pelo menos metade destes percursos completamente a fundo!
Quando chego já lá estão alguns habitués muito experientes e prontos para serem verificados, existe horário para as verificações, mesmo sendo apenas 63 participantes está tudo balizado em termos de horário para ninguém se atrasar muito, entretanto cá fora está a chegar este GTV6 com motor Busso não original mas claramente com um dos melhores pulmões para os nossos ouvidos se deliciarem!
Entretanto vou para a oficina enquanto aguardo pelo piloto, temos de ir aferir, 2x, pois vamos com dois jogos de pneus distintos, quando chego verifico que o 911 está mais alto à frente requisição do piloto, não vão existir pisos de terra, mas porque costuma bater muito no RPH com o para-choques frontal no chão, quanto à aferição, esta não correu nada mal, tudo organizado a dentadinha da praxe estava lá o que aumenta a adrenalina, e a variação de diâmetro real entre os dois pneus também foi bem verificável. Voltamos a oficina, colocar autocolantes, arranjar tudo, e já estamos prontos! Bom eu não que ainda não coloquei a informação no equipamento e já passa largamente das 22 horas. Vamos descansar, mais ou menos.
A vária informação disponível inclui os locais onde as assistências podem ser efectuadas e respectivos horários sem registar penalizações, aqui está ele
A ordem de arranque para o primeiro dia faz-se pela antiguidade dos veículos, assim, somos o nº12, e este numero também nos indica a hora das verificações técnicas, no autódromo do Estoril dia 5 de Outubro as 8:10 da manhã, só arrancamos às 14 da tarde, mas temos bem cedo de ter tudo pronto, ainda não eram 8 da manhã e já "navegávamos" pelo autódromo
E lá seguimos para as verificações onde já belas máquinas desfilavam à espera da sua vez
Depois das respectivas verificações efectuadas seguimos em direção ao local de arranque os Jardins à frente do casino Estoril, peto de chegarmos fomos atestar e verificar pressões, e quando lá estamos um amigo do piloto passa nesta beleza e ficamos um pouco à conversa
Em estado de concurso, uma delicia!
Tudo pronto vamos estacionar e almoçar juntamente com a equipa técnica, a minha ansiedade aumenta a olhos vistos, a prova tem 4 etapas, 9 secções, 43 PEC, mais de 500 controlos espalhados pelos 4 dias, as borboletas na barriga apertam, come-se pouco, bebe-se água, toma-se o comprimido para não enjoar.
Hoje vão ser só 4 PEC, 1 secção e 265km, com 35 km em ritmo de prova, mas a ansiedade é tramada.
A Maria e os putos vem ver-me arrancar, mas no arranque a concentração no máximo para não falhar nada nem me permite os ver nas grades a apoiar.
05.10.2021 - 14:05:30 - A equipa nº12 arranca para 4 dias de emoção
Ai vamos nós quase 42 Km de ligação para a 1ª PEC, no RPH só recebemos o roadbook quando arrancamos, pelo que temos de o preparar, lhe escrever e nos orientarmos em andamento, sem nos enganarmos a indicar o caminho ao piloto, depois antes de chegarmos à 1ª PEC ainda temos de acabar de colocar os dados dos equipamentos, porque só agora temos a certeza a que horas iremos exactamente partir em cada uma das PEC desta secção, isto se não nos enganarmos nas contas.
Tudo colocado já chegamos, a última saída para a 1ª PEC, uma direita fechada a descer demonstrou que o piso estava húmido e escorregadio, estamos no inicio não vale a pena ir a arriscar demasiado.
PEC 1 Mafra - Quase 12 Km em absoluta, iniciamos em direção a Sobral da Abelheira, seguimos para o Monte Gordo, e depois Gradil até ao fim.
Bom vamos lá
15
10
8
6,5, 4, 3, 2, 1, GOOOOO
Os nervos a ansiedade, a falta de jeito ou o Blunik a fazer das dele, não lancei o Blunik corretamente, merd@, Carlos arranca, eu trato, porra começa mal como o caraças, só temos um curto daqui a 1800 metros, tenta manter-te nos 50, entretanto lá consigo acertar o Blunik, o Carlos queixa-se está escorregadio como o raio o piso, tudo bem molhadinho, entretanto tento acertar o Blunik com a distância para ser mais fácil ao piloto seguir na média, 1º corte à direita já tinha passado e só quando temos uma alteração de média fico com uma percepção melhor qual a distancia correcta do Blunik, apercebi-me apenas no final que ficou ligeiramente atrasado mas nada de mais, estamos no Sobral da Abelheira mas a média aqui é lenta, o público está em barda na estrada, apesar do tempo menos bom, e existe malta completamente doida no gancho de Sobral da Abelheira uma zona em que só podemos ir a 30 por ser uma povoação está malta a querer saltar para o meio da estrada para tirar fotos a GNR está com trabalhos redobrados, incrível estamos na 1ªPec e já temos navegação em barda, com ritmo rápido a seguir já aperta, cortes para todo o lado, e truques no roadbook, em que se não tivéssemos preparado minimamente bem o mesmo pelo caminho levariam facilmente ao primeiro erro! A condução continua bem divertida levada pelo estado húmido da estrada, a diversão constante mas ainda não senti apesar de tudo um ritmo diabólico, mas bem forte, com várias atravessadelas de traseira a demonstrar a falta de atrito na ligação com a estrada, mas uma demonstração de um comportamento completamente umbilical com o piloto, um luxo, na zona final do Gradil com bela condução, demoramos um pouco mais a virar à esquerda e atrasamo-nos ligeiramente na zona mais técnica da PEC 1. Fazemos apenas 36º, o inicio tramou-nos um bocado. Mesmo assim em 11 controlos, 4 foram a zerar, e 7 abaixo de 1 segundo de penalização.
A 1ªPEC foi ganha por uma dupla Portuguesa, Rodrigo Teixeira e João Azeiteiro em BMW e30 2.5, algo que me encheu de orgulho, ambos bons amigos, que vem pela diversão, que adoram a prova, e numa prova onde os principais favoritos são estrangeiros e onde normalmente mais de 80% dos Participantes não são Portugueses, muito nos satisfez!
Bom siga para a pec 2
Ligação longa pela A8 até à Tornada, saída para Salir de Matos
PEC 2 - Salir de Matos, perto de 14Km, com um pedaço de percurso em terra, mas na mesma média 50!
Arrancamos andamos muito certinho, tudo a correr em grande zeramos no 1º controlo, entramos na terra com ganas mas o estado da estrada é francamente mau e o carro vai raspando por baixo e retiramos alguma velocidade preferindo penalizar aqui por atraso do que estragar, assim na saída da terra mesmo tendo entrado a zeros, saímos com 6 segundos de atraso, recuperamos bem depressa e temos um gancho à direita largo onde o equilíbrio do 911 é bem evidente, bem como a capacidade de sair para um 2500, entretanto acerto o Blunik, e começamos em zona de navegação, perco aqui um pouco a noção que deveria ter acertado mais vezes o Blunik para a distancia comendo algumas décimas de segundo por avanço, muitas cortadas, desenhos complexos para aperceber e não nos podemos enganar, a menos de 3 km do fim numa esquerda viramos bem mas com alguma hesitação, perdemos logo 2 segundos, uma PEC com um ritmo bem endiabrado e a obrigar a uma atenção enorme aos navegadores e a sangue frio e algum "desprezo" pela integridade da máquina pelos pilotos, no total penalizamos 11s, fazemos 23º e subimos ao 24º. lugar. 11 controlos, 5 a zeros, 8 com menos de 1s de penalização, parece que estou a melhorar.
Vamos para a PEC 3, nesta ligação temos a possibilidade da 1ª assistência, basicamente levantar o carro e verificar se tudo ok por baixo da máquina, limpar os vidros e receber água fresca.
Isto é tratamento 6 estrelas pá!
Siga para o Kartódromo dos Milagres em Leiria, para a 1ª prova por Sectores
A moldura humana é inacreditável, antes de chegamros ao Kartódromo estava fila de trânsito e nós não nos podemos atrasar, cá fora os carros já não cabem até à estrada principal e tem de iniciar o estacionamento na estrada "principal" as autoridades tem alguma dificuldade para conter tanta gente e tantos carros, já só deixam passar os participantes mas está realmente impressionante, entramos nas instalações do Kartódromo, paramos e verificamos que as bancadas estão LOTADAS, é impressionante mas muito, muito recompensador para quem participa, mas também stressante.
PEC 3 - Kartódromo dos Milagres, a prova consiste em 3 voltas com 2 medições por volta, basicamente ficamos com 6 sectores, 3 curtos e 3 longos e onde todos tem de ter o mesmo tempo, a penalização é por diferença da primeira passagem para as outras 6, ser rápido também ajuda para a penalização ser menor, arrancamos passamos na zona de inicio de contagem e com as variações de velocidade não carrego no cronómetro no tempo correcto, assim sigo pela hora do relógio e tento acertar os tempos o melhor possível, verifico que fazemos sempre a 2ª secção do circuito muito mais técnica, 2 a 3 segundos mais lentos, mas divertimo-nos como o caraças e o público adorou, quem mais fez vibrar o público foi o Paulo Marques e o BMW 02, que fazem sempre as delicias por uma condução espectacular. Infelizmente a PEC foi anulada por um funcionamento irregular de uma das células, e assim sendo apenas passamos para a última PEC, já perto da Figueira da Foz onde íamos pernoitar
PEC4 - Quiaios na Serra da Boa Viagem, uma PEC efectuada a 60 Km/h, com algumas cortadas e uma zona de curvas a 180º a subir que não ajudam nada a que se consiga seguir nos 60, a 1º curva à esquerda saiu mal, e passamos 2 segundos atrasados, o Porsche recuperou muito rapidamente e passamos a levar tempo por avanço até eu acertar o Blunik, a PEC foi extremamente divertida e bem despachada permitindo a todos os participantes desfrutarem com um sorriso de orelha a orelha, foi para mim uma forma muito cool de acabar o dia mais calmo do rali. Em 12 controlos, 5 seros, 8 abaixo de 1 segundos, fizemos 22º, acabando o dia na 20ª posição, posição que iriamos arrancar no dia seguinte. Assim que terminamos a PEC tínhamos uma assistência de 15 minutos para o caso de algo a resolver mais ligeiro, mas apenas foram efectuadas verificações e apertos, chegamos a tempo ao CHC, entregamos toda a documentação e fomos para o Hotel buscar as malas, refrescar e jantar.
