Não coloquei este tópico nos diários de bordo nem nas oficinas especializadas porque o carro não é de um membro do forum, nem será para ser seguido.
Por um lado a curiosidade de um carro que ainda não é um clássico, já merecer da parte do dono esta atenção e por outro, serve para mostrar o que um projecto uma base low cost e em aparente bom estado pode implicar.
A história do carro;
Este 45 foi o primeiro carro de um amigo de Lisboa, comprado em segunda mão.
Esteve uns anos ao serviço em Lisboa e acompanhou o dono quando este foi trabalhar para a Bélgica. Entretanto o dono novo regressou a Portugal, comprou um A3 novo e o Uno ficou na Bélgica, onde esteve 5 anos sendo o seu carro de serviço nas muitas deslocações que continuou a fazer aquele país.
Quando deixou de ser preciso na Bélgica, veio para Portugal e o dono começou a preferi-lo para o dia-a-dia, ao fim de algum tempo começou a achar que talvez nunca o vendesse. Quanto mais andava nele mais gostava e sem ser um petrolhead decidiu preservá-lo, solicitando-me ajuda (não remunerada entenda-se).
O carro parecia bem, tem à volta de 114.000km, interior impec, umas bolhas à volta do tecto de abrir, outras do parabrisas e nos guarda-lamas traseiros. Aparentemente nada de grave.
Na foto de cima o carro conforme me foi entregue no fim de Fevereiro.
Levei-o para Vila Verde pela A1 e A3 para orçamentação.
Carro a rolar impec, com os pneus Michelin e os amortecedores Sachs a permitirem um excelente comportamento em curva. Aproveitei e trouxe-o carregado com duas camas de bebé (com autorização do dono)
No dia seguinte na oficina de Vila Verde, depois de se refazerem da surpresa pelo facto de existir alguém capaz de gastar uns euros valentes num carro sem qualquer valor, analisaram-no em pormenor. Em 88 quando restaurei a minha VW Split de 63 senti a mesma reacção e ainda ouvi um cliente da oficina comentar "no que se gasta dinheiro!". Custou-me 50 contos com o motor bloqueado e sem grandes podres aparentes. Pensei que com 150 ficava pintada e no fim gastei 1000 (pintura, estofador e mecãnica)...
Primeira supresa, o chapeiro recusou-se a reparar o tecto de abrir. Apesar de por fora não estar com muito mau aspecto, segundo ele era irrecuperável. Creio que foi honesto, se fosse um artista tapava as misérias e recebia a massa para dai a 2 anos estar tudo pior. Telefonemas e tal, mas não se encontrava um tejadilho com o buraco do tecto de abrir original.
O dono teve de tomar uma decisão, ou aceitava substituição por um tecto normal ou eles não pegavam no carro. Justificaram técnicamente a atitude e seria muito longo expor tudo aqui.
Chegou-se a uma acordo a nivel de preço, com salvagurada de eventuais surpresas quando o carro fosse desmontado, tendo eu regressado a Lisboa na Renex.
Passamos o fim de semana seguinte com dono do Uno e familia no Alentejo durante o qual o "restauro" veio várias vezes à baila. Pelo meio do muito entusiasmo lá fui dizendo, calma vamos desmontar tudo e ver. Aqui o meu Coupe Gt e o A3 a abastecerem em Mértola enquanto as caras metades a trocam cromos....
Fast forward,
Início de Abril visita a Vila Verde:
Exterior do tejadilho original..
Interior...
Novo tejadilho já aplicado...
Aqui já podem ver uma das 2 surpresas, torres das suspensões traseiras fora de serviço e toca a reconstruir tudo....
Note-se que o carro apresentava um excelente estado.
Primeira surpresa, torres das suspensões fora de serviço, um lado já está pronto o outro não...
Segunda surpresa, teve uma batida lado esquerdo atrás e foi mal reparada tudo podre na esquina....
O painel traseiro esquerdo visto por dentro...
Lado oposto ainda com a cor original...
Outras "minudências"....
