Ajudem-me lá a perceber o nosso mercado

Ajudem-me lá a perceber o nosso mercado de clássicos.
Se olharmos à nossa volta vemos que tudo o que é “charuto podre” passa de mão com facilidade e que o novo dono vais gastar muitas horas e rios de dinheiro na recuperação do carro até poder andar com ele. Tudo bem, ainda bem que se recuperam esses carrinhos, mas em contrapartida vejo carros em bom estado por pouco mais dinheiro que os tais podres, e que levam muito tempo até terem um verdadeiro interessado.
È certo que é muito engraçado recuperar um carro, mas até para mim que gosto de arregaçar as mangas e fazer as coisas, um carro já recuperado também tem piada.
Como muitos sabem recuperei o meu 1602 que comprei há 2 anos e tal, mas também tive um N600 que comprei já a 100%, ou quase. Conhecendo estas as duas facetas dos clássicos custa-me a perceber a preferência pelo cansaço, obrigação, e pelo esforço financeiro constante em lugar da comodidade pelo trabalho já feito.
Sim eu sei, há quem goste muito de “bricolar” nos carros, eu até sou um desses e passo quase todo o meu tempo livre a melhorar as coisas e a inventar, mas se tivesse apanhado um 1602 por pouco mais e que me tivesse deixado descansar também um pouco mais, até tinha preferido, deixando-me energias para os melhoramentos.
Agora… não percebo mesmo são aqueles que os compram a precisar de grandes obras e depois mandam fazer tudo, ficando com um gasto muito superior ao valor do clássico.
Não seria preferível, para a maioria, um carro em bom estado em vez de um carro a precisar de grandes trabalhos para se conseguir mover por si próprio?
 
Concordo com o que o Jorge acabou de explicar!

Durante o período de pesquisa que antecedeu à aquisição do Manta, vi "muita" coisa a vários preços. Mantas desde 500€ sem documentos a 2.000 com documentos, mas bastante podres de chapa e incompletos etc.

Apesar de ser apologista do DIY, sabia quais as minhas limitações. Trabalhar chapa, soldar estava fora de questão de ser eu a fazer, e o preço da mão de obra de um bate-chapas não é barata!

Por isso decidi largar os cordões à bolsa, e comprar um carrito em boas condições.
Apareceu-me o meu actual Manta, inspeccionado, com os interiores impecáveis, completo, bastante bom de chapa (apesar de algumas ferrugens a querer aparecer) e mecânica exemplar.
Não hesitei e comprei, e posso vos dizer que foi o mais caro que vi!

Agora olhando para trás não me arrependo nada pois se tenho comprado algum dos outros que vi, já teria gasto o que gastei na compra deste e ainda não teria tido o prazer de o conduzir.
Fora as chatices de encontrar peças, telefonemas, viagens etc...

Este pelo menos sei que vai precisar de uns arranjos de chapa e uma pintura nova! Portanto são gastos relativamente controlados, o que não quer dizer que não possam vir a haver surpresas.

Cumps
 

Moises Trovisqueira

MTrovisqueiraF
O mercado do classico e antigo é complicado:
Depende dos €s, se são muitos porque não comprar para restaurar sem penssar no valôr final?, afinal concretizamos o sonho de ter o nosso classico à nossa medida, côr e tudo o que desejamos.
Se forem poucos (os€) então serà melhor procurar uma coisa decente que funcione bem.
Mas normalmente é sempre caro e então muitos optão por comprar para restaurar (mesmo sem os tais €s) porque penssam que restaurar a longo prazo não vai doer muito na carteira, e depois se doer... aldraba-se, é aqui que recomeça o problema.
Quantos classicos vamos vêr ditos restaurados e foi apenas uma boa (mà ) reparação?, onde não são capazes de apresentar faturas nem fotos da dita restauração, perdemos confiança e voltamos ao principio, restauramos.
Pessoalmente jà mandei restaurar 3 classicos e jà tenho outro na lista de espera mas antes de decidir comprar para restaurar fui vêr dezenas deles e numca encontrei nenhum ao nivel que se encontram os meus.
Cumprimentos.
 

