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Antes Francisco Lemos Ferreira
Erret Loban Cord comandava a bem-sucedida revendedora de automóveis Moon, em Chicago, nos Estados Unidos, quando foi convidado em 1924 pela Auburn para reestruturá-la e tentar evitar sua falência. O salário anual de US$ 36.000 foi recusado em favor de 20% do lucro que Cord pudesse gerar
Em menos de um ano Cord já havia adquirido o controle da Auburn. Logo depois foi a vez da Duesenberg, da Lycomming Motors, de algumas empresas de carrocerias, da American Airways (hoje American Airlines), da fábrica de aviões Stinson e de um estaleiro. Começou assim um dos mais emblemáticos impérios da indústria automobilística, responsável pela produção de alguns fantásticos automóveis.
O conglomerado comandado por Cord possuía automóveis nos dois extremos do mercado: do Auburn, entre os mais baratos, aos caríssimos Duesenberg. Mas faltava um produto intermediário, na faixa dos US$ 4.000, para concorrer com os Cadillacs e Marmons. Este mercado era próspero no anos 20, com muitos novos-ricos preocupados mais com a aparência do que com a tradição de seus automóveis.
Tendo a aparência como chave para as vendas, Cord iniciou o projecto de seu novo modelo. Ele deveria ser baixo, com uma aparência mais esguia e com glamour- algo diferente de tudo o que já havia sido produzido. Para conseguir este resultado, Cord estava decidido que a única solução seria a tração dianteira. Poucos se arriscaram nos EUA a utilizar este sistema: Walter Christie no início do século, a Ruxton nos anos 20 e Harry A. Miller e Cornelius Van Ranst, em automóveis de competição.
Para não haver problemas Cord contratou os melhores: Miller, de quem comprou a patente para tracção dianteira, e Van Ranst, além de Léon Duray, piloto de Miller. Em cinco meses o protótipo foi produzido. A carroceria ficou a cargo de Al Leamy, chefe do projecto, e John Oswald. O desenho final foi aquele apresentado por Oswald, mas com muitas das idéias de Leamy -- a principal delas, a grade do radiador em forma de diedro, copiada pela Chrysler em seu Imperial 1930. Leamy deu ainda ao automóvel o nome: Leamy ano 1929, ou apenas L-29.
O motor era uma versão modificada do que equipava o Auburn 120, com 4,9 litros, desenvolvendo 125 cv. O posicionamento da caixa à frente do motor e do eixo dianteiro obrigava que as trocas de velocidade fossem feitas puxando e virando uma alavanca no painel. A velocidade máxima era de 125 km/h e os preços para os automóveis com carroceria de fábrica estavam entre US$ 3.095 e US$ 3.295.
Contudo, nem o aumento da capacidade do motor para 5,3 litros, a elevação da potência para 132 cv e a diminuição nos preços foram suficientes para sustentar as vendas do L-2 A produção cessou em Dezembro de 1932, com apenas 5.300 exemplares construídos. Parecia encerrada a vida de mais uma marca de automóveis nos Estados Unidos, mas uma série de eventos -- daqueles que só o acaso poderia criar -- acabou por gerar um novo modelo Cord, um automóvel incomparável e único.
Em menos de um ano Cord já havia adquirido o controle da Auburn. Logo depois foi a vez da Duesenberg, da Lycomming Motors, de algumas empresas de carrocerias, da American Airways (hoje American Airlines), da fábrica de aviões Stinson e de um estaleiro. Começou assim um dos mais emblemáticos impérios da indústria automobilística, responsável pela produção de alguns fantásticos automóveis.
O conglomerado comandado por Cord possuía automóveis nos dois extremos do mercado: do Auburn, entre os mais baratos, aos caríssimos Duesenberg. Mas faltava um produto intermediário, na faixa dos US$ 4.000, para concorrer com os Cadillacs e Marmons. Este mercado era próspero no anos 20, com muitos novos-ricos preocupados mais com a aparência do que com a tradição de seus automóveis.
Tendo a aparência como chave para as vendas, Cord iniciou o projecto de seu novo modelo. Ele deveria ser baixo, com uma aparência mais esguia e com glamour- algo diferente de tudo o que já havia sido produzido. Para conseguir este resultado, Cord estava decidido que a única solução seria a tração dianteira. Poucos se arriscaram nos EUA a utilizar este sistema: Walter Christie no início do século, a Ruxton nos anos 20 e Harry A. Miller e Cornelius Van Ranst, em automóveis de competição.
Para não haver problemas Cord contratou os melhores: Miller, de quem comprou a patente para tracção dianteira, e Van Ranst, além de Léon Duray, piloto de Miller. Em cinco meses o protótipo foi produzido. A carroceria ficou a cargo de Al Leamy, chefe do projecto, e John Oswald. O desenho final foi aquele apresentado por Oswald, mas com muitas das idéias de Leamy -- a principal delas, a grade do radiador em forma de diedro, copiada pela Chrysler em seu Imperial 1930. Leamy deu ainda ao automóvel o nome: Leamy ano 1929, ou apenas L-29.
O motor era uma versão modificada do que equipava o Auburn 120, com 4,9 litros, desenvolvendo 125 cv. O posicionamento da caixa à frente do motor e do eixo dianteiro obrigava que as trocas de velocidade fossem feitas puxando e virando uma alavanca no painel. A velocidade máxima era de 125 km/h e os preços para os automóveis com carroceria de fábrica estavam entre US$ 3.095 e US$ 3.295.
Contudo, nem o aumento da capacidade do motor para 5,3 litros, a elevação da potência para 132 cv e a diminuição nos preços foram suficientes para sustentar as vendas do L-2 A produção cessou em Dezembro de 1932, com apenas 5.300 exemplares construídos. Parecia encerrada a vida de mais uma marca de automóveis nos Estados Unidos, mas uma série de eventos -- daqueles que só o acaso poderia criar -- acabou por gerar um novo modelo Cord, um automóvel incomparável e único.