porque um classico nao pode ser o carro do dia a dia?

Marco Ferreira

YoungTimer
boas

tenho andado aver em alguns sites de clubles de classicos e em quase todos eles se nao mesmo em todos dizem que para podermos inscrever o nosso classico ele nao pode ser o carro utilizado no dia a dia.
eu gostava de saber de saber qual a razao diso porque no dai em que eu tiver um classico e desde que haja dinheiro pro sustentar vai ser de certeza o meu carro do dia a dia
obrigado e tirem-me a duvida se souberem a resposta
 

Diogo Lisboa

Veterano
Eu acho que é mais pelos seguros que esses clubes disponibilizam, pois se for um automóvel de dia-a-dia está mais sujeito a acidentes do que um automóvel de fim-de-semana...
 

Sérgio Gomes

FellowMax
Definição FIVA e CPAA de veiculo clássico/histórico e internacionalmente aceite:

Veículo histórico é um veículo de propulsão mecânica, fabricado há mais de 23 anos, preservado e mantido em correctas condições originais, a cargo duma pessoa ou organização, conservado pelo seu interesse histórico e técnico, e não sendo de utilização diária.


;)
 
As classificações FIVA e CPAA obedecem a princípios previamente estabelecidos.

Porém, na minha opinião, um automóvel clássico que integre os critérios de originalidade, história e conservação, pelo facto de ser utilizado como automóvel de dia a dia, não perde o respectivo estatuto.

Para mim, os automóveis clássicos só têm interesse, desde que sejam usados, com regularidade ou mesmo diáriamente, apreciando o prazer da sua utilização. Os automóveis foram feitos para andar.

Há muitos carros dos anos 50, 60, que podem ser utilizados no dia a dia.

Não vejo motivo para perderem o respectivo estatuto em função dessa utilização.
 

Sérgio Gomes

FellowMax
Nogueira da Silva disse:
As classificações FIVA e CPAA obedecem a princípios previamente estabelecidos.

Porém, na minha opinião, um automóvel clássico que integre os critérios de originalidade, história e conservação, pelo facto de ser utilizado como automóvel de dia a dia, não perde o respectivo estatuto.

Para mim, os automóveis clássicos só têm interesse, desde que sejam usados, com regularidade ou mesmo diáriamente, apreciando o prazer da sua utilização. Os automóveis foram feitos para andar.

Há muitos carros dos anos 50, 60, que podem ser utilizados no dia a dia.

Não vejo motivo para perderem o respectivo estatuto em função dessa utilização.

Caro Nogueira da Silva, estou 100% de acordo com a sua afirmação, apenas transcrevi a defenição Fiva sobre este aspecto, nem por isso concordo com ela, pois pretendo utilizar o meu o mais possivel, dai o trabalho que estou a ter com ele.

Todavia são as regras ou regulamentos, como em tudo o que envolva regras, existe sempre uns pró e outros contra. Nesta até não sou nada a favor:feliz:

Cumprimentos;)
 
OP
OP
M

Marco Ferreira

YoungTimer
eu axo mesmo que quem tem classicos e diz que gosta deles e que e o passa tempo preferido e isso tudo, perde todo sentido e toda a credibilidade quando chega a hora de conduzir e nao leva o classico.
quem tem classicos e porque gosta logo pode conduzi-los a vontade.
de que serve ter um classico se depois aparecem os senhores todos chiques la do clube nao sei das quantas com uns fatos meio esquesitos que dizem que nao se pode andar com o carro no dia a dia.
nao percebo porque. a unica resposta que encontro é esses senhores terem vergonha dos seus classicos ou entao gostarem de mostrar que têm dinheiro ao mostrar os seus bmw e mercedes acabadas de comprar e axarem que valem mais do que os carros da mesma marca mas de ha 40 anos atras
nao quero ofender ninguem e peço desculpa se ofendi
so gostava de perceber porque ha pessoas que cuja inscriçao em alguns clubles e recusada por o seu classico ser o crro do dia a dia
 
Já agora este tema interessa-me e sinceramente sei que há seguros especiais para classicos, mas quero aprofundar melhore este tema, de não se poder usar o veiculo no dia a dia.

