Alfa Romeo 75 faz 30 anos.

OP
OP
Hugo Viana da Silva
alfa_romeo_75_quadrifoglio_verde_6v_iniezione_3.jpeg
“Non avevamo tempo. Non eravamo liberi di progettare nulla di nuovo. Potevamo solo attingere da tutto ciò che avevamo: la nostra disposizione transaxle, il nostro De Dion, il parallelogramma di Watt, i nostri quadrilateri, la nostra meccanica derivata dall’Alfetta, e l’ossatura presa per intero dalla Giulietta. Non avevamo tempo. Non avevamo risorse. Ma ciò che ne uscì, fu uno dei più grandi successi della storia dell’Alfa Romeo: l’Alfa 75."

Domenico Chirico.

Portughesi by google translater:
“Não tivemos tempo. Não éramos livres para criar algo novo. Só podíamos extrair de tudo o que tínhamos: nosso layout de transmissão, nosso De Dion, o paralelogramo de Watt, nossos quadriláteros, nossa mecânica derivada de Alfetta e o esqueleto tomado inteiramente por Giulietta. Não tivemos tempo. Não tínhamos recursos. Mas o que resultou disso foi um dos maiores sucessos da história da Alfa Romeo: o Alfa 75. "
 
Se não me engano, era (ou é) do portalista Miguel Barros.

Não é. É do meu amigo Pedro e foi obra de restauro da Alma Mecânica pelas mãos do Rafael. Tem umas coisitas a mais fora da pauta, mas dentro do espírito e com um trabalho muito bem feito.

Agora se o portalista Miguel Barros também tem outro 75 ts primeira série, então este carro já foi dele antes do restauro.
 

Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Não é. É do meu amigo Pedro e foi obra de restauro da Alma Mecânica pelas mãos do Rafael. Tem umas coisitas a mais fora da pauta, mas dentro do espírito e com um trabalho muito bem feito.

Agora se o portalista Miguel Barros também tem outro 75 ts primeira série, então este carro já foi dele antes do restauro.
Caro Miguel,
75's TS em cor preta e com matrícula HF à direita serão uma raridade cá no burgo, senão mesmo exemplar único.
Quase garanto que foi do portalista Miguel Barros.
Deixei a ressalva pois 100% de certeza também não tenho, só o próprio o poderá confirmar.
 
Pois terá sido, não sei. Terás quase 100% de certeza de quem foi... e eu tenho 100% de certeza de quem é :). É do Pedro já que a matrícula, jantes e espelhos não enganam efectivamente. Creio que foi comprado em Vila Verde, e que o anterior proprietário tinha, e presumo que ainda tenha, outro 75 TS primeira série em excelente estado, que não vende porque eu cheguei a tentar comprar. A não ser que o Pedro tenha vendido o carro ontem... já que na sexta-feira quando falámos Ainda era dele!
 
Última edição:
Press75.jpg

"Bom dia a todos!


Hoje, 17 de Maio recordo o Alfa 75 porque esta data foi a estabelecida para a entrega do "Press Release" para a publicação de artigos de apresentação e de relatórios de prova por parte da imprensa especializada.

Este que vem sendo considerado como o último verdadeiro Alfa foi já recordado nos últimos dias, pelos que vos recontarei algumas curiosidades:

- Por vinte dias no mês de março de 1985 cerca de 30 funcionários Alfa Romeo partiam todas as manhãs com a missão de efectuar os "testes cliente" no protótipo do 75 em itinerários de cerca de 350 Km tomando atenção de não se fazerem notar e descobrir por fotógrafos e curiosos. Este teste, pedido pelo engenheiro Marcello Capaccioli, (que foi uns dos meus superiores quando trabalhei em Portello como assistente de direcção) tinha o hábito de verificar a qualidade e eventuais defeitos de um ponto de vista diferente do que era dado pelos colaboradores, de modo a poder efectuar melhoramentos antes de passar à denominada "série 0".

