O significado de carro.

Joao Cunha

Celicas Clube Português
Quem gosta de automóveis quer sempre saber tudo sobre seu funcionamento, mas alguns componentes são bastante complicados para um leigo. :D
Então, se você não é engenheiro mecânico, aqui você encontra a tradução do conceito e da funcionalidade das principais peças e sistemas de um veículo, de forma simples e clara.:huh:

Ailerons
Peça com função aerodinâmica instalada na carroçaria. Tem a finalidade de ajudar a manter o veículo pressionado contra o solo quando em movimento. Na maioria dos carros de série, que rodam dentro dos limites de velocidade estabelecidos por lei, tem utilidade mais decorativa que efectiva. Nos carros de competição é que seu desempenho se revela fundamental, principalmente nos carros monolugares de rodas descobertas. Sem utilizar os aileron, eles simplesmente decolariam ao atingir grandes velocidades.

Airbag
Considerado acessório, é uma bolsa de ar que infla em caso de colisão para proteger motorista e passageiro. O mais comum é o frontal, mas já existem carros com airbags laterais. Pode ser considerado um auxiliar do cinto de segurança. Os carros estão equipados com o modelo europeu, que é detonado em batidas a partir de 24 km/h (com velocidade de explosão de 150 km/h), ou com o americano, que detona em colisões a partir dos 15 km/h com velocidade de explosão de 320 km/h. Em ambos os casos, o estrondo atinge aproximadamente 140 decibéis, o que equivale ao barulho produzido por uma turbina de avião. A bolsa é inflada quando um sensor de desaceleração activa um recipiente que contém várias pastilhas propelentes. Elas recebem uma descarga eléctrica que provoca a libertação de um gás, responsável por encher a bolsa. Todo esse processo não leva mais que 15 milissegundos (1 milissegundo equivale a 1 milésimo de segundo).

Alternador
O alternador é um gerador de corrente alternada que é transformada em corrente contínua por componentes eletrônicos. É accionado por uma correia ligada ao motor. A própria bateria é recarregada graças ao funcionamento do alternador. Com isso, ela fornece a energia que alimenta faróis, lanternas, ar-condicionado, vidros eléctricos, rádio e CD player e outros acessórios eléctricos nos veículos.



Amortecedores
Equipamento que integra o sistema de suspensão do automóvel. Instalado junto com as molas em cada uma das rodas, compensa o balanço, absorve as oscilações da carroçaria e é responsável por manter as rodas do carro sempre em contacto com o chão diante das diferentes superfícies e irregularidades que podem surgir no solo, como lombas e buracos.



Ar-condicionado
Aparelho que muda a temperatura e a humidade de um ambiente dentro de limites prefixados. Na realidade, o ar-condicionado não é propriamente um gerador de frio, é sim um transformador do ar ambiente para frio com a ajuda de um gás refrigerante que o alimenta. Possui um filtro para eliminar impurezas vindas do ar externo. Um item de conforto praticamente indispensável em regiões tropicais, onde um carro estacionado ao sol pode atingir temperatura interna de até 70 centígrados. Recomenda-se uma revisão anual para verificar o filtro (que pode acumular fungos, por exemplo) e o nível do gás e ligá-lo também no inverno para que seus componentes não fiquem ressequidos. Nos carros 1.0 que têm ar-condicionado instalado de fábrica, sistemas desactivam momentaneamente o aparelho, canalizando toda a potência possível para o motor em ultrapassagens, por questão de segurança.

Atenção: todo ar-condicionado retira de 7,5 a 15 cavalos de potência do motor.

Barra estabilizadora
Limita a inclinação lateral do carro nas curvas, também conhecida como rolling. Se não existisse essa barra, ficaria apenas para as molas e os amortecedores o trabalho de evitar que a carroçaria se inclinasse demais. Mesmo assim, a suspensão teria que ser bastante dura para impedir o capotar do veiculo. Com o auxílio dessa barra, a suspensão pode ser mais macia e, em consequência, fornecer maior conforto sem comprometer a estabilidade do veículo nas curvas.