O meu piloto não estava muito satisfeito, esperava e pensava que estaríamos mais à frente na classificação, eu estava principalmente mais calmo e focado, com calma tudo se faz, as distâncias não eram grandes, isto era apenas o aperitivo, ainda há muito rali para fazer, ainda agoira começamos, entretanto sabíamos que infelizmente o principal candidato Português a uma possivel vitória no rali, teve um problema mecânico após o Kartódromo dos Milagres e teria de trocar motor e caixa, estaria à partida no dia seguinte?
Vamos descansar que amanhã as 7:20 temos de estar no carro.
Muito Obrigado pelo elogio João, fico babado. Tem muito "amor" e paixão à causa, apesar de não considerar o melhor do Portal.
Não sei se será do teu interesse mas neste tópico do qual coloco o link a seguir, a partir da página 14 estão os relatos de todas as provas efectuadas pelo Intruso um bólide que deu o corpo às balas e à minha falta de jeito.
7:20 da manhã, o PA está tomado, novo banho retemperador que de manhã não pode faltar e já estamos à enrada do Parque Fechado, somos os 20º a ir para a estrada logo arrancamos ás 7:39:30, e só podemos entrar no Parque Fechado ás 7:29:30, temos algum tempo está fresquinho.
Hoje na 2ª etapa o dia consiste em 2 secções, num total de mais de 465Km, mas com muito mais Km percorridos em PEC do que no dia anterior, hoje temos 146,737 Km percorridos com escrutínio dos canhões da Blunik.
7:30, entramos na Porschetta, liga-se a máquina e os megafones traseiros fazem o concerto, enquanto vai aquecendo vou colocando todos os aparelhos e o piloto limpa todos os vidros. Confirmo se todas as médias estão inseridas no Blunik nas PEC correctas.
7:35 colocamo-nos na fila de partida
7:39 - Colocamo-nos prontos a sair
7:39:25 - Entregam-nos o roadbook
7:39:30 - Arrancamos
No roadbook verifico que a ligação é grande e temos cerca de 50 km em AE, apesar de trocarmos de AE 3 vezes, temos ai tempo e decido preencher a documentação do roadbook na AE, e colocar todos os tempos da manhã no Blunik é mais calmo para mim, vamos em direcção ao Espinhal onde iremos efectuar um percurso fechado a média de 60Km/h, ainda não são 8:30 e já lá estamos, é cedo, está bem fresquinho a vista de tantos bólides deslumbrantes é brutal, um luxo.
8:49:30 é a nossa hora de partida
PEC5 - Espinhal , cerca de 5km em absoluta realizada a 60Km/h começa logo com uma subida, no Rali Portugal Histórico os controlos antes dos 500 metros apenas servem para apanhar os incautos que vão adiantados, os atrasados não são penalizados, bom tudo certo tudo pronto vamos lá
15
10
8
6
5
4
3
2
1, GOOOO
E o fdmeretriz do Blunik não arrancou de novo, caraças mas nunca arranco com isto bem de manhã, Carlos arranca e não vás a abrir aos 400 metros eu acerto , que é onde temos a 1ª cortada, correcção feita e lá vamos nós a secção inicial é a subir mas pouco enviusada mas depois a festa das curvas começa e o piso frio e escorregadio também, com o Blunik corrigido em distância a meio e em andamento nunca é bem a mesma coisa, no inicio na zona enviusada perdemos logo quase 2 segundos, entretanto recuperamos mas acabamos por andar quase sempre um segundo avançados, provavelmente fruto de não ter arrancado o Blunik correctamente e do piloto cortar bastante a estrada, além disso pelo caminho só ter outro local de verificação de distância mas de difícil julgamento do exacto local, começo bem e fico logo chateado comigo mesmo. Fazemos apenas 41º e descemos para 29º, fazemos 2 zeros e cinco uns em 9 controlos. O melhor desta PEC foi mesmo esta foto magnifica!
Seguimos sem pensar muito na PEC e mais no porquê do Blunik não ter arrancado de novo até à PEC6, ligação é curta
PEC 6 Campelo - 15,400Km com médias de 50Km/h e 40Km/h, uma pec com navegação e alguma condução pelos ganchos e cortadas, vamos lá temos de andar bem. E andamos sempre certinho sem erros zona bonita e com estradas não muito largas, cortadas aqui e ali, numa zona de alguma navegação preferi não falahr nas cortadas e levamos a primeira penalização de 1 segundo, cerca de 1500 metros após este controlo, o Renault 11 Turbo de um casal Belga que estava 2 carros à nossa frente aparece a dar os máximos e buzina, atiramo-nos para a direita e ele passou a voar e dar rateres, agradeceu mas em menos de 100 metros tinhamos um Gancho à esquerda, o piloto falha o Gancho e para no meio do Ganho, o carlos já estava a puxar o travão de mão para virar o volante, e consegue não fazer a manobra e seguir em frente fizemos uma tangente e não foi secante por menos de 5ckm seguro, passamos no buraco da agulha, o carlos fica irado, o 11 Turbo arranca nós temos de fazer mais atrás e manobra para arrancarmos, 70 metros após o gancho está um cahão, o Porsche grita ou melhor berra a plenos pulmões, mas mesmo com estes pulmões o erro do piloto adversário prejudica-nos imenso e faz-nos perder 7 segundos, nos restantes 13 controlos penalizamos 5 segundos, a PEC continua entra numa zona com declives acentuados a descer e com pontes e precipicios e em estradas ainda mais apertadas, o carlos ia tão irado que no controlo seguinte estavamos adiantados segundo e meio, e tive de o acalmar, ir atrás do 11 não nos iria ajudar em nada agora, a média aumenta novamente a estrada melhora e o controlo também, tirando um Ganho à esquerda feito em 3ª a subir e com o Porsche a rabear num momento lúdico mas onde perdemos algum tempo, correu bem, foi giro, foi revigorante andar depressa, foi pena o 11 ter-nos prejudicado um pouco. Mesmo assim fazemos 23º e subimos para 27º, em 14 controlos 9 zeros e 3 uns, muito bom, foi mesmo pena.
Nova ligação relativamente grande e com Assistência no meio para verificar e tudo ok, para já mantem-se tudo bem e nada de significativo foi efectuado. Pelo que rapidamente seguimos.
PEC 7 - Pampilhosa da Serra - 16,325 Km, troço mítico com zonas muitos perigosas e grandes precipícios passagem em Foz de Alvares e Simantorta, a PEC começa a descer vertiginosamente tem uma curva de 180º graus longa à esquerda, que antes de terminar obriga a entrar num ganho à direita, em menos de 150 metros verificamos logo o que é capaz um Porsche bem preparado e conduzido de fazer, curva bem tensionada, ganho perfeito, saída em 2ª com fulgor e agilidade um mimo, uma extâse de prazer automobilístico incrível, fantástico, a PEc tem várias curvas manhosas, algumas zonas apertadas, muitos precipícios, também teve alguma navegação mas nada do outro mundo, começo a acertar melhor o blunik e a perceber o seu desfasamento com o Brantz neste tipo de estradas, e as coisas correm bem, muito bem, espetacularmente bem, não tivemos nenhuma penalização de um segundo em 13 dos 15 controlos foram abaixo dos 0,5 segundos, ficamos em 2º com 3,8s de penalização na PEC a 0,3 s dos vencedores uns senhores catedráticos noutro 911 Piero Dal Maso principescamente navegado pelo Sancho Ramalho, e nós estivemos ali a cheirar-lhes os calcanhares, BRU-TAL! Adoramos, curtimos, desfrutamos e andamos realmente sintonizados. Fazemos 2º e subimos para 15º. Siga a Marinha.
Ligação muito curta de 4km e vamos para Alvares
PEC 8 Alvares, uma PEC com pouco mais de 7km - Uma PEc com muita condução e zonas apertadas, com zonas muit o húmidas onde não arriscamos e perdemos muito tempo em duas secções, não me recordo no entanto se poderá ter sido por outra razão, mas era uma PEC sem nenhuma navegação e acabamos por levar muitos pontos por atraso, não tivemos particularmente bem em 12 controlos penalizamos mais de 14s, fazendo 5 zeros e 4 Uns, nos restantes levamos para contar o que não foi bonito. Não era uma PEC fácil, mesmo assim fazemos 22º e subimos a 14º.
Nova ligação longa com mais de 30 Km, para chegarmos à PEC mais difícil da manhã para os pilotos:
PEC 9 Lousã - 13,300 metros de terror, a média 55 demonstra que era uma PEC muito dificil, o local da estrada numa zona praticamente toda à sombra, demosntrava um piso completamente húmido, liso e escorregadio, assim que arrancamos a descer novamente, em piso húmido não esquecer, temos logo curva a 180º relativamente apertada À esquerda, menos de 100 metros depois de arrancarmos (nesta curva o Jaguar E não foi parar lá abaixo porque encostou no pinheiro de frente, ficando com as rodas de trás no ar a ver-se da estrada, observação de outros concorrentes), piso de loucos, 1200 metros depois de arrancamos uns amigos no BMW 2002 estavam atascados fora de estrada mas aparentemente sem estragar o carro, os pneus montados demonstram não ser a última coca-cola do deserto nestas condições, mas por outro lado não se aguentam nada mal e principalmente transmitem muito bem o estado de aderência que tem, o que ajuda, é praticamente impossível andar no tempo, pelo menos nós não queremos arriscar demasiado também pode-se perder tudo com tudo ainda por ganhar, o Blunik estava bem aferido e isso notou-se porque com 1/3 e cerca de 3/4 de prova zeramos, em zonas com mais retas e que dava para recuperar, em toda a restante PEC tivemos apenas mais 3 uns, no entanto o Carlos adoptou uma estratégia de acelerar forte antes das zonas técnicas pelo que levamos algumas vezes penalização por avanço mas a larga maioria foram por atraso, uma PEC com vários calafrios, na fase final já depois de Talasnal e Casal Novo a caminho de Gondramaz o ritmo ainda aumentou para os 60. Isto é mesmo para homens de barba rija, e notou-se no parque ao almoço a quantidade de carros que bateu nesta PEC foi muito muito significativa, e alguns ficaram lá, felizmente nenhum com danos para os pilotos e navegadores! Fazemos 23º, descemos a 17º e penalizamos mais de 45 segundos. Mas os bracinhos doiam!