- Em Nápoles o Alfa 75 foi apresentado pelas autoridades regionais e municipais no navio "Clodia della Tirrenia": Uma enorme festa com pastasciutta, bolos e brindes de boa sorte.

- Não se pode deixar de lembrar a memória do Alfa 75 como associada à exposição "Alfa: Imagens e percursos", idealizada por Angelo Tito Anselmi e organizada por Franco Origoni, realizada na Trienal de Milão de 16 de setembro a 30 de outubro para comemorar o 75º aniversário e para cujo sucesso o Arquivo Histórico Alfa Romeo deu uma contribuição importante na pesquisa da documentação exibida. Foi uma oportunidade preciosa para contar uma das histórias industriais mais significativas de nosso país através de um material rico e sugestivo de imagens e memórias."


Elvira Ruocco, 17/05/2020 - Ex Responsável do Arquivo Histórico Alfa Romeo
 
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Rafael Isento

Portalista
Membro do staff
Portalista
Creio que foi comprado em Vila Verde, e que o anterior proprietário tinha, e presumo que ainda tenha, outro 75 TS primeira série (...)
Exatamente. Estamos então a falar do Miguel Barros que teve o dito 75 à venda para os lados de Vila Verde ;)
Antes de ser pertença do Pedro (que não conheço), foi efetivamente do Miguel.
 
Pois bate certo.

O trabalho neste 75 está de uma qualidade inquestionável. Tem uma quantidade impressionante de material investido sem olhar a custos. Estará um pouco para lá do meu conceito, mas perfeitamente justificado dentro da norma que determinaram o Pedro e o Rafael da Alma mecânica (que também assiste os meus carros e que tem um nível de minúcia, perfeccionismo e detalhe que vai de encontro aos meus padrões) e sem entrar em derivas excessivas.

Ainda assim creio que o exemplar verdadeiramente interessante (para além deste) ficou nas mãos do Miguel, que é um primeira série em excelente estado, porque creio que esteve sempre na família e foi restaurado há pouco tempo.
 
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João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Pois bate certo.

O trabalho neste 75 está de uma qualidade inquestionável. Tem uma quantidade impressionante de material investido sem olhar a custos. Estará um pouco para lá do meu conceito, mas perfeitamente justificado dentro da norma que o Pedro e o Rafael da Alma mecânica (que também assiste os meus carros e que tem um nível de minúcia, perfeccionismo e detalhe que vai de encontro aos meus padrões) e sem entrar em derivas excessivas.

Ainda assim creio que o exemplar verdadeiramente interessante dicou nas mãos do Miguel, que é um primeira série em excelente estado, porque creio que esteve sempre na família e fom restaurado há pouco tempo.

O Miguel é um grande apreciador dos 75. Também sabe umas coisas de 128 Rally. :)

Vila Verde é onde mora o 128 que mais gostava de ter, o que foi realmente do meu Pai. O melhor 128 Rally de Portugal também é de lá.

Onde vivo há uma curva assustadora em descida acentuada, todas as vezes que passei lá ouvi a história do engenheiro que no seu Alfa 75 a fez a fundo. Sei que o meu Pai achou ser o último dia, o carro fez a curva. :) Foi trocado por um Audi A4 Quattro, lembro-me deles a descrever esse dia e eu a pensar que o Audi é que era, pensava eu. Ainda hoje é recorrente falar nesse 75, era um condutor muito experiente com o qual fez muitos km.
 
OP
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Hugo Viana da Silva
Ver anexo 1171344

"Bom dia a todos!


Hoje, 17 de Maio recordo o Alfa 75 porque esta data foi aquela estabelecida para a entrega do "Press Release" para a publicação de artigos de apresentação e de relatórios de prova por parte da imprensa especializada.