Entretanto conto a história um pouco referido pelo Marco Ferreira.

Concordo contigo em algum elitismo, sobretudo no CPAA e isto em 1991, pois conto aqui o que se passou com o meu pai:

O meu pai tem um Volvo de 1959 inscrito e homolgado no CPAA, a sua homologação, foi feita na época por um Engº. já com uma certa idade, estando o carro na altura num estado á nivel de pintura que deixava muito a desejar,mas não tinhas podres, inclusive o carro custava a pegar, (valeu a cópia da nota da encomenda com as peças, pedidas directamente á Volvo), tendo inclusive ido num atrelado. Mas foi aceite, pois estava original, carecia apenas de um restauro.
Há, o Volvo estava numa sucata e ia para a fundição:wacko: tendo o meu pai comprado por uma "bagatela", pois era um carro que ele gostava de ter quando era novo, além de ficar assim com um carro de reserva no caso de acontecer algo com o MB (que entretanto já é um classico:cool: )

Enquanto tratavam das formalidades, o meu pai, falou com esse Eng., dizendo que também tinha um Austin de 1957, para homolgar, mas que tinha partido sem querer um farolim e amassado o aro cromado e tinha dificuldades em encontrar as peças, pois não tinha muito tempo disponivel, dado que trabalhava ao sabado.
Esse própio Eng., encarregou-se de ligar ao meu pai dizendo-lhe onde havia no Porto um farolim para o Austin e se ele queria marcar peritagem, pois era de louvar o facto do meu pai na epoca, querer preservar carros, sem grande "valor", havendo já na época um protocolo com uma companhia de seguros (coisa que o meu pai nem sequer sabia), e ao pedir a homologação havia um seguro provisorio, para os sócios poderem levar os carros.

Quando levou o Austin, passado umas semanas, foi recebido por um novo Eng. récem licenciado (pela idade), pois o outro Eng. tinha sofrido um AVC, que reprovou o carro pois tinha uma pequena folga na direcção na roda esquerda!!??, folga essa que não era mais do que a roda mal apertada, pois o mecanico do Porto, não querendo usar o pneumatico, acabou por só apontar manualmente as porcas e esqueceu-se de as apertar correctamente.
Quando nessa mesma manhã o meu pai e o mecánico notaram que era apenas a roda desapertada, pois o mecanico tinha feito uma revisão completa a folgas, travões etc..., tendo apenas falhado no aspecto do aperto da roda. O meu pai foi novamente ao CPAA, para ver se podiam ainda homoga-lo, mas o Sr. Eng récem licenciado já tinha ido embora, apesar do CPAA ainda se encontrar aberto.

Mas o mais grave, passado umas semanas, pois era necessário marcar nova peritagem,o mesmo Eng. reprovou o carro pela pintura não estar na melhor condições:wacko:

O meu pai perguntou-lhe se estava a gozar com ele!!??

Pois ele tinha acabado de homolgar um 190 SL com ferrugem á mostra e capota rasgada!!!

Entre troca de palavras menos dignas, o meu pai mostrou-lhe o cartão de Sócio do CPAA, coisa que o Eng. não sabia e disse-lhe que preferia não ser membro de um clube que tinha um Engº que não sabia a diferença entre uma roda desapertada e folga na direcção, pois folga na direcçao vê-se no volante e não na roda!!!
E que reprova um carro com uma pintura a precisar de uma polidela e aceita um com ferrugem, por ser um carro de sonho, onde estava o interesse histórico e imparcial do Clube??

Podem ver as fotos do carro ( agora sim a precisar de uma pintura pois já se passaram 16 anos) http://www.portalclassicos.com/forum/vbpicgallery.php?do=view&g=1178


Podem imaginar a confusão que se gerou nessa manhã, com outros sócios realmente indignados com o facto do "elitismo".

Moral da história o meu pai deixou de pagar as cotas e os carros ficaram "esquecidos" em garagens de familiares, pois além de outras prioridades vieram os IPOs etc...
 
Agora uma coisa é podermos circular com os nossos clássicos no dia á dia,
outra é o nosso clássico ser o carro do dia a dia.

