MICHELIN - História de uma marca clássica

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Antes Francisco Lemos Ferreira
História da Michelin

A Michelin foi fundada em 1889 pelos irmãos franceses André e Edouard Michelin. Hoje, o Grupo é um dos líderes no mercado mundial de pneus e está comercialmente presente em mais de 170 países.

Actualmente, as 69 unidades industriais da Michelin produzem, por ano, cerca de 190 milhões de pneus em diversas aplicações (automóveis, camioes, motas, bicicletas, tractores e veículos de terraplenagem, aviões e veículos espaciais da NASA) e 15 milhões de mapas e guias turísticos, além de câmaras de ar e cabos de aço.

A empresa mantém ainda:
- 6 plantações de seringueiras: duas localizadas no Brasil e quatro na Nigéria;
- um Centro de Tecnologia, onde trabalham 4 mil pesquisadores, com pólos na Europa, na América do Norte e na Ásia, onde são feitas as simulações necessárias ao desenvolvimento de novos conceitos de pneus;
- Centros de Testes, nos quais todos os protótipos são submetidos às mais severas condições de terreno.

A história dos pneus está intimamente ligada a um boneco ligeiramente redondo, simpático e com status de estrela no mundo do marketing. Ele é a personificação de segurança e tecnologia da francesa MICHELIN, responsável pela segurança de milhares de pessoas que utilizam, não importa qual, os mais variados meios de transportes. Quer seja de avião, metrô, automóvel, bicicleta ou moto, a MICHELIN está muito mais que presente nas vidas de todos nós.

A ligação da marca MICHELIN com o pneu nasceu da necessidade de um ciclista, inconformado pelo tempo gasto no reparo e na secagem da cola usada para ligar os pneus aos aros da bicicleta. Foi então que os irmãos Édouard e André Michelin, donos de uma pequena fábrica, com 52 empregados que produzia pastilhas de freio feita de lona e borracha, na cidade de Clermont-Ferrand na França desde 1889, imaginaram a melhor forma de facilitar este trabalho, e em 1891, patentearam o primeiro pneu desmontável, reduzindo o tempo de conserto de três horas e uma noite para 15 minutos. O célebre ciclista Charles Terront, correndo com pneus MICHELIN desmontáveis, venceu a corrida Paris-Brest-Paris oito horas à frente de seu adversário mais próximo, e 24 horas à frente do terceiro colocado. A invenção é logo patenteada e dá ao seu idealizador, Édouard, a certeza de que ali estaria um produto de futuro. Começava uma nova era para o transporte terrestre. Um ano depois, mais de 10 mil ciclistas rodavam com pneus MICHELIN. O próximo passo era fabricar pneus para outros meio de transportes. Em 1894 surgiu o primeiro pneu para carruagem, cujo conforto e silêncio os parisienses iriam adorar. No ano seguinte, em uma corrida entre Paris e Bordeaux, os irmãos inscreveram um carro, conhecido como “Éclair”, equipado com pneus. Apesar da vitória com certa folga, os constantes furos nos pneus ainda era um problema.

O início do século XX marca a primeira grande onda de expansão da empresa, instalando-se próxima aos grandes centros automobilísticos (Europa e América do Norte), e a atuação em campos tão variados como o transporte de carga, guias rodoviários e até aviões. Em 1903, diante do grande sucesso, eles foram negociar seu produto em uma pequena, mas promissora cidade americana chamada Detroit, onde acabava de ser montada uma grande fábrica de automóveis: a Ford. Foi nesse mesmo ano que surgiram os primeiros pneus para motocicletas. Em seguida, vieram pedidos de patentes de outros fabricantes: Pirelli, Firestone, Goodyear e muitas outras. Em 1906 foi construída a primeira fábrica fora da França, na cidade de Turim na Itália. No ano seguinte outra fábrica é construída nos Estados Unidos. A primeira preocupação da época foi aumentar a confiabilidade e a longevidade dos pneus. Naquele período, a duração de vida do pneu era bastante curta: entre 1.200 e 1.500 quilômetros. Duas grandes inovações trouxeram para o pneu a resistência ao desgaste: a introdução do Negro de Carbono (pó de Carbono) na fabricação dos pneus, responsável pela sua cor negra, que multiplicou por cinco a sua longevidade, utilizado desde 1917; e o aparecimento na carcaça do pneu, de lonas de fios têxteis paralelos uns aos outros. O primeiro grande resultado de todas essas idéias foi o lançamento, em 1923, do “Confort”, primeiro pneu de passeio de baixa pressão (35 libras). Sua longevidade era 10 vezes superior àquela dos primeiros pneus. Dois anos mais tarde, a integração de aros nos talões fixou o pneu à roda com mais confiabilidade que a técnica anterior.