Este que vem sendo considerado o último verdadeiro Alfa foi já recordado nos últimos dias, pelos que vos recontarei algumas curiosidades:

- Por vinte dias no mês de março de 1985 cerca de 30 funcionários Alfa Romeo partiam todas as manhãs com a missão de fectuar os "testes cliente" no protótipo do 75 em itinerários de cerca de 350 Km tomando atenção de não se fazerem notar e descobrir por fotógrafos e curiosos. Este teste, pedido pelo engenheiro Marcello Capaccioli, (que foi uns dos meus superiores quando trabalhei em Portellocomo assistente de direcção) tinha o hábito de verificar a qualidade e eventuais defeitos de um ponto de vista diferente diferente do que era dado pelos colaboradores, de modo a poder efectuar melhoramentos antes de passar à denominada "série 0".

- Em Nápoles o Alfa 75 foi apresentado pelas autoridades regionais e municipais no navio "Clodia della Tirrenia": Uma enorme festa com pastasciutta, bolos e brindes de bopa sorte.

- Não se pode deixar de lembrar a memória do Alfa 75 como associada à exposição "Alfa: Imagens e percursos", idealizada por Angelo Tito Anselmi e organizada por Franco Origoni, realizada na Trienal de Milão de 16 de setembro a 30 de outubro para comemorar o 75º aniversário e para cujo sucesso o Arquivo Histórico Alfa Romeo deu uma contribuição importante na pesquisa da documentação exibida. Foi uma oportunidade preciosa para contar uma das histórias industriais mais significativas de nosso país através de um material rico e sugestivo de imagens e memórias.

- L’Alfa 75 non si può non associare il ricordo di una mostra: “Alfa: Immagini e percorsi” , curata da Angelo Tito Anselmi e allestita da Franco Origoni, che si tenne presso la Triennale di Milano dal 16 settembre al 30 ottobre per ricordare il 75^ anniversario e alla cui riuscita l’Archivio Storico diede un grosso contributo nella ricerca della documentazione esposta. Fu un’occasione preziosa per raccontare attraverso un materiale ricco e suggestivo di immagini e di ricordi, una delle più significative storie industriali del nostro Paese."


Elvira Ruocco, 17/05/2020 - Ex Responsável do Arquivo Histórico Alfa Romeo

Será que este dia tem alguma importância especial para a Alfa Romeo?
É que por coincidência, ou não, foi neste dia também, mas em 1972, a apresentação da Alfetta.
busso_alfetta_n.jpg
 
Em 1989 o meu pai teve um Alfa Romeo 75.

Eu era muito miúdo mas recordo-me bem das viagens loucas a ir para o Porto à Sexta feira atrás de uma comitiva de carros dos GOE, eram eles um fiat croma turbo, um lancia thema e outro carro que já não me recordo muito bem. Sei que íamos sempre a desbravar caminho. Curiosamente muitas vezes apanhávamos a mesma comitiva a voltar a Lisboa aos Domingos.

Recordo-me dessas viagens todas, do facto de um depósito não chegar para fazer a viagem Lisboa - Porto. Tinhamos sempre de parar quase a chegar para que enchesse novamente o depósito.
É um carro que me trás memórias a ouvir o Oceano Pacifico da RFM, quando a rádio era ainda boa e não este lixo em que se tornou. Lembro-me do cheiro das portagens e lembro-me de um casal amigo dos meus pais, que eram simultaneamente amigos de infância do meu pai, esperem, deixem-me trocar o "p" para "P" porquê, tenho mesmo um grande Pai, amigos de infância esses que já faleceram infelizmente. Ela tinha na altura um Alfa Romeo 75 ts e ele um 1.8 Turbo. Que máquinas pensava eu. O nosso era mais modesto, um 1.6 trocado depois já nem sei porque carro, talvez um Mercedes ou um Celica. Foram tantos carros nestes anos que já me é dificil precisar qual veio depois.

Adorava o barulho dos Alfas e ainda hoje tenho algo que me faz sempre pesquisar os GTV e os 75. Bem a proposito, tenho uma foto do meu Pai a segurar-me ao colo, teria eu uns 6 meses e atrás de nós o seu belo GTV 2.0 Bialbero castanho. Não o dos anos 80 e... mas sim o anterior.

