História das 2 Rodas

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A mota foi inventada simultaneamente por um americano e um francês, sem se conhecerem e pesquisando nos seus países de origem. Sylvester Roper nos Estados Unidos e Louis Perreaux, do outro lado do atlântico, fabricaram um tipo de bicicleta equipada com motor a vapor em 1869. Nessa época os navios e locomotivas movidas a vapor já eram comuns, tanto na Europa como nos EUA, e em França e Inglaterra os camiões a vapor já estavam a circular normalmente. As experiências para se adaptar um motor a vapor em veículos leves foram sucedendo, e mesmo com o advento do motor a gasolina, continuou até 1920, quando foram abandonadas definitivamente.


O inventor da mota com motor de combustão interna foi o alemão Gottlieb Daimler, que, ajudado por Wilhelm Maybach, em 1885, instalou um motor a gasolina de um cilindro, leve e rápido, numa bicicleta de madeira adaptada, com o objcetivo de testar a praticidade do novo propulsor. A glória de ser o primeiro piloto de uma mota accionada por um motor (combustão interna) foi de Paul Daimler, um garoto de 16 anos filho de Gottlieb. O curioso nessa história é que Daimler, um dos pais do automóvel, não teve a menor intenção de fabricar veículos motorizados sobre duas rodas. O facto é que, depois dessa máquina pioneira, nunca mais construiu outra, dedicando-se exclusivamente ao automóvel.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Onde colocar o motor?

Ciclomotor de 48cm3: primeiro modelo criado pela Honda, em 1948
O motor de combustão interna possibilitou a fabricação de motocicletas em escala industrial, mas o motor de Daimler e Maybach, que funcionava pelo ciclo Otto e tinha quatro tempos, dividia a preferência com os motores de dois tempos, que eram menores, mais leves e mais baratos. No entanto, o problema maior dos fabricantes de ciclomotores - veículos intermediários entre a bicicleta e a motocicleta - era onde instalar o propulsor: se atrás do selim ou na frente do volante, dentro ou sob o quadro da bicicleta, no cubo da roda dianteira ou da traseira? Como de início não houve um consenso, todas essas alternativas foram adoptadas e ainda existem exemplares de vários modelos. Só no início do século XX os fabricantes chegaram a um consenso sobre o melhor local para se instalar o motor, ou seja, a parte interna do triângulo formado pelo quadro, norma seguida até os dias actuais.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A primeira fábrica

Neckarsülm alemã de 1906, a motocicleta mais antiga na exposição do Museu Histórico Nacional
A primeira fábrica de motas surgiu em 1894, na Alemanha, e chamava-se Hildebrandt & Wolfmüller. No ano seguinte construíram a fábrica Stern e em 1896 apareceram a Bougery, em França, e a Excelsior, em Inglaterra. No início do século XX já existiam cerca de 43 fábricas espalhadas pela Europa. Muitas indústrias pequenas surgiram desde então e, já em 1910, existiam 394 empresas do ramo no mundo, 208 delas na Inglaterra. A maioria fechou por não resistir à concorrência. Nos Estados Unidos as primeiras fábricas - Columbia, Orient e Minneapolis - surgiram em 1900, chegando a 20 empresas em 1910.
Tamanha era a concorrência que fabricantes do mundo inteiro começaram a introduzir inovações e aperfeiçoamentos, cada um deles tentando ser mais original. Estavam disponíveis motores de um a cinco cilindros, de dois a quatro tempos. As suspensões foram aperfeiçoadas para oferecer maior conforto e segurança. A fábrica alemã NSU já oferecia, em 1914, a suspensão traseira do tipo monochoque (usado até hoje). A Minneapollis inventou um sistema de suspensão dianteira que se generalizou na década de 50 e continua a ser usada, hoje mais aperfeiçoada. Mas a mota mais confortável existente em 1914 e durante toda a década era a Indian de 998cm3 que possuía braços oscilantes na suspensão traseira e partida eléctrica, um requinte que só foi adpotado pelas outras marcas recentemente. Em 1923 a motocicleta inglesa Douglas já utilizava os travões de disco em provas de velocidade. Porém, foi nos motores que se observou a maior evolução, a tecnologia alcançando níveis jamais imaginados. Apenas como comparação, seriam necessários mais de 260 motores iguais ao da primeira motocicleta para se obter uma potência equivalente a uma moto moderna de mil de cilindrada. Após a Segunda Grande Guerra, observou-se a invasão progressiva das máquinas japonesas no mercado mundial. Fabricando motas com alta tecnologia, design moderno, motor potente e leve, confortáveis e baratas, o Japão causou o encerramento de fábricas no mundo inteiro. Nos EUA só restou a tradicional Harley-Davidson. Mas hoje o mercado está equilibrado e com espaço para todos.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A primeira mota com motor de combustão interna, foi fabricada na Alemanha por Gottlieb Daimler, em 1885 ( 1ª Foto ), o Ciclomotor de 48cm3: primeiro modelo criado pela Honda (2ª), em 1948 e a Neckarsülm alemã de 1906 (3ª foto) :cool:
 

