O passado, mais passado do que algum dia fora...

Testemunhos dos Ingegneri Nicola Materazzi e Sergio Limone.





Aqui partindo do minuto 12:07.



Como em muitos e em tanto, o passado vive daquilo que gostamos e não volta. Este nunca o seria se não viesse nada a seguir, por melhor que fosse.

Mas para além do facto de se gostar do que foi porque não volta, a verdade é que se gosta mais porque prevalece a noção de que algo se perdeu efectivamente e o não será mais. A noção de que se trabalha ou para o produto ou para o negócio, de que um dia se trabalhou para o produto e este gerou negócio, e finalmente de que hoje se trabalha exclusivamente para o negócio, não deixa de mostrar à evidência que trabalhar para o negócio sem ser honesto, íntegro e autêntico quanto ao produto não é possível num país como Itália, e num produto como o automóvel italiano (coloquemos aqui Alfa Romeo, Ferrari, Masertati e Lancia. Exluamos consequentemente a indústria Fiat que passou a ser finda a era Avvocato Agnelli o eucalipto de toda a indústria automóvel italiana, ainda que pelo melhor princípio da preservação das respectivas identidades dentro do seu País de origem). Ou então o mundo a indústria mudaram tanto que esta prerrogativa não tem lugar se não na memória e na história, e este País e estes Automóves estão condenados a viver na imagem que construimos e tivemos a sorte de viver ou revisitar um dia.

Lamento viver aqui olhando para a frente no éter. Fazem-me falta os dias em que olhar para trás era o melhor caminho para confiar que seria igualmente possível olhar em frente.
 
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