Perdi há dois anos, talvez um há pouco mais, um negócio de um 75 3.0 America. Não discuti o preço e disponibilizei-me a deslocar-me a Santa Maria da Feira, local onde estava o carro, para o ir comprar sem discutir preço. A pessoa vendeu-o a outro interessado que ia ver o carro antes de mim, sendo que até baixou o preço... enfim. Tinha vendido há pouco tempo o meu 156 GTA, mas se me perguntassem, talvez preferisse mesmo o 75. Porquê? Pela mistica. Toda a mistica que envolve o modelo 75 nesta familia, ou talvez que me envolve apenas a mim.

Nunca conduzi nenhum curiosamente. Tenho muitos kms feitos de Alfa Romeo 75 feitos no banco traseiro e até no banco do pendura, mas nunca conduzi nenhum.

Por essa razão e porque actualmente existe novamente a possibilidade de ter um, ainda para mais numa serie bastante especial, gostaria de saber efectivamente o que é conduzir um Alfa Romeo 75.

Sei que existem alguns aqui no portal, mas não tenho o à vontade suficiente para incomodar os proprietários com mensagens privadas a fazer perguntas.

Desta forma, o que gostaria de saber prende-se com as surpresas que um carro destes pode dar, as despesas (até porque existem soluções técnicas que apesar de boas enquanto distribuição de peso, são menos boas para a carteira, se é um carro que se "desmancha todo", ao género do que acontece com muitos italianos e franceses ou se por outro lado, é robusto.

Por último se as peças de substituição são muito dificeis de encontrar e se é dificil encontrar que faça a adequada manutenção e até possiveis arranjos caso sejam necessários.

Muito obrigado!:)
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
Em 1989 o meu pai teve um Alfa Romeo 75.

Eu era muito miúdo mas recordo-me bem das viagens loucas a ir para o Porto à Sexta feira atrás de uma comitiva de carros dos GOE, eram eles um fiat croma turbo, um lancia thema e outro carro que já não me recordo muito bem. Sei que íamos sempre a desbravar caminho. Curiosamente muitas vezes apanhávamos a mesma comitiva a voltar a Lisboa aos Domingos.

Recordo-me dessas viagens todas, do facto de um depósito não chegar para fazer a viagem Lisboa - Porto. Tinhamos sempre de parar quase a chegar para que enchesse novamente o depósito.
É um carro que me trás memórias a ouvir o Oceano Pacifico da RFM, quando a rádio era ainda boa e não este lixo em que se tornou. Lembro-me do cheiro das portagens e lembro-me de um casal amigo dos meus pais, que eram simultaneamente amigos de infância do meu pai, esperem, deixem-me trocar o "p" para "P" porquê, tenho mesmo um grande Pai, amigos de infância esses que já faleceram infelizmente. Ela tinha na altura um Alfa Romeo 75 ts e ele um 1.8 Turbo. Que máquinas pensava eu. O nosso era mais modesto, um 1.6 trocado depois já nem sei porque carro, talvez um Mercedes ou um Celica. Foram tantos carros nestes anos que já me é dificil precisar qual veio depois.

Adorava o barulho dos Alfas e ainda hoje tenho algo que me faz sempre pesquisar os GTV e os 75. Bem a proposito, tenho uma foto do meu Pai a segurar-me ao colo, teria eu uns 6 meses e atrás de nós o seu belo GTV 2.0 Bialbero castanho. Não o dos anos 80 e... mas sim o anterior.

Perdi há dois anos, talvez um há pouco mais, um negócio de um 75 3.0 America. Não discuti o preço e disponibilizei-me a deslocar-me a Santa Maria da Feira, local onde estava o carro, para o ir comprar sem discutir preço. A pessoa vendeu-o a outro interessado que ia ver o carro antes de mim, sendo que até baixou o preço... enfim. Tinha vendido há pouco tempo o meu 156 GTA, mas se me perguntassem, talvez preferisse mesmo o 75. Porquê? Pela mistica. Toda a mistica que envolve o modelo 75 nesta familia, ou talvez que me envolve apenas a mim.