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Simao Reis

Prego a fundo...
... o meu contributo...;)
Não sendo Portugal um dos países mais ricos, os meios de transporte baratos têm sido um dos bens mais procurados nos ultimos anos. O clima é muito agradável para viagens em duas rodas e são basicamente estas as principais razões para a criação e crescimento de uma indústria nacional de Motas e Motorizadas.
Curiosamente a empresa Casal de início não tinha previsto construir Motociclos. O Senhor João Casal formou a sua empresa em 1953 para produzir motores. Inicialmente estes destinavam-se à agricultura e indústria, mas também foram construídos outros para várias outras fábricas instalarem nas suas Motorizadas.
Olhando para os pequenos motores Casal constata-se que os carteres pelo menos relembram os da grande marca alemã da Zundapp.
Não é uma surpresa, se soubermos que quando o sr. Casal formou a sua empresa contratou técnicos da Zundapp que estiveram ao seu serviço pelo menos até 1971
Todos os motores Casal produzidos até hoje foram construções a dois tempos, mas isso poderá mudar no futuro.
Construindo a sua nova fábrica em 1953 em Aveiro, uma cidade com 30.000 habitantes, o sr. Casal cedo viu uma boa possibilidade do mercado interno absorver o seu produto. É fundamental a conquista do mercado interno quando se quer exportar para o estrangeiro. Na verdade mesmo hoje em dia cerca de 80% da produção da Casal é vendida em Portugal!

Casal K190 Turismo produz 5.3cv às 7500rpm. Esta maquina de 50cc tem uma caixa de 4 velocidades.
Casal K161 de 1967 estando disponível com arranque a pedais ou KickStart, fazendo dela a primeira motorizada da Casal.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Desde do ínicio do Século XX que a mota entra no quotidiano das pessoas...:cool:
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Portugal não foge á regra e surgem várias marcas de motorizadas, que a seguir vamos relembrar...;)

Casal
Famel
Macal
AJP
Anfesa
EFS
So4
Pachancho
Vilar
Fundador
Alma/Motalli
Mayal
Colossal
Vouga
Forvel
Pápa-Léguas
Celestino
Confersil
SIS
Nacional
ZIG
Rápida
Quiper
Masac
DC.
Diana
Mairl
Perfecta
Narvic
Mourisotan
Alsil
Mavico
Irmãos Casal
Sirla
VN


Nestas primeiras fotos temos o centro de Estremoz nos anos 70 e a Cromagem da Macal na mesma época :cool:
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A Macal

Macal- Manuel Caetano Henriques e Companhia LDA.

*Agradecimento especial ao Sr. Ernesto Caetano. Sem a sua preciosa ajuda, teria sido impossivel realizar a biografia desta marca.

A Macal foi fundada em 1921 por Manuel Caetano Henriques, um simples alfaiate.

Posteriormente, e com a ajuda da esposa Rosa de Oliveira Batista, do filho mais velho Fernando de Oliveira Caetano e ainda de alguns aprendizes, começou a fabricar componentes para bicicletas.

A empresa foi crescendo, e foi necessário admitir mais funcionários, assim como realizar novas instalações fabris.

Por volta de 1955, Manuel Caetano, formou definitivamente a firma M. Caetano Henriques e Cª. LDA., "oferecendo" sociedade a alguns dos seus primeiros aprendizes. Desses aprendizes, constavam os nomes de António Marques Miranda, Ernesto Ferreira de Oliveira, José Mota, para além do seu filho Samuel de Oliveira Caetano.

