Do Brasil para Portugal

Flávio Costa

YoungTimer
Caros entusiastas, bom dia!

Sou brasileiro, em preparação para me mudar para Portugal, terra querida do meu avô.

Tenho 53 anos e desde sempre tive antigos aqui no Rio de Janeiro.

Há alguns anos comprei um Dodge Dart 1976, que não estava em tão bom estado, mas como gostei do carro, transformei-o no modelo de Dart que mais gosto: GTS 1968.

Hoje o carro está impecavelmente restaurado. Troquei absolutamente tudo nele, por peças novas e de qualidade. Em breve, estarei instalando o novo motor, totalmente revitalizado. Ou seja, este carro virou meu brinquedo predileto.

Estou muito inclinado a levar este carro comigo na mudança. Gostaria muito de saber como é o mercado de carros americanos aí em Portugal. Afinal, todo carro dá manutenção e necessita de pecas.

Peço perdão se alguma palavra no texto foi mal colocada, pois sempre há diferenças de sentido das mesmas. Enfim, de início é isso. Espero em breve estar desfrutando da presença dos queridos portugueses e desfilando o Dodge pelos encontros em Portugal .

Um abraço a todos!
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Caro Flávio,

Bem vindo ao portal dos clássicos.
O seu Dodge parece estar espetacular! Parabéns!

Quanto a trazer o carro consigo, sugiro que se informe bem sobre:
1) o processo de legalização de uma viatura em Portugal, sobretudo com matrícula anterior de um país terceiro (de fora da União Europeia);
2) o imposto a pagar no momento da matrícula - ISV e IVA;
3) o imposto anual - IUC.

Envie-me uma mensagem pessoal ("iniciar nova conversa"), pois poderá ser mais fácil eu indicar-lhe algumas empresas que o podem ajudar a estimar os custos de importação e legalização do Brasil para Portugal. Já o fiz com um carro que importei do Canadá e o processo é semelhante.
 

antonioconceicao

Portalista
Portalista
GC Sports em Loures trabalha em carros americanos

Ja na questao de ligalizacao do carro se ainda e' Portugues acho que nao paga impostos em caso de ir de vez basta dar a baixa de residencia na embaixada. Acho que a lei ainda continua igual para emigrantes

se nao o e' acho que pode pedir cidadania portuguesa como neto de Portugues ; )

Granda maquina para levar para Portugal nao me importava nada te ter um queima pneus em Portugal LOL

Boa sorte

Antonio
 
OP
OP
Flávio Costa

Flávio Costa

YoungTimer
GC Sports em Loures trabalha em carros americanos

Ja na questao de ligalizacao do carro se ainda e' Portugues acho que nao paga impostos em caso de ir de vez basta dar a baixa de residencia na embaixada. Acho que a lei ainda continua igual para emigrantes

se nao o e' acho que pode pedir cidadania portuguesa como neto de Portugues ; )

Granda maquina para levar para Portugal nao me importava nada te ter um queima pneus em Portugal LOL

Boa sorte

Antonio


Olá Antonio!!

Prazer em falar com você.

Sim, estou vendo exatamente esse tipo de situação, obrigado.

Está prometido (se puder ser feito) um burnout no nosso primeiro encontro....rsrsrsrs.

Abraços e obrigado pela dica da GC Sports!!
 
OP
OP
Flávio Costa

Flávio Costa

YoungTimer
De facto, o pior problema não será a escassez de peças, mas a carga tributária aplicada pelo estado Português.

Talvez as empresas que o @Patrique Fernandes aconselha possam ajudar a decidir se compensa seguir o caminho sugerido pelo @antonioconceicao.



Já sabe em que zona do país está a pensar instalar-se?


Caro Jorge,

Pretendo residir próximo ao Porto. Gaia, talvez.

Estou começando a me informar sobre esses tributos. Tomara que não frustre minha intenção de levar o Dodge. Vamos ver .

Abraços!
 
OP
OP
Flávio Costa

Flávio Costa

YoungTimer
Uma dúvida, posso enviar mais fotos aqui, ou devo direcionar a algum tópico específico para fotos ?

Grato .
 

Vitor Dinis Reis

Pre-War
Membro do staff
Portalista
Como já havia feito em particular: bem-vindo ao Portal!

Por cá não temos a expressão que existe nas Américas no que toca a carros EUA. Históricamente, os preços de combustivel na Europa não são "compativeis" com os m
Uma dúvida, posso enviar mais fotos aqui, ou devo direcionar a algum tópico específico para fotos ?

Grato .
Pode fazer duas coisas. A primeira é estacionar o Dart nas nossas Garagens AQUI

Depois pode criar um tópico sobre o dia-a-dia do carro (diário de bordo) AQUI

Abraço
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
Membro do staff
Premium
Portalista
A traseira do dodge faz-me lembrar o Cortina

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Caro Flávio,

Para além de lhe dar as boas vindas ao fórum e os parabéns pelo estado que aparenta o seu Dodge Dart, utilizo o seu tópico como exemplo prático, para demonstrar os custos de legalização de uma viatura proveniente de um país terceiro (não UE), para este maravilhoso país à beira mar plantado.

Os montantes apurados não são nenhum segredo, a simulação pode ser realizada em: Portal Aduaneiro
Trata-se do simulador ISV da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), obrigando a registo baseado em número de contribuinte (NIF) e password. Caso o Flávio ainda não tenha NIF, no seu processo de movimentação para Portugal, aconselho-o a tratar deste assunto com prioridade. Adicionalmente, será útil a abertura de uma conta num qualquer banco licenciado para operar em Portugal, pois, pela lei em vigor, a AT só aceita pagamentos em numerário até 500€.