Nunca conduzi nenhum curiosamente. Tenho muitos kms feitos de Alfa Romeo 75 feitos no banco traseiro e até no banco do pendura, mas nunca conduzi nenhum.

Por essa razão e porque actualmente existe novamente a possibilidade de ter um, ainda para mais numa serie bastante especial, gostaria de saber efectivamente o que é conduzir um Alfa Romeo 75.

Sei que existem alguns aqui no portal, mas não tenho o à vontade suficiente para incomodar os proprietários com mensagens privadas a fazer perguntas.

Desta forma, o que gostaria de saber prende-se com as surpresas que um carro destes pode dar, as despesas (até porque existem soluções técnicas que apesar de boas enquanto distribuição de peso, são menos boas para a carteira, se é um carro que se "desmancha todo", ao género do que acontece com muitos italianos e franceses ou se por outro lado, é robusto.

Por último se as peças de substituição são muito dificeis de encontrar e se é dificil encontrar que faça a adequada manutenção e até possiveis arranjos caso sejam necessários.

Muito obrigado!:)

Bela prosa Bruno!

Felizmente o Portal está a ganhar malta com jeito a contar histórias, precisamos disso, obrigado!!

Em relação à minha experiência com os 75 não tenho nada a realçar. A chapa, para além de ter os seus sítios sensíveis, é bem melhor que outros Alfa Romeo da mesma época como os Alfasud por exemplo e semelhante ou melhor a outras marcas muito conceituadas (alemãs), ou seja nada a realçar para além do normal.

O 75 tem uma boa construção, não tem nada a ver com um 33 por exemplo, não é dos carros que "se desmancha todo". Aqui as únicas coisas que poderei apontar são: o forro do tecto tem tendência a descolar, o forro interior do capot também e os puxadores interiores das portas têm tendência a partir.

Em relação a peças de substituição há de tudo para a mecânica, umas coisas mais baratas outras mais caras. Em relação a peças estéticas estão a começar a rarear tipo: frisos, borrachas, forras, faróis, farolins e peças pequenas de pormenor. Ou seja a comprar é sempre melhor comprar o carro em melhor estado e mais completo, mesmo que o outro MUITO MAIS barato seja mais tentador. Isto já foi muitas vezes discutido por aqui mas, na minha opinião, que já estou farto de gastar dinheiro em carros já cheguei a essa conclusão.

Em relação a manutenção também não tenho nada a realçar. Para além dos filtros e dos óleos é necessário afinar válvulas de 20 em 20 mil kms. Nos V6 temos também a correia de distribuição, nos 4 cilindros temos uma corrente que dura uma vida.
 
Bela prosa Bruno!

Felizmente o Portal está a ganhar malta com jeito a contar histórias, precisamos disso, obrigado!!

Em relação à minha experiência com os 75 não tenho nada a realçar. A chapa, para além de ter os seus sítios sensíveis, é bem melhor que outros Alfa Romeo da mesma época como os Alfasud por exemplo e semelhante ou melhor a outras marcas muito conceituadas (alemãs), ou seja nada a realçar para além do normal.

O 75 tem uma boa construção, não tem nada a ver com um 33 por exemplo, não é dos carros que "se desmancha todo". Aqui as únicas coisas que poderei apontar são: o forro do tecto tem tendência a descolar, o forro interior do capot também e os puxadores interiores das portas têm tendência a partir.

Em relação a peças de substituição há de tudo para a mecânica, umas coisas mais baratas outras mais caras. Em relação a peças estéticas estão a começar a rarear tipo: frisos, borrachas, forras, faróis, farolins e peças pequenas de pormenor. Ou seja a comprar é sempre melhor comprar o carro em melhor estado e mais completo, mesmo que o outro MUITO MAIS barato seja mais tentador. Isto já foi muitas vezes discutido por aqui mas, na minha opinião, que já estou farto de gastar dinheiro em carros já cheguei a essa conclusão.