Bateria
Fonte de energia eléctrica do carro. É um acumulador de electricidade. Acciona o motor de arranque (que dá partida ao motor) e é responsável por manter todo o sistema eléctrico do veículo em funcionamento.

Bobine
Peça que compõe o sistema eléctrico. Gera uma corrente de alta tensão a partir da menor corrente de energia contínua da bateria para o distribuidor (quando ele existe), que se encarrega de fornecer a faísca necessária para iniciar a combustão da mistura ar/combustível no interior do motor.

Bomba de água
Presente em todos os motores refrigerados a água, é o equipamento que faz o líquido se movimentar pelo motor para arrefece-lo. Este componente serve para activar sua circulação forçada no circuito de arrefecimento do motor. Retira o fluido quente do bloco e o leva para o radiador,é a sua função. É accionada por um motor eléctrico ou pela correia que, ligada ao vibrequim, faz funcionar o alternador.

Bomba de combustivel
Equipamento que leva o combustível até o motor pela linha de alimentação. Existem dois tipos de bomba. A eléctrica compõe um sistema mais moderno e é instalada dentro do próprio tanque de combustível. A mecânica, accionada por meio de um excêntrico instalado no eixo chamado comando, é menos utilizada actualmente. A movimentação de uma membrana elástica chamada diafragma dentro da bomba produz a sucção que impulsiona o combustível para o carburador, se for o caso, ou para o sistema de injecção.

Caixa auto.
A caixa auto. pode ter até seis velocidades. Dispensa a embreagem e seu pedal. As letras e números que o acompanham são as iniciais em inglês das posições em mudança está a funcionar e os números são as marchas. Em alguns modelos, há uma lista lateral que serve para se mudar as marchas manualmente. É o chamado de mudanças sequencial.

Caixa manual
A caixa de velocidades manual pode ter até seis marchas, mais a ré. Sem a caixa, as diferentes velocidades do motor não poderiam ser atingidas e nem haveria o total aproveitamento da potência motriz.

Carburador
Dispositivo que regula a mistura ar/combustível na dose certa para o motor. A sua manutenção é feita manualmente ajustando a válvula chamada agulha. Existem carburadores simples, duplos e até triplos, dependendo da canalização. Nos carros mais modernos, foi substituído pela injecção electrónica.

Cilindros de válvulas
Os cilindros são aberturas no bloco do motor nos quais os pistões deslizam, subindo e descendo de acordo com a explosão e o movimento do vibrequim. As válvulas servem para permitir a entrada da mistura ar/combustível (válvula de admissão) e deixar sair os gases resultantes da queima dessa mistura (válvula de escape).

Cinto de segurança
Equipamento de segurança, de uso obrigatório por lei, que prende os ocupantes do carro nos bancos. Dentro da caixa onde é feita a ancoragem do cinto de segurança existe uma engrenagem dentada que enrola e desenrola a tira do cinto. Ao lado dessa engrenagem, fica uma pequena esfera que acciona a trava em situações de impactos violentos. Em travagens bruscas, pode-se sentir que o cinto fica mais firme, segurando o corpo do seu usuário. A esfera funciona com a desaceleração, que acciona a trava de segurança, impedindo que a engrenagem se movimente. Os fabricantes do equipamento recomendam que, para maior segurança do motorista e dos passageiros, o cinto deve permanecer sempre o mais esticado possível (mesmo com o desconforto que isso possa causar).

Comando de válvulas
É um eixo que controla o movimento das válvulas de admissão e escape. Accionado pelo vibrequim por meio da correia dentada, engrenagens ou corrente, o eixo de comando de válvulas possui excêntricos que determinam com precisão qual válvula deve se abrir ou fechar naquele exacto instante, de maneira que obedeçam a uma sequência correta.

