Automoveis de Fabrico Nacional

Grande máquina, ainda se vêm bastantes a andar.
No meio deste material recolhido até agora acho que estamos em condições de dizer, que Portugal teve uma industria automóvel um pouco rica, mas graças a fortíssima concorrência e de certeza que ao pensar um pouco mesquinho dos portugueses que acham o que vem de fora é bom, Portugal nunca conseguiu alcançar grandes feitos, felizmente esse pensar esta a desaparecer, mas um pouco lento...
 
OP
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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Para um jovem como eu que, á uns anos atrás, desconhecia por completo a existência de alguma marca nacional, ao descobrir este passado, sinto dentro de mim uma dupla sensação de Orgulho/Tristeza pelo passado/presente da industria automóvel nacional !
 
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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
mais uma,

Ver anexo 18214
Um recorte de imprensa, retirado da revista do ACP, sobre o jipe Portaro.
É relativo à terceira participação do todo-o-terreno Portaro no 50º Salão Automóvel de Geneve, tendo sido o representante da indústria automóvel portuguesa.
A versão apresentada na imagem tem capota de lona.
 

Anexos

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Diogo Lisboa

Veterano
Nelson Lopes disse:
talvez seja, será aquele carro que tu dizes que está perto da fábrica das louças sanitárias Roca?

Nelson, querias um fotografia dele, cá vai...

Melhor que isto só ao pé dele...
 

Anexos

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Diogo Lisboa

Veterano
Nelson Lopes disse:
Bem, apesar da pouca informação vou-me lançar para os TT, antes do grande UMM, deixo-vos com umas imagens do Portaro, outro grande jipe Português.

Ver anexo 20813 Ver anexo 20814 Ver anexo 20815 Ver anexo 20816

Ver anexo 20817 Ver anexo 20818 Ver anexo 20819

PORTARO FMAT 250

Motor: diesel, 4 cil. em linha, diateira longitudinal.
Cilindrada: 2.496 cm3
Potência: 52 kW/71 hp a 4.000 rpm
Torque: 146 Nm a 2.500 rpm
Transmissão: tração traseira, dianteira opcional. Câmbio 5 marchas com reduzida.
Suspensão: dianteira independente, molas helicoidais, braços tranversais; traseiro rígido e feixe de molas.
Freios: dianteira e traseira tambor.
Pneus: 205 R 16; rodas 5,5 x 16
Carroceria: armação leve, estrutura de aço, 2 portas, 5 lugares.
Dimensões: (comp X larg X alt): 4.000 X 1.780 X 1.950 mm
Distância entre eixos: 2.350 mm.
Peso em ordem de marcha: 1.700 Kg
Vel. máx.: 140 Km/h

Eu tenho aqui fotos de 2 Portaros que estão abandonados...


Portaro numa sucata, com :(tejadilho cortado, :(sem recuperação só aproveitamento de peças...


Portaro dos Bombeiros Voluntários de Leiria, que há uns anos :feliz:encontrava-se em circulação e agora foi :wacko:posto num canto, mas ainda vai a tempo de recuperação...
 

Anexos

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aqui vao mais 2 portaros de um familiar meu e que andam à procura de novos "montes" ;).

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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Fabricio Estebes disse:
Se a informação for repetida então apaguem:

Podem dar uma vista de olhos pelo exelente blog Rodas de Viriato, sobre tudo o que roda fabricado em Portugal:

http://www.rodasdeviriato.blogspot.com/

Excelente, sendo eu colega de um dos contribuintes habituais!
Força Nuno!


Foi este blog que me inspirou a criar este tópico, algumas das marcas de automóveis que hoje conheço foi aí que tive conhecimento...:cool::huh:
 
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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Mais um projecto, não sei se inteiramente nacional, mas foi construido cá, pelo que parece sob o nome Opel GM Amigo . O Opel/GM Amigo foi um projecto dos finais dos anos 70, com muita chapa quinada, parece essencialmente virado para o trabalho no campo, conforto minimo, extras nem vê-los !! Parece o ideal para a tarefa que lhe era atribuída.

Tem umas certas semelhanças com aqueles primeiros camiões do principio do século XX.

uns em mau estado :

Ver anexo 21347

Ver anexo 21351

uns que tiveram sorte...