Em relação a manutenção também não tenho nada a realçar. Para além dos filtros e dos óleos é necessário afinar válvulas de 20 em 20 mil kms. Nos V6 temos também a correia de distribuição, nos 4 cilindros temos uma corrente que dura uma vida.

muito obrigado pela resposta !
quanto à boa prosa, acho que todos nós que gostamos de automoveis e começamos a relembrar histórias é impossível não sentirmos a emoção à flor da pele. O que depois é notório quando estamos a transcrever esses pensamentos !

quanto à máquina ,
em termos de condução , como é a experiência ?
Alguém tem um turbo aqui no fórum? Ou conhece alguém que tenha um turbo e saiba o feedback?
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
muito obrigado pela resposta !
quanto à boa prosa, acho que todos nós que gostamos de automoveis e começamos a relembrar histórias é impossível não sentirmos a emoção à flor da pele. O que depois é notório quando estamos a transcrever esses pensamentos !

quanto à máquina ,
em termos de condução , como é a experiência ?
Alguém tem um turbo aqui no fórum? Ou conhece alguém que tenha um turbo e saiba o feedback?

A condução? Há cerca de 10 anos que os carros do meu dia a dia são Alfa Romeos transaxle, um Alfa Romeo 90 e agora um Alfa Romeo 75 Twin Spark (destes já tive 3). Tentar explicar por palavras o que é a condu... cof cof... pilotagem de um 75 é o mesmo que descrever algo que só vendo ou sentindo se pode compreender. Tudo o que disser vai soar a vendedor de aparelhos auditivos para idosos. Tudo treta.

A única coisa que posso garantir é que à chuva é preciso MUITO CUIDADO, mesmo MUITO CUIDADO. Todos os avisos que possa fazer são poucos.

O 75 1800 turbo é um carro que, ao contrário do que a maioria pensa, é muito dócil na entrega da potência sobrealimentada. Em relação ao Twin Spark penso ser um pouco mais rápido, mas não existe muita diferença. Em termos de manutenção, aqui sim, peças para um turbo são bem mais escassas e caras que as de um Twin Spark por exemplo.

A solução mais económica num 75 será um 1600. Se este for a carburadores melhor ainda porque, para além da sonoridade, as supostas complicações da electrónica desaparecem e dão lugar à mecânica pura que, como sabemos, dá pouco trabalho e problemas. Os fanáticos dos consumos hão-de dizer que o carro gasta mais 1 litro aos 100 do que a versão a injeccão mas, no meu entender, se fizermos 15000 kms por ano (estou a exagerar) dá à volta de 200 euros anuais, contas por alto... como não serão 15 mil kms é só fazer as contas. Não falei do 1800 porque em Portugal é um modelo bem raro. Em relação ao 2000 nos 75 existe a versão carburada e o Twin Spark. Nesta cilindrada prefiro o TS ao 2000 convencional na perfomance, no entanto volto a repetir: o som a carburadores é outra coisa! Nos V6 temos o 2500, melhor sonoridade possível num 75 ponto final. Em relação a perfomances este motor deve andar um pouco menos que o Twin Spark, mas é extremamente viciante na melodia. O 3000, na verdade nunca andei num 75 com esse motor, mas como já andei em outros modelos e conheço bem o motor de 12 válvulas só posso dizer bem. Muitas baixas, muita força, orquestra afinada. Os V6 têm um pouco mais de peso à frente do que atrás e não são tão equilibrados como os de 4 cilindros mas....
 
Bruno, para além das brilhantes cátedras do Pedro, a melhor súmula que ted posso deixar está bem descrita com texto, voz, alma, cena e palco pelo Davide Cironi:



Quanto ao mais, não sei em que zona do país te encontras, mas se fores de perto ou estiveres disposto a cá vir (Porto), não procures mais que já tens 75 para te sentares no lugar certo.
 