Devido a divergências entre o seu filho Samuel e António Miranda, Manuel Caetano, juntamente com a familia Graça e com Miguel de Almeida e Silva (genro), fundam a firma Sociedade Comercial do Vouga.

Nos finais da década de 50, deu-se a entrada de uma pessoa que com a sua experiência ajudaria a Macal a entrar no ramo do Motociclismo. Entrou para a sociedade, Isaac de Oliveira Caetano( filho mais novo de Manuel Caetano Henriques) e ex. Campeão Nacional de Motociclismo na classe de 350cc.

Isaac Caetano, correu aos comandos de uma BSA Gold Star 350cc.

Nessa altura, iniciou-se o fabrico de componentes para ciclomotores.

Em 1957, morreu Manuel Caetano Henriques, desaparecendo assim o Homem que deu o nome e fundou a marca.

Na década de 60, Isaac de Oliveira Caetano, iniciou o desenvolvimento de ciclomotores próprios, surgindo assim os primeiros Ciclomotores Macal.

Isaac Caetano, com os conhecimentos adquiridos com as motos Inglesas com que correu (BSA e Norton), desenvolveu todos os Ciclomotores Macal, utilizando tecnologia Inglesa.

Nessa altura, tudo era realizado nas instalações fabris da Macal, como por exemplo: quadros, suspensões, guiadores, parafusos, escapes, etc...

Das mãos de Isaac Caetano, sairam modelos que ajudaram à notoriedade da marca. Esses modelos foram : Clipper; Vanguard; M50 e M50 modelo Algarve; Vanguard H4 (com motor Honda a 4 tempos e 4 velocidades); M70 e M70 H5 (motor Honda a 4 tempos e 5 velocidades); Husky (com rodas 12' e com motor Casal de 2 velocidades); GTX/Sport Especial (com quadro inspirado na escola Italiana SWM); M80( evolução do modelo GTX/Sport Especial); M70 DS; Porsche GT; 2100; Cross competição; Marisa; assim como toda a gama Minor, nos modelos de Senhora e Homem.

No final da década de 60, entrou para a sociedade Querubim Branco, que juntamente com Isaac Caetano, António Marques Miranda, Ernesto Oliveira e Artur Marques Gomes, começaram a mudar o rumo da empresa.

Iniciou-se a representação para Portugal da linha de floresta da Husqvarna.

Foi criada a Ciclo Órbita, juntamente com a Sociedade Comercial do Vouga e com a Miralago.

Na década de 70, a Macal iniciou a produção de cubos para as rodas dos seus veículos. Os cubos eram fundidos na Sonafi (Sofi) e maquinados na Macal.

Este modelo de cubo, foi posteriormente fornecido à SIS-Sachs para equipar o famoso modelo V5.

No final da década de 70, a Macal iniciou uma parceria com as firmas Catalãs Nagesti e Akront, para o desenvolvimento de uma jante especial em aluminio totalmente desmontável.

Posteriormente, este tipo de jante passou a ser totalmente fabricada em Portugal, cessando a sua produção quando a Metalurgia Casal fechou, já que as ultimas séries de aros foram produzidas nesta empresa.

Na década de 80, graças ao aumento de produção (cerca de 90 unidades por dia), foi necessário aumentar as instalações e admitir mais funcionários.

Com a construção de um pavilhão novo, nasceu a Macal Husquevarna, nascendo assim uma nova equipa de pesquisa e desenvolvimento formada por Isaac Caetano, Eugénio de Almeida (ex. Honda, Suzuki, Confersil e Sirla), Engenheiro Trigueiro Lobo (ex. SIS-Sachs e Forvel), Rosário Martins (ex. SIS-Sachs).

Desta equipa nasceram os modelos: TR50 (evolução do modelo M80); TT50(evolução do modelo Sport Especial); Cross Competição II; Trail I e Trail II; M86.

Na década de 80, verificou-se a entrada dos motores Minarelli( linha de montagem na foto), na gama de modelos da Macal. Até essa altura, a Macal usava motores Casal( 2, 4 , 5 e 6 velocidades), Zundapp ( 4 e 5 velocidades) e Sachs (5 velocidades).