Rui Coelho

Clássico
O problema de adquirir carros já restaurados, na minha maneira de ver, é o risco de comprar gato por lebre, pois por vezes os carros estão muito bonitos, mas estão também cheios de massa e por cima de ferrugem.
Ainda na ultima automobilia de Aveiro andei a ver os carros para venda e à primeira estavam muito bonitos, mas quando me baixava para ver melhor, jesus!!! era só ferrugem e algumas pinturas até metiam dó, eram autenticas "burradelas". Não quero dizer que não existissem lá excelentes trabalhos de restauro, que havia, principalmente os citroen, que estavam lá os restauros ao pormenor, mas por vezes é um grande risco.
Acho que é muito engraçado restaurar pois fica mos a conhecer o carro ao pormenor e também a sua história e modificações com os anos, pois obriganos a estudar, mas nada de comprar carros a cair pois isso é mais dificil e dipendioso. Permite ainda que o investimento seja fazeado, ou seja, 100 agora, 200 depois e assim sucessivamente.
É apenas a minha opinião

Um abraço a todos
 

Sérgio Gomes

FellowMax
Quando existe opção de escolha dentro do mesmo modelo, sou apologista de optar pelo que está em melhor estado até porque normalmente sai mais barato, mesmo pagando mais na aquisição.

Quando não existe mais modelos iguais disponiveis é ir de cabeça ou desistir.

Por esse motivo é que quando o meu estiver acabado, vai existir um dossier com todas as fases de restauro desde a aquisição até á IPO final e com tudo o que possa surgir a partir dai, bem como a relação de horas e custos do restauro.

Isto não para justificar um determinado valor do carro, mas sim para desanimar um eventual mais maluco do que eu que o queira adquirir :D:Dgear_grin::huh:


Isto de valores e aquisições é mais ou menos os créditos, pagam-se mais mas durante mais tempo e mais "Suavemente" :oo
 
Também não sou apologista de comprar carros já restaurados... porque vamos pagar por um carro em "estado de concurso" e o mais provável é nem saber o que está por baixo da tinta! ;)

Ou seja, para mim é sempre preferivel comprar o melhor carro possivel (por restaurar) mesmo que por valores superiores a outros chassos muito mais baratos.

No entanto tudo é sempre muito relativo!:D
 

Carlos Antunes

Fordmaníaco
Boas. Eu também sou apologista de comprar para restaurar, pois ficamos a saber como fica o carro. O que eu não entendo e já o disse em outras ocasiões é haver quem venda carros sem documentos (ora se não tem documentos é tanto "meu" como da pessoa que o está a vender. Imagine-se restaurar uma carro sem documentos para quê, para depois aparecer o dono, mau negócio. Depois há aqueles que pensam que têm ali para vender uma raridade e pedem balurdios que não valem nem depois de restaurados. Penso que o nosso gosto pelos clássicos se tornou uma moda para alguns e claro começam os oportunistas a aproveitar-se. Cumps.
 

Marco Pestana

MarcoSprint MarcoVW61
Jorge Faustino disse:
Ajudem-me lá a perceber o nosso mercado de clássicos.
Se olharmos à nossa volta vemos que tudo o que é “charuto podre” passa de mão com facilidade e que o novo dono vais gastar muitas horas e rios de dinheiro na recuperação do carro até poder andar com ele. Tudo bem, ainda bem que se recuperam esses carrinhos, mas em contrapartida vejo carros em bom estado por pouco mais dinheiro que os tais podres, e que levam muito tempo até terem um verdadeiro interessado.
È certo que é muito engraçado recuperar um carro, mas até para mim que gosto de arregaçar as mangas e fazer as coisas, um carro já recuperado também tem piada.
Como muitos sabem recuperei o meu 1602 que comprei há 2 anos e tal, mas também tive um N600 que comprei já a 100%, ou quase. Conhecendo estas as duas facetas dos clássicos custa-me a perceber a preferência pelo cansaço, obrigação, e pelo esforço financeiro constante em lugar da comodidade pelo trabalho já feito.
Sim eu sei, há quem goste muito de “bricolar” nos carros, eu até sou um desses e passo quase todo o meu tempo livre a melhorar as coisas e a inventar, mas se tivesse apanhado um 1602 por pouco mais e que me tivesse deixado descansar também um pouco mais, até tinha preferido, deixando-me energias para os melhoramentos.
Agora… não percebo mesmo são aqueles que os compram a precisar de grandes obras e depois mandam fazer tudo, ficando com um gasto muito superior ao valor do clássico.
Não seria preferível, para a maioria, um carro em bom estado em vez de um carro a precisar de grandes trabalhos para se conseguir mover por si próprio?

Caro Amigo Jorge Faustino;

Poderia eu, reponder com uma linda prosa, à tua pertinente resposta...

Mas decidi responder da forma mais simples;

A diferença basilar entre o verdadeiro amante dos clássicos e um possuidor/utilizador de clássicos é que o primeiro ama, sabe tudo ( ou quase sobre a marca(s)/modelo(s) predilecta(s)) e que de um "puzzle" de peças e chapa reconstrói o seu " sonho". O segundo talvez...

Tão simples quanto isto.

