Cromados

Nuno Silva

YoungTimer
Olá a todos. Parabéns pela criação deste espaço.
Tenho na familia um Austin Healey Sprite MkIV de 1970.

Aminha pergunta vai a respeito da recuperação dos cromados. Acontece que estão com um ponteado de ferrugem?? (desculpem a minha ignorância).
Gostava de saber a vossa experiência com a recuperação deste tipo de material.

São essencialmente os parachoques dianteiro e traseiro por serem as áreas mais expostas. Há empresas especializadas em reparação deste material?

:feliz:
 

Tiago Freire

YoungTimer
Bom dia!
Eu não sei se existem casas que tirem esses pontos de ferrugem, mas se for muita ferrugem, tem de mandar cromar os para-choques, ou então se for pouco tente esfregar com palha de aço. Pode ser que seja só superficial e saia tudo.

Um abraço!
 
Boas

Quanto a cromados, a coisa não é fácil porque quando a ferrugem aparece ou é atacada logo de inicio, ou estamos fritos.
De inicio a passagem de palha de aço resolve embora tenha de ser aplicada com calma porque há cromados que ficam riscados. Há produtos próprios para o assunto que com mais trabalho também conseguem limpar esses pequenos pontos de ferrugem.
Quando a doença já pegou, então temos porras...
Mandar cromar é uma opção mas pelo que tenho ouvido as cromagens nacionais duram muito pouco tempo. Há que estudar bem a coisa pois se ainda existir possibilidade de comprar novo é sem duvida a melhor opção.
Eu no meu 02 estou a braços com esse problema. Para já há outras prioridades, mas estou a pensar seriamente em comprar novo pois não me apetece gastar dinheiro e daqui a pouco tempo.... ferrugem outra vez. Mas para falar verdade ainda não me dei ao trabalho de fazer contas. Ás tantas pode sair mais barato mandar cromar de 3 em 3 anos por exemplo.

Não compreendo como é possível uma cromagem original durar quase uma vida enquanto uma "recromagem" dura tão pouco tempo...
 

Tiago Freire

YoungTimer
O senhor Jorge tem razão no que diz, e vem completar em muito o meu comentário.

Para responder á sua questão, existem vários tipos de cromagem e a que se fazia antigamente é a chamada cromagem dura, em que as peças além de ficarem com o aspecto normal da cromagem, ficam com o metal endurecido, pois é feito uma espécie de tratamento superficial. O problema da recromagem ou da cromagem das peças velhas hoje em dia, prende-se com o facto de a cromagem não ser tão boa, pois é uma cromagem mais fraca, depois o outro factor mais importante é que as peças se não forem para a cromagem bem limpinhas, eles lá também não se preocupam muito em as limpar bem, ou seja fazem só a preparação necessária para que não se note sujidade, buraquitos ou isso no final e está a andar.

Um abraço!
 
Olá a todos,

De facto, dada a quantidade de cromados que os carros antigos geralmente têm e a diferença que a sua qualidade implica no aspecto final de um clássico, a cromagem não é assunto para se ignorar!!!

Assim, acho que limpar os cromados com palha-de-aço não me parece uma boa ideia pois, por muito suave que seja a utilização ou muito "gasta" que esteja a palha-de-aço, vai riscar pela certa!

O resultado final (de uma cromagem) depende muito da preparação prévia (das peças). Aliás como em tantas outras coisas...!

A menos que se esteja a preparar a superfície para ser re-cromada, eu não usaría palha-de-aço sobre uma peça cromada em nenhuma circunstância...

Da minha experiência, conseguem-se bons resultados usando pastas de polimento de pintura. Se o cromado estiver em mau estado ou com sujidade de anos, começa-se por uma pasta de polir grossa. Aplicar, esfregar e limpar até esgotar a capacidade de polimento dessa pasta. Isto comprova-se quando, com sucessivas aplicações, não se consegue obter uma superfície mais suave com a mesma pasta. Depois emprega-se a mesma rotina mas com uma pasta de polir média e, por último, com uma pasta de polir fina. Para acabamento final usar uma pasta de polir própria para cromados para puxar o briho final.