Acontece que todos os anos, os fabricantes nacionais de motores (Casal, Famel e SIS) subiam os preços dos motores, acordando entre eles que subiriam o preço das motorizadas em função da subida do preço dos motores. Esta medida fazia com que as marcas nacionais não produtoras de motores(conhecidos por montadores), casos da Macal, EFS, Sirla, entre outros, pudessem ter preços competitivos.

O problema desta medida é que nunca era cumprida, já que os fabricantes nacionais de motores (Casal, Famel e SIS), suportavam o aumento do custo das matérias primas com a diferença de preços praticada pela venda de motores aos montadores (Macal, EFS,Confersil, Sirla, etc), criando grandes problemas aos sectores comerciais destas empresas.

A EFS, aborrecida com esta situação, decide começar a comprar motores Kreidler, Puch e Minarelli.

A Macal, por sua vez, tentou fazer um acordo com com a firma Espanhola Derbi, mas chegou rapidamente à conclusão que o motor Derbi não era apropriado para o mercado nacional.

Assim, Querubim Branco, que chefiava o sector comercial da Macal, teve de continuar a vender Ciclomotores equipados com motores produzidos em Portugal. O motor Sachs era usado em 50% dos modelos da Macal, o motor Zundapp em 25% dos modelos, e o motor Casal era também usado em 25% dos modelos.

Entretanto, a EFS começava a ter graves problemas económicos, logo após a morte de Ernesto Sucena.

Ernesto Caetano, que entretanto começara a trabalhar na Macal, teve conhecimento dos problemas económicos da EFS, ficando a saber que a EFS não iria comprar mais motores Minarelli.

Perspectivando um bom negócio, Ernesto Caetano pressionou Querubim Branco para que este contactasse a Motori Minarelli. Só que Querubim Branco, com má impressão dos motores Italianos, decide não contactar.

Apesar deste revés, Ernesto Caetano não desistiu da sua ideia e pediu a Isaac Caetano e ao Engenheiro Trigueiro Lobo que contactassem a Motori Minarelli na Feira Bienal de Colónia, evento que os dois iriam visitar.

O referido contacto aconteceu, e nasceu uma parceria bastante forte entre a Macal e a Motori Minarelli(Arteno venturi e Carlo Trenti na foto).

Estava então resolvido o problema da Macal......

A titulo de curiosidade, refira-se que usualmente chamam aos Ciclomotores Macal; Ciclomotores Minarelli. O facto é que esta troca de nomes, é um rotundo erro, pois nem a própria Motori Minarelli quis que os motores equipados nos Ciclomotores Macal, tivessem a marca Minarelli. Numa primeira fase, os motores foram apelidados de motores Macal Minarelli e posteriormente só Macal.

Na década de 90, influênciada pelas novas tendências, a Macal criou a gama Scooter.

Inicialmente importou de Taiwan modelos da Herchee, rebatizando-os Macal. Posteriormente fabricou scooteres na sua totalidade (quadro, selim, escape, guiador, alguns plásticos, etc)

Estes novos modelos de Scooter, utilizavam os novos motores Yamaha/ Minarelli modelos CY50 e MY50, herdando também o seu nome.

Estes veículos foram todos desenvolvidos por Isaac Caetano e pelo Engenheiro Trigueiro Lobo, apesar de Eugénio Almeida ainda ter colaborado na realização de protótipos da Scooter CY50.

Também nessa altura, a Motori Minarelli deixou de produzir a gama de motores "P"(P4; P6; RV4/6), deixando a Macal numa situação bastante delicada.

Aos responsáveis pela Macal, só restavam duas hipoteses. Ou optavam pela montagem dos motores AM3/4/5, que iria provocar alterações radicais ao nivel do acopolamento desse motor ao quadro, ou continuavam a usar a gama de motores P4/6 e RV4/6 mas com fabrico próprio.

Assim, a Motori Minarelli cedeu os moldes e todo o apoio técnico quase a custo zero e a Macal produziu para si e para outros clientes o motor Minarelli.

Tendo necessidade de expandir os seus negócios, Isaac Caetano, Ernesto Caetano e o Engenheiro Trigueiro Lobo( Macal), assim como o Sr. António Silva (sócio da SIM, Sociedade Irmãos Miranda), deslocaram-se à Eslováquia, país onde o Sr. António Silva tinha bons contactos, a fim de verificarem a hipótese do fabrico de alguns componentes para os motores.