PEC 10 - Kartodromos de Poiares o último da manhã, sem a moldura humana do KArtodromo dos Milagres mas muito bem composto também, tive a agradável surpresa do amigo @Tiago Baptista estar á nossa espera para nos cumprimentar, um tónico sempre importante. Tal como no Kartódromo dos Milagres, circuito dividido em 2, 1ª zona muito rápida, 2ª zona muito técnica, 3 voltas, 4 medições, fazemos um bom tempo no sector rápido, mas levamos sempre mais de 4 segundos no 2ª sector, a somar à diferença para os mais rápidos que aqui também é contabilizada, dá uma penalização de mais de 11 segundos, o esforço para fazer bons tempos no 2º sector é tanto, que o Carlos corta as curvas de forma quase alarve o homem ia a dar tudo, fazemos o 7º tempo da geral e somos os 2º melhores Tugas, o homem pilota, e o carro anda, muito bem. Terminamos a 2ª secção na 16ª posição, subimos 4 lugares na manhã, não foi mau, até porque as distâncias ainda não são muito grandes!.
Vamos almoçar no Montebelo da Agueira, mais um belo local para descansar e repasto! Mas não posso encher muito o estomago e tenho de tomar mais um comprimido laranja.
Enquanto esperávamos pela nossa hora de entrada no CHC, à nossa frente estava esta equipa do Lada que faz inúmeras provas com o carro e sempre em bom ritmo.
E recebemos o papelinho para a hora de saída para a 3ª secção
Almoço de qualidade, algum tempo para descansar, e vamos mas é dar ao pedal
Ora portanto ás 15:09:30 arrancamos para a 3ª secção, 30 segundos antes das 15 podemos ir para o Porsche, e arrancamos, recebemos o roadbook 5 segundos antes de arrancarmos e e no Stop 300 metros depois em vez de dizer direita, indico esquerda, bonito, ainda agora arrancamos e já fiz asneira, começa bem, a tarde, não atines nem te concentres que não vale a pena António José, acabamos por dar a volta por outro lado mas encontramo-nos com os carros na ligação vamos embora a dar guita ao cordel, para chegarmos a horas à PEC 11 a 1ª da 3ª secção
Na fila
Ped 11 Mortágua - uma PEC com várias variações de médias e troços em terra incluidos, e navegação com muita regularidade, com ganchos com cortadas seguidas, uma PEC a requerer muita atenção ao navegador para não se enganar, e depois do erro na ligação não existiu um único erro de navegação o que me deixou muito contente, mas tivemos um problema, aos 5000 metros, começou a cheirar-nos a óleo queimado, achamos estranho até que começamos a ver o Volvo até que o apanhamos, o problema é que a zona onde o apanhamos não o conseguiamos ultrapassar era impossivel, apanhamos 2 controlos atrás dele onde penalizamos 25 segundos, até que ele se atirou assim que conseguiu para a berma da estrada do lado do precipicio, o homem foi doido mas um gentleman dos melhores, passamos e no controlo seguinte já só tinhamos 2 segundos de atraso, entretanto podemos abrandar e deixamos o Volvo passar um pouco mais à frente e com dificuldade lá foi ele, como disse esta era uma PEC de navegação, mas tinha alguma condução e várias subidas lixadas que dificultaram a vida a esta equipa do Volvo Verde, na restante PEC andamos bem mas devo me ter esquecido de acertar o Bluni no fim pois apanhamos mais 2 segundos por avanço nos dois últimos controlos. No total penalizamos 32 segundos em 15 controlos, 9 zeros e 3 uns, fizemos 17º e mesmo assim subimos para 15º, mas perdemos preciosos segundos para várias equipas da frente que não deveriamos ter perdido. O problema do Volvo no entanto não estava debelado e voltamos a encontrar-nos nesta 3ª secção, fruto de arrancar 30 segundos antes de nós neste dia.
Ligação grande, possibilidade de atestar não utilizada, pois no serviço anterior tinhamos colocado 40 litros de combustivel, esqueci-me de indicar, e chegamos á PEC 12
PEC 12 - Caramulo quase 22 Km, com belíssima condução pelo caminho, mas principalmente demasiados desenhos complexos a visualizar no roadbook que requerem muita atenção e correcta indicação para onde vamos, com um ritmo frenético, a PEc iniciou-se bem com muita condução numa zona de estrada com curvas muito fechadas perdemos um pouco de tempo, mas no restante andamos muito bem com excepção de zona de muita navegação onde preferimos ir abaixo da média e não nos enganarmos perdendo ai 3 segundos, no restante a prova foi frenética para o navegador com constantes cortes à esquerda e direita, não vás por aqui, segue ali, agora aqui, teu lado, meu lado, virar páginas, calma, agora, mais mais recupera dá-lhe está bom, calma, calma, os piloto já ia com os cabelos em pé, uma PEC com muito trabalho, fazemos 12º em 16 controlos, 12 zeros, 2 uns, 8 segundos na PEC, subida ao 13º lugar.
Ligação relativamente curta e chegamos ao Préstimo, mas por Rio de Maças e não a habitual Chouzinha.
PEC 13 - Préstimo 11, 466 Km para fazer á media de 55 ou 60, uma PEC muito rápida apenas com uma zona de navegação, sendo rápida, rapidamente chegamos ao Volvo, mas aqui foi muito pior, não havia hipotese do Volvo se desviar e levamos com todo o óleo consumido pelo mesmo pelas narinas dentro, matando toda e qualquer bactéria não movida a óleo de risino, ou octanas, no entanto levamos nesta primeira vazada 43 segundos de penalização por atraso, e sem possibilidade de ultrapassar, entretanto começa a descer e o Volvo lá se consegue despachar, e perdido já está fomos atrás dele, até que começa de novo a subir e só após uns metros o conseguimos ultrapassar por existir espaço, neste entretanto já tínhamos comido mais 12 segundos, fomos embora até chegar ao tempo, no primeiro local que consigo controlar estamos 1 segundo adiantado, acerto mas acabamos por andar até final ligeiramente adiantados, já muito perto do fim o Volvo lá volta a passar e a ir à vida dele, no total perdemos 60 segundos, não sei quantos perderiamos sem Volvo, mas acredito que menos de 20 facilmente nesta PEC, uma pena porque nos impossibilita de subir mais na classificação, mas aqui a culpa foi nossa de não termos feito melhor no 1º dia. Fazermos 17º e descemos a 14º.
Ligação não muito longa mas com Assistência, entretanto parece que o Porsche volta a fazer o ruido que fazia antes da prova do alternador, leva umas "marretadas" e temos de andar mais atentos, como uma banana que para mim é um tónico, recebemos água fresca e siga para a PEC14.
PEC 14 - Talhadas uma Pec om quase 19 Km com várias alterações de média, e novamente bastante navegação truques no roadbook, muitas cortadas alguns ganchos, mudanças de piso para estradas empedradas é necessária atenção redobrada, o piloto vai-se passar pois existem 4 zonas com sequencia de navegação pura, esquerda, direita, baixa média, aumenta média, muito rápidas muito ritmadas e desafiantes para quem vai ao lado conseguir não se enganar a dizer tudo para quem vai a conduzir, e andamos mesmo muito bem certinhos, correctos e apenas apanhamos uma penalização grande 3 segundos numa cortada à direita no inicio da penúltima zona de navegação onde tentávamos jogar sempre pelo seguro, no total pouco mais de 9 segundos de penalização com 10 zeros e 4 Uns em 15 controlos, fazemos 4º à geral e melhores Tugas, subimos a 13º. Se não apanharmos o Volvo isto não está a correr muito mal e o carro portou-se bem!
Mais 15Km de ligação para chegarmos a Vouzela
PEC 15 Vouzela - Uma PEC om mais de 15 Km muito bem conhecida pelos praticantes do RPH, zonas técnicas e muito apertadas, zonas com terra de excelente piso e com sol de frente a fazernos definhar para ver alguma coisa, e um gancho clássico no Tanque onde ou se puxa milimetricamente o travão de mão (com forte possibilidade de bater em casas ou no tanque e terminar a prova logo ali) ou tem forma especifica de ser feita e que obrigam a conhecimento do terreno. Ora conhecimento do terreno eu não tenho, mas o Carlos ainda se lembrava mais ou menos desta PEC, andamos bem e na terra fartamo-nos de andar de lado a curtir mesmo com o Sol a fazer das dele, ainda tivemos uma travagem queimada que nos fez sair um pouco de frente mas siga, á saída na passagem de terra para asfalto o toque de acelerador a pressionar do mesmo vigorosamente 0,2 segundos antes de estarmos no asfalto faz termos uma traseirada divinal e bem apanhada que podia ter originado um tete, mas não originou graças à mestria no volante e a um comportamento umbilical na desmontração do que se passa do veículo entretanto e antes de chegarmos à zona mais técnica começa novamente a cheirar a óleo, "Ó não o Volvo de novo", na zona técnica mesmo antes de baixamos para média de 20 para a zona do Tanque, estamos 2 segundos atrasados, e quando estamos a chegar ao Tanque, está o Volvo Preso a patinar, depois de chegarmos demorou mais de 15 eternos para nós segundos (para eles nem imagino), para conseguir que o carro deixa-se de patinar e lá fizesse o gancho do tanque, fazemos o gancho logo com o truque aprendido, mas já passamos no controlo que está logo a seguir com mais de 20 segundos de atraso, mais uma barracada para nós, a seguir foi sempre a dar calor, para recuperar, o Carlos a curtir, mas rapidamente apanhamos o ritmo e tempo da prova e não foi necessário passar o Volvo que lá seguiu cada vez a fumegar mais. Assim sendo terminamos em 19º descendo a 14º novamente com quase 30 segundos de penalização. 8 Zeros, 5 uns em 15 controlos.
Terminamos assim a 3ª secção subindo 6 posições durante a totalidade desta etapa, poderiam ter sido mais, mas algumas cautelas necessárias, e o volvo acabaram por nos prejudicar um pouco, mas faz parte.
Chegamos ao Hotel Montebelo, foi para o banho, jantar, um pequeno xiripiti, fui ver o local de assitência e fui descansar não queria falhar no dia seguinte que este ano se veio a revelar o dia mais desafiante do rali.