Combustivel
É uma substância que, em determinadas condições de pressão e temperatura, combina-se com o oxigénio e inflama-se, gerando calor. As substâncias combustíveis podem ser líquidas, sólidas ou gasosas. Por misturar-se finamente com o ar, consideram-se carburantes os combustíveis líquidos e gasosos usados para alimentar todos os motores de combustão interna. Pode ser gasolina, que é o mais conhecido e utilizado em todo o mundo, álcool, diesel ou GPL.

Correia dentada (distribuição)
Correias transmitem movimento entre eixos paralelos. Existem correias planas, trapezoidais e dentadas. A correia dentada (que não transmite o movimento por atrito, mas pela tracção exercida pelos dentes da correia sobre os dentes da polia) tem a função de transmitir a rotação do vibrequim para o eixo que comanda as válvulas do motor, sem que haja um deslizamento da correia na polia. Se a correia partir, o motor pára e não pega. Tentativas podem danificar peças como bielas, válvulas e até mesmo o vibrequim.

Diferencial
É um componente que faz os eixos das rodas motrizes se movimentarem em velocidades diferentes. Sem ele, seria mais difícil fazer curvas. A roda interna, em uma curva, percorre uma distância mais curta que a roda externa e o diferencial entra em acção para compensar essa diferença. Compõe-se de engrenagens conicas, coroas e satélites que se interligam criando a geometria de raios menores e maiores que possibilita o movimento do carro tanto em curvas à direita como à esquerda, amenizando também o desgaste dos pneus.

Direcção
Mecanismo ligado à caixa de direcção, acoplando braços e terminais que possibilitam o movimento das rodas. Basicamente, pode funcionar a partir de dois sistemas: mecânico ou servo-assistido. As do segundo tipo podem ser hidráulicas ou electro-hidráulicas. Nesses dois casos, uma bomba hidráulica suaviza o movimento e diminui o esforço que o motorista faz para virar a direcção. A hidráulica comum usa a força directa do motor para activar o compressor de óleo. A pressão ajuda a mover as rodas ao virar o volante. Já a electro-hidráulica utiliza a energia de um pequeno motor eléctrico ligado ao compressor por uma correia, aliviando o esforço do motor, que não precisa emprestar potência para seu funcionamento. Basicamente, o mecanismo comum e principal em todos esses casos é composto de pinhão e cremalheira.

 
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Joao Cunha

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Seguimento:

Embreagem
Existente nos veículos com caixa manual e nos semi-automáticos, a peça intermediária que liga o motor à caixa de velocidades é composta por um prato, disco e a carcaça que gira na mesma rotação do motor. Quando o condutor pisa o pedal, o disco é libertado, passando a girar por inércia e permitindo que se faça a troca de marcha nesse intervalo de tempo. Nos carros de transmissão automática, a embreagem não existe. É substituída por um conversor de torque. Em grande parte dos carros, o pedal da embreagem começa a endurecer a partir dos 30000kms porque o conjunto passa a apresentar desgaste. A mola do disco perde de 20% a 30% de sua pressão. A mola do prato também sofre com a deterioração, prejudicando todo o mecanismo. O mau uso, como a utilização agressiva do pedal, contribui para o desgaste mais rápido da embreagem. Nesse caso, a única alternativa é substituir a peça.

Filtros

São utilizados em todos os veículos e têm o objectivo de reter partículas e outras sujidades que possam prejudicar o desempenho dos componentes que protegem. O filtro de ar, que está localizado no início do colector de ar, serve para reter poeira e partículas maiores que são puxadas pela aspiração do motor. Em grande parte dos carros, o de combustível fica próximo dos bicos injectores ou do carburador. O filtro de óleo normalmente fica bem visível, por estar instalado no bloco do motor. Estes últimos têm a função de eliminar as impurezas que existam nos líquidos.