Posteriormente, seriam finalizados numa nova unidade fabril realizada por capitais da Macal e da SIM.

O processo esteve bastante avançado, mas começou-se a adivinhar problemas com o sector, e o projecto foi abandonado.

Foi então que, em Agosto de 1997, a Macal Husquevarna teve problemas com um cliente nacional, assim como com um cliente Italiano, levando a firma Macal Husquevarna ao encerramento....

A firma M. Caetano, transformada em S.A. no início de 2001, devido à má gerência da primeira administração, aliada à profunda crise Europeia do sector, inviabilizou a sua recuperação .

Os ultimos veículos produzidos foram os ciclomotores modelo M83 AM6 K5 H2o, e os Ciclomotores de Moto-cross Infantis, exclusivos para a firma Catalã de Motos (Macbor) Bordoy.

As Macal/ Macbor foram desenvolvidas por Ernesto Caetano e Alex Llobet, e intensamente testadas em Portugal por André Caetano.

Ainda durante esse periodo, a firma M.Caetano e C.ª S.A., produziu os quadros dos Motociclos AJP, assim como produziu e montou as ultimas trinta e uma séries de Bugas( Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro).

Infelizmente, esta firma acaba também por fechar as suas portas em Maio de 2004.

in "Pagina Pessoal de Gustavo Pinto"

Nas Fotos podemos ver:

Macal M50 Algarve. Foto dos anos 60/70.

Macal M50 com motor Casal de 5 velocidades e turbina de ar. Foto dos anos 60/70.

Macal M70 com motor Casal de 4 velocidades e turbina de ar. Foto dos anos 70.

Macal Vanguard com motor Zundapp com Turbina de ar. Foto dos anos 60.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A Metalurgia Casal
A Metalurgia Casal foi a maior empresa Portuguesa do sector das 2 rodas. Nenhuma outra empresa conseguiu ter a capacidade produtiva e o numero de unidades vendidas da Metalurgia Casal.
Nenhuma outra empresa nacional conseguiu produzir motorizadas, motas, motores e alfaias agricolas em grande escala e com um motor de produção própria.

Regendo-se inicialmente pelo modelo Alemão da Zundapp, aproveitando e imitando o que esta empresa tinha de bem feito, a Casal conseguiu destacar-se da Zundapp e de todas as empresas nacionais, tornando-se uma marca respeitada tanto no mercado nacional como no mercado externo.

A Metalurgia Casal deveu o seu nome ao seu fundador, João Casal, e dele herdou todo o espirito empreendedor.

João Francisco do Casal nasceu em 1922 em Aveiro. Depois de deixar os estudos foi trabalhar para os caminhos de ferro em Peso da Régua. Em 1945, a convite de António Marabuto, fundou uma empresa de comercio de mercearias. Deixou mais tarde esta empresa e fundou outra do mesmo ramo. Foi através destas empresas que João Casal viajou regularmente à Alemanha, na tentativa de exportar produtos alimentares. Terá sido nestas viagens que terá tomado contacto com a enorme indústria motociclistica e automobilistica Alemã. Talvez tenha sido desse contacto com a indústria Alemã que João Casal tenha tido a ideia de construir uma empresa de motorizadas em Portugal.

Anos 50:

Em 1953, pede autorização ao governo Português para exercer a montagem de motorizadas com motor Zundapp, mas graças á enorme pressão exercida pela Famel e pela Vilar, o pedido é negado.

Em 1954, João Casal , visita a feira de Hanôver e estabelece contactos com a marca Zundapp. A Zundapp estava interessada em arranjar um representante em Portugal que comercializasse a sua linha de produtos que iam desde as motorizadas aos motores de rega, passando pelas maquinas de costura, entre outros.

Através da sua polivalente firma, a J.Casal, que importava fogões e balanças, entre outros, João Casal começa a vender motorizadas Zundapp.

Em 1957, obtem uma licença de representação dos motores Zundapp para Portugal.

Em 1959, João Casal, tenta criar uma fábrica de bicicletas com tecnologia de ponta, mas o projecto falha.

Anos 60

Em 1961, João Casal, dois irmãos e um primo, fundam a Casal irmãos e Companhia( mais tarde Veículos Casal).

