Já agora este tema interessa-me e sinceramente sei que há seguros especiais para classicos, mas quero aprofundar melhore este tema, de não se poder usar o veiculo no dia a dia.
Entretanto conto a história um pouco referido pelo Marco Ferreira.
Concordo contigo em algum elitismo, sobretudo no CPAA e isto em 1991, pois conto aqui o que se passou com o meu pai:
O meu pai tem um Volvo de 1959 inscrito e homolgado no CPAA, a sua homologação, foi feita na época por um Engº. já com uma certa idade, estando o carro na altura num estado á nivel de pintura que deixava muito a desejar,mas não tinhas podres, inclusive o carro custava a pegar, (valeu a cópia da nota da encomenda com as peças, pedidas directamente á Volvo), tendo inclusive ido num atrelado. Mas foi aceite, pois estava original, carecia apenas de um restauro.
Há, o Volvo estava numa sucata e ia para a fundição
tendo o meu pai comprado por uma "bagatela", pois era um carro que ele gostava de ter quando era novo, além de ficar assim com um carro de reserva no caso de acontecer algo com o MB (que entretanto já é um classicoB) )
Enquanto tratavam das formalidades, o meu pai, falou com esse Eng., dizendo que também tinha um Austin de 1957, para homolgar, mas que tinha partido sem querer um farolim e amassado o aro cromado e tinha dificuldades em encontrar as peças, pois não tinha muito tempo disponivel, dado que trabalhava ao sabado.
Esse própio Eng., encarregou-se de ligar ao meu pai dizendo-lhe onde havia no Porto um farolim para o Austin e se ele queria marcar peritagem, pois era de louvar o facto do meu pai na epoca, querer preservar carros, sem grande "valor", havendo já na época um protocolo com uma companhia de seguros (coisa que o meu pai nem sequer sabia), e ao pedir a homologação havia um seguro provisorio, para os sócios poderem levar os carros.
Quando levou o Austin, passado umas semanas, foi recebido por um novo Eng. récem licenciado (pela idade), pois o outro Eng. tinha sofrido um AVC, que reprovou o carro pois tinha uma pequena folga na direcção na roda esquerda!!??, folga essa que não era mais do que a roda mal apertada, pois o mecanico do Porto, não querendo usar o pneumatico, acabou por só apontar manualmente as porcas e esqueceu-se de as apertar correctamente.
Quando nessa mesma manhã o meu pai e o mecánico notaram que era apenas a roda desapertada, pois o mecanico tinha feito uma revisão completa a folgas, travões etc..., tendo apenas falhado no aspecto do aperto da roda. O meu pai foi novamente ao CPAA, para ver se podiam ainda homoga-lo, mas o Sr. Eng récem licenciado já tinha ido embora, apesar do CPAA ainda se encontrar aberto.
Mas o mais grave, passado umas semanas, pois era necessário marcar nova peritagem,o mesmo Eng. reprovou o carro pela pintura não estar na melhor condições
O meu pai perguntou-lhe se estava a gozar com ele!!??
Pois ele tinha acabado de homolgar um 190 SL com ferrugem á mostra e capota rasgada!!!
Entre troca de palavras menos dignas, o meu pai mostrou-lhe o cartão de Sócio do CPAA, coisa que o Eng. não sabia e disse-lhe que preferia não ser membro de um clube que tinha um Engº que não sabia a diferença entre uma roda desapertada e folga na direcção, pois folga na direcçao vê-se no volante e não na roda!!!
E que reprova um carro com uma pintura a precisar de uma polidela e aceita um com ferrugem, por ser um carro de sonho, onde estava o interesse histórico e imparcial do Clube??
Podem ver as fotos do carro ( agora sim a precisar de uma pintura pois já se passaram 16 anos)
http://www.portalclassicos.com/forum/vbpicgallery.php?do=view&g=1178
Podem imaginar a confusão que se gerou nessa manhã, com outros sócios realmente indignados com o facto do "elitismo".
Moral da história o meu pai deixou de pagar as cotas e os carros ficaram "esquecidos" em garagens de familiares, pois além de outras prioridades vieram os IPOs etc...