A condução? Há cerca de 10 anos que os carros do meu dia a dia são Alfa Romeos transaxle, um Alfa Romeo 90 e agora um Alfa Romeo 75 Twin Spark (destes já tive 3). Tentar explicar por palavras o que é a condu... cof cof... pilotagem de um 75 é o mesmo que descrever algo que só vendo ou sentindo se pode compreender. Tudo o que disser vai soar a vendedor de aparelhos auditivos para idosos. Tudo treta.

A única coisa que posso garantir é que à chuva é preciso MUITO CUIDADO, mesmo MUITO CUIDADO. Todos os avisos que possa fazer são poucos.

O 75 1800 turbo é um carro que, ao contrário do que a maioria pensa, é muito dócil na entrega da potência sobrealimentada. Em relação ao Twin Spark penso ser um pouco mais rápido, mas não existe muita diferença. Em termos de manutenção, aqui sim, peças para um turbo são bem mais escassas e caras que as de um Twin Spark por exemplo.

A solução mais económica num 75 será um 1600. Se este for a carburadores melhor ainda porque, para além da sonoridade, as supostas complicações da electrónica desaparecem e dão lugar à mecânica pura que, como sabemos, dá pouco trabalho e problemas. Os fanáticos dos consumos hão-de dizer que o carro gasta mais 1 litro aos 100 do que a versão a injeccão mas, no meu entender, se fizermos 15000 kms por ano (estou a exagerar) dá à volta de 200 euros anuais, contas por alto... como não serão 15 mil kms é só fazer as contas. Não falei do 1800 porque em Portugal é um modelo bem raro. Em relação ao 2000 nos 75 existe a versão carburada e o Twin Spark. Nesta cilindrada prefiro o TS ao 2000 convencional na perfomance, no entanto volto a repetir: o som a carburadores é outra coisa! Nos V6 temos o 2500, melhor sonoridade possível num 75 ponto final. Em relação a perfomances este motor deve andar um pouco menos que o Twin Spark, mas é extremamente viciante na melodia. O 3000, na verdade nunca andei num 75 com esse motor, mas como já andei em outros modelos e conheço bem o motor de 12 válvulas só posso dizer bem. Muitas baixas, muita força, orquestra afinada. Os V6 têm um pouco mais de peso à frente do que atrás e não são tão equilibrados como os de 4 cilindros mas....

Este em questão e em analise trata-se de um, penso eu pelos números que me indicaram, rarissimo 75 turbo quadrifoglio, que conta com mais 10cvs e autoblocante. Nacional e com poucos kms comprovados. Necessita de alguns trabalhos, mas isso... até eu já não vou para novo!
O comportamento à chuva penso que seja mesmo para se ter cuidado, até porque à medida que tenho vindo a regredir na época dos meus carros antigos, tenho notado bem a diferença. Um 124st ou mesmo este E21 que agora tenho são totalmente distintos de um E30 por exemplo, sendo que à chuva nota-se que quando é para sair...saem mesmo! Imagino que um Alfa 75 por ser tão equilibrado em termos de pesos, quando "se passa" deva ser "agressivo" nas reações.

Estou preocupado com a fiabilidade, não me refiro a vidros electricos ou coisas dessas de menos importancia mas mesmo em termos de motor e caixa + diferencial. Bem sei que os carros italianos têm motores muito resistentes. Não é a toa que raramente os vemos com motores partidos, sendo na maioria das vezes os problemas relacionados com coisas electricas e muito por culpa de terem sido os primeiros a ter dado o grande passo para a introdução das electronicas nos automoveis. Ainda assim trata-se de um carro turbo já com vários anos...

No fundo isto foi uma questão que me foi colocada esta semana e desde então que tenho andado aqui com a cabeça a roda...o_O

Que raio, porque não me dedico eu à numismática!?



Bruno, para além das brilhantes cátedras do Pedro, a melhor súmula que ted posso deixar está bem descrita com texto, voz, alma, cena e palco pelo Davide Cironi:



Quanto ao mais, não sei em que zona do país te encontras, mas se fores de perto ou estiveres disposto a cá vir (Porto), não procures mais que já tens 75 para te sentares no lugar certo.


