A maior corrida de todos os tempos Nova Iorque - Paris 12/02 a 17/09 1908

Manuel Ferreira Dinis

Dinis Vila Real
A maior corrida de todos os tempos

Chegou a vez do New York Times planear uma corrida mais ambiciosa que a realizada entre Paris e Pequim ,propondo-se vencer o terrível inverno norte-americano e fazer um percurso semelhante a uma volta ao mundo.
A imprensa da época, publicitou muito bem a prova em especial o jornal francês “Le Matin” e o seu congénere norte-americano e organizador da prova, procuraram enaltecer as potencialidades dos automóveis, numa altura em que estes ainda não eram um meio de transporte acessível a maioria da população, além de também não serem considerados como um meio de transporte fiável para grandes distâncias.
 
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Manuel Ferreira Dinis

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Os participantes

De Dion Bouton – França

Modelo 1908, 4 cilindros, 4 velocidades e uma velocidade máxima, cerca de 50 mph
Equipa: Chefe de equipa: G. Bourcier de Saint Chaffray
• Piloto e mecânico: Alphonse Autran
• Assistente: Hans Hendrik Hansen
 

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Motobloc – França

Modelo 1908, 30HP e 4 cilindros
Equipa: Piloto e chefe de equipa: Charles Godard
• Mecânico: Arthur Hue
• Assistente e Cameraman: Maurice Livier
 

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Sizaire e Naudin – França

Modelo de dois lugares, 15-HP e motor de um cilindro,
Equipa: • Piloto e chefe de equipa: Auguste Pons
• Mecânico: Maurice Berthe and Lucien Deschamps
 

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Brixia Zust – Itália

Equipa: Modelo 1906, 25/45HP, 4 cilindros, 4 velocidades, velocidade máxima aproximada. 60 mph.
Team Members: • Piloto: Giulio Sirtori
• Mecânico: Henri Haaga
• Correspondente: Antonio Scarfoglio
 

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Protos – Alemanha

Modelo 1908, 40HP 4 cilindros, velocidade máxima aproximada. 70 mph,
Equipa: Chefe de equipa: LT. Hans Koeppen
• Piloto e mecânico: Hans Knape
• Mecânico: Ernest Maas
 

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Tomas Flyer – Estados Unidos

Modelo de 1907, tipo 35, 60HP 4 cilindros, 4 velocidades, velocidade máxima 60 mph.
Equipa: • Piloto e chefe de equipa: Montague Roberts
• Mecânico: George Schuster
• Correspondente do New York Times: T Walter Williams
• Assistente: Hans Hendrik Hansen
 

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A partida

Há cem anos, mais precisamente no dia 12 de Fevereiro de 1908, às 10 horas, 250 mil pessoas assistiram na Times Square de Nova Iorque, à partida dos seis automóveis que iriam percorrer os 35 mil quilómetros até Paris. Propunham-se atravessar os EUA, parte do Alasca, norte da Ásia e quase toda a Europa, percorrendo um total de 22 mil milhas (ou pouco mais de 35 mil km).
Os próprios pilotos não acreditavam muito no êxito da viagem, apesar do vestuário de inverno em oposição aos automóveis escolhidos, abertos e desprovidos de todo o conforto, ajudavam a ideia partilhada pelos presentes, que olhavam com muita desconfiança para estes aventureiros.
 

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Manuel Ferreira Dinis

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No meio de toda a espécie de dificuldades, puderam usar pela primeira vez correntes nos pneus dos automóveis, para andar na neve e foram muitas vezes obrigados a ajudarem-se uns aos outros.
O Sizaire-Naudin, desistiu logo no primeiro dia de prova, não tendo saído do estado de Nova York.
O Motobloc ainda chegou a Cedar Rapids, no Iowa .
 

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Manuel Ferreira Dinis

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Apenas quatro máquinas atingiram S. Francisco na costa Oeste.
Havia um prémio de 1000 dólares para o primeiro colocado em cada uma das diversas etapas em que aprova estava dividida e isso era um excelente incentivo.
Os alemães conseguiriam livrar-se da lama e chegariam primeiro à China, enquanto o De Dion Bouton fica pelo caminho.
 

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Nuno Andrade

Pre-War
Simplesmente fabuloso... Incrivel o que esta pessoas faziam á tanto tempo, e claro com as condiçoes que tinham... Era um desafio maior do que ir ao espaço hoje em dia... :D

cumprimentos.
 
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Manuel Ferreira Dinis

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As velocidades máximas não chegavam a 50 km/h e por isso demoraram mais de um mês para atravessar os EUA, em seguida passaram pelo Alasca e partiram em meados de Abril para o Japão, em seguida rumaram à Sibéria, chegando à Vladivostok , da Ásia, a 24 de Maio.

A chegada do vencedor a Paris aconteceu em 30 de Julho de 1908
 

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Manuel Ferreira Dinis

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O primeiro a chegar a Paris a 26 de Julho, foi o Protos, que teve o patrocínio do próprio Kaiser Guilherme II. Demorou 166 dias, mas sofreu uma penalização de 30 dias (15 dias por não ter ido ao Alasca e 15 dias adicionais por terem enviado o Protos por caminho de ferro, de Wyoming para São Francisco) evitando a etapa do Japão e poupando 5200 Km.

O Thomas Flyer conduzido por George N. Schuster, o único a acompanhar a prova , chegou com 3 dias de atraso, mas devido as irregularidades do Protos, acabou por ser declarado vencedor.
O prémio só seria entregue 60 anos depois e o dono da E.K. Thomas também não lhe pagou os 10 mil dólares pelos seis meses de trabalho, o tempo que durou a prova.
O Thomas depois de ter percorrido durante 170 dias, durante 88 dias em estrada, fez uma media de 240Km por dia, com um máximo de 640 Km em 24 horas, ficou apenas cinco dias em França, foi embarcado para a fabrica em Búfalo. Ai chegado ainda percorreu 960 quilómetros em teste com a tampa do motor selado.
O fabricante de bicicletas, Erwin K. Thomas, , construiu o seu primeiro automóvel em 1899 mas, em 1912, terminou toda a produção, vitima da concorrência em larga escala. Com esta vitória encontrou um lugar de honra na história do automóvel.

O Brixia Zust Chegou a Paris somente em 17 de Setembro de 1908, conquistando o terceiro lugar. Os 21.346 km da prova foram concluídos, após seus pilotos enfrentarem, além dos obstáculos naturais, doenças, acusações de espionagem e até prisão.
 

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incrível, como já nos inícios dos motores de combustão se faziam desafios deste calibre.
desafios que mesmo hoje ainda não se podem comparar com a prova mais rigorosa do mundo, o Rally Dakar.
Dinis obrigado pela partilha so mesmo o Dinis para saber e partilhar estas historias e informações.
 
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Manuel Ferreira Dinis

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Dinis Vila Real
Um filme foi realizado em 1965 e intitulado
“A Grande Corrida”,
conta a historia desta prova, foi recentemente restaurado e irá ser comercializado durante as comemorações da grande prova.
 
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