Independemente do clássico que se tenha, lembra-te se não fores membro de algum clube, ao sofreres um acidente, mesmo nao sendo culpado. Arriscas que seja díficil a tua indemização!!

Pelo que pouco tempo que tive para averiguar, Há o ACP Clássicos, CPAA, Liberty Seguros.
Mas ambos pedem que tenhas outro carro registado em teu nome, vistoria/homologação de um clube e IPO.

Eu particularmente jamais meteria o meu classico numa IC19 ou uma VCI em hora de ponta.

Agora, Marco antes de "descansar" o meu W123, pagava cerca de 250€ por ano de seguro, quando o puser novamente a "comer quilometros", como deverás compreender irei tentar que ele pague 50€, mas isso obrigará que ele seja aceite num clube.


Agora, p.f., já que averiguastes, o que é que eles consideram dia a dia? Só podes circular ao fim de semana?

Ou seja há um feriado na quinta, fazes ponte e tiras umas mini férias e não podes usar o teu clássico para ires onde quiseres?
 
Boas

Clássicos... pois... o grande problema a meu ver é a grande confusão que existe neste momento em torno destes carros "idosos" e até nos interesses de alguns que os têm.
Existem regras no que toca a clássicos, e segundo essas, muitos chamados clássicos não o são. Eu discordo em absoluto destes rótulos porque se quisermos diferenciar os carros com mais de vinte e poucos anos, basta ter em conta o seu valor de mercado, mas enfim...
Por exemplo, a famosa frase do "automóvel com interesse histórico" é, para mim, simplesmente ridícula, já que com mais ou menos inovação todos os carros tiveram o seu papel e o seu interesse numa determinada época, independentemente do nº de unidades
produzidas.
Na minha opinião (mas quem sou eu...) um clássico pode ser qualquer carro seja ele de uso diário ou não, no entanto, acho que qualquer desses automóveis só deve ter um estatuto especial se for realmente objecto de colecção.
O que se vê muitas vezes é o "puto" ou o menos afortunado do 02 ou do 1200 (por exemplo) muito preocupado com esta questão pois comprou o charuto que podia para uso diário, e quer a todo custo poupar umas massa no seguro, escudando-se na pretensão do seu carro ser um clássico...
Ora meus amigos, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Se por um lado temos os elitistas que querem ser os únicos com clássicos apenas porque possuírem carros de alto valor, pelo outro, temos os outros que querem à força que o seu charuto seja um clássico.:rolleyes:
também não nos podemos esquecer que no que toca aos seguros, apenas pagamos menos não pela idade do carro mas, porque as seguradoras partem do principio que um carro de colecção, que não é de uso diário, tem menos hipóteses de ter um acidente por "culpa própria". É apenas uma analise de risco e não um direito adquirido como muitos pensam ainda não percebi porquê.
 

Carlos Antunes

Fordmaníaco
Boas. Eu gosto de carros (principalmente da década de 70) por isso e devido á idade eles são clássicos, quer os utilize diariamente ou não. Só que existem certas entidades com conceitos (discutíveis) que na minha opinião são para garantir a especulação monetária dos automóveis. É dito que carros na mesma condição de originalidade vale mais aquele que tiver a placa de homologação de um certo clube. Porquê? É por isso que não embarco em clubes elitistas. Vivam os clássicos e quem gosta deles de verdade. Eu gosto muito dos meus e por isso tenho pena de não os usar diariamente, não por causa do que a FIVA ou o CPAA diz, mas sim pelo receio de terceiros os danificarem.
 

Miguel Menezes

Sumybraga
Um clássico é sempre um clássico se anda ou não no dia dia só tem a ver com o seguro por iso qualquer um pode andar todos os dias com o seu querido carrito deveria por isso pagar o seguro normal, é o justo pois se os seguros são com taxas inferiores é na prespectiva de andarem muito poucos Km por ano e portanto menos propícios a acidentes.
Não podemos é querer ter o melhor de dois mundos.
Miguel
 
Miguel Menezes disse:
Um clássico é sempre um clássico se anda ou não no dia dia só tem a ver com o seguro por isso qualquer um pode andar todos os dias com o seu querido carrito deveria por isso pagar o seguro normal, é o justo pois se os seguros são com taxas inferiores é na prespectiva de andarem muito poucos Km por ano e portanto menos propícios a acidentes.
Não podemos é querer ter o melhor de dois mundos.
Miguel

Miguel tens toda a razão,não sejamos nós portugueses:D pagar (50€/ano em vez de um seguro normal) agora não podemos esquecer uma coisa:
Se tiveres um clássico e andares com ele no dia a dia, com um seguro "normal" acredita que mesmo nao sendo culpado, vais ter problemas com a indeminização por parte das compainhas e se não tiveres um "clube" por detrás....