Ver anexo 21353
 

Anexos

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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Marlei um automóvel português

O Marlei que marcou a história do automóvel em Portugal, foi construído por Mário Leite, nos anos 50, na cidade do Porto. O Marlei, foi idealizado e construído por Mário Moreira Leite, um exímio mecânico da cidade do Porto, durante vários anos chefe técnico das oficinas General Motors, em Vila Nova de Gaia. A história do Marlei encontra-se contada em Livro numa edição do Museu dos Transportes e Comunicações, da autoria de José Barros Rodrigues.
O Marlei, é hoje um automóvel de reconhecido valor museológico, estando, para os interessados (eu incluído, assim que vier a calhar), ao alcance de todos na exposição permanente do Museu dos Transportes e Comunicações, “ O Automóvel no Espaço e no Tempo”.

Características Técnicas

Motor
-Arquitectura: 4 cilindros em linha, refrigerado a água
-Cilindrada(c.c.): 1488
-Diâmetro x Curso(mm): 80x74
-Regime máximo(rpm): 7000

Chassis
-Tipo: plataforma do Opel Olympia Rekord com estrutura mista constituída por tubos em aço e painéis metálicos

Carroçaria
-em alumínio, estampada à mão

Suspensão dianteira
-Rodas independentes. Braços articulados transversais com conjunto mola helicoidal/amortecedor. Barra estabilizadora

Suspensão traseira
-Eixo rígido com molas de lâminas semi elípticas longitudinais. Amortecedores

Peso da carroçaria(kg)-30

Peso total(kg)
-500

Caixa de velocidades
-de origem Vauxhall, modificada, com 4 velocidades + m.a.

Travagem
-circuito hidráulico com tambores nas quatros rodas, de origem Vauxhall

Dimensões(mm)-Distância entre eixos: 2395
-Via dianteira: 1200
-Via traseira: 1268
-Largura: 1510

Velocidade máxima(km/h)-cerca de 160


Ver anexo 21357

Ver anexo 21361

Ver anexo 21365
 

Anexos

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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Para melhor conhecer a personalidade do construtor :


Entrevista a Mário Leite

“Comecei a trabalhar com automóveis aos 10 anos,
eu morava na Carvalhosa e, no andar por baixo do
meu, morava o dono de um carro de praça da marca
Darracq. Quando ele queria limpar os cilindros do
automóvel pedia-me para o ajudar porque eu tinha
a mão pequenina.”
Mário Moreira Reis Leite obteve a carta de
condução no dia 10 de Fevereiro de 1933, tinha
18 anos sendo necessário emancipar-se para
poder conduzir legalmente.
Afirma que o exame não passou de um pró-forma;
Só havia 5 sinais de código e podia-se circular em
todas as direcções, excepto na rua de Cedofeita
por causa dos engarrafamentos...
Engarrafamentos???
Sim, explica, por causa dos carros de Bois!
Mário Moreira Leite conduziu até 2002 e nunca
teve um acidente.
Foi sorte ou perícia do condutor?
As duas coisas. Olhe, uma ocasião em 1957, tive
de ir a Barcelona e foi a primeira vez que eu guiei
à minha vontade...
O que quer dizer?
É que quando ia acompanhado tinha de parar,
para isto e aquilo...
Dessa vez fui sozinho e não parei. Só para meter
gasolina. Guiava um Chevrolet de 1952. Saí do
Porto às 7 da manhã e às 10 da noite estava em
Barcelona, com 1350 km feitos. (média de 90/km por hora!)

Dois anos depois, participou, pela primeira vez,
numa corrida de automóveis como piloto, embora
já antes tivesse corrido, como mecânico, sentado
ao lado de grandes nomes das corridas de
automóveis da época.
Eu era sempre dos que chegava ao fim. Ficava
sempre nos primeiros 10 lugares e qualquer carro
me servia, eu ia para me distrair.
Apesar de afirmar que qualquer carro lhe servia
Mário Moreira Leite concebeu e construiu um
automóvel à sua medida: o MARLEI.
No início dos anos 50 chegou à garagem do
agente da General Motors, em Vila Nova de Gaia,
uma Opel Olympia Caravan, totalmente destruída
por um acidente. Mário Moreira Leite, na altura
chefe dos mecânicos nessa oficina, desencadeou
o início da construção de um novo automóvel,
nas horas vagas, aproveitando peças do destroço.

Qual foi o seu objectivo principal quando decidiu
construir o MARLEI?
Olhe, eu cacei, pesquei, fui piloto da aviação civil,
... construir o MARLEI foi mais uma válvula de
escape como outra qualquer. Sempre gostei de
desafios, de resolver coisas difíceis... e valeu o
esforço, o carro ficou fantástico! Era impossível
virá-lo!

