Gustavo Pinto
paralelo
Trago-vos hoje o restauro que estou a realizar a esta máquina. Trata-se de uma Casal K260 de 125cc.
Para quem não conhece foi o primeiro modelo de 125cc produzido pela Metalurgia Casal. Nos dias de hoje é uma mota rarissima pois vendeu-se apenas no ano de 1972. O projecto dela é de 1968 e foi sendo sucessivamente adiado o seu lançamento no mercado, até a decidirem lançar em 1972. Só que já se tinham passado uns anos entre a data que deveria ter sido a de lançamento e a data de lançamento, fazendo com que a mota quando foi lançada já estivesse com uma linha um pouco antiquada. Foi decidido então na Metalurgia Casal substituir a K260 pelo modelo K270, esta sim com uma linha muito mais jovem e desportiva..
Estas e outras curiosidades poderão ser lidas no meu site www.motorizadas50.com !
Esta Casal K260 veio parar-me às mãos um pouco por acaso. Na altura tinha acabado de mandar restaurar a minha Casal K270 e troquei umas informações com um sr. dos Açores que possuia esta K260. Fui trocando uns mails regularmente com esse sr. e ele queixou-se que iria ter muita dificuldade em restaurar a mota, devido à falta de peças nos Açores e também por estar mais virado para as motas Inglesas...
Então lá consegui adquirir a mota que veio de barco dos Açores até Leixões e eu fui lá com o meu atrelado buscar a mota.
À vinda para Aveiro era grande o espanto das pessoas que viam uma mota deitada numa palete ( foi assim que ela veio de barco) e foi assim que a coloquei no meu atrelado de transportar motas!
A minha mãe torceu um pouco o nariz com o estado da mota, mas lá lhe disse que a mota era muito rara e que valia a pena o restauro. O meu pai como já lhe tinha contado o sucedido, riu-se quando viu a mota mas lá foi dizendo que tudo se repara...
O estado da mota não é lá muito famoso,( já sabia como ela estava pois vi fotos da motas antes de fechar negócio) mas conforme a fui desmontado fui vendo que o estado dela nem é tão mau assim. Tem bastantes podres na zona da forqueta ( que está irreparável).
O resto tem uns podrezitos no depósito( na zona onde encosta o banco) que são perfeitamente reparáveis, assim como no guarda lamas da frente.
O resto é alumínio que felizmente resguardou muito bem o tubo de aço do quadro..
Estou à mais deum ano a desmontar a mota pois está muito calcinada e tem andado a levar muito banho de WD40 o spray milagroso. Depois é preciso ter muita calma e lá indo desapertar mais um parafusito pois se forçar o mesmo acaba por moer!
Tem sido o jogo da paciência, mas felizmente lá tem andado a andar. Muito não se acreditaram neste restauro, dizendo que não iria conseguir, mas felizmente mostrei que com muita força de vontade e muito amor a estas máquinas nacionais, tudo é possivel...
Deixo-vos fotos!
Para quem não conhece foi o primeiro modelo de 125cc produzido pela Metalurgia Casal. Nos dias de hoje é uma mota rarissima pois vendeu-se apenas no ano de 1972. O projecto dela é de 1968 e foi sendo sucessivamente adiado o seu lançamento no mercado, até a decidirem lançar em 1972. Só que já se tinham passado uns anos entre a data que deveria ter sido a de lançamento e a data de lançamento, fazendo com que a mota quando foi lançada já estivesse com uma linha um pouco antiquada. Foi decidido então na Metalurgia Casal substituir a K260 pelo modelo K270, esta sim com uma linha muito mais jovem e desportiva..
Estas e outras curiosidades poderão ser lidas no meu site www.motorizadas50.com !
Esta Casal K260 veio parar-me às mãos um pouco por acaso. Na altura tinha acabado de mandar restaurar a minha Casal K270 e troquei umas informações com um sr. dos Açores que possuia esta K260. Fui trocando uns mails regularmente com esse sr. e ele queixou-se que iria ter muita dificuldade em restaurar a mota, devido à falta de peças nos Açores e também por estar mais virado para as motas Inglesas...
Então lá consegui adquirir a mota que veio de barco dos Açores até Leixões e eu fui lá com o meu atrelado buscar a mota.
À vinda para Aveiro era grande o espanto das pessoas que viam uma mota deitada numa palete ( foi assim que ela veio de barco) e foi assim que a coloquei no meu atrelado de transportar motas!
A minha mãe torceu um pouco o nariz com o estado da mota, mas lá lhe disse que a mota era muito rara e que valia a pena o restauro. O meu pai como já lhe tinha contado o sucedido, riu-se quando viu a mota mas lá foi dizendo que tudo se repara...
O estado da mota não é lá muito famoso,( já sabia como ela estava pois vi fotos da motas antes de fechar negócio) mas conforme a fui desmontado fui vendo que o estado dela nem é tão mau assim. Tem bastantes podres na zona da forqueta ( que está irreparável).
O resto tem uns podrezitos no depósito( na zona onde encosta o banco) que são perfeitamente reparáveis, assim como no guarda lamas da frente.
O resto é alumínio que felizmente resguardou muito bem o tubo de aço do quadro..
Estou à mais deum ano a desmontar a mota pois está muito calcinada e tem andado a levar muito banho de WD40 o spray milagroso. Depois é preciso ter muita calma e lá indo desapertar mais um parafusito pois se forçar o mesmo acaba por moer!
Tem sido o jogo da paciência, mas felizmente lá tem andado a andar. Muito não se acreditaram neste restauro, dizendo que não iria conseguir, mas felizmente mostrei que com muita força de vontade e muito amor a estas máquinas nacionais, tudo é possivel...
Deixo-vos fotos!