Alfa Romeo Giulietta Sprint - Um marco histórico na Indústria Automóvel

Marco Pestana

MarcoSprint MarcoVW61
Caros amigos;

Um dos modelos marcantes de toda a história Alfa Romeo, foi sem dúvida o Giulietta Sprint, apresentado no Salão de Turim em 1954.

Aspectos da sua história e a sua importância na época.

O porquê do seu sucesso.

Tudo começou após a compra do meu Alfa Romeo Giulietta Sprint 750B de 1956, que relato neste tópico:

http://www.portalclassicos.com/forum/showthread.php?t=2963

Fotos de vários Alfa Romeo Giulietta Sprint

Giulietta Sprint 750B ( 1954-1959 )
Giulietta Sprint 101 ( 1959 > )
Giulietta Sprint Special Zagato SZ
E um exemplo, muito belo, de uma Giulietta Sprint preparada para provas de circuito.
 

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Algumas fotos da época, com o protótipo do Alfa Romeo Giulietta Sprint.

Repare-se no pormenor da 3a porta traseira, no protótipo. Na produção, foi substituida por uma mais pequena, e sem englobar o vidro traseiro.
 

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História do Alfa Romeo Giulietta Sprint

Era uma vez...


Em 1951, sob o ímpeto de Giuseppe Luraghi e Francesco Quaroni, iniciam-se os estudos de viabilidade de um novo modelo Alfa Romeo, de pequenas dimensões; com um motor de média cilindrada - O futuro Alfa Romeo Giulietta Berlina ( que como se verá mais tarde, surge após o lançamento do modelo Sprint...) - cujos componentes mecânicos deram origem à Giulietta Sprint em 1954 e o modelo Spider em 1955.

O novo modelo pesava aproximadamente 850 kg, com espaço para 4/5 pessoas, movido com um motor 4 cilindros em linha e RWD ( Rear Wheel Drive - Tracção traseira ).

Tendo como objectivo uma cilindrada aproximada aos 1290cc, prevenindo a " colisão" com um modelo de sucesso da FIAT, o modelo 1100/103, e assim na mesma época e no mesmo mercado, permitir à Alfa Romeo oferecer o novo modelo, como uma brilhante alternativa, com melhor velocidade de ponta; maior "performance" associando um design sedutor.

Todavia, o Giulietta tinha outros concorrentes à nascença, os modelos franceses - Citroen e Renault - que comercializavam modelos de 1100cc de grande sucesso em vendas.

A complexidade do programa de produção industrial do Giulietta Berlina , associou-se ao problemático acerto de pormenores ( especialmente a definição e refinamento dos interiores do modelo ) requereu mais tempo que o programado incialmente, o que levou
ao aparecimento dos modelos Sprint e Spider antes da versão Berlina.

A escolha pelo nome GIULIETTA ( do célebre Romeo e Julieta ) foi influenciada pelo nome poético de um dos fundadores: Nicola Romeo, mas também foi sugestão da Sra De Counsadier, esposa do poeta Leonardo Sinisgalli, que era a imagem e consultor de publicidade da Finmeccanica e director da revista " Civilitá delle macchine ".
 
Em 1951 a " Carrozzeria " Bertone era um pequeno complexo industrial localizado em corso Peschiera - Turim, empregando cerca de 210 colaboradores. O dono era Nuccio Bertone, com 37 anos à época, filho de Giovanni Bertone, fundador da empresa em 1912. Sendo um dos mais antigos construtores de carrozzerias em Itália, criada especificamente para construir carruagens e carrozzerias para automóveis.

Num do primeiros contactos entre a Alfa Romeo e a Bertone, para equacionar a possibilidade de colaboração na produção do Sprint, o Engº Rudolf Hruska ( Um Engenheiro Austríaco, que nos anos 70 foi o "pai" do projecto Alfasud - No sul de Itália, tendo trabalhado inicialmente com o Ferdinand Porsche ) visitou as instalações da Bertone: a empresa não aparentava a melhor "saúde", mantendo indubitavelmente fantásticas capacidades no design, e na produção de pequenas series.