Travões
Há dois sistemas: a disco e a tambor. O primeiro funciona quando duas pastilhas prendem o disco que acompanha o movimento da roda. No segundo, a pressão das maxilas alojadas dentro do tambor faz com que este pare a roda. A maioria dos carros hoje tem um sistema misto, a disco na frente e a tambor atrás. Alguns são fabricados com discos nas quatro rodas. O funcionamento depende do fluido do travão e do estado dos discos, pastilhas, maxilas e tambores. O fluido deve ser trocado a cada 30000kms, e as pastilhas e maxilas, a cada 15000kms – ou menos, se forem muito exigidos. O sistema de freio ABS (do inglês Antilock Braking System) oferece mais segurança nas travagens graças a um dispositivo electrónico que modula a pressão do fluido de travagem nas rodas, impedindo que bloquei em travagens bruscas. Funciona comandado por uma unidade de controle, instalada perto do motor e ligada a quatro sensores,ligados a cada roda. Quando o pedal do travão é accionado, os sensores fazem a leitura da velocidade das rodas. A unidade de controle calcula qual roda deve girar mais devagar ou mais rápido para evitar uma derrapagem. Por isso é mais eficaz. E não se assuste ao usá-lo. Trepidações no pedal são normais no sistema com ABS. Mesmo com o pedal tremendo, deve-se mante-lo pressionado, sem medo.

Fusiveis
É usado para proteger os circuitos eléctricos de danos em caso de fluxo de carga excessivo. É sempre bom ter alguns de reserva no carro, de várias amperagens (consulte o manual do proprietário), já que você mesmo pode trocá-los em uma emergência.

Ignição electrónica
A ignição começa o processo da queima da mistura ar/combustível comprimida pelo pistão. A electrónica calcula o momento do ponto de ignição. Substitui os distribuidores convencionais por mapas electrónicos, com resultado mais eficiente que a ignição convencional.

Injecção electrónica
A dosagem do combustível com o ar pelo sistema electrónico dispensa a manutenção manual porque o mapeamento programado na central electrónica comanda a mistura ar/combustível em quantidades quase ideais. A sigla SPI ou SFI indica que um único bico injector alimenta todos os cilindros. Também é conhecida como injecção mono-ponto. MPFI indica que cada cilindro possui o seu próprio bico injector. É a chamada injecção multi-ponto. Existe um sistema mais moderno, o GDI (Gasoline Direct Injection), em que o bico injector está instalado directamente dentro da câmara de combustão. Ainda pouco conhecido e utilizado, este sistema acompanha alguns veículos mais luxuosos.

Junta da cabeça
Posicionada entre o bloco e o cabeçote do motor, essa junta é composta por uma camada de amianto coberta por duas chapas de cobre. Sua forma reproduz com exactidão os vários perfis encontrados no cabeçote, que fornecem um apoio com vedação hermética para as câmaras de combustão, passagens de água e de óleo sob pressão, furos de retorno do óleo e conduzidos para as varetas das válvulas. A junta deve resistir às altas temperaturas da câmara de combustão (acima de 1000 graus centígrados) e à pressão, sem ficar incandescente nem provocar vazamentos.

Fole de transmisão
Actualmente, o fole é usado para unir os semi-eixos às rodas esterçantes nos carros que possuem tracção dianteira. Sua articulação angular permite a movimentação das rodas de maneira uniforme. Isso evita as vibrações que normalmente ocorrem no cardan, também conhecido como cruzeta ou junta universal.

Luzes
O farol de médios deve ser usado na cidade e na estrada. Os máximos pode ser utilizado quando se transita sozinho em uma rua ou estrada durante a noite. Ele amplia o campo de visão. Porém, não se deve utilizar os máx. se houver um veículo vindo na direcção contrária ou se existir outro carro à sua frente. Em ambos os casos, o encandeamento vai prejudicar a visibilidade do outro condutor. Também não se deve usá-lo quando há neblina – aí, por uma questão explicada pela Física: a refracção. Para viajar com o carro carregado é recomendável verificar a regulagem da altura dos faróis, já que o veículo ficará com a traseira mais baixa em relação à dianteira.