Em 1929, Edouard Michelin pediu aos seus engenheiros um projeto de pneu para ferrovias. Ninguém jamais imaginaria, até aquele ano, criar um pneu que pudesse suportar cargas tão pesadas. A busca por pressões mais baixas reunidas com um desgaste lento continuou e deu seus frutos em 1932, quando a MICHELIN propôs aos motoristas um pneu com uma pressão muito baixa e duas vezes mais resistente que o “Confort”: o Superconfort. Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1946, a MICHELIN deu um novo salto em matéria de tecnologia para mobilidade, inventando e produzindo o primeiro Pneu Radial da história. Menor peso, menos aquecimento e menor consumo de combustível foram apenas algumas das vantagens desta nova tecnologia, que rapidamente tornou-se padrão no mundo inteiro. Esse pneu conquistaria progressivamente todos os tipos de veículos e mercados, garantindo à empresa vantagens comerciais e industriais decisivas sobre seus concorrentes, ao longo dos 30 anos seguintes. Nos anos 80, a MICHELIN engaja-se na direção de novos pólos de atividades econômicas na América do Sul, América do Norte, Ásia e Europa. A inovação se acelera em todas as categorias de pneus, com destaque para o “Sistema PAX” e os pneus para engenharia civil e para exploração de minas. Nesta época a MICHELIN já era uma gigante e foi as compras adquirindo, em 1989, a americana B.F. Goodrich, empresa fundada em 1870. Até maio de 2006 era dirigida por um herdeiro da família, Édouard Michelin, que morreu afogado em um naufrágio durante uma pescaria nas proximidades da ilha de Sein, em águas da Bretanha, no noroeste da França.

Cronologia
1910
● Primeiro mapa rodoviário MICHELIN em escala 1/200.00 é introduzido em Clermont-Ferrand. A ele seguem-se os mapas da Costa Mediterrânea, de Marselha a Nice e da região parisiense. Em 1913, o mapa da França, incluindo 47 páginas, é inteiramente concluído. Trata-se da primeira cobertura cartográfica detalhada do país, especialmente desenvolvida para o motorista.
1929
● Desenvolvimento do primeiro pneu para ferrovias proporcionando conforto, silêncio, aceleração e freios muito rápidos.
1930
● Conseguida a patente do pneu com câmara de ar embutida, o percussor do pneu sem câmara.
1934
● Introdução do pneu Confort Stop, com ranhuras de aderência que diminuíam os riscos de derrapagens em pistas molhadas.
1937
● Criação do pneu para veículo de passeio chamado Piloto, com perfil mais alto melhorando sensivelmente a aderência na pista, mesmo em lata velocidade.
1938
● Lançamento do Metalic, primeiro pneu destinado a veículos pesados a unir a borracha ao fio de aço, resistindo muito melhor ao aquecimento e a cargas pesadas.
1965
● Fabricação do primeiro pneu assimétrico (conhecido como XAS), destinado aos automóveis superesportivos da época.
1982
● Lançamento do XM+S 100, um pneu desenvolvido especialmente para o período de inverno.
1994
● Atenção e respeito ao meio ambiente foram o ponto de partida para mais uma inovação da empresa, os Pneus Energy, que mantinham todas as qualidades de aderência e durabilidade dos pneus normais, mas com baixa resistência à rodagem, reduzindo muito o consumo de combustível.
1996
● Instalação de máquinas, na sede em Clermont-Ferrand, com sistema C3M que oferece maior reatividade e flexibilidade nos processos industriais, permitindo a fabricação de pneus em grandes séries ou em séries reduzidas, quase “sob medida”, respondendo assim a uma evolução da demanda do mercado.
1997
● Surgia uma grande revolução: o Sistema PAX, conjunto pneu/roda, que permitia a mobilidade contínua; mesmo com o pneu vazio, podendo percorrer até 200 km a uma velocidade de 80 km/h.
● Comercialização do Coraldo, primeiro pneu colorido para veículos de passeio.
2007
● O Airbus A380, maior avião do mundo, faz seu primeiro vôo comercial equipado com pneus MICHELIN AIR X.
● Lançamento da nova tecnologia ENERGY SAVER que permitia economia de quase 0.2 litros de combustível a cada 100km e emissões de CO2 em 4 gramas por quilômetro.

Os centros de testes
Os Centros de Tecnologia, divididos na América do Norte, Europa e Ásia, realizam pesquisas científicas para o desenvolvimento e a introdução de inovações tecnológicas tanto para produtos como para processos. Atualmente, a MICHELIN dispõe de quatro Centros de Testes localizados em:
Ladoux
Localizado na França, próximo à sede mundial da empresa em Clermont-Ferrand. São 500 hectares e 35km de circuitos capazes de reproduzir os principais tipos de revestimentos, solos e configurações normalmente encontrados. Mais de 2.300 pesquisadores investigam e desenvolvem em suas instalações a tecnologia necessária para o aperfeiçoamento dos pneus MICHELIN.
Almería
Localizado no sul da Espanha, estende-se por mais de 5.000 hectares de terreno. O espaço disponível e as condições climáticas excepcionais para a Europa permitem testar em condições extremas os pneus de engenharia civil, equipamentos agrícolas e veículos de carga.
Laurens
Localizado nos Estados Unidos, é dedicado ao estudo de produtos idealizados especialmente para o mercado norte-americano. É instalado em uma área de 700 hectares.
Jari
O Centro de Testes de Jari (Japan Automobile Research Institute), no Japão, ocupa uma extensão de 250 hectares. É utilizado por todos os fabricantes de automóveis e alguns fabricantes de pneus. A MICHELIN testa ali, em pistas construídas sob medida, seus pneus destinados ao mercado asiático e mais especificamente, ao mercado japonês.
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O guia vermelho
A história do famoso Guia MICHELIN começou em 1900, na Exposição de Paris, quando os visitantes recebiam gratuitamente um livrinho vermelho, com tiragem de 35 mil exemplares, distribuído pela MICHELIN. Na primeira página, uma pequena explicação de seu conteúdo: “Esse livro tenta fornecer aos automobilistas, que viajam pela França, informações úteis sobre serviços de assistência e reparação para o seu automóvel, indicações de postos de gasolina, bem com sobre onde encontrar alojamento (hotel), mapas, restaurantes e serviços de correio, telégrafo ou telefone”. Na época, a empresa queria indicar aos pioneiros automobilistas onde encontrar oficinas e pousadas nas então perigosas e incertas viagens de carro. Era uma forma de estimular os motoristas a gastar pneus. Começou sendo distribuído gratuitamente aos motoristas. Isso até o dia em que um dos irmãos Michelin se deparou com uma pilha de guias no chão de uma oficina escorando uma mesa. Ficou uma fera e falou: “O ser humano só dá valor àquilo que paga”. Passou a ser cobrado. De 1904 a 1914, são criados, a partir do modelo Guia Michelin França, os guias estrangeiros para Europa, África e América. Em 1926 surge o primeiro guia turístico (da região da Bretanha) e o guia da condecoração estrela da boa mesa, surgindo assim o famoso sistema de estrelas para classificar os restaurantes. Este novo guia passa a ser impresso com sua tradicional capa verde em 1936. Com o tempo, outros países ganharam também edições próprias. Passava a ser publicado todos os anos, no mesmo dia, em todos os cantos do mundo, com tiragem de um milhão de exemplares. De tão corretas que eram as informações publicadas no guia, os Aliados, antes da invasão da Normandia (em 1944), forneceram aos seus oficiais uma de suas edições, para facilitar a orientação, durante a libertação das cidades francesas ocupadas. O guia, com tiragem anual superior a 15 milhões de unidades comercializadas em 100 países, se transformou em uma das mais bem sucedidas estratégias de marketing da história.

Os Slogans

Michelin. A better way forward.
High performance, time and again…
The more we progress, the better you advance.
Because so much is riding on your tires.

O famoso Bibendum
A idéia do boneco Bibendum (conhecido carinhosamente como BI:cool: teve início em fevereiro de 1893, na Conferência da Sociedade dos Engenheiros Civis, em Paris, em que ao defender as vantagens do pneu, André Michelin pronuncia uma frase que se tornará o lema da MICHELIN: “O pneu bebe o obstáculo”. Esta frase histórica seria bem aproveitada. No ano seguinte, durante a Exposição Universal e Colonial de Lyon, os dois irmãos notam, em seu estande, uma pilha de pneus de diversas dimensões, com um formato sugestivo. Edouard teria, então, dito a André: “Se tivesse braços, pareceria um homem”. Em breve, André se lembraria dessa frase. Em 1897, o desenhista Marius Rossillon apresenta aos irmãos diversos projetos publicitários. Entre eles, um esboço destinado a um bar-restaurante mostra um homem gordo levantando sua caneca de cerveja, sob a frase latina “Nunc est bibendum” (Está na hora de beber). Para a fértil imaginação de André Michelin, a frase evoca imediatamente sua fórmula “o pneu bebe o obstáculo”. Associando o gordo bebedor à imagem sugerida pela pilha de pneus em Lyon, ele encomenda um cartaz. Em 1898, segundo a idéia de André, foi criado um cartaz onde se via um imponente personagem formado de pneus, atrás de uma mesa, levantando uma taça cheia de cacos de vidro e pregos, dizendo, no momento de um brinde: “Nunc est bibendum”. Lembrando os raros donos de automóveis da época, o então chamado “boneco Michelin” ostenta, orgulhosamente, sinais de uma certa prosperidade econômica, tais como anel de brasão, charuto e uma inegável corpulência. Os óculos antigos foram inspirados em André Michelin. O verdadeiro batismo de Bibendum ocorre alguns meses mais tarde, durante a corrida Paris - Amsterdã - Paris. Ao ver passar André Michelin, o piloto Théry exclama: “Olha lá o Bibendum!”. O nome fica conhecido e, em pouco tempo, passa a denominar diretamente o boneco MICHELIN. Um dos personagens publicitários mais famosos do mundo está presente em campanhas publicitárias, adesivos e até mesmo nos próprios pneus que a MICHELIN produz. Seu bom humor, a forma inusitada e a origem despertam tanta curiosidade que motivam artistas, jornalistas e até colecionadores no mundo inteiro. No ano 2000, ele foi eleito pelo jornal Financial Times e pela revista Report On Business, o melhor logotipo do mundo.
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Se tens objectos Michelin posta aqui :feliz:
 

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Diogo Lisboa

Veterano
Bom tópico!!:D

Sem esquecendo o nome do boneco da Michelin que é Bibendum:DD...
Ver anexo 29844

Antigamente via-se muitos bonecos destes em cima dos tectos dos camiões que se iluminavam de noite:D...

Andei à procura de um boneco destes mas nunca encontrei nenhum:(...
Ver anexo 29845
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Diogo Lisboa disse:
Bom tópico!!:D

Sem esquecendo o nome do boneco da Michelin que é Bibendum:DD...
Ver anexo 33985

Antigamente via-se muitos bonecos destes em cima dos tectos dos camiões que se iluminavam de noite:D...

Andei à procura de um boneco destes mas nunca encontrei nenhum:(...
Ver anexo 33986

Eu comprei um no carrefour sentado num pneu mas é pequeno ( era um ambientador):D
 

Diogo Lisboa

Veterano
Mais umas relíquias da Michelin!:D
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A idéia do boneco Bibendum (BI:cool: teve início em fevereiro de 1893, na Conferência da Sociedade dos Engenheiros Civis, em Paris, em que ao defender as vantagens do pneu, André Michelin pronuncia uma frase que se tornará o lema da MICHELIN: “O pneu bebe o obstáculo”. Esta frase histórica seria bem aproveitada. No ano seguinte, durante a Exposição Universal e Colonial de Lyon, os dois irmãos Michelin notam, em seu estande, uma pilha de pneus de diversas dimensões, com um formato sugestivo. Edouard teria, então, dito a André: “Se tivesse braços, pareceria um homem”. Em breve, André se lembraria dessa frase. Em 1897, o desenhista Marius Rossillon apresenta aos irmãos diversos projetos publicitários. Entre eles, um esboço destinado a um bar-restaurante mostra um homem gordo levantando sua caneca de cerveja, sob a frase latina “Nunc est bibendum” (Está na hora de beber). Para a fértil imaginação de André Michelin, a frase evoca imediatamente sua fórmula “o pneu bebe o obstáculo”. Associando o gordo bebedor à imagem sugerida pela pilha de pneus em Lyon, ele encomenda um cartaz. Em 1898, segundo a idéia de André, foi criado um cartaz onde se via um imponente personagem formado de pneus, atrás de uma mesa, levantar uma taça cheia de cacos de vidro e pregos, dizendo, no momento de um brinde: “Nunc est bibendum”. Lembrando os raros donos de automóveis da época, o então chamado “boneco Michelin” ostenta, orgulhosamente, sinais de uma certa prosperidade econômica, tais como anel de brasão, charuto e uma inegável corpulência. Os óculos antigos foram inspirados em André Michelin. O verdadeiro batismo de Bibendum ocorre alguns meses mais tarde, durante a corrida Paris - Amsterdã - Paris. Ao ver passar André Michelin, o piloto Théry exclama: “Olha lá o Bibendum!”. O nome fica conhecido e, em pouco tempo, passa a denominar diretamente o boneco MICHELIN.
-
Um dos personagens publicitários mais famosos do mundo está presente em campanhas, adesivos e até mesmo nos próprios pneus que a Michelin produz. Seu bom humor, a forma inusitada e a origem despertam tanta curiosidade que motivam artistas, jornalistas e até colecionadores no mundo inteiro. No ano 2000, ele foi eleito pelo jornal The Financial Times e pela revista Report On Business, o melhor logotipo do mundo.
 

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Nuno Andrade

Pre-War
Penso que seja esta a frase da Michelin "As melhores performances sao as que duram.", acho que isto diz tudo, para mim é o pneu que conjuga melhor as performances com a durabilidade...

cumprimentos.
 
J

Jorge Aguiar

Guest
O que eu gostava desse boneco:( tive um porta-chaves, mas foi-se não sei dele há muito tempo. Será que ninguém sabe onde posso arranjar um?? Podem-me oferecer se quiserem:huh:
 

Manuel Ferreira Dinis

Dinis Vila Real
BIBENDUM. O gordo que vende pneus, guias gastronómicos e vai as corridas

O famoso boneco também conhecido pelo Homem da Michelin, tem mais de 100 anos a chamar a sua atenção.

A sua originalidade e personalidade arrebatadora permitiu transpor épocas e fronteiras, convertendo-se num dos emblemas comerciais mais conhecidos e valorizados da história.
Na Exposição Universal e Colonial de Lyon, no ano de 1894 os irmão Michelin olhavam para os montes de pneus que se encontravam no seu stand e Edouard terá dito em voz alta “ Se tivesses braços serias um boneco.

Em 1898, o ilustrador Marius Rossillon - com o pseudónimo O'Galop – e autor de vários projectos publicitários para os irmãos Michelin, entrega o esboço do que viria a ser o boneco mais famoso do mundo.
Em Junho de 1899, começaram as primeiras aparições públicas e foi no stand do Salão Automóvel de Paris que apareceu com todo o seu esplendor, de forma gigantesca e majestosa, causando assim muito boa impressão no inúmero público pressente.
André Michelin participou na prova Paris – Amesterdão – Paris e ao vê-lo chegar, o piloto Théry, exclama: “aí vem o Bibendum!".

A imagem serviu para difundir a marca e foi distribuída e colocada por toda a parte desde capas de revista até a peças de teatro.
No princípio aparecia fumando um enorme charuto até o abandonar convencido dos malefícios do tabaco, mas começa a engordar.
Para se adequar aos tempos modernos, Bibendum vai-se submetendo a drásticos regimes de emagrecimento sempre à procura de uma esbelta silhueta.
 

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Manuel Ferreira Dinis

Dinis Vila Real
BIBENDUM. guias gastronómicos, mapas

A capacidade promocional dos irmão Michelin começa no inicio do século XX em 1900 decidem publicar o primeiro Guia Michelin, com o objectivo de proporcionar ao condutor que viajava por França, todas as informações úteis para abastecer, reparar o seu automóvel, dormir e alimentar-se.
Como uma organização reconhecida pela classificação em excelência da gastronomia, a Michelin, produz guias de fácil compreensão, o guia dos países e das cidades mostra os seus restaurantes, com comentários detalhados e fotografias, abrangendo categorias de preços, cuja força está em conseguir atrair um elevado nível dos melhores restaurantes, com diferentes culinárias mundiais, os mais exigentes clientes mundiais.
 

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Manuel Ferreira Dinis

Dinis Vila Real
BIBENDUM. vai as corridas

O baptismo de Bibendum ocorre durante a corrida Paris - Amesterdão - Paris. Ao ver passar André Michelin, o piloto Théry exclama: “Olha lá o Bibendum!”.

Em 1895 na corrida entre Paris e Bordeaux, os irmãos MICHELIN inscreveram um carro, conhecido como “Éclair”, equipado com os seus pneus, contribuiu para a vitória com certa folga, mas os constantes furos nos pneus ainda eram um grande problema.
 

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Manuel Ferreira Dinis

Dinis Vila Real
BIBENDUM. miniaturas
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
O meu Bibendum que está em cima da minha secretária sentado no candeeiro...:D
 

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