Esta firma cria a Motosal. A Motosal compra quadros à Vilar e monta-os com motor Zundapp vendido pela J. Casal.

Em 1962, depois de em 1953 lhe ter sido negada a licença de produção de motorizadas, João Casal consegue um alvará para a construção de uma oficina de reparação de motorizadas com posto de soldadura oxiacetilénica.

Nesta oficina, monta, vende e repara motores Zundapp, que vinham desmontados para facilitar a sua importação. Para além disso, fabrica alguns ( poucos) componentes para esses motores.

Para vender os seus produtos, João Casal cria um circuito de distribuição que assegura a distribuição por tudo o país.

Em 1963, João Casal tenta pedir mais um alvará.

Parece que depois de ter visto o pedido para montagem de motorizadas negado, João Casal tenta dar um passo de cada vez, conquistanto a simpatia e o respeito dos governantes, para numa altura certa formular novamente o pedido para criação de uma fabrica de motorizadas.

Desta vez pede uma autorização para a construção de uma fabrica de carrectos para motores.

Quase todas as fabricas nacionais de motorizadas , protestam contra esse pedido, dizendo que mais um concorrente iria colocar em causa as fábricas já existentes.

Protestaram na altura as firmas: Famel; Quimera Alma; Pachancho ; Miralago e Rufino de Almeida.

Pressionado pelas firmas descritas em cima, o governo português invocando a guerra colonial, informa João Casal que começaria a ser dificil conceder licenças de importação, e por conseguinte iria ser muito dificil a importação de motores Zundapp.

O governo Português lança então um desafio a João Casal. Porque não construir os seus proprios motores? Acabavam-se os problemas com as licenças de importação e deixava-se de enviar divisas importantes para a Alemanha, resultante da importação de motores.

Contudo, João Casal, tinha uma ideia diferente do governo Português.

Pretendia fabricar motores Zundapp até 250cc sobre licença, com a maior parte das peças a serem produzidas em Portugal e as restante a virem da Alemanha, isto nos primeiros 2 anos.

Depois desses 2 anos, os motores deveriam ser totalmente produzidos em Portugal.

Apesar do protesto de todas as outras firmas de motorizadas, João Casal consegue finalmente o alvará de construção de motores até 250cc.

Contudo, a Zundapp também tinha ideias diferentes das do governo Português e de João Casal.

Pretendia continuar a ceder licenças de importação de motores para Portugal.

Perante esta vontade da Zundapp em só ceder licenças de importação, João Casal, lembra-se de com a ajuda do governo Português, nacionalizar o motor Zundapp.

A Zundapp perante este cenário, corta relações com a Metalurgia Casal, e torna a Famel o seu novo representante de motores para Portugal, fazendo com que João Casal perdesse todas as possibilidades de nacionalizar o motor Zundapp.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
De uma cajadada só, João Casal, ficava sem motor para produzir e ganhava um concorrente interno respeitavel, a Famel, que trocara os motores DKW e JLO, pelo bem melhor motor Zundapp.

Apesar de indicar isso, e num golpe de sorte, nem tudo estava perdido.

O Engenheiro Robert Erich Zipprich, director técnico da Zundapp, que sempre tivera uma boa relação com João Casal desde os tempos em que este representava os motores Zundapp para Portugal, não se conforma com a atribuição da licença de importação de motores Zundapp à Famel. Por este motivo, abandona a Zundapp e vem trabalhar para Portugal para a Casal.

Em 1965 é aumentado o capital social da empresa com o intuito de se começarem a produzir os motores Casal.

A firma passa de um capital social de 6 000 contos(30 000 euros) para 30 000 contos( 150 000 euros).

Em Junho de 1966 inicia-se a produção do motor Casal e alguns meses mais tarde inicia-se também a produção da scooter Carina (inspirada na Zundapp R50).

Esta scooter veio satisfazer um nixo de mercado de scooter's de baixa cilindrada.

Recorde-se que nesta época haviam muitos produtores de scooter's, mas quase todos produziam scooter's com mais de 125cc.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Entre esses construtores, a Piaggio com a sua Vespa, foi sempre a marca mais acarinhada pelo publico.

Em 1967 são lançados os motores M151 e M148, e a motorizada K160.

Iniciaram-se estudos para produção de novos motores e motorizadas.