O "problema" da Bertone era a inexistência, na altura, de encomendas dos 3 principais construtores italianos, sendo Hruska convidado a observar o processo de montagem dos britânicos MG, que a Bertone realizava para o importador americano Arnolt.
 

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A ideia de criar a partir do modelo Giulietta, dois pequenos desportivos correspondia integralmente com o espírito e tradição da Alfa Romeo, mas a dificuldade residia na decisão na escolha de qual o coachbuilder que criaria o coupé ( Sprint ) e o roadster ( Spider ).

Nuccio Bertone como Pinin Farina, eram apaixonados; inteligentes criadores de automóveis, mas não propriamente designers. De facto, Franco Scaglione, Giovanni Michelotti, Marcello Gandini e Giorgetto Giugiaro, eram os formidáveis desigers de automóveis ao seu serviço por várias vezes.

Nuccio Bertone era um verdadeiro Scout talent , e o seu sucesso residia em grande parte, à sua escolha intuitiva nas capacidades e talento dos seus designers automóveis.

A colaboração entre Franco Scaglione e Bertone iniciou-se com o FIAT Abarth 1500 coupé apresentado no Turin Auto Show de 1952. Incluindo o Arnolt Bristol roadster (1953-1954), o estupendo B.A.T. 5, B.A.T. 7 e B.A.T. 9 ( de 1953, 1954 e 1955, respectivamente ), dois protótipos da Alfa Romeo Giulietta Spider ( 1955 ), o FIAT Abarth 215 A coupé e o Abarth 750 de um único lugar ( 1956 ), o Alfa Romeo Giulietta Sprint Speciale ( 1959 ), o FIAT-O.S.C.A. 1500 ( 1959 , e exemplar Maserati 3500 GT personalizado( 1959 ).
 

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A Escolha final da Bertone para o Sprint, foi realmente complexa e difícil de clarificar, agora passado tanto tempo.
Uma vez que para a definição formal do modelo, gerou-se uma competição envolvendo 3 coachbuilders: Bertone e Ghia de Turim e Boneshi de Milão. Inicialmente essa competição também involvia a Carrozzeria Touring, que tinha " vestido" o chassis do estraordinário 6C 2500 SS e preparou também o 1900 Sprint.

Nenhum acordo ou consenso, em suma, foi atingido entre eles, na boa tradição latina ( Em Portugal onde já vi isto? Déjá vu...)

As maquetes em gesso, numa escala 1:10, iniciaram-se a 15 de Dezembro de 1952 pelo próprio centro design da Alfa Romeo, sob desenho do designer Giuseppe Scarnati.Mas os restantes 3 coachbuilders apresentaram também as suas interessantes propostas.

Mas logo de imediato, somente as duas com sede em Turim, têm por parte da Alfa Romeo,os seus projectos em consideração, porque o modelo proposto pela Carrozzeria Boneschi foi recusada por ser considerada " americanizada".

Usando os modelos iniciais da autoria de Scarnati, a Alfa Romeo responsabiliza Ivo Colucci na produção de um modelo funcional, com um motor 1290cc montado, para os testes efectuados por Consalvo Sanesi, Guido Moroni e Bruno Bonini.
 
Mario Felice Boano, dono com Luigi Segre da carrozzeria Ghia, em colaboração com Franco Scaglione trabalham no desenvolvimento do protótipo, e então, uma vez acordado que as duas empresa ( Bertone e a Ghia ) teriam uma colaboração na fase industrial do projecto - A Bertone assinou pela ocnstrução das carrozzeria inacabadas, e a Ghia seria responsável pela pintura, interiores e acabamentos .

Mas, a Ghia acaba por sair do projecto: para esta, seria difícil instalar uma linha de produção industrial , mesmo para uma pequena serie, segundo as premissas e caderno de encargos via Tommaso Grosi.

Francesco Quaroni deduziu que do desacordo entre Boano e Segre, poderia causar um atraso no programa, assim a Ghia ( Anos mais tarde, tudo indica que o modelo da VW Karmmann-Ghia, teve como inspiração o design do Alfa Romeo Giulietta, tendo em conta a estreita relação da casa Ghia no nascer do projecto Giulietta )foi " forçada " a recusar este importante contracto directo.