Luzes de aviso no painel
As luzes dos indicadores de aviso se acendem no painel quando se fecha um circuito eléctrico. Por exemplo, as luzes que indicam a falta de óleo ou de fluido de travões estão ligadas a uma bóia dentro dos respectivos reservatórios. Quando o nível do líquido diminui, ela desce e encosta em um interruptor que fecha o circuito eléctrico, fazendo a luz do painel acender. Esse alarme visual funciona também para todas as outras luzes que indicam o funcionamento ou problema em algum sistema.

Motor
Responsável por transformar energia em movimento, é o motor que gera os cavalos (cv = cavalo-vapor) e o torque (a força de tracção). Seus principais componentes são: cárter (reservatório de óleo), bloco (que abriga o vibrequim e os pistões), cabeçote (parte superior e sede da câmara de combustão), válvulas, eixo do comando de válvulas e seus outros assistentes, como velas e bicos injectores. Quando rodamos a chave de ignição, ela acciona o motor de arranque, que faz o motor ligar. Ele também pode pegar por empurão. Só faça isso em emergências. Esse método pode partir o dente de uma engrenagem da caixa, além de haver o risco de encharcar o catalisador. Deve-se engatar a terceira vel., mantendo o pé na embreagem. Ligue o contacto. Com o carro em movimento, tire o pé da embreagem e faça figas para que o motor volte a funcionar. Importante: esse processo não se aplica a carros automáticos, que podem se danificar seriamente em uma tentativa dessas. Eles devem ser removidos por um guincho do tipo plataforma.


 
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Joao Cunha

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Seguimento parte 2:

Motor de arranque
O motor de arranque é o equipamento que transforma a energia eléctrica da bateria em energia mecânica, transmitida ao motor para o início do seu funcionamento. Ele surgiu em 1912, mas passou a ser adoptado pelos fabricantes de automóveis 15 anos depois, quando foi aperfeiçoado e deixou de apresentar problemas nos componentes eléctricos, que diminuíam sua durabilidade. Seu funcionamento é simples. Ao se ligar o carro, o motor de partida faz girar uma roda dentada instalada no volante do motor para que este entre em funcionamento. Como ele exige uma grande energia, se alguém esquecer o rádio ou os faróis ligados, a bateria pode descarregar e o carro só vai pegar de empurão ou por cabos. Por isso, manter a carga máxima da bateria é essencial para seu bom funcionamento.

Óleos
São todas as substâncias lubrificantes que se apresentam no estado líquido em temperatura normal. Existem diferentes tipos dentro de uma classificação técnica, podendo ser de origem mineral ou sintética. São usados para diminuir o atrito entre peças móveis do motor e da caixa. Fundamentais para o bom funcionamento do veículo, devem estar sempre dentro dos níveis recomendados pelas fábricas. O do motor requer trocas periódicas, também especificadas pelos fabricantes. Importante: não misture óleo mineral com sintético.

Platinados
É o nome dado ao conjunto de peças que abre e fecha o circuito de ignição. A sua função é distribuir a energia eléctrica para as velas na queima da mistura ar/combustível nos cilindros. O platinado entra em acção quando se liga a chave. A peça sofre desgaste e exige verificação periódica e eventuais manutenções. O ideal é conferir seu funcionamento a cada 5000kms. Nos carros actuais, esse sistema foi substituído pela ignição electrónica.

Pneus
Para cada veículo há um tipo de pneu apropriado. Isso evita má aderência e proporciona conforto e resistência ao transportar carga e passageiros. Por exemplo, um pneu com a nomenclatura 175/70 R13 S significa que ele tem 175 milímetros de largura e que a altura de sua lateral é de 70% dessa medida. O R é de radial, 13 é o diâmetro em polegadas do aro da roda e S indica que a velocidade máxima para este tipo de pneu é de aproximadamente 180 km/h.