A assistência agora só se faz já depois de jantar, os Carros param em parque fechado e depois podem sair tendo que regressar em menos de 60 minutos, temos uma baliza de tempo de 120 minutos para o realizar, pelo que se nos atrasarmos a sair podemos não ter os 60 minutos para os mecânicos trabalharem. No nosso caso terá de se ver a situação do alternador e atestar o Porsche com combustível para o 3º dia.
Perdi-me aqui um bocado com a sequencia das fotos abaixo, vou colocar as mesmas por serem do mesmo tipo, placas de localidades com nomes engraçados que consegui fotografar
402 Km a percorrer, com 168,416Km ao ritmo do Blunik. Revelou-se o dia mais duro ou de muitas das definições do rali.
Arrancamos não tão cedo como no dia anterior, ás 8:06:30, arrancávamos para iniciar a 1ª PEC do dia exactamente uma hora depois, tinha novamente ligação de manhã pela AE, pelo que efectuei o mesmo que no dia anterior, colocar tudo no Blunik que faltava e análise do Roadbook onde não existissem curvas e mudanças de direcção acentuadas.
Para chegarmos à PEC 16, depois da AE, saimos em Lamego e ainda andamos em zonas já bem apertadas e onde não passam dois carros , a PEC Armamar, e posso dizer com toda a certeza e PEC que mais gostei de fazer de todo o rali!
PEC 16 - Armamar, mais de 20 Km de navegação quase pura e muita muita condução um puro prazer, zonas apertadissimas, ladeados com muros dos dois lados, grande parte da PEC com a 1ª encavada porque é tudo apertado, muito apertado, e sujo, muita mas mesmo muita terra, uma PEC do catrano, do caraças, do melhor, extraordinariamente desafiante para piloto e navegador é impressionante a quantidade de travagens no limite que se veem dos carros da frente que não querem perder um segundo, um toque aqui à partida não se desiste do rali porque a velocidade raramente é elevada, mas pode ter danos materiais jeitosos, temos inumero ganchos, curtadas, zonas técnicas, poucas zonas rápidas a lamentar apenas alguns dos GNR que indicavam o caminho perdendo um pouco o sentido de irmos a navegar, curiosamente numa dessas vezes isto levou o Carlos ao exagero é para a esquerda já sei onde é, e travou tarde, seguindo em frente e desligando-se o Porsche uma pena foi a única vez que nos atrasamos mais de 5 segundos, mas tivemos ou estavamos quase sempre com 2 ou 3 segundos de atraso andar no tempo não é impossivel, mas é preciso arriscar muito, conhecer muito bem o local, o carro, e não ter receio de perder muito, para mim foi verdadeiramente exalante, um hino prodigioso à regularidade, aos pilotos, aos carros e se tivesse menos GNR aos navegadores em absoluto, que 7ª maravilha, não me levem a mal o que vou escrever, mas já tive sexo com menos prazer que fazer esta PEC do demónio! Inolvidável! Penalizamos mais de 30 segundos, fizemos 10º não subimos nenhum posto e apenas 3 zeros e 3 uns e 15 controlos.
Ligação de 15 Km sem história até Tabuaço
PEC 17 - Tabuaço um pouco mais de 14 Km para andar depressa, o arranque é numa subida ingreme e temos uma média de 60 sempre a bombar, o Carlos não sei porquê não arrancou bem nem agressivo rapidamente ficamos com 10 segundos de atraso e durante 4 km pura e simplesmente não conseguimos recuperar nada desses 10 segundos alias ainda perdemos alguns durante uns tempos e depois no final recuperamos qualquer coisa mas pouco, assim até termos a primeira variação de média com uma estrada a subir bem no inicio e muito revoltada com enormes dificuldades em recuperar o tempo perdido nos primeiros 5 controlos penalizamos 48 segundos no total de 58 desta PEC, foi pena pois um arranque melhor poderia ter-nos poupado facilmente entre 20 a 30 segundos, por vezes são estes pequenos nadas sejam no arranque ou noutras situações que nos fazem perder muito, a PEC tinha algumas zonas apertadas mas era essencialmente muito rápida, e tinha um ou outro desenho complexo, depois lá recuperamos mas nunca andamos perfeitos aqui. Fazemos apenas 21º e mantemos o 14º
Entretanto fazemos uma ligação pela N222 passando em zonas lindissimas e que obrigam a uma visita, temos a assitencia nesta mesma estrada e o alternador tem o escatel a dar de si, temos outro alternador, mas que não dá as mesmas garantias mas o problema é que não temos outro escatel, as vibrações obrigam a cuidados redrobados e agora sempre que possivel, irei passsar a reapertar o parafuso da ventoinha com o alternador com chave e martelo, está bonito isto, ainda não vamos a meio do rali,
PEC 18 - Covas do Douro Uma Pec de pouco mais de 13 Km, com ritmo de 50 que não era de condução, mas que se revelou muito mole e onde eu adormeci, levando a não andar a acertar o passo correctamente ao piloto, andamos sempre incertos, uma ou outra zona de navegação sem erros de por onde ir, mas desacertado com o Blunik, numa descida ainda tivemos de parar pois gado bovino decidiu atravessar a estrada, no controlo seguinte passamos 6 segundos atrasados, não sei o que se passou comigo e acabamos por fazer uma prova de nhanha, numa PEC sem grande história, 16,6 segundos de penalização, apenas 33º em 11 controlos apenas 4 zeros e 2 uns, estive mal!
PEC 19 - Sabrosa uma Pec de 15 Km, com grande parte da mesma de condução pura cheia de curvas a 180º e apenas 2 cortadas, iniciava-se a descer e terminava a subir, média de 60 muito dificil de se realizar e isso notou-se condução pura mas com tanta curva a 180º muito fechada nadar no tempo era muito difícil, demasiado mesmo, na grande maioria do tempo íamos atrasados e eu também não ajudei o que poderia pois dei poucos metros não ajudando o piloto, apesar de que não iria fazer grande diferença, terminamos com 33 segundos de penalização e mais uma barrigada de condução das grandes um mimo extraordinário, apenas 30º mas mantendo o 14º posto, apenas 2 zeros e 2 uns, o resto foi sempre a comer, já escrevi que isto não é para meninos?
Saímos de Sabrosa directos para a PEC com melhor Vista do Rali
PEC 20 - Régua, uma PEC lindíssima mesmo que curta com menos de 10 Km, com navegação qb, zonas muito encadeadas, muito apertadas, desníveis altíssimos, precipícios sem fim, zonas em que só se via a estrada e a escarpa, magnifico cenário, vários pilotos enganaram-se no troço e só não apanhamos carros de frente porque a organização não os deixou passar, tenho de voltar a salutar sem dúvidas a enorme falange de controladores do ACP que fez um controlo que se não foi exímio foi perto disso, e a segurança que dá a cada PEC que chegamos e está lá uma ambulância, rápida e uma normal ambas da Cruz Vemelha, sempre bem seguidos, muita policia, efectivamente uma organização a roçar a excelência e que se paga. Bom voltando à PEC esta correu bem tirando dois controlos seguidos de navegação onde fomos mais calmos para não nos enganarmos o que nos penalizou em 7 segundos, após isto apenas levamos outra penalização grande numa zona de desnível elevadíssimo, muito apertada e técnica e onde o carro bateu com o para choques frontal no chão, mesmo que com todos os cuidados, perdendo ai mais 2 segundos, a PECfoi muito interessante e a vista, meu Deus a vista que luxo. Fizemos 13º com 11 segundos de penalização, 7 zeros e 2 uns em 12 controlos.
Entretanto saímos da PEC e lá vai a assistência apertar o alternador uma vez mais, colocar combustível para a tarde e siga para fazermos a rampa de Lamego.
PEC 21 - Rampa de Lamego 1, a PEC tem pouco mais de 1km, é por sectores, nesta 1ª subida ( a 2ª subida é após o almoço) temos uma média lenta de 40km/h para todos chegarem lá a tempo dentro do tempo, o piso é em empedrado, a estrada tem muitos ganchos uns mais largos que outros e termina num gancho médio à direita com uma esquerda a 90º apertada e de raio muito apertado, não convém ir sempre a pastar ou atrasamo-nos nesta sequencia, nós tal como muitos nesta primeira subida subimos sem penalizar, ou seja 0 segundos para já. Terminamos esta secção no mesmo lugar onde começamos.
Vamos almoçar num local edílico, Restaurante Paraíso douro, a vista é deslumbrante, a comida preparada na hora leve mas de qualidade sublime, tínhamos tempo e temos companhia da boa, um momento de relax e descontração óptimo, que soube muito bem e com a piscina ali ao lado, tive alguma vontade de ficar por ali, mas outros valores mais altos chamam por nós.
Até já
Depois de completamente resfastelados e, bem comidos e muito descontraídos vamos para a 5ª secção, e completar a 3ª etapa.
Algo importante todos as provas de sectores temos de ir com carolo na cabeça, bom lá vamos.
PEC 22 - Lamego 2, Recomeçamos com a mesma Rampa de antes de Almoço, como vão agora os carros todos seguidos, a confusão para a organização dos carros e iniciar a rampa é enorme, estando a zona muito confusa, ainda temos bastante tempo e entretanto o meu piloto vai trocando dois dedos de conversa com transeuntes que passam e o reconhecem. Quanto à rampa agora é com a média, não há média, entretanto tivemos na 1ª subida de verificar a distancia onde está cada um dos canhões, e temos de igualar o tempo em todos, não podemos arrancar antes do tempo mas podemos arrancar depois, se arrancarmos antes no 1º canhão este penaliza-nos apenas pelo avanço e adivinhem...
...claro, fomos penalizados 0,1 segundos, passamos no 1º controlo exatamente na média prevista, a andarmos muito certinhos e bem no entanto no 2º controlo já tínhamos um pouco mais de 1 segundo de atraso mesmo a andar muito perto do limite tentando não estragar mas a andar mesmo bem, na realidade achei que o pior seria mesmo no sector final, mas o Carlos faz o último gancho de forma perto da perfeição e arrisca tudo na esquerda baixando o atraso para apenas 0,6 segundos. Fazemos 3º à geral e melhor Tuga na Special Stage, temos pilotaço carago! Grande condução.
Paramos tiramos o panafernália de capacetes, e arrumamos tudo e siga para Resende.