Todavia, a Bertone mantém a sua colaboração industrial. Mais tarde o próprio Francesco Quaroni relata numa reunião a Anselmi, os seus receios sobre o número de unidades a produzir definidas no contracto. Que indicava a produção de uma 1a série composta por 1000 unidades.


Uma Giulietta Sprint pintada de Rosso Alfa, foi finalmente, revelada à imprensa no dia 11 de Abril de 1954, na sua sede em Portello_O responsável, por parte da Alfa Romeo,pelo contacto com a comunicação social à época era Piero Farné, que em conjunto com Emilian recuperou a relação jovial com esta.

Foi só o início do muito que estava predestinado para esta fantástica Giulietta...

O brilhante; sólido 4-cilindros em linha " Bialbero"; a presença e as linhas modernas, levaram o Alfa Romeo Giulietta Sprint a um clamoroso sucesso! Abrindo as portas à criação também de um sedan: Uma vez ultrapassadas os problemas gestacionais do projecto, foram literalmente postos de parte, durante o sucesso da apresentação, em conjunto do modelo Giulietta Spider sob responsabilidade de Pinin Farina, durante o "Turim Auto Show" , na sua edição de 1954.

Entretanto, a recepção enorme que a Giulietta Sprint, em azul claro, apresentada no Turim Auto Show, excedeu de todo o melhor das expectativas. Logo ali, receberam-se 700 encomendas do novo modelo da Alfa Romeo, a 1.735.000 Liras cada.
 

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As 700 encomendas efectuadas no Valentino Exhibition Hall, confimavam os receios da Bertone, que não estaria equipada ao ponto de responder cabalmente aos pedidos efectuados pelos clientes.

Mas não tinha alternativa, e pedindo auxílio à Ghia, e subcontratando oficinas de Turim para a produção de certos componentes do monocoque. Virtualmente Turim, trabalhava inteiramente na Giulietta Sprint, que era montada e equipada nas instalações da Bertone, numa cadência de 15 unidades/dia .

Neste pormenor, Pietro Dallera, em 1954 cria uma " divisão especial " para a montagem do Alfa Romeo, onde na Bertone eram construidos os monocoques, montados nas suas instalações, onde eram pintadas e acabadas internamente antes de serem enviadas para Portello, para a montagem final das partes mecânicas e testadas.

A revista " Auto Italiana" relata na altura, dando-lhe grande ênfase:

"É um sucesso Nacional e Internacional, para a indústria Italiana, porque este carro ( Giulietta ) foi sonhado e desejado por todos os que querem um carro com qual tenham na garagem um carro de estrada com caracteristicas desportivas"

Este sucesso instantâneo do Giulietta Sprint obrigou à montagem d euma nova linha de montagem em Portello.
É interessante notar que entre os anos de 1951 a 1957 on total das vendas da Alfa Romeo cresceu 187%, com somente um aumento da força de trabalho de 34%. O pico de produção foi atingido em 1954, com o máximo de vendas do modelo 1900 e o lançamento no mercado do Giulietta Sprint.
Durante o mesmo período ( 1951-57 ), a compra de maquinaria pesada, resultou num aumento de produção, que triplicou.

Desta forma a Alfa Romeo salvou-se da crise em que se encontrava.

Uma vez mais a importância do Giulietta Sprint para a empresa Alfa romeo está bem patenteada por estes factos.
 

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O Alfa Romeo Giulietta teve oficialmente estas variantes:


* Berlina/TI (Saloon/Sedan)
* Sprint (Coupe)
* Spider (Convertible)
* Sprint Speciale (SS)
* Sprint Zagato (SZ)



Produção total modelo Giulietta Sprint:

750 Series
1954-1959 (Veloce 1956-1959).
Total Production c. 8,000 -
6,600 Sprints (750:cool:
1,400 Sprint Veloces
(750E lighweight/standard type body)

101 Series Giulietta
1959-1963 (Veloce 1959-62).
Total Production c. 19,500 -

17,800 Sprints
1,700 Sprint Veloce

101 Series Giulia 1600
1962-1964. Total Production c. 8,100.


Produção total modelo Giulietta Spider:



750 Series
1955-1959 (Veloce 1956-1959).

Total Production c. 7,200 -
5,950 Spider Normale (750D)
1,250 Spider Veloce (750F)

101 Series Giulietta
1959-1962 (Normale & Veloce).
Total Production c. 8,800:
7,300 Spider Normale
1,500 Spider Veloce

101 Series Giulia 1600
1962-65. Total Production c. 11,500 -
9,100 Spider Normale
1,100 Spider Veloce
400 RHD Spider Normale

Produção do Giulietta Sprint Zagato:



Coda Tonda (SZ1 Round Tail)
1959-60. Total Production c. 180

Coda Tronca (SZ2 Kamm Tail) - " Coda Tronca "
1961. Total Production c. 30
 

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O carrito do amigo Fabno de Génova :D
 

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Francisco Lemos Ferreira disse:
O carrito do amigo Fabno de Génova :D

Amigo Francisco:

Esse belo exemplar, já é a Sprint 1600cc, dos últimos exemplares. o " tablier" é diferente do modelo Giulietta 750B e do 101.

Abraço
 
Em relação à produção da Giulietta Berlina e Ti:

750 Series
1955-60. Total Production c. 56,500 -
28,600 Berlinas
27,900 TIs
101 Series
1959-64. Total Production c. 79,000 -
11,000 Berlinas
67,200 TI 1300s (LHD)
1,000 TI 1300s (RHD)
 

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Ricardo Cunha Carreiras disse:
Marco que se passa? Anda muito entusiasmado com o Alfa Romeo!

É natural!

Além de ter uma Giulietta Sprint, tenho feito um trabalho que embora moroso, dará os seus frutos: A recolha de toda a informação de pormenor possível sobre o modelo! ;)

Neste momento tenho conhecimento de 5 Giulietta Sprint no nosso país...

Mas existem mais...

Alguém sabe onde elas estão??
 
Parte II


O Estilo da Alfa Romeo Giulietta Sprint


Que lança uma nova fórmula de coupé "à Italiana"!

A Giulietta Sprint foi criada no melhor período do design automóvel Italiano. Estilo esse que havia surgido a partir da segunda metade dos anos 30 do séc.XX.

As formas rígidas dos modelos associados ao estilo Déco -Como por exemplo os Bugatti de Jean Bugatti ou os Lancia Asturas por Pinin Farina, foram substituídos pelas formas arredondadas, pelas formas esculturais, sugerindo-se como resultantes dos estudos pioneiros e mais aprofundados na aerodinâmica.Contrastantes com as formas geométricas da moderna arquitectura à época.

A Alfa Romeo fica com os créditos de reafirmar e desenvolvido o design italiano.

E por esta razão que a Carrozzeria Boneschi de MIlão, foi imediatamente excluída da competição, porque a sua sugestão seguia os padrões do estilo americano...


Os automóveis italianos caracterizavam-se, neste período, e muito graças à Giulietta Sprint, por volumes sinuosos quão harmoniosos, com grande equilíbrio. Sugerindo velocidade e potência.

Talvez, podemos mesmo considerar a Alfa Romeo Giulietta Sprint a "obra-prima" do design da escola italiana , pela sua "síntese" nas formas e distribuição de massas, este coupé pode pode ser apontado como um símbolo deste período.

O seu aspecto curvilíneo, de linhas simples delineando o espaço do pequeno mas genuíno Alfa Romeo, mantendo somente o essencial.

A característica frente, com o Scudetto central e as duas " aberturas " laterais, resultando na aparente agressividade da Giulietta Sprint. A estrutura do tejadilho aligeirada ao máximo, contribuindo bastante o vidro curvo traseiro enorme e de fomato invulgar, e dos vidros laterais sem contorno em chapa.

O enorme e luminoso vidro traseiro integra-se perfeitamente e d euma forma fluida na estrutura traseira, terminada nos pequenos farolins traseiros.Fluidez essa também expressa na parte frontal da Giulietta Sprint, rematada nos dois pequenos faróis Carello ( modelo 750B ) dianteiros.

Tendo como únicos elementos decorativos, os frisos cromados na base da porta e laterais da mesma.
 
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