Para facilitar o trabalho, o melhor é usar uma escova rotativa aplicada num qualquer berbequim pois fazer à mão custa um bocado...

Para o brilho final, usar uma escova de algodão SECA e LIMPA!

Ah! Claro! Faltam os ingredientes finais que são: tempo e... muita paciência!


Em relação ao facto de as cromagens originais durarem uma vida e as actuais não, existe essa ideia, efectivamente. Confesso que também não sei a razão mas acho que a explicação da "cromagem dura" versus a "actual" (será que a podemos chamar "mole"? Estou a gozar um pouco...) não me convence muito pois, pelo que julgo saber, as diferenças entre elas são apenas na espessura das camadas metálicas (crómio, níquel e cobre). Assim, de facto não há razão para os cromados actuais serem de inferior qualidade tal como refere o Jorge Faustino. Parece-me mais que o problema está na "qualidade" do trabalho que se realiza por cá uma vez que tenho algumas dúvidas que os cromadores cá da praça façam a preparação prévia devida e depois controlem correctamente as variáveis do processo: intensidade de corrente, temperatura da solução, concentrações iónicas, uniformidade da solução e tempo. Depressa e bem não há quem! Infelizmente, muitas vezes se pode acrescentar o factor ignorância de quem faz este tipo de coisas... Que formação têm as pessoas que trabalham nas cromagens?

Quanto ao comprar novo versus re-cromar, a questão pode não ser tão linear como isso pois se comprar novo pode ser potencialmente mais caro, não é garantide por si só um melhor resultado final pois há muitas empresas do ramo, nomeadamente de Inglaterra, que para reduzir custos fazem as peças e/ou a cromagem em países como a Índia ou o Paquistão onde o controle da qualidade não é famoso...

Esta mesma situação acontece com os paineis de substituição da carrocería. Quem já não comprou um painel novo e depois se viu "grego" para conseguir um ajuste perfeito com as folgas certas?

Um abraço,
Pedro
 
Bom quando eu falei em novo referia-me a material da marca. Pois há muitas peças de carroceria que são feitas, sabe Deus onde e que sendo muito mais baratas tambem são de Qualidade muito inferior.
Nestas história das cromagens lembro-me sempre de um individuo que encontrei na Figueira da Foz com um Mercedes. Estava muito tristo dado que após um ano de restauro tinha os cromados todos picados... "Eu já sabia que ia ser assim mas não tão depressa, só não queria gastar já os mil e tal contos em cromados para este carro"

Enfim, por muito que me custe, esta história e Portugal e Bandeira, ainda é só Futebol...
 

Vitor Dinis Reis

Pre-War
Membro do staff
Portalista
Pedro Santos Jorge disse:
Em relação ao facto de as cromagens originais durarem uma vida e as actuais não, existe essa ideia, efectivamente. Confesso que também não sei a razão mas acho que a explicação da "cromagem dura" versus a "actual" (será que a podemos chamar "mole"? Estou a gozar um pouco...) não me convence muito pois, pelo que julgo saber, as diferenças entre elas são apenas na espessura das camadas metálicas (crómio, níquel e cobre). Assim, de facto não há razão para os cromados actuais serem de inferior qualidade tal como refere o Jorge Faustino. Parece-me mais que o problema está na "qualidade" do trabalho que se realiza por cá uma vez que tenho algumas dúvidas que os cromadores cá da praça façam a preparação prévia devida e depois controlem correctamente as variáveis do processo: intensidade de corrente, temperatura da solução, concentrações iónicas, uniformidade da solução e tempo. Depressa e bem não há quem! Infelizmente, muitas vezes se pode acrescentar o factor ignorância de quem faz este tipo de coisas... Que formação têm as pessoas que trabalham nas cromagens?

Entendo então que ao contrário de muitas outras áreas onde procuramos artesãos do restauro devemos procurar oficinas de cromagem recentes que utilizam técnicas novas e mais modernas.

Já agora conheces o precesso de recuperação de um peça cromada, passando pela limpeza da mesma?

