Desde miúdo que reparo em carros fora do baralho.
Na família recordam-se quando no fim dos anos sessenta, sempre que chegava-mos ao parque de campismo da Quarteira, eu disparava a ver os carros dos estrangeiros que não eram comuns em Portugal, e vinha à roulote dizer à família, "está ali um X ou um Y".
Durante anos passei grandes temporadas de férias em Aveiro, em casa de uns primos com quem desenvolvi uma relação muito especial. Comecei a ir para lá muito cedo e a prova disso é que já teenager ainda me chamavam pela alcunha "Opel Canete". Essa alcunha vinha do tempo em que eu ainda articulava mal o português mas já andava no "carspotting". Já adulto e de passagem por Aveiro, ia dar um beijo aos meus tios e a minha tia já muito velhinha exclamava "olha o meu Opel Canete".
No meio de isso tudo tive uma ou duas glórias.
No fim dos anos 80 ou início dos 90 fui várias vezes à zona da Serra da Estrela no âmbito de um projecto da agência onde trabalhava, quase todas num Alfa 33 1.5 dos primeiros já aqui referido noutros tópicos.
Não haviam IPs e a A1 acabava em Albergaria e quando ia sozinho, no regresso "frinchava" as inúmeras sucatas que havia na berma da antiga Estrada das Beiras, Mangualde, Nelas, Carregal do Sal, Tábua, etc.
Lembro-me de ter visto 3 VW Type 2 Split Screen Crew Cab (cabine dupla), um bocado riscadas e amassadas, com grades no tecto acessórios VW original, poucos kms e sem documentos nem matriculas. Tinham sido compradas para as obras barragem da Aguieira e como só andavam no perímetro da barragem nunca foram matriculadas. Recordo-me de um NSU TT que já estava vendido a um inglês, etc etc.
Numa dessas viagens vi à venda na berma da estrada uma VW Type 2 Split. Creio que na altura ainda nem distinguia bem as "Barndoor" (primeira série com porta atrás alta) das outras mas o fato de ter essa porta atrás alta e sobretudo a janela traseira despertaram a minha atenção.
Parei e andei à volta dela, troquei umas palavras com o vendedor que morava ao lado, mas aquela janela traseira intrigou-me. Era tudo menos uma janela original, para começar era de acrílico....
De qualquer maneira, foi apenas curiosidade, estava para lá de madura e nesse campeonato, tinha acabado de gastar quase 1000 contos na minha Type II Split .
Mais tarde em conversa com o meu amigo Jorge Rodrigues, que será talvez o português que sabe mais de VW ar, referi essa split. Ele pega no seu Peugeot 205 a gasoil e vai lá, não perde muito tempo e compra-a.
No regresso o reboque tem um furo e ele tirou esta foto, onde podemos ver a Split Barndoor madura com uma janela traseira "estranha" e ainda a frente do 205;
Fiquei a saber que era uma das primeiríssimas Type 2, que não ainda não tinham janela traseira;
Mais tarde o Jorge veio a descobrir que foi a primeira que veio para Portugal e como foi ele que acompanhou o restauro da BarnDoor Samba da SIVA, tentou vender-lhes essa Type II, mas optaram por não a comprar.
Como entretanto tinha começado a restaurar a Samba, teve de fazer opções e vendeu-a para fora.
A semana passada apareceu à venda em Inglaterra por 130.000eur.
Reparem no trabalho de "restauro" em que restituiram o aspecto original à traseira mas mantiveram a "patine";
A tal Barndooor da SIVA;
E a Samba do de 59 do Jorge, sem dúvida um dos melhores restauros a nival mundial;
nuno granja
Na família recordam-se quando no fim dos anos sessenta, sempre que chegava-mos ao parque de campismo da Quarteira, eu disparava a ver os carros dos estrangeiros que não eram comuns em Portugal, e vinha à roulote dizer à família, "está ali um X ou um Y".
Durante anos passei grandes temporadas de férias em Aveiro, em casa de uns primos com quem desenvolvi uma relação muito especial. Comecei a ir para lá muito cedo e a prova disso é que já teenager ainda me chamavam pela alcunha "Opel Canete". Essa alcunha vinha do tempo em que eu ainda articulava mal o português mas já andava no "carspotting". Já adulto e de passagem por Aveiro, ia dar um beijo aos meus tios e a minha tia já muito velhinha exclamava "olha o meu Opel Canete".
No meio de isso tudo tive uma ou duas glórias.
No fim dos anos 80 ou início dos 90 fui várias vezes à zona da Serra da Estrela no âmbito de um projecto da agência onde trabalhava, quase todas num Alfa 33 1.5 dos primeiros já aqui referido noutros tópicos.
Não haviam IPs e a A1 acabava em Albergaria e quando ia sozinho, no regresso "frinchava" as inúmeras sucatas que havia na berma da antiga Estrada das Beiras, Mangualde, Nelas, Carregal do Sal, Tábua, etc.
Lembro-me de ter visto 3 VW Type 2 Split Screen Crew Cab (cabine dupla), um bocado riscadas e amassadas, com grades no tecto acessórios VW original, poucos kms e sem documentos nem matriculas. Tinham sido compradas para as obras barragem da Aguieira e como só andavam no perímetro da barragem nunca foram matriculadas. Recordo-me de um NSU TT que já estava vendido a um inglês, etc etc.
Numa dessas viagens vi à venda na berma da estrada uma VW Type 2 Split. Creio que na altura ainda nem distinguia bem as "Barndoor" (primeira série com porta atrás alta) das outras mas o fato de ter essa porta atrás alta e sobretudo a janela traseira despertaram a minha atenção.
Parei e andei à volta dela, troquei umas palavras com o vendedor que morava ao lado, mas aquela janela traseira intrigou-me. Era tudo menos uma janela original, para começar era de acrílico....
De qualquer maneira, foi apenas curiosidade, estava para lá de madura e nesse campeonato, tinha acabado de gastar quase 1000 contos na minha Type II Split .
Mais tarde em conversa com o meu amigo Jorge Rodrigues, que será talvez o português que sabe mais de VW ar, referi essa split. Ele pega no seu Peugeot 205 a gasoil e vai lá, não perde muito tempo e compra-a.
No regresso o reboque tem um furo e ele tirou esta foto, onde podemos ver a Split Barndoor madura com uma janela traseira "estranha" e ainda a frente do 205;
Fiquei a saber que era uma das primeiríssimas Type 2, que não ainda não tinham janela traseira;
Mais tarde o Jorge veio a descobrir que foi a primeira que veio para Portugal e como foi ele que acompanhou o restauro da BarnDoor Samba da SIVA, tentou vender-lhes essa Type II, mas optaram por não a comprar.
Como entretanto tinha começado a restaurar a Samba, teve de fazer opções e vendeu-a para fora.
A semana passada apareceu à venda em Inglaterra por 130.000eur.
Reparem no trabalho de "restauro" em que restituiram o aspecto original à traseira mas mantiveram a "patine";
A tal Barndooor da SIVA;
E a Samba do de 59 do Jorge, sem dúvida um dos melhores restauros a nival mundial;
nuno granja
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