O dono continua entusiasmadisssimo, o que prova que gosta genuinamente do carro.
nuno granja
Por um lado a curiosidade de um carro que ainda não é um clássico, já merecer da parte do dono esta atenção e por outro, serve para mostrar o que um projecto uma base low cost e em aparente bom estado pode implicar.
A história do carro;
Este 45 foi o primeiro carro de um amigo de Lisboa, comprado em segunda mão.
Esteve uns anos ao serviço em Lisboa e acompanhou o dono quando este foi trabalhar para a Bélgica. Entretanto o dono novo regressou a Portugal, comprou um A3 novo e o Uno ficou na Bélgica, onde esteve 5 anos sendo o seu carro de serviço nas muitas deslocações que continuou a fazer aquele país.
Quando deixou de ser preciso na Bélgica, veio para Portugal e o dono começou a preferi-lo para o dia-a-dia, ao fim de algum tempo começou a achar que talvez nunca o vendesse. Quanto mais andava nele mais gostava e sem ser um petrolhead decidiu preservá-lo, solicitando-me ajuda (não remunerada entenda-se).
O carro parecia bem, tem à volta de 114.000km, interior impec, umas bolhas à volta do tecto de abrir, outras do parabrisas e nos guarda-lamas traseiros. Aparentemente nada de grave.
Na foto de cima o carro conforme me foi entregue no fim de Fevereiro.
Levei-o para Vila Verde pela A1 e A3 para orçamentação.
Carro a rolar impec, com os pneus Michelin e os amortecedores Sachs a permitirem um excelente comportamento em curva. Aproveitei e trouxe-o carregado com duas camas de bebé (com autorização do dono)
No dia seguinte na oficina de Vila Verde, depois de se refazerem da surpresa pelo facto de existir alguém capaz de gastar uns euros valentes num carro sem qualquer valor, analisaram-no em pormenor. Em 88 quando restaurei a minha VW Split de 63 senti a mesma reacção e ainda ouvi um cliente da oficina comentar "no que se gasta dinheiro!". Custou-me 50 contos com o motor bloqueado e sem grandes podres aparentes. Pensei que com 150 ficava pintada e no fim gastei 1000 (pintura, estofador e mecãnica)...
Primeira supresa, o chapeiro recusou-se a reparar o tecto de abrir. Apesar de por fora não estar com muito mau aspecto, segundo ele era irrecuperável. Creio que foi honesto, se fosse um artista tapava as misérias e recebia a massa para dai a 2 anos estar tudo pior. Telefonemas e tal, mas não se encontrava um tejadilho com o buraco do tecto de abrir original.
O dono teve de tomar uma decisão, ou aceitava substituição por um tecto normal ou eles não pegavam no carro. Justificaram técnicamente a atitude e seria muito longo expor tudo aqui.
Chegou-se a uma acordo a nivel de preço, com salvagurada de eventuais surpresas quando o carro fosse desmontado, tendo eu regressado a Lisboa na Renex.
Passamos o fim de semana seguinte com dono do Uno e familia no Alentejo durante o qual o "restauro" veio várias vezes à baila. Pelo meio do muito entusiasmo lá fui dizendo, calma vamos desmontar tudo e ver. Aqui o meu Coupe Gt e o A3 a abastecerem em Mértola enquanto as caras metades a trocam cromos....
Fast forward,
Início de Abril visita a Vila Verde:
Exterior do tejadilho original..
Interior...
Novo tejadilho já aplicado...
Aqui já podem ver uma das 2 surpresas, torres das suspensões traseiras fora de serviço e toca a reconstruir tudo....
Note-se que o carro apresentava um excelente estado.
Primeira surpresa, torres das suspensões fora de serviço, um lado já está pronto o outro não...
Segunda surpresa, teve uma batida lado esquerdo atrás e foi mal reparada tudo podre na esquina....
O painel traseiro esquerdo visto por dentro...
Lado oposto ainda com a cor original...
Outras "minudências"....
O dono continua entusiasmadisssimo, o que prova que gosta genuinamente do carro.
nuno granja
Anexos
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