O meu conterrâneo BERARDO, que tendo rios de dinheiro têm a maior colecção de arte contemporânea da Europa e uma das maiores do Mundo, MAS talvez não faz a distrinça entre um RENOIR de um PICASSO, ou de um VAN GOGH de um MAGRITTE!!:D

Tem dinheiro para os ter ( como investimento com grande retorno em dividendos...) mas NÂO será necessáriamente amante e entendido em arte!

Milionários podem comprar dois aston Martin´s por semana, mas NÃO amam e deliram como tu, com o passar de peça a peça pelas mãos do TEU carro, pois ele a partir daí passa a ser também " parte" de ti. Conheces de forma quase tão profunda quão o engenheiro(s) que o concebeu.

Será que me fiz entender? :DD
 
OP
OP
Jorge Faustino
Rui Coelho disse:
O problema de adquirir carros já restaurados, na minha maneira de ver, é o risco de comprar gato por lebre, pois por vezes os carros estão muito bonitos, mas estão também cheios de massa e por cima de ferrugem.
Ainda na ultima automobilia de Aveiro andei a ver os carros para venda e à primeira estavam muito bonitos, mas quando me baixava para ver melhor, jesus!!! era só ferrugem e algumas pinturas até metiam dó, eram autenticas "burradelas". Não quero dizer que não existissem lá excelentes trabalhos de restauro, que havia, principalmente os citroen, que estavam lá os restauros ao pormenor, mas por vezes é um grande risco.
Acho que é muito engraçado restaurar pois fica mos a conhecer o carro ao pormenor e também a sua história e modificações com os anos, pois obriganos a estudar, mas nada de comprar carros a cair pois isso é mais dificil e dipendioso. Permite ainda que o investimento seja fazeado, ou seja, 100 agora, 200 depois e assim sucessivamente.
É apenas a minha opinião

Um abraço a todos

Pois... eu percebo isto muito bem, mas mesmo assim acho que pertencemos a uma minoria. Estou convicto que a maior parte, por muito que goste e estude, não sabe ou quer mexer no carro.
Quando digo não quer, não me refiro à falta de vontade, mas sim à falta de conhecimento e/ou falta de condições para poder brincar com o seu carro. Estes, sim são os que me surpreendem quando os vejo comprar e mandar fazer tudo.
Estes são os que me surpreendem quando compram um carro barato para restaurar e depois... depois pedem à oficina onde vão com o carro do dia a dia para lhes restaurar o carro :rolleyes: não se apercebendo sequer que muitas vezes apenas estão a fazer uma repintura... cara, porque antes de pintar os remendos são mais que muitos.
A ferrugem, essa, fica lá na mesma a maioria das vezes.
Posto isto, continuo na minha, porquê uma lata em mau estado em vez de um carro em melhor estado?
 

Nuno Andrade

Pre-War
Caros amigos, eu nao era capaz de comprar um carro restaurado se nao seguisse muito atentamente o seu restauro... ouve-se falar de cada coisa...

Em muito bom estado, ou em estado pior, mas sempre comprar para restaurar...

cumprimentos.
 

Carlos Antunes

Fordmaníaco
Boas, mais uma vez. Cada um sabe de si, eu como disse prefiro comprar para ser eu (eu mesmo) a restaurar, sei como fica. As vezes comprar já restaurado, está-se a comprar um belo embrulho cheio de desagradáveis surpresas. Ora vejamos como é que se consegue vender um carro já restaurado por um valor abaixo de um restauro efectuado por nós, só se quem vende gosta de perder dinheiro ou então o restauro é só "maquilhagem". Claro que o custo do restauro varia do estado do veículo, mas não se esqueçam que existe sempre uma cotação (e esta também varia). Por isso como disse no inicio, "Cada um sabe de si" e logicamente dos €€€€. Saudações clássicas.
 

Nuno Andrade

Pre-War
Carlos Antunes disse:
Boas, mais uma vez. Cada um sabe de si, eu como disse prefiro comprar para ser eu (eu mesmo) a restaurar, sei como fica. As vezes comprar já restaurado, está-se a comprar um belo embrulho cheio de desagradáveis surpresas. Ora vejamos como é que se consegue vender um carro já restaurado por um valor abaixo de um restauro efectuado por nós, só se quem vende gosta de perder dinheiro ou então o restauro é só "maquilhagem". Claro que o custo do restauro varia do estado do veículo, mas não se esqueçam que existe sempre uma cotação (e esta também varia). Por isso como disse no inicio, "Cada um sabe de si" e logicamente dos €€€€. Saudações clássicas.

Ora nem mais...

cumprimentos.
 
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