Vamos então ao cálculo do imposto e os dados para a simulação.
  • Ano da viatura: 1976
  • Cilindrada: 5200 cc3
  • Combustível: Gasolina
  • Emissão de CO2: por inexistência de certificado europeu de conformidade, este parâmetro é apurado pela medição realizada na inspeção tipo B. Poderemos, no entanto, apurar de forma teórica, uma aproximação de qual o valor de CO2 emitido. Sabendo que existe uma relação entre CO2 emitido e consumo da viatura, no caso da gasolina, esta representa cerca de 24 gramas de CO2 por cada litro de gasolina consumido. Assumindo que o Dodge tem um consumo médio de 15 litros/100 Km, então temos 15 * 24 = 360 gr/Km
Depois de “cozinhados” estes dados no simulador, o imposto apurado (ISV) a pagar é o que consta na imagem abaixo.
Capture.JPG
Falta ainda adicionar o IVA à taxa de 23% sobre o ISV apurado: 57.455,86€ * 1,23 = 70.670,71€.

Mas ainda não é tudo. O IVA também incide sobre o valor aduaneiro do veículo (valor declarado da viatura + despesas de transporte para Portugal + seguros) e direitos aduaneiros (em regra 10% do valor aduaneiro do veículo).

Depois, a posse dessa viatura, implica o pagamento de outro imposto anual, o IUC, no montante de 914,39€.

Com base nestes dados, penso estar facilitada a decisão do Flávio de trazer ou não a sua viatura para Portugal.
 

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Caro Flávio,

Para além de lhe dar as boas vindas ao fórum e os parabéns pelo estado que aparenta o seu Dodge Dart, utilizo o seu tópico como exemplo prático, para demonstrar os custos de legalização de uma viatura proveniente de um país terceiro (não UE), para este maravilhoso país à beira mar plantado.

Os montantes apurados não são nenhum segredo, a simulação pode ser realizada em: Portal Aduaneiro
Trata-se do simulador ISV da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), obrigando a registo baseado em número de contribuinte (NIF) e password. Caso o Flávio ainda não tenha NIF, no seu processo de movimentação para Portugal, aconselho-o a tratar deste assunto com prioridade. Adicionalmente, será útil a abertura de uma conta num qualquer banco licenciado para operar em Portugal, pois, pela lei em vigor, a AT só aceita pagamentos em numerário até 500€.

Vamos então ao cálculo do imposto e os dados para a simulação.
  • Ano da viatura: 1976
  • Cilindrada: 5200 cc3
  • Combustível: Gasolina
  • Emissão de CO2: por inexistência de certificado europeu de conformidade, este parâmetro é apurado pela medição realizada na inspeção tipo B. Poderemos, no entanto, apurar de forma teórica, uma aproximação de qual o valor de CO2 emitido. Sabendo que existe uma relação entre CO2 emitido e consumo da viatura, no caso da gasolina, esta representa cerca de 24 gramas de CO2 por cada litro de gasolina consumido. Assumindo que o Dodge tem um consumo médio de 15 litros/100 Km, então temos 15 * 24 = 360 gr/Km
Depois de “cozinhados” estes dados no simulador, o imposto apurado (ISV) a pagar é o que consta na imagem abaixo.
Ver anexo 1137744
Falta ainda adicionar o IVA à taxa de 23% sobre o ISV apurado: 57.455,86€ * 1,23 = 70.670,71€.

Mas ainda não é tudo. O IVA também incide sobre o valor aduaneiro do veículo (valor declarado da viatura + despesas de transporte para Portugal + seguros) e direitos aduaneiros (em regra 10% do valor aduaneiro do veículo).

Depois, a posse dessa viatura, implica o pagamento de outro imposto anual, o IUC, no montante de 914,39€.

Com base nestes dados, penso estar facilitada a decisão do Flávio de trazer ou não a sua viatura para Portugal.

Uma vez que a primeira matrícula é posterior a 1 de janeiro de 1970, aplica-se a tabela A do ISV, conforme indicado. Se se tratasse de um carro com primeira matrícula anterior a 31 de dezembro de 1969, aplicar-se-ia a tabela B do ISV, que não depende do CO2.

Considerando a ineficiência energética e ambiental dos carros da década de 1960 / 1970, eu ficaria surpreendido se o CO2 medido num centro de inspeção para um muscle car Americano ficasse abaixo de 700 a 900 g/km...

Recomendo que o Flávio faça a simulação junto de empresas especializadas sobre os custos fiscais de importação direta do Brasil, ou indireta, com entrada e matrícula prévia noutro Estado membro da União Europeia, que seja menos penalizador na importação de carros clássicos.

Em todo o caso, com o elevado CO2 que o carro provavelmente emite (sugiro que faça uma medição fiável aí no Brasil expressa em g CO2/km), estou infelizmente convencido que o ISV ascenderá a várias dezenas de milhar de Euro (dependendo do CO2, pode mesmo exceder os € 100 000). Se houver uma forma de o carro poder circular com matrícula de outro estado da União Europeia, será o ideal.
 
Última edição:
Infelizmente, acho que o Dodge é de 1976
Tem toda a razão!
Aplica-se de facto a tabela A.
Se o carro vier de outro Estado membro, aplica-se o desconto para carros com mais de 10 anos de idade. Se o carro vier de um país terceiro, não se aplica nenhum desconto.
E continua a ser crítico o CO2 que for medido...

Vou corrigir o meu post anterior, para não induzir ninguém em erro.
 
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