Radiador
Parte do sistema de arrefecimento do veículo, o radiador realiza as trocas de calor entre ar/água ou ar/óleo, mantendo o motor e seus componentes em uma temperatura ideal de funcionamento. Tem um núcleo que pode ser constituído por uma série de canais (em forma de tubos ou de colmeia), por onde passa o ar que irá arrefecer a água ou o óleo. É importantíssimo manter a água – normalmente acrescida de um aditivo que reduza seu ponto de ebulição e evite a criação de ferrugem no sistema – sempre no nível indicado no reservatório instalado dentro do compartimento do motor. Sem esse cuidado, o motor pode atingir temperaturas elevadas que podem provocar a queima da junta da cabeça.

Suspensão
Seu objectivo é controlar a estabilidade, trepidação, oscilação e flutuação das rodas em contacto com as irregularidades do piso. Sem as peças fundamentais como amortecedores e molas não seria possível amenizar o impacto das rodas com o solo, transmitindo desconforto aos ocupantes do carro. Os sistemas de suspensão podem ser independentes, interdependentes, a ar e até “inteligentes” ou activos.

Tracção
É a força que impulsiona um veículo. Gerada pelo motor, passa às rodas pelo sistema de transmissão. Pode ser de três tipos: dianteira, traseira ou integral, também conhecida como tracção nas quatro rodas. A tracção dianteira exige um menor número de peças de transmissão. Com menos peso, há melhor aproveitamento da potência. Outra vantagem é o maior espaço disponível dentro da cabine, já que dispensa o uso do cardan e o túnel. A desvantagem é que sobrecarrega os pneus dianteiros, que são obrigados a traccionar o carro e ainda determinar as mudanças de direcção. Na tracção traseira, há a transferência de peso para o eixo de trás, diminuindo a possibilidade de o veículo patinar nos arranques, o que a torna ideal para carros com desempenho mais desportivo.

Turbo
Turbinar um motor é torná-lo mais potente com a instalação de um turbo-compressor. A diferença entre os motores aspirado e turbo está exactamente na forma como o ar é admitido no motor. No aspirado, o ar é sugado pelo movimento dos pistões. A função do turbo é forçar grande volume de ar para dentro dos cilindros, por meio de uma turbina (turbocharger, que é movimentada pelos gases do escape) ou por um compressor mecânico (supercharger, accionado por uma correia ligada ao motor do carro). Com mais ar no motor, há um aumento da energia gerada no momento da explosão dentro do cilindro, quando o pistão é empurrado para baixo com uma força maior, aumentando a potência proporcionalmente de 40% a 80%.

Velas
É a unidade responsável por provocar a ignição da mistura ar/combustível dentro do cilindro e, em consequência, sua explosão. O electrodo que gera a faísca trabalha em temperaturas que vão de 400 a 800 graus centígrados. O lado externo da vela é recoberto com material cerâmico que age como uma capa protectora do electrodo central. Ainda que alguns modelos tenham configuração diferente, em geral cada cilindro tem uma vela. Motores a diesel não são dotados de velas: a explosão se dá pela compressão do combustível.


Espero que gostem da explicação e atenção que não chamei leigos a ninguém ;) e peço desculpa pelos erros :p
 
João mas que excelente enciclopédia.
muito obrigado pela partilha.
é sempre uma mais valia ter-mos este tipo de informação.
parabéns pela iniciativa e já agora continue:D, pois da muito jeito
 
J

Jorge Aguiar

Guest
"e peço desculpa pelos erros"...
Bem, só por causa disso, desculpo-te...
 