Foi ainda neste ano que que se iniciaram contactos com vista a exportação de prdutos para o continente Africano ( peninsulas ultramarinas Portuguesas), continente Europeu ( Holanda e Dinamarca)

A Metalurgia estaria exposta nas feiras de Juanesburgo e Milão.

Em 1968 é lançado o moto atomizador agricola e a motorizada K163.

Em 1969 é lançada a motorizada K181, que tinha como trunfo principal a estrutura superior fundida em liga leve de aluminio.

São mostrados protótipos de motores de 50cc automáticos, 75cc e 150cc.

A empresa começa a concorrer com a Famel e a Vilar, no mercado para a produção de jantes de aluminio para motorizadas .

Anos 70:

Em 1970 é apresentada na Feira De Março em Aveiro, a K260, uma mota de 125cc que é posta á venda em 1972.

Em 1972 sente-se um pouco os sinais de uma pequena recessão nos lucros na empresa, devido aos aumentos salariais dos empregados e aumento das matérias primas.

A concorrencia por parte de pequenos montadores que conseguiam produzir mais barato, e por consequencia vender mais barato, vêm agravar os problemas da Metalurgia Casal.

Outros factores foram o aumento da concorrencia de motores de origem estrangeira e a obrigação do uso do capacete.

Talvez para combater os prejuizos provocados pelos pequenos montadores, e poder jogar com armas iguais, a Metalurgia Casal compra participações em pequenas montadoras como a Fundador( Sangalhos) e Sotam ( Mourisca do Vouga).

Em 1972, é assinado um protocolo para a criação de uma fabrica da Metalurgia Casal em Angola.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Essa fabrica iria estar dotada para satisfazer a produção de motorizadas, assim como a fundição injectada de aluminio para fechaduras, portas, cubos de motorizadas, entre outros produtos.

Também tentou entrar no mercado Moçambicano, mas apenas como como fornecedor de motores completos á Fabrica de Bicicletas de Moçambique, que seriam montados em quadros de confecção própria, sendo supervisionados pelos responsáveis da Metalurgia Casal.

O projecto Angolano, nunca deu o lucro devido, devido á Guerra que assolou o país.

O projecto Moçambicano, nunca viu a luz do dia.

Em 1973, é posta á venda a Casal K270 de 125cc. Para assegurar a sua fiabilidade, foi efectuado um teste em estrada com a duração de 15 000 km em 48 dias, em que foram atravessados os seguintes países:

Portugal, Espanha, França, Itália, Jugoslávia, Bulgaria, Turquia, Grécia, Austria, Alemanha, Suiça, Dinamarca, Suéçia, Holanda e Belgica.

Ainda em 1973, Holanda, Dinamarca e Estados Unidos da América tornam-se bons mercados para exportação dos produtos Casal.

Em 1974, o Jornal Motor, transcreve um teste feito por uma equipa de técnicos Franceses, que ficaram maravilhados com a motorizada K187S, comparando as suas performances às de uma mota de 125cc.

Pós 25 de Abril :

A queda do regime fascista governado na altura por Marcelo Caetano, é muito prejudicial á Metalurgia Casal e ás outras indústrias nacionais de motorizadas.

Com a queda do já referido regime fascista, acaba o proteccionismo aos produtos nacionais, e Portugal é invadido pelos modelos mais bonitos, tecnologicamente mais desenvolvidos e mais baratos dos construtores Japoneses.
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Tendo já arruinado o mercado Britanico das duas rodas, graças aos pontos já referidos em cima e ainda a tecnicas de dunpping patrocinadas pelo governo Japonês, os construtores Japoneses não poupariam também o nosso.

O Dunping consistia em que os construtores Japoneses vendessem os seus produtos na Europa abaixo do custo de produção. O prejuizo e a margem de lucro da marca eram pagos pelo governo Japonês.

Quando se implementassem na Europa, os preços baixos seriam aumentados paulatinamente.

A própria instabilidade politica que se vivia na altura com o pós 25 de Abril, apesar de ter sido pouco sentida, também ajudou a prejudicar a firma.

O preço das materias primas sobe e os ordenados também.

Os produtos da Metalurgia Casal vão perdendo competitividade.

Anos 80:

Os anos 80 deveriam ter sido de reestruturação da empresa.

