Depois de ver o tópico de apresentação da Marta Correia (
link) lembrei-me de colocar este tópico dedicado às esposas (ou os esposos, embora em menor número) daqueles que são completamente apanhados pelas viaturas clássicas.
Duas coisas podem acontecer quando nos conhecem: ou já sabem da nossa “tara” e é mais fácil aceitá-la, ou só a descobrem mais tarde e aí as coisas podem ser mais complicadas.
Não é possível dar concelhos infalíveis de como convencer as nossas mais que tudo que não gostamos mais do clássico do que delas. Um bom princípio é conseguir que elas também fiquem apaixonadas pelos clássicos (como parece estar a acontecer com a Marta) ou, pelo menos, que não sintam ciúmes.
Com a minha esposa já consegui que ela guiasse 3 dos meus clássicos, o que teve a vantagem dela ter gostado francamente da condução de dois (o Triumph Spitfire, apesar de lhe dar algumas dores nas costas, e o Mini, que nem queria sair do carro), mesmo que nem pense em voltar a conduzir o terceiro (que me vou abster de mencionar).
Também não é má ideia tirar algumas fotografias delas com o clássico (vejam as primeiras fotos que tirei do Spitfire em Dezembro de 1992, ainda com o Hard Top branco, e no primeiro passeio de capota aberta).
O mais complicado vai ser sempre convencê-las de que não estamos a gastar demasiado dinheiro. Vale sempre a pena não referir exactamente tudo o que se está a gastar (“a manutenção ? isso é barato, até porque anda pouco”), referir SEMPRE que é um bom investimento (“ao carros novos ao fim de 4 anos só valem metade; os antigos estão sempre a valer mais”) e o mais que nos possa desculpabilizar.
É importante ter sempre um meio de salvação se, por algum “raro” imprevisto, o nosso fiel amigo antigo nos deixe parados na estrada. E, é muito importante não esquecer, que a culpa nunca foi do carro mas sim de alguma coisa que nos esquecemos de fazer.
Mas o mesmo mais importante de tudo é reconhecer que as nossas esposas são umas santas por nos aturarem cheios de óleo, a falar de relés e de diferenciais, todos entusiasmados por irmos ver mais um clássico. Sem elas a nossa vida seria bem mais difícil.