OP
OP
Joao Cunha

Joao Cunha

Celicas Clube Português
António Miguel Carvalho disse:
:huh: :D
realmente não há assim muitas com mais de seis, mas a Mercedes tem com 7, penso que a Lexus ja tem uma com 8
Mas a DSG do Bugatti Veyron, não tenho dúvida, tem 8;)

Peço desculpa mas ainda sou do antigamente :feliz:
Tenho de me actualizar, tenho só pena que a mecânica de hoje em dia não é tão fiável como o antigamente.... ;)
 

Joao Gomes

Veterano
Joao Cunha disse:
Peço desculpa mas ainda sou do antigamente :feliz:
Tenho de me actualizar, tenho só pena que a mecânica de hoje em dia não é tão fiável como o antigamente.... ;)

O problema de hoje em dia não é a mecânica mas sim a electrónica ;)
 

Rui S. Motta

Clássico
cesar novais disse:
tópico muito util ;)
Muito bom este tópico iniciado por João Cunha.

Se possível continue com a sua 'enciclopédia do automóvel', que é de grande utilidade para uma pessoa não muito entendida como eu.

Parabéns!
 

Mike Silva

O aprendiz
Já agora , permitam-me colocar alguns termos:

Termo-sifão: Sistema que permite o arrefecimento em motores antigos sem bomba de água, onde o líquido refrigerante circula segundo a lei da física em que a parte do líquido mais quente tende a subir. Ao subir, vai empurrar o ar frio que entretanto se encontra no radiador para dentro do motor novamente. Os motores de termo-sifão tem normalmente o radiador sobreelevado em relação ao motor.

ECU ( ou "centralina")

Um aparelho automático que calcula o procedimento a adoptar em cada circunstancia de funcionamento do motor, lendo sinais de "medidores" como o de massa de ar, de pressão absoluta,de aceleração,posição de cambota, ou de gases de escape e fornecendo indicações a "actuadores" como a Válvula de recirculação de gases de escape (EGR),injectores,bobines e bombas.

A finalidade deste equipamento, mais do que contribuir para um consumo ou performance melhorados, é a de proporcionar emissões compatíveis com a legislação internacional.

Estes aparelhos podem ser reprogramados, dando mais "cavalos" ao motor, mas retirando uma faixa de segurança de operação, e uma margem importantissima designada de fábrica para quando as coisas corressem "mal".

Barra "Panhard":

Uma barra colocada transversalmente no eixo traseiro do carro, que liga uma das extremidades do eixo á extremidade oposta da carroçaria, evitando a deslocação transversal do eixo nas curvas.

Barra anti-aproximação:

Uma barra coocada de maneira que ligue os topos dos amortecedores em cada eixo, e que contribui para que a carroçaria não "feche" sobre si, em curva.

Overdrive:

Mecanismo acoplado á caixa de velocidades , entre esta e o veio de transmissão, largamente utilizado nos desportivos ingleses clássicos,que era operado por uma válvula solenóide, possibilitando uma relação de transmissão superior á da propria rotação do motor ( Maior do que 1:1,portanto). Com a generalização das 5 velocidade e de motores mais desenvolvidos, caiu em desuso, mas continua a ser fabricado por empresas inglesas para substituir unidades deterioradas.

Módulo de Ignição:

Dispositivo transistorizado que veio substituir os platinados e o condensador e utilizado regularmente em modelos "de transição" da década de noventa. Hoje em dia, as UCE incorporam este modulo.
Amplamente difundido pela comunidade de clássicos, como meio de proporcionar faisca fiável para qualquer tipo de veículo. Existem empresas especializadas no fabrico de soluções para o mais impensável dos clássicos.

Captador:

Em conjunto com o Módulo, veio substituir os platinados e o condensador. Trata-se de um emissor magnético, inicialmente de indução, mais tarde de efeito HALL, que permite "ordenar" á bobine quando a faísca deve saltar. Hoje em dia, funciona com o sensor de cambota em alguns modelos.

Vejam lá se se lembram de mais alguns...

www.saladasmaquinas.blogspot.com
 
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