Com a entrada na CEE em 1986, o poder económico dos Portugueses aumenta , e a motorizada do chefe de familia é encostada de vez na garagem, para dar lugar ao automóvel.

Apesar deste processo ter-se começado a dar já no final dos anos 70, a entrada na CEE veio permitir uma melhor condição de vida a muitas familias e este fenomeno da troca da motorizada pelo automóvel foi mais evidente.

Essa troca é compreensivel pois o automóvel é mais seguro, leva mais pessoas e protege as mesmas da chuva .

A motorizada começou a ser o meio de transporte escolhido pelos jovens.

Modelos inspirados na competição, tais como as Honda NSR 50cc e 125cc, entre outras, levavam os jovens ao delirio.

Estes modelos eram bem diferentes dos envelhecidos modelos Casal, e as vendas foram caindo.

Destaque para o lançamento da Casal K276, uma mota de Enduro com 125cc, de linhas muito bonitas. Foram vendidas bastantes para os CTT.

Anos 90:

Na década de 90, a Metalurgia Casal continuou com a mesma linha de modelos envelhecidos, apesar da ténue tentativa de mudança, realizada ao lançaram-se estes 2 modelos: A Casal Magnum e a Casal Arizona.

Tinha-mos então, os seguintes modelos para venda ao publico:

Casal K168 Boss e Super Boss;, este modelo foi um autentico campeão de vendas, produzido durante quase 20 anos, conseguindo assumir vários papeis e serviços.

Desde a motorizada que levava o trabalhador ao emprego, a motorizada que levava o jovem à escola, o parceiro de trabalho do carteiro, até ao veículo do entregador de Pizzas. Foi sempre muito amada e quase todos os Portugueses podem dizer que já guiaram uma.

Casal K181, uma motorizada com design bastante desactualizado;

Casal K500 Crossit, uma trail automática com 2cv de potência ;

Casal K554 RZ50, uma motorizada pouco virada para os jovens, com bastantes semelhanças à Macal M83. As letras RZ, provavelmente seriam as iniciais do nome do Engenheiro Alemão Robert Ziprich, pelo que deveria constituir uma homenagem ao falecido Engenheiro, que tanto fez pela Metalurgia Casal.

Casal K556 Magnum, uma motorizada muito bem conseguida. Bonita, com um design bastante jovem e fresco, potente, com 5 velocidades e 7.5cv ás 7500rpm.

Foi inspirada na Suzuki Wolf ( na altura a empresa Veículos Casal, era o importador dos motociclos e ciclomotores da marca Suzuki), uma motorizada sem grande "personalidade", mas que a Casal conseguiu interpretar de maneira bem mais interessante.

Casal K558 Arizona, uma trail com um design muito estilizado. Era uma ideia interessante, pois a motorizada poderia andar tanto em asfalto, como em pistas de terra.

Ainda podemos referir que em 1996, a Metalurgia Casal esteve para comprar a António Pinto, o projecto de uma motorizada que viria a ficar conhecida como AJP Galp 50.

Estava tudo encaminhado para a compra do projecto por parte da Metalurgia Casal, mas a compra nunca se chegou a concretizar.

No entanto , as dificuldades económicas da empresa, foram continuando desde a década de 80. As vendas da Casal continuavam a cair e os prejuizos a aumentar .

Em 21 de Outubro de 1993 dá-se uma greve por parte dos trabalhadores por causa de ordenados em atraso.

Em 18 de Setembro de 1995, mais uma greve motivada por salários em atraso.

Em 18 e 24 de Janeiro de 1996 dá-se outra greve, desta vez reclamando mais de 4 meses de salários em atraso.

A Metalurgia Casal foi andando em agonia lenta até 1999.

Em Janeiro de 1999, surge um grupo de investidores constituido por Manuel Magalhães, Paulo Barros Vale, Rui Faria ( Casal) e as 3 irmãs Cunha (Famel), que juntamente com apoios do IAPMEI, decidem colocar um projecto de forma a salvar a Casal, a Famel e a Fundador.

O projecto consistia na fusão das 3 empresas. A Casal produziria motores, a Famel produziria motorizadas, e a Fundador por sua vez, dedicar-se-ia à produção de componentes.

Um dos modelos a produzir, seria a muito interