Olá a todos,
De facto, dada a quantidade de cromados que os carros antigos geralmente têm e a diferença que a sua qualidade implica no aspecto final de um clássico, a cromagem não é assunto para se ignorar!!!
Assim, acho que limpar os cromados com palha-de-aço não me parece uma boa ideia pois, por muito suave que seja a utilização ou muito "gasta" que esteja a palha-de-aço, vai riscar pela certa!
O resultado final (de uma cromagem) depende muito da preparação prévia (das peças). Aliás como em tantas outras coisas...!
A menos que se esteja a preparar a superfície para ser re-cromada, eu não usaría palha-de-aço sobre uma peça cromada em nenhuma circunstância...
Da minha experiência, conseguem-se bons resultados usando pastas de polimento de pintura. Se o cromado estiver em mau estado ou com sujidade de anos, começa-se por uma pasta de polir grossa. Aplicar, esfregar e limpar até esgotar a capacidade de polimento dessa pasta. Isto comprova-se quando, com sucessivas aplicações, não se consegue obter uma superfície mais suave com a mesma pasta. Depois emprega-se a mesma rotina mas com uma pasta de polir média e, por último, com uma pasta de polir fina. Para acabamento final usar uma pasta de polir própria para cromados para puxar o briho final.
Para facilitar o trabalho, o melhor é usar uma escova rotativa aplicada num qualquer berbequim pois fazer à mão custa um bocado...
Para o brilho final, usar uma escova de algodão SECA e LIMPA!
Ah! Claro! Faltam os ingredientes finais que são: tempo e... muita paciência!
Em relação ao facto de as cromagens originais durarem uma vida e as actuais não, existe essa ideia, efectivamente. Confesso que também não sei a razão mas acho que a explicação da "cromagem dura" versus a "actual" (será que a podemos chamar "mole"? Estou a gozar um pouco...) não me convence muito pois, pelo que julgo saber, as diferenças entre elas são apenas na espessura das camadas metálicas (crómio, níquel e cobre). Assim, de facto não há razão para os cromados actuais serem de inferior qualidade tal como refere o Jorge Faustino. Parece-me mais que o problema está na "qualidade" do trabalho que se realiza por cá uma vez que tenho algumas dúvidas que os cromadores cá da praça façam a preparação prévia devida e depois controlem correctamente as variáveis do processo: intensidade de corrente, temperatura da solução, concentrações iónicas, uniformidade da solução e tempo. Depressa e bem não há quem! Infelizmente, muitas vezes se pode acrescentar o factor ignorância de quem faz este tipo de coisas... Que formação têm as pessoas que trabalham nas cromagens?
Quanto ao comprar novo versus re-cromar, a questão pode não ser tão linear como isso pois se comprar novo pode ser potencialmente mais caro, não é garantide por si só um melhor resultado final pois há muitas empresas do ramo, nomeadamente de Inglaterra, que para reduzir custos fazem as peças e/ou a cromagem em países como a Índia ou o Paquistão onde o controle da qualidade não é famoso...
Esta mesma situação acontece com os paineis de substituição da carrocería. Quem já não comprou um painel novo e depois se viu "grego" para conseguir um ajuste perfeito com as folgas certas?
Um abraço,
Pedro