PEC 23 - Resende - Mais de 33 Km, com muitas subidas até ao céu muitas cortadas a exigirem atenção, mas navegação sequencial pouca, no entanto a exigir cuidados redobrados, uma zona inicial muito puxada e com alguns ganchos fez-nos perder muito tempo chegando a ter quase 10 segundos de atraso e a média era de apenas 50, isto vai ser muito duro, recuperamos mas uns km à frente nova zona sempre a subir sempre com cortadas e sempre com curvas apertadas e já estamos novamente com 7 segundos de atraso, bem se isto é assim com esta máquina e muito, muito dificil de seguir ao ritmo desejado, imagino como andam a malta dos Fiat 127 e similares, que tareia do outro mundo levam, lá recuperamos à força do esforço de braços e do binário do 2500S, já só a meio da PEC voltamos a ter outra zona com muitos ganchos mas andamos muito bem e sem falhar cortadas pelo que o atraso não chegou aos 5 segundos, recuperamos novamente com bela condução e esforço e depois conseguimos manter-nos no tempo até final sem stresses de maior, uma PEC longa, muito dura para a mecânica e que se fez sentir pois o motor já parecia grilar de novo, antes de iniciar a PEC seguinte lá foi rapidamente buscar a chave e o martelo e apertar o dito cujo. Fazemos 18º, mais de 48 segundos de penalização, com 8 zeros e 3 uns em 19 controlos. foi duro
Ligação rápida, pequeno aperto no alternador e vamos arrancar para Montemuro
PEC 24 - Montemuro, uma PEC relativamente conhecida apesar de curta menos de 10km mas com muto gancho, a média desta PEC inicia-se nos 60 e passa para 50 nos ganchos finais, O inicio é duro para andar no ritmo certo e apesar de um pequeno atraso inicial recupera-se e andamos no tempo, a PEC é engraçada a 60 mas faz-se bem, no 1º ganho ainda a 60 perdemos 2 segundos, a media baixa para 50 recuperamos mas rapidamente perdemos 4 segundos em 2 ganchos à esquerda até que...
... inicialmente eu dando as distâncias ao Carlos com muito tempo e distância, aqui anda-se mais depressa e se é verdade que já estávamos mais entrosados o ritmo é realmente diferente, no entanto já tínhamos combinado que as distancias nunca se davam antes de faltarem 200 metros e preferencialmente iniciar-se o tratamento dos ganhos, cortadas ou saídas, entre outras coisas o mais tardar aos 100 metros, ora nesta zona de ganhos, estava eu 100 metros gancho à direita...
...150 metros gancho á esquerda...
...100 metros novo gancho à esquerda, ainda nem acabei de dizer isto, nem tive tempo de levantar os olhos para lhe indicar onde era e travão de mão acionado, corta-se a estrada e entra-se na propriedade com o portão aberto,
AC - dassssssss Carlos não fizeste 100 metros pá!!!!!!!!!
CB - Pora, dasssss, mpiiii, piiii, piiiiiiiiiiiiiii, piiiiiii, entramos dentro da casa do homem,
AC- Inverte a marcha bora, bora
CB - É já travão de mão em cima da erva do desgraçado e siga,
AC - Deixa ver se podemos entrar já estamos com mais de 30 segundos de atraso, piiiiiii, piiiiii, não vem ninguém, Dá-lhe, Dá-lhe!!!!!!!!!!
Olha o Gancho agora, passamos com 30 segundos de atraso, após o ganho temos mais de 30 segundos de atraso, dará para recuperar alguma coisa, não deu quase nada os 4 controlos após o erro são todos seguidos e levamos 123 segundos de penalização, nesta PEC levamos 131 segundos no total.
Porra agora para subir vai ser lixado como o caraças. Fazemos 35º mantemos o 14º.
CB - Epá estraguei isto um bocado, vi uma marca de travagem e achei que era logo ali.
AC - Faz parte, siga, estamos bem tudo ok, não se estragou nada, vamos continuar a desfrutar.
Mais tarde viemos a saber que a dupla Dal Maso/Ramalho andou a estragar a erva ao homem também e existiram mais a entrar pelo portão dentro.
Uma barrigada de riso porque tudo correu bem.
Ligação de apenas 1 Km, e uma PEC que alguns temem e bem
PEC 25 - Ponte de Telhe mais de 17km, com navegação, mudanças de média e subidas com pouco espaço e ganhos à mistura bem apertados, com subidas incríveis até ao céu e mais além, estamos concentrados arrancamos bem e andamos muito bem, mas na zona de ganhos muito apertados e a subir imenso não há milagres 5 segundos de atraso no primeiros ganho, mais de 12 s de atraso no 2º gancho, isto não vai ser fácil, condução minuciosa exige-se e convém andar certinho e sem errar, lá voltamos ao tempo em que devíamos estar aqui e ali atrasados com muita condução e na fase final com novos ganchos voltamos a levar a mesma dose de segundos, a PEC foi bem difícil, mas não andamos mal, mesmo com mais de 44segundos de atraso fazemos 8º demonstrando que não era uma PEC fácil, 8 zeros, 2 uns, e o resto bem o resto foi a tentar penalizar o menos possivel nos restantes 6 controlos.
Após Ponte de Telhe temos novo serviço, e voltam a apertar o alternador o mais possível, que já se ouve a cantar novamente, lá peço a banana da praxe para não me faltar o magnésio até ao fim do dia,
PEC 26 - Freita, uma PEC toda a 50 feita no alto do Monte, podíamos ter feito muito melhor porque reparei já tarde que andamos muito adiantados pois o piloto curtou bastante as curvas cortando metros e fazendo-nos andar adiantados, estava o navegador um pouco distraído quanto a isto seguramente o que também ajudou, chegamos a andar 5 segundos avançados, as vistas eram porreiras, estava frio mas um final de dia bonito, a PEC tinha para a navegação como especial dificuldade os desenhos complexos que também dificultam a colocar/acertar as distâncias no blunik, no total penalizamos 19segundos, fazemos 12º, 3º melhores Tugas e subimos a 13º na geral. 7 Zeros e 6 uns em 16 controlos., Quase todos os controlos por avanço, à Vaz!
Mais uma ligação não muito grande e chegamos a São Pedro do Sul, vamos iniciar a última PEC do dia já perto das 18:30 da tarde
PEC 27 - São Pedro do Sul - Uma PEC que começa com uma zona de 2000 metros de condução pura, e necessidade de potência atroz, sempre, sempre a fundo mas mesmo com uma média de 55 chegamos aos 2000 metros com 8 segundos de atraso e em 4 controlos penalizamos 26 segundos, que tareia de braços levou o piloto, os restantes km mesmo co alterações de médias constantes e com zonas de 60, tinham desenhos complexos e originou o único erro meu na navegação em termos de estrada, indiquei para seguir frente esquerda quando era logo à esquerda, tivemos de travar a fundo, parar e nova indicação que até foi feita pelo piloto, tivemos sorte de não ser preciso fazer marcha-atrás e felizmente só passamos 3 segundos atrasados, em todo o restante percurso da PEC que tinha mais de 15Km, andamos perto da perfeição, e não acumulamos mais de 2 segundos nos restantes controlos, penalizamos pouco mais de 30 segundos, fazendo 12º e mantendo o 13º posto.
Vamos regressar ao Hotel Montebelo, para novo banho, retemperar forças e novamente voltar à assistência. Após o banho e o repasto trato desta vez eu de levar o Porsche, acabo por sair cedo demais do Parque Fechado pois troquei as horas, até nisto este rali pode ser complicado. O Porsche voltou a ser reapertado, trocou as rodas por outras com maior aderência para o último dia, e atestou de fluidos. Tirando o alternador no resto tudo estava bem incluindo ligações elétricas. Acabado o serviço foi descansar, a minha tónica não foi andar a fazer festas de alcool, é giro e tal, mas achei que me precisava de resguardar bebendo apenas vinho ao jantar, e pouco ou nada mais.
Vamos ver quando consigo colocar a última etapa do rali, e consequentes 4 secções do rali,.
Bom vamos entrar no último dia do Rali em termos de competição.
Antes de entrar na descrição do dia, fazer um refresh de como tem corrido o Rali
1º Dia.
No final do 1º dia estávamos a 21,8 segundos do 1º classificado. diferenças muito pouco subtanciais, uma melhor classificação era possível e principalmente pode ser importante para não calharem carros mais lentos na nossa frente no 2º dia, como aconteceu.
A melhor equipa Portuguesa era a do Rodrigo Teixeira e João Azeiteiro, que ganharam a 1ª PEC e estavam a andar muito bem, seguiam em 5º a apenas 3 segundos do 1º, Chistophe Baillet, Yves Deflandre a menos de 3 segundos, todos muito perto, tudo ainda por decidir.
2º Dia
Após o término do 2º dia, já tínhamos subido a 14º, mas já estávamos a 3 minutos 1 segundo e 9 décimas do 1º, Yves Deflandre que efectuou um 2º dia antológico não dando hipótese a ninguém condução magistral em locais muito húmidos, excelente utilização dos 3000cc do seu Porsche, Baillet já estava a mais de 40 segundos e os 3ºs a mais de um minuto, os melhores Portugueses continuavam a ser o Rodrigo e o João, que apostaram tudo nos dois primeiros dias e aqui viu-se bem isso. Mesmo subindo uma posição já estavam a um minuto, 13 segundos e 7 décimos do 1º, mas estavam a apenas 4 décimos do pódio.
Neste dia, aprendi duas coisas, convém andar bem no 1º dia, os concorrentes da frente sabem o que fazem. Anteriormente indiquei que saimos atrás do Volvo, e isso foi uma realidade no 2º dia à tarde. No 1º dia o Volvo ficou em 18º, o Renault 11 Turbo 19º e nós 20º. Na manhã do 2º dia o Renault que saia atrás do Volvo apercebe-se que este é lento e ultrapassa-o antes do CHC na hora de almoço, assim sai à frente dele para a tarde deixando-nos a nós com ele à frente, jogada de mestre. Atrás do Volvo perdemos no total cerca de 75-90 segundos durante a tarde, isso representa quase 50% do nosso atraso para o 1º e mais de 30% da nossa penalização total. Ser perspicaz ter olho vivo é importante se é para andarmos na frente.
3º Dia
O dia mais duro para carros, navegadores e pilotos, o último dia já estamos cansados, mas este dia foi inacreditável, e também foi salutar ver que o nível que por aqui se participa é de antologia!