Mário Leite aproveitou a plataforma e as
suspensões do Opel e fez uma estrutura em tubos
e painéis de aço soldados. A carroçaria em
alumínio, estampada à mão pesava apenas 35
quilos. O motor e a direcção também eram Opel
enquanto a transmissão e o bloco de travagem
eram Vauxhall. A maior intervenção mecânica foi
feita na caixa de velocidades e no diferencial para
ser possível ganhar mais quilómetros. No final o
carro pesava 500 quilos e atingia os 170kms/h
O Marlei estreou-se na competição em 1955 no
IV Rali ao Porto, um total de 183 quilómetros com
saída do Porto passagem por Braga, Barcelos,
Viana do Castelo e regresso à Invicta. Terminou
esta prova de estreia na 2° posição da 1° classe
do Grupo B, demorando 1 hora 33 minutos e 75
segundos a completar a prova.
O Carro causou boa impressão mas não participou
em muitas corridas, como explica Barros
Rodrigues, autor do livro “Marlei - O Sonho de
um Artífice”, …O Marlei apareceu numa época
tardia, em que se vislumbrava já um ataque mais
cerrado das marcas estrangeiras como a Denzel ou
a Porsche, iria, por isso, ter um papel reservado no
contexto competitivo.

Mário Moreira Leite tem hoje 88 anos, vive com
Júlia Moreira Leite desde os vinte anos. Juntos
participaram em dezenas de corridas e de viagens.
Júlia Moreira Leite também correu em muitas
provas de perícia e sempre incentivou as outras
senhoras a obterem a licença de condução e a
correrem também.
A Imaginação de Mário Moreira Leite não se ficou
pela construção do MARLEI. É também da sua
autoria um cronómetro eléctrico que chegou a
ser muito utilizado nas provas de desporto
automóvel.
Durante os anos 60 foi ele que trouxe para o norte
de Portugal as corridas de Karting. Os primeiros
6 karts que correram em Portugal foram
construídos por ele. Ainda há dois anos, com 86
anos, correu num circuito de Kartings em Braga.
Hoje, sentado ao lado da sua companheira de
vida e de corridas, Mário Moreira Leite gosta de
ver na televisão as provas de desporto automóvel
e torce sempre pelo piloto brasileiro Barrichelo.
Nunca consegui estar parado… Sempre gostei de
desafios…, repete Mário Moreira Leite enquanto
se despede das entrevistadoras, fazendo uma
pausa naquele desfiar de memórias ao qual vai
voltar já a seguir, sorrindo.¹
 

Antonio J. Silva

Antonio J. Silva
Olá Nelson.

Tenho conhecimento que, o irmão de um amigo meu de Albergaria, comprou em leilão todos os moldes de fabrico de paineis e portas do automovél Alba, inclusivé estava o primeiro automovél "alba" em exposição na Exponor este ano, acredito que será possivel alguém se interessar e porque não revitalizar este modelo em algumas unidades, fica o registo, iniciamos com uma pequena conversa, sobre possibilidades e interesse... aguardamos outras opiniões.

Boa tarde, Cumprimentos.
 

Diogo Lisboa

Veterano
Nelson Lopes disse:
Mais um projecto, não sei se inteiramente nacional, mas foi construido cá, pelo que parece sob o nome Opel GM Amigo . O Opel/GM Amigo foi um projecto dos finais dos anos 70, com muita chapa quinada, parece essencialmente virado para o trabalho no campo, conforto minimo, extras nem vê-los !! Parece o ideal para a tarefa que lhe era atribuída.

Tem umas certas semelhanças com aqueles primeiros camiões do principio do século XX.

uns em mau estado :

Ver anexo 24814 Ver anexo 24815 Ver anexo 24816 Ver anexo 24817

Ver anexo 24818 Ver anexo 24819 Ver anexo 24820 Ver anexo 24821

uns que tiveram sorte...

Ver anexo 24822 Ver anexo 24823

Também fotografei esse GM Amigo na Nazaré uma vez:D, pena ninguém o salvar:(...
 

Anexos

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Nelson Lopes

Nelson Lopes

Clássico
Antonio J. Silva disse:
Olá Nelson.

Tenho conhecimento que, o irmão de um amigo meu de Albergaria, comprou em leilão todos os moldes de fabrico de paineis e portas do automovél Alba, inclusivé estava o primeiro automovél "alba" em exposição na Exponor este ano, acredito que será possivel alguém se interessar e porque não revitalizar este modelo em algumas unidades, fica o registo, iniciamos com uma pequena conversa, sobre possibilidades e interesse... aguardamos outras opiniões.

Boa tarde, Cumprimentos.

Interesse acredito que não falte, agora se será para retomar a construção de um modelo antigo,ou, se será para futuro investimento, a ver vamos.
Mas não deixa de ser louvável que alguém se preocupe em não deixar desaparecer esse património .
 
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