Abraços,
 
Pois é um facto que as cromagens são muito más em Portugal...tenho um amigo que recuperou um Minor, incluindo cromagens e num espaço de poucos anos já estão a aparecer pontos de ferrugem e a levantar a parte cromada....
A sugestão que lhe deram foi a de ir a Espanha....pois é..parece que os nuestros hermanos são uns grandes cromios...

vou tentar arranjar umas moradas, até porque o meu nsu vai precisar....
 
João Pedro Gomes disse:
Pois é um facto que as cromagens são muito más em Portugal...tenho um amigo que recuperou um Minor, incluindo cromagens e num espaço de poucos anos já estão a aparecer pontos de ferrugem e a levantar a parte cromada....
A sugestão que lhe deram foi a de ir a Espanha....pois é..parece que os nuestros hermanos são uns grandes cromios...

vou tentar arranjar umas moradas, até porque o meu nsu vai precisar....

Isso é que era...umas moraditas...
Eu gostava de tratar dos pára-choques do N600 qua está a ficar picadito e ainda não fiz porque sei que à partida fico mal servido.
 
Boa noite a todos,

Estou a restaurar um Ford Cortina Estate MKIII de 1972, têm muitas peças cromadas.
Com estes 34 anos os cromados realmente ainda duram e estão ali para durar, mas os meus para-choques cromados têm mossas de algumas batidas do antigo dono. Como posso endireitar sem estragar o cromado?

Disseram-me que para o cromado agarrar têm de ir em chapa, sem poliester que normalmente usam, para dar os retoques finais na chapa.

Obrigado.
 
Caros Amigos,

Para dar um pouco de vida aos cromados tenho usado o abrilhantador de metais da AutoGlym. Não é barato mas é muito eficaz.

Consegue-se um brilho fantástico mesmo em peças que, à primeira vista, não pareciam grande coisa. Consegue inclusivamente remover alguns pontos de ferrugem.

Recomendo!

Um abraço a todos,
Pedro Santos Jorge
 

luis monteiro

YoungTimer
Os parachoques do meu 100A foram cromados em Portugal a pelo menos 8 anos e ainda estao bons, e o carro tem estado a chuva e ao sol.
Mandei cromar na SLM(sociedade lisbonense de metalização, em Catujal) Não é mais caro do que noutros sitios e ficam impecável. O único problema é que eles não têm casquilheiro, ou seja, as peças já têm de ir bem direitas para a cromagem.
 

Alvaro Estevao

YoungTimer
Aqui vai mais uma achega:
Tenho um Mercedes 170 S e agrelha do radiador tem os cromados já bastante estafados.
Como nao me interessa agora pô-la como nova, a solução foi limpá-la bem com diluente e massa de polir e depois para manter a superficie isolada, em particular as partes picadas, apliquei silicone em spray.
No final o resultado nao sendo óptimo foi satisfatório.
 
BOa tarde
Eu sei de um método facil que uso quando algumas peçcas cromadas estão com umas pinas de ferrugem se nao for mt profundo
Deixe a amolecer em oleo uma meia hora depois com um esfregao da cozinha daqueles bravo que molhados deitam um liquido cor de rosa lave bem o cromado com esse esfregao e depois passe um pano limpo fazendo alguma pressão! melhora bastante!

Comprimentos:cool:
 
Hoje já aprendi alguma coisa neste tópico quanto a cromados.
Obrigado pessoal.

Aqui em Coimbra também há uma casa, chama-se: Cromagem Avenida
 

tiago rodrigues

Clássico
Boa noite eu sei de uma empresa nos arredores de Leiria que faz cromagens de boa qualidade, aliás o senhor equipou-se com máquinas novas.

Se alguém estiver interessado, posso dar o contacto.
cumprimentos
 

Paulo Almeida

Veterano
João Negrão disse:
BOa tarde
Eu sei de um método facil que uso quando algumas peçcas cromadas estão com umas pinas de ferrugem se nao for mt profundo
Deixe a amolecer em oleo uma meia hora depois com um esfregao da cozinha daqueles bravo que molhados deitam um liquido cor de rosa lave bem o cromado com esse esfregao e depois passe um pano limpo fazendo alguma pressão! melhora bastante!

Comprimentos:cool:

Que tipo de óleo ? :huh:
 
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