Terminou-se o dia, com uma recuperação de Baillet magistral, ao final de 3 dias de prova, 1200Km de estrada temos os dois primeiros Deflandre e Baillet, empatados à décima de segundo, Que espetáculo divinal!
Os melhores Portugueses continuaram a ser o Rodrigo e o João em 6º, já a mais de 2 minutos e 8 segundos dos 1ºs, mas durante o dia não foi fácil, Luís Cavaco e João Seródio em Ford Escort RS2000 a fazerem um 3º dia sem erros, chegaram a florar o pódio mas um problema mecânico com o alternador fez a tripla levar uma penalização jeitosa no serviço deste dia e cair várias posições, entretanto a dupla Peiro Dal Maso e Sancho Ramalho passaram para melhor equipa Portuguesa, mas um erro na mesma PEC que nós fizeram perder essa posição, quanto a nós subimos apenas uma posição, estando já a 7 minutos e 19 segundos dos 1ºs e a um minuto e 5 segundos do 12º. Um dia com muito a aprender e essencialmente onde um erro num gancho nos fez perder mais de 2 minutos e muitos lugares na classificação, vivendo e aprendendo, quem nos precedia já estava quase a minuto e meio, pelo que agora para o último dia era levar o carro direito até ao fim, minimizando os problemas do alternador do Porsche e tentar subir por erros dos que nos antecediam.
08.10.2021 - Último dia do Rali na Estrada, o dia mais longo, o mais extenuante, não se revelou o mais dificil de condução, ou navegação, mas no último dia ter de fazer quase 730km, arrancar ás 7:45 estarmos prontos a entrar para o bólide, sabendo que só terminamos no dia seguinte após as 2 da manhã, isto tudo no último dia de prova onde os carros, pilotos e navegadores já estão cansados é dose. Dos 730 Km 236,695Km são a doer, o que vendo bem as coisas a doer nem é assim tanto, já fiz mais num dia de prova em CPRH e não me fez mal nenhum, bom vamos arrancar.
7:56 podemos ir para dentro do Porsche aquecer os fluídos e preparmo-nos mentalmente para último dia.
8:05:55 - Entregam-nos o Roadbook.
8:06:00 - Arrancamos para a última etapa do Rali Portugal Histórico.
Desta vez não existe ligação por AE, são mais de 50 km por estradas nacionais, a primeira coisa que faço é colocar todas as horas no Blunik para esta secção, e verificar se com as horas e médias está tudo ok. Tudo verificado desta parte, agora á que gerir como estão os novos pneus, antes de arrancarmos já tinha colocado a calibração dos R888R que vieram substituir os TR-1, tenho agora que verificar entre dois pontos do Roadbook os erros que podem surgir daqui para ter uma percepção de como corrigir o Blunik em prova, e aos 51,44 coloco uma nota no Roadbook, Blunik perfeito, comparativamente com Brantz melhor que a calibração anterior, será que o dia promete coisas boas?
PEC 28 - Alva pouco mais de 8km com um inicio com condução seguido de uma zona de navegação muito complexa devido ao estado do piso mas principalmente aos desenhos técnicos da estrada que obrigam a muita atenção, iniciamos fortíssimos tão fortes que no 1º controlo estamos 4s adiantados, acalmo o piloto e acertamos bem o passo fazendo toda a zona de navegação a zero, no entanto após a navegação a estrada era quase quase sempre com curvas a 180º onde o piloto cortou até não poder mais, estes variados cortes do piloto e muito stress para não perdermos tempos, sem local onde eu possa controlar distâncias e zerar o Blunik, fazem andarmos sempre, sempre à frente do tempo, demasiado mesmo chegamos a andar mais de 5 segundos à frente, erro meu que deveria ter refreado muito mais o piloto nesta 1ª PEC do dia, mas principalmente deveria ter adicionado mais metros e não o fiz, resultado, penalizamos 27, 2 segundos sem necessidade alguma, fazemos apenas 35º e mantemos o 13º posto, apenas 5 zeros e 1 um, em 12 controlos. Afinal ainda estou a dormir?
Ligação simples e chegamos a Oliveira do Hospital
PEC 29 - Um pouco menos de 10 km, para nova PEC com alguma condução, mas principalmente navegação cuidada por causa da complexidade de opções que aparecem nos desenhos, o navegador que se engane agora pode entregar o rali, no inicio da PEC agora fomos lentos no arranque perdendo mais de 2 segundos e principalmente demoramos demasiado a sair de um STOP penalizando logo 30 metros após o STOP mais de 5 segundos, este Stop estragou-nos a PEC, pois no restante fomos praticamente imaculados, terminamos a PEC em 8º , 3º melhores Tugas, e com apenas 8,8s, sem o STOP tínhamos ganho a PEC, mas o STOP estava lá para todos, por isso abre os olhos e não arranjes desculpas! 6 zeros, um Um em 9 controlos.
De oliveira do Hospital seguimos para Pomares, o dia está rapidinho mas sem a tareia de ritmo nas PEC do dia anterior
PEC 30 - Pomares, uma PEC de antologia, vamos fazer a Gramaça a descer é uma PEC que é a p... da loucura, piso ainda de berlindes, descidas acentuadas, pouco espaço, ganchos, precipícios ao lado, termina num gancho muito apertado à direita onde passamos para estrada boa mas continuamos em PEC, apesar da média ser apenas 50Km/h não convém ser mais ou os exageros podem ser mortíferos, conheço parte d esta PEC do CPRH pelo que por vezes o excesso de confiança nos leva ao engano, vamos ver como corre. Arrancamos muito bem mas no meio da Gramaça temos 3 segundos de atraso, no entanto a Porscheta anda que é uma maravilha e a descer todos os santos ajudam, recuperamos ao tempo e antes de poder corrigir distâncias no controlo seguinte já temos 2 segundos de avanço, ritmo forte, doido mas muito bem controlado, vamos fortíssimos, alguma navegação mas a espaços o que dá tempo para pensar e organizar, estamos concentrados e bem, saimos para o Piodão, agora em direção a Châs D'Égua e Coja, vamos para o Agroal, Sobral Gordo, o ritmo não abranda nunca foi uma PEC intensa qb, sem a loucura de outras do dia anterior, mas muito muito boa para o piloto se divertir como gente grande, reparo que estou a contar metros um pouco tarde e isso notou-se ao levarmos 2x mais de 2 segundos de penalização por avanço, o carro parece estar bem o piloto também, o navegador parece estar a acertar um pouco melhor, fazemos 9º com pouco mais de 14 segundos de penalização, 11 zeros, 1 um em 16 controlos.
Vamos para nova ligação, esta muito curta em distância mas com um serviço de assistência no meio, paramos mas hoje o Porsche ainda não se chateou, dão apenas um apertão por veia das dúvidas no alternador e siga.
PEC 31 - Arganil, nunca ouviram falar desta PEC para o rali de Portugal pois não, 37,400 metros de um ritmo doido a 60, hoje muito mais fácil de fazer. Arrancamos muito mal na subida, mas recuperamos bem o Porsche estava a andar muito, chegamos à 1ª zona de navegação com um gancho à direita que fecha no final, e o piloto foi algo entusiasmado tendo de fechar, e o piloto queixa-se que estes pneus agarram muito mais, e não deixam brincar tão facilmente como os outros o que dificultou a saída, mesmo assim ainda rabeou e para quem estava ao lado até foi entusiasmante mas com o desnível saímos com pouca força e comemos 4 segundos, acredito que já vínhamos ligeiramente atrasados, a partir daqui toda a PEC foi feita no ritmo certo, sem erros sem tretas, mais uma vez o ritmo era forte mas perfeitamente realizável pelo que andávamos bem com segurança e até tranquilos, estávamos muito concentrados, até que apanhamos o Reanult Alpine A310 avariado, mas pior a descer em sentido contrário em marcha atrás com a porta do navegador aberta, o carro tinha acabado de avariar e nem sei como nos safamos após aquela esquerda de passar pela direita sem levar a porta do Alpine à frente, um susto que felizmente correu bem e que o navegador não estava fora do carro, apesar deste acontecimento até final da PEC continuamos a andar muito bem nunca penalizando muito e principalmente comigo a acertar os metros desta vez de forma muito correcta. Uma PEC muito grande com 19 controlos, onde fizemos 13 Zeros e 5 uns, uma grande PEC. Fazemos 8º, 2º melhores Tugas e com a avaria do Alpine subimos a 12º.
e vamos para Montalto
PEC 32 - Montalto 1, tal como em Lamego 1 a forma de penalização, teste e controlo é igual, 1ª subida a 40, olho muito vivo para verificares e confirmares onde estão os controlos e respectivas distâncias, tentar fazer a zero para depois do almoço vires curtir o show.
Montalto é rápido e engraçado não chega a 2000 metros de loucura, nesta primeira subida foi simples e fazemos sem stress nos tempos previstos, penalizando zero segundos, tal como a larga maioria dos participantes.
Vamos almoçar.
O almoço foi muito simples, nada de luxos como até agora, estranho, mas estava tudo bem asseado e com espaço, no final do almoço verificamos que o Alpine já lá estava, avaria aparentemente no distribuidor, aguardavam o reboque o rali tinha terminado para eles.
Efectivamente verifiquei à hora de almoço que temos muito mais zeros que uns, os pneus e uma tática nova de controlo do Blunik ensinada pelo Sancho Ramalho mehoraram a minha prestação.
Enquanto esperava-mos via a vistas,
a nossa hora nunca mais chega
E ai vamos nós para a 7ªª secção do rali, entrega do roadbook como sempre 5 segundos antes, arrancamos e como sabemos que é para ir para Montalto é segfuir directo para lá, lá chegados preparo e coloco toda a informação no Blunik, confirmo tudo e aproveito para desenhar todo o roadbook com o carro parado, algo que acontece pouco, com isto ia-me esquecendo de colocar o carolo na cabeça antes de arrancarmos, carolo colocado à pressa, preso entrar dentro de carro e está quase.
PEC 33 - Montalto 2 , desta vez arrancamos ligeiramente depois do tempo e não penalizamos no arranque , na primeira passagem passamos perfeitos a zero, mas a fase intermédia de Montalto é muito dura, fechada com curvas de raio curto e lenta, andamos o mais rápido possivel mas ficamos quase com 3 segundos de atraso, tempo que não conseguimos recuperar até final, no total penalizamos 6,2 segndos, mas fazemos 6º e 2º melhor Tuga, boa condução entre o andar rápido sem arriscar estamos a chegar à fase final. Deflandre aqui começou a demonstrar estar sobre pressão, exagerando e infelizmente dando um novo look com muito pouco de bonito à traseira do 911 Laranja, o rtimo aperta cada vez mais para os da Frente, deflandre e Baillet estão a fundo, ambos!
Saindo de Montalto e temos uma longa ligação até Pisória
PEC 34 - Pisória, penso que esta PEC era nova para todos, pouco mais de 10Km sempre com média de 60 mas relativamente fácil de fazer no tempo, tirando um inicio algo lento da nossa parte, voltámos a levar a maior penalização após um STOP com curva a 180º larga a seguir, no restante andamos bem e sem histórias, levar o carro até final era o mote do dia, e mesmo com esta média alta a estrada eraperfeitamente possivel de se fazer com este carro sem problemas, novamente larga maioria dos controlos a penalizar por avanço, demonstrando que o rali hoje estava menos duro que no dia anterior. Fazemos 11º, 3º melhor Tuga, 6 zeros, 4 uns em 12 controlos.
Ligação curta e chegamos a outra PEC de eleição do RPH
PEC 35 - Oleiros - Pec com mais de 30 Km, com zonas de condução a sério, e com muita atenção à navegação, cortadas importantes e impercetíveis, levam à loucura de quem vai ao lado e a conduzir, ora estamos em estrada boa ora em empedrado, ora estamos na principal ora temos uma cortada e ganchos inacreditáveis, até que
AC-300 metros à esquerda
CB - Ok
AC -150 metros, à esquerda, 100, 50,
CB - ...
AC - 40, Ali Carlos
CB -...
AC- 30, 20, Aqui Carlos, aqui, carvalho, aqui entra piiiiiiiiiiii
Travões a fundo Porsche atirado para a esquerda, fica em cima de um monte de erva e desliga-se
CB - piiiiiii, piiiiiiiii, piiiiiiiii, não vi a sáida, não estava a ver e não me ia atirar para o precipício
AC- Ok, ok, não há problema liga o carro
O Porsche não pega logo, à 3º ou 4ª lá pega, Prego a fundo, totalmente a fundo
AC - Vai, vai dá-lhe
CB - Para a próxima atiro-me
AC - Gás, gás esquece isso.
Recuperamos rápido não tínhamos nenhum controlo logo ali pelo que nos seguintes apenas penalizamos no total pouco mais de 7 segundos.
Toda a restante PEC foi um pequeno hino à atenção e a não nos engarmos, a condução não era pura mas o piloto tinha de estar concentrado, andamos sempre muito bem no restante, terminamos em 5º à geral, melhor Tuga, sem aquele pequeno erro tínhamos brilhado, mas mais uma vez faz parte. 18 controlos, 10 Zeros, 4 uns. 19,2 segundos de penalização total.
Ligação não muito grande com serviço, que aproveitam para apertar novamente o alternador que já tinha novamente começado a cantar, vamos para Proença a Nova
PEC 36 - Proença a Nova - Outra PEc longa com mais de 32 km, muitas alterações de média, muita navegação, por vezes muito difícil de controlar as distãncias o que demorava a colocar tudo bem, o ritmo era rápido sem ser devastador, andamos muito bem mas mais uma vez devo ter estado mal pois temos 2 controlos com uma diferença brutal para o que deveriamos ter, chegamos a andar 8 segundos antes do tempo, o que é um exagero, demonstrando que por vezes não deveria estar a dar os metros quando deveria, a PEC tinha cortadas manhosas, mas foi já nos ultimos 2 km que tivemos um pequeno STress, num ritmo mais rápido a subir para andarmos no tempo uma saida de frente com o Porsche a desligar-se e a demora a arrancar, desta ves não tivemos tanta sorete e penalizamos mais de 10 segundos, numa PEC onde deveriamos andar lá em cima sem stress, pequenos nadas que são muito penalizadores por distração, excesso de confiança ou cansaço foram bastante esclarecedores que o rali ainda nºão terminou. Fazemos apenas 35º (já não estavamos habituados), 10 Zeros, 4 Uns em 19 controlos. mais de 33 segundos de penalização.
Ligação muito curta
PEC 37 - Sotima, Pouco mais de 6 km, com média de 50, uma PEC de condução e apenas com navegação no inicio onde convém não nos engarmos ou estragamos os quase 5 km finais de deleite do piloto (depende do ponto de vista claro), em 8 controlos apenas penalizamos uma vez 1 segundos, todas as outras penalizações eu considero zero (penalizações até 0,5 segundos), assim sendo penalizamos 3,1 segundos, fazemos 8º e 3º melhores Tuga, uma PEC que correu bem e que deu novo animo, se calhar demais como vamos já ver a seguir
Ligação grabnde até Mação, temos tempo e quando chegamos podemos estar á conversa, aproveito também para apertar o alternador com mais umas pancadinhas de amor e compaixão, ou não.
PEC 38 - Mação, uma PEC com pouco mais de 9 km a 60 K/h completamente fechada, com practicamente nada de navegação, para se fazer nos 60 dentro da faixa é bem complicado, o Carlos vai na brasa, na broa a curtir como gente grande vale tudo, um delirio, eu vou a dar metros à larga, sempre a colocar demasiados talvez, como tem pouca navegação e pontos de controlo são nulos colcoar metros é mesmo à vela é ir vendo como corta o piloto e irmo-nos apercebendo, a PEC foi um tónico revigorante de condução e confinaça para o piloto até acabarmos, quando acabamos o Blunik não apitou...
CB - então ainda não acabou
AC- Epá ó Carlos, tu vinhas curtir milhões e a cortar estrada como poucos, coloquei 180 metros
CB -Tantos?
AC -Sim e ainda ficaram a falta 90 metros, cerca de 5 segundos antes do tempo foi o que nós nos adiantamos. No total cortas-te 270 metros na PEC.
CB - Não posso.
AC - Podes, podes. Mas curtiste?
CB - Foi Brutal!!!
AC - então caga nisso que ainda cá estamos siga para a próxima.
26,2 segundos total de penalização todos por avanço, apenas 29º à geral, mas uma barrigada de condução quase inólvidável!
A maior ligação do dia é agora, vamos até Santarém jantar no Quinzena, um "Tasco" conhecido, onde se come muito bem mas não é nem tem nada a ver com estrelas Michelin. Até lá paramos na AE para verificação do Porsche e novo aperto ao alternador, o carro queixa-se cada vez mais e só esperamos chegar ao fim sem problemas. Esta secção terminou, falta apenas 2 secções, ambas são curtas mas muito intensas.
Entramos claramente na fase final do Rali agora um pequeno nada pode deitar tudo a perder.
Baillet está em primeiro com mais de 30 segundos de vantagem sobre Deflandre, o já pluri-vencedor do rali de Portugal, aparentemente já levou a tónica de ir apenas até ao fim, no entanto Fuchey noutro Porsche 911 está a menos de 1 segundo de Deflandre. Para estes 3 ainda é possivel ganhar o rali, até porque Baillet está com problemas e faz toda a ligação sem passar dos 80, esperando que o carro se aguente até ao fim.
O melhor não Porsche é Ochagavias, está em 5º num Renault 11 Turbo preparado para Grupo A, fez um rali calmo e de recuperação no entanto já está a 2 minutos e 10 segundos do 1º.
A melhor equipa Portuguesa continua a ser Rodrigo Teixeira/João Azeiteiro demonstrando que a tactica que tinham foi até agora a ideal para os seus objectivos, seguem a 3 minutos e 45 segundos dos lideres.
Nos estamos em 12º a nove minutos e treze segundos dos 1ºs, mas temos os 11º e 10º a menos de um minuto pelo que ainda muito pode acontecer e o TOP10 ainda seria possível, se tudo corre-se bem. Atrás de nós vinham 2 equipas Portuguesas, mas tínhamos uma vantagem que daria para controlar, minuto e meio para os 13º e quase 3 minutos para os 14º Vamos ver como correm estas ultimas 2 secções
Secção 8 - Apenas 3 PEC , Montejunto, Lagoa Azul7Peninha 1 e Sintra 1, estas duas secções são nocturnas.
Chegados a Montejunto, pelo caminho notamos uma notável moldura humana a formar-se são dez e meia da noite e mesmo antes de chegarmos ao local de partida é incrível a quantidade de pessoas que seguem o rali.
PEC 39 - Montejunto - Pouco mais de 14 Km, uma zona inicial onde é fácil andar depressa de mais, e uma zona final com muitas curvas de 180º apertdas onde é facil se perder tempo. A moldura humana no inicio da PEC é incrível, pessoas em todo o lado para ver os carros arrancar, o nervoso da noite e do fim do rali com a ansiedade de chegarmos ao fim começam a aparecer. Estamos na fila para arrancar mas um dos Porsche dos primeiros recusa-se a trabalhar, é o carro de Bertellot que estava em 4º, agora todos tem de partir encostados à esquerda, o rali para Bertellot terminou de forma inglória, mesmo a falhar o carro de Bailet seguiu.
22:30:05, estamos ao lado do carro de Bertellot.
AC - Pronto Carlos
CB -CLARO
AC - Vamos lá acabar isto em grande!
20, 15, 12, 10, 8, 6, 5, 4, 3, 2,1,
BRRRRRRRROOOOOOOAAAAAARRRRRR
O Carlos arranca de forma viril, fortíssimo, esgota 1ª, esgota 2ª, atropelamos um rato que ia a passar, 3ª e digo, epá já vais com 6 segundos de avanço, acalma lá as hostes
Os primeiros 7 km são "simples" de fazer a 50 e nós sabemos bem que após o 2º corte à direita é que elas aquecem, o Carlos conhece muito bem a zona e foi mais um hino de boa prova para nós, até ao corte as penalizações são extremamente baixas e após corte também não são altas, a zona de muita condução obriga a esforço e sacrifício mas tudo se faz em grande! Terminamos a PEC em 6º, 2º melhores tugas e só penalizamos 3 segundos. Muito bem, vamos para Sintra!
Ligação longa, mais um aperto no alternador e siga!
Nunca pensei que no local de arranque para a Lagoa Azul a moldura humana fosse esta, a zona da Penha Longa estava pejada de gente, por todo o lado, inacreditável, inolvidável, que ambiente mágico, que orgulho para os participantes, que Maravilha!
PEC 39 - Lagoa Azul/Peninha 1 - Uma PEC mítica, mais de 11 Km numa zona de luxo para os ralis, a zona da EN 9-1 até saída para a Peninha tem alguns truques para não se penalizar com a média de 60, são esses pequenos nadas que se conhecem para fazer a diferença pois no restante esta estrada a 60 faz-se bem com este carro. Já me tinham avisado para não cortarmos a estrada na saída para a Peninha pois tinham colocado lá fitas e mais uma vez fez bem a organização, entrada no tempo certo pelo piloto, no local a magia da moldura humana, as fotos os flashes aqui ainda não se notam muito, mas o calor das pessoas está tudo lá e dentro do carro uma condução antológica, o Carlos estava concentrado ao máximo, eu só tinha de me concentrar em acertar se necessário e por vezes refrear os ânimos, aqui e ali já se notava ao nevoeiro o que prejudica e bastante quem vai ao volante, os flashes notam-se mais, as buzinas, os apitos, os urros para darmos mais e mais, mas o Carlos está endiabrado, diabólico, conduziu magistralmente para não perdermos nada na zona final da Peninha e ganharmos a PEC à geral!!! Porra ganhamos uma PEC à geral no RPH e logo a Lagoa Azul/Peninha, inesquecível!
Daqui seguimos para Pé de Serra de forma a iniciarmos a PEC de Sintra, a ligação é curtíssima
PEC 40 - Sintra 1 - Local de inicio já conhecido, com uma direita onde temos de ir rápidos para não perder mas sem estragar e depois chegar ao tempo de média, na cortada para Castelo de Mouros começa a aquecer a condução, a meio desta zona entramos na zona com muros de pedra a partir daqui fazer a média de 60 é apenas para homens de barba rija e "cojones" de aço, a média é muito difícil de manter, mas é a partir daqui que a PEC demonstra quem domina a ciência, assim que cortamos para Sintra e entramos na zona dos ganchos é a loucura total, só se ouvem gritos, urrros, só se veem flahses no meio da noite cerrada, bandeiras defraldadas, todos a puxar por todos os participantes é sem dúvidas um terminar de rali mais mítico que poderia ter efectuado, uma ode ao desporto motorizado. Na zona dos ganchos não há hipótese mesmo a dar tudo é impossível andar a 50, andamos quase sempre em 1ª e se a meio dos ganhos íamos com 3 segundos de atraso o que fomos mantendo já perto do final terminamos com 7 segundos de atraso, mas a condução, a emoção, o stress, a experiência essa ninguém nos tira! Inexplicável por palavras só sentindo! Fazemos 11º nesta PEC.
E vamos para a última assistência no autódromo do Estoril, limpa-se tudo, come-se uma banana, aperta-se novamente o alternador, Faltam 2 PEC e pouco mais de 20 km ao cronómetro, o ideal agora é só terminar, estamos em 11º chegar a 10º é quase impossível a não ser que outras coisas acontecessem lá na frente, possível mas complicado. Estamos a menos de 30 s do 10º, menos de 50s do 9º e menos de um minuto do 8º, quase impossível mas ainda era possível.
Quanto ao Rali Baillet já só tinha pouco mais de 11 segundos de Deflandre, que vendo as dificuldades do colega de estrada tamém atacou, e Fucchet está a 6 segundos de Deflandre, a 2 PEC do fim o rali ainda não tinha terminado, menos de 20 segundos entre os 3 primeiros incrível.
PEC 41 - Lagoa Azul/Peninha 2 - Uma Pec como a anterior, a moldura humana ainda parece maior na zona da partida, arrancamos bem e andamos como na passagem anterior, na zona da Peninha no entanto está muito mais nevoeiro e nota-se que estamos mais cansados, a concentração parece que baixou e chegar ao fim é o objectivo, o acompanhamento do público mantem-se incansável, que paixão, que loucura que prazer, quanto ao resultado acabamos por penalizar um pouco mais quase o dobro da 1ª passagem e a penalização de 4 segundos, revela apenas um 5ºà geral e 3º melhor tuga. Mas mantemos a pressão.
PEC 42 - Ultima PEC do Rali Sintra 2, estamos a terminar o rali agora é só acabar!
01:33:30 do dia 9 de Outubro de 2021 vamos começar a dar calor em de Serra novamente.
Já conhecemos o percurso e aqui nada é diferente, bastante mais nevoeiro veio prejudicar claramente a nossa prestação e o piloto aqui já estava claramente cansado e com um objectivo em mente ir até ao fim sem arriscar nada, e assim foi se na PEC anterior entramos na zona de Castelo de Mouros apenas com meio segundo de atraso, agora estávamos atrasados mais 1 segundos, se entre os muros tínhamos anteriormente um atraso de 1 segundo agora estávamos quase a 5, se nos ganchos na descida para Sintra a meio íamos com 3 segundos de atraso agora iamos com 9 segundos de atraso, mais uma vez o nevoeiro na zona anterior da PEC e a o cansaço estavam a impor-se terminamos Sintra com mais de 14 segundos de atraso, quando na passagem anterior o fizemos com "meros" 7 segundos, estamos exaustos, cansados, nervosos, mas satisfeitos, muito satisfeitos, terminamos o melhor Rali de Regularidade Histórica do Pais!
Chegada aos Jardins do casino Estoril já após as 2 da manhã para terminarmos o Rali no último controlo
No dia seguinte existiu a cerimónia de entrega de prêmios e almoço com pompa e circunstância, uma pena que muitos tenham faltado, além disso o ambiente foi extraordinário com um Estoril repleto de gente, de provas históricas, de carros míticos como nunca tinha visto assim tantos por lá antes.
Uma aventura que fica marcada para sempre!
No final do rali Baillet navegado por Collard, aguentaram as fortes investidas de Deflandre, navegado pela experiente Jennifer Hugo no seu 911 laranja com um rabo de novo design, mas sem receios de voltar a andar ao ataque, e assim com todas as cautelas nas últimas 5 PEC Baillet ganhou o rali com meros 7 segundos de avanço, já Fuchet navegado por Hayez bem conhecido de quem segue o RPH terminaram em 3º a 16 segundos do vencedor, nada melhor para uma competição que durante 4 dias e mais de 1800km terminar sem certezas dos vencedores. Um aplauso para a competição.
O melhor não Porsche foi um Renault 11 Turbo de grupo A, pilotado por Ochagavias e navegado por Manuel Macho Gomez muito experiente, mas já a mais de 2 minutos dos vencedores. Esta dupla seguia hoje curiosamente em 4º no Rali monte Carlo Histórico. Manuel Macho Gomez costumava participar em algumas provas do CPRH.
Os melhores Portugueses mantiveram-se o Rodrigo Teixeira e o João Azeiteiro no seu E30 2.5, um óptimo 5º posto a 4 minutos e 34 segundos dos primeiros.
Um último dia de recuperação magnifica para a dupla Piero Dal Maso e Sancho ramalho terminando o rali em 6º, no belo Porsche 911 2.2 S.
A 3ª equipa Portuguesa em 10º na geral e noutro Porsche este um SC foi a dupla José Carvalhosa/Nuno Dias, penso que é a única dupla que tem presença em todos os RPH já realizados, ou pelo menos será a dupla com mais participações nesta prova.
Nós terminamos em 11º, 4º melhores Tugas, a 41,5 segundos da equipa que nos antecedia e mais de 9 minutos e 40 segundos dos vencedores, num rali onde aprendi imenso e considero que para minha 1ª experiencia e estando longe da perfeição, correu bastante bem.
António
Vê-se bem quanto vibras de tal forma que até à última PEC estava a torcer para que subissem na classificação.
A vitória em Sintra foi um justo prémio para a equipa.
Parabéns, és o maior dentro do carro e a contar as emoções
Espetacular relato do mestre ACOSTA.
Não sei como consegues reter tanta informação para meses depois conseguires relatar. Tiras notas, ou fazes tudo de memória?
António
Vê-se bem quanto vibras de tal forma que até à última PEC estava a torcer para que subissem na classificação.
A vitória em Sintra foi um justo prémio para a equipa.
Parabéns, és o maior dentro do carro e a contar as emoções
Espetacular relato do mestre ACOSTA.
Não sei como consegues reter tanta informação para meses depois conseguires relatar. Tiras notas, ou fazes tudo de memória?
Apesar de ser benfiquista, e de o avançado sportinguista em causa já ter chegado tarde a Portugal, foi apreciador das qualidades do Beto Acosta.
Noutra área mais interessante, vamos lá desmistificar isto, Normalmente, quando não o consigo fazer no dia o seguinte (o ideal), durante a semana tento fazer uma análise à prova, para de forma não exaustiva mas coerente, estudar e perceber onde erramos e o que fizemos mal. Normalmente tenho uma memória fotográfica para estas situações em particular porreira, depois basta-me verificar onde perdemos tempo.
Por vezes (raras) tomo notas no roadbook, mas mais de 95% das vezes não consigo perceber o que escrevi e como escrevi mentalmente já apaguei da memória e depois não faço puto ideia do que lá esteja escrito.
em todas as provas faço isto,
este exemplo é na Sertã, não está aqui completo
Um excerto do RPH, à décima (na larga maioria das situações até 0,5s por avanço ou atraso conta como 0,0segundos)
um exemplo de uma prova quase excelente
Rali das Camélias, hoje ainda sei perfeitamente onde estávamos adiantados ou atrasados aqueles 4x com 2 segundos. Não me lembro em situação alguma de estarmos 3s atrasados e foi onde perdemos o rali. Casualidades.
Basicamente consigo pegar nos tempos e visualizar o que fizemos, o resto é roadbook e memória.
Tenho no entanto outra informação dos ralis muito mais exaustiva que vou compilando mas isso é porque sou um pouco geek de números, e tirando um post que fiz no Rallye Júnior com dados estatísticos das provas já efectuadas não serve para mais nada.
Não tenho informação completa de todos os ralis que fiz, mas ainda não perdi a esperança de encontrar as poucas coisas que me faltam, das provas iniciais.
Este site utiliza cookies para ajudar a personalizar os conteúdos, melhorar a sua experiência e manter a sua sessão activa.
Ao continuar a utilizar este site estará a concordar com a nossa utilização dos cookies.