Á nivel dos clubes..., já deixei o meu parecer mais em cima.

No entanto, pergunto mais uma vez, para quem tem clássicos, com seguro de clássico, se há alguma clausula que impeça os carros "respirarem" á semana!!??
 
O seguro do CPAA e do ACP Cássicos, parte do pressuposto que o clássico não é usado no dia a dia.

Por isso mesmo, ao formalizar esse seguro, somos obrigados a mencionar qual o carro e respectivo seguro, não antigo, do qual somos proprietários.

O conceito de não utilização diária, não estabelece quais os dias específicos em que se considera que esteja a ser alvo de outro tipo de utilização.

Pode utilizá-lo ao fim de semana ou num ou vários dias de semana.

Não pode é ser utilizado de forma permanente, assídua, diária.

Quanto à indemnização do seguro no caso de acidente, a regra geral da Lei é que o lesado tem o direito a exigir a integral reparação do bem, tal qual se encontrava, antes de sofrer os danos.

É tudo uma questão de não ceder às tentativas das seguradoras em atribuir a perda total.
 
Paulo Jorge Silva Santos disse:
Se tiveres um clássico e andares com ele no dia a dia, com um seguro "normal" acredita que mesmo nao sendo culpado, vais ter problemas com a indeminização por parte das compainhas e se não tiveres um "clube" por detrás....

Á nivel dos clubes..., já deixei o meu parecer mais em cima.

No entanto, pergunto mais uma vez, para quem tem clássicos, com seguro de clássico, se há alguma clausula que impeça os carros "respirarem" á semana!!??

O seguro de clássicos é contra terceiros logo se tiveres um acidente por tua culpa sai-te sempre do bolso. Se a culpa for do outro até podias ter o melhor e o mais caro seguro do mundo que nada influía naquilo que o seguro do outro te iria pagar.

Quanto à limitação que questionas em principio não há, mas acima de tudo convém saber ao certo o que dizem todas as letrinhas do contrato. Os seguros não são todos iguais e prova disso é o seguro do ACP Clássicos...
 
Boas a todos.
Já não é a primeira vez que entro num forun destes, acerca de seguros.
Tenho um seguro na companhia Tranquilidade que não me restringe a qualquer dia em termos de utilização. A unica condição é ter outro seguro, digamos normal, numa viatura ''utilizável no dia a dia''. Este seguro até podia ser noutra companhia. Também pago menos pelos bonús que tenho por ausencia de sinistros e outras viaturas seguradas na mesma companhia.
São cerca de 54 Euros por ano.
Conheço é quem para poder utilizar o seu carrinho antigo todos os dias, page um seguro normal, e, até certo ponto, acho justo.
Agora, nem todas as companhias fazem estes seguros, acho. E as que fazem nem sempre informam os segurados... claro!!!:p
 
Marco Ferreira disse:
boas

tenho andado aver em alguns sites de clubles de classicos e em quase todos eles se nao mesmo em todos dizem que para podermos inscrever o nosso classico ele nao pode ser o carro utilizado no dia a dia.
eu gostava de saber de saber qual a razao diso porque no dai em que eu tiver um classico e desde que haja dinheiro pro sustentar vai ser de certeza o meu carro do dia a dia
obrigado e tirem-me a duvida se souberem a resposta

Meus amigos lembro aqui a razão deste tópico. Isto porque assim que se falou da questão de seguros... parece que deixou de haver razão para discutir outras ideias sobre este tema.
Posto isto, julgo que neste local já há dicas suficientes sobre os seguros para clássicos.

Certamente que a não aceitação de carros de uso diário tem também outras razões de ser
 
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