Vou muitas vezes ao Porto, este ano menos por todas estas vicissitudes "covidisticas"... Mas sendo o meu pai do Porto, desde miudo que vou muitas vezes . Aliás , por mim e apesar de ter nascido em Lisboa, preferiria mil vezes viver no Porto ou no Norte.
O Davide Cironi tem sido companhia com os seus inúmeros videos. Dá gosto ver alguém tão apaixonado por carros, com aquele à vontade que só os italianos conseguem ter e sempre com um enorme respeito e carinho pelos carros italianos.

Agradeço a oferta, mas acho que a conduzir o carro de outra pessoa iria parecer um futuro recem encartado que não sabe distinguir a embraiagem do travão de mão! :xD:
Mas aceito a volta à pendura!:)
 
OP
OP
Hugo Viana da Silva
O comportamento à chuva penso que seja mesmo para se ter cuidado,
O importante é mesmo a antecipação. Se o piso está molhado, se a curva ou rotunda é "manhosa", a traseira vai seguramente fugir.
Há uma pequena rotunda onde apanhei o último susto no Milano/75 2.5V6, principalmente porque ia a uns parcos 60km/h, mas a verdade é que no 156 2.0 jts, no mesmo local, a 80km/h, com piso seco, o controlo de tracção entrou em acção.
 
O importante é mesmo a antecipação. Se o piso está molhado, se a curva ou rotunda é "manhosa", a traseira vai seguramente fugir.
Há uma pequena rotunda onde apanhei o último susto no Milano/75 2.5V6, principalmente porque ia a uns parcos 60km/h, mas a verdade é que no 156 2.0 jts, no mesmo local, a 80km/h, com piso seco, o controlo de tracção entrou em acção.

imagino que sim! Os carros actuais fazem têm normalmente sempre mais tração, quer estejamos a comparar trações dianteiras ou traseiras.
A quase totalidade dos meus carros têm sido tração traseira, pelo que não tenho muito receio em relação a isso .

o meu receio é mesmo não gostar do comportamento do carro. Embora pelo que tenho visto , não me parece que isso vá acontecer !

este 1.8 turbo quadrifoglio parece-vos uma boa opção ?
 

Pedro Pereira Marques

Pre-War
Autor
imagino que sim! Os carros actuais fazem têm normalmente sempre mais tração, quer estejamos a comparar trações dianteiras ou traseiras.
A quase totalidade dos meus carros têm sido tração traseira, pelo que não tenho muito receio em relação a isso .

o meu receio é mesmo não gostar do comportamento do carro. Embora pelo que tenho visto , não me parece que isso vá acontecer !

este 1.8 turbo quadrifoglio parece-vos uma boa opção ?

Tudo depende do estado e do preço, todos os modelos podem ser uma boa opção ou não, depende. Se me disseres que o carro custa 15000 euros e precisa de restauro então não deve ser uma boa opção. Se custar os mesmos 15000 euros e não precisar de nada é uma boa opção... depende.
 
OP
OP
Hugo Viana da Silva
imagino que sim! Os carros actuais fazem têm normalmente sempre mais tração, quer estejamos a comparar trações dianteiras ou traseiras.
A quase totalidade dos meus carros têm sido tração traseira, pelo que não tenho muito receio em relação a isso .

o meu receio é mesmo não gostar do comportamento do carro. Embora pelo que tenho visto , não me parece que isso vá acontecer !

este 1.8 turbo quadrifoglio parece-vos uma boa opção ?
Eu tenho um lema "comercial" em relação aos 75:
Menos de €4.000 por um quarteto fantástico (2.0TS, 1.8TB, 2.5V6, 3.0V6) é sempre um bom negócio!

Um potenziata (seja o 3.0 ou o turbo) é sempre um grande achado!!!
Eu quero um! :D

cuidado com os tubarões...se carro estiver em estado razoável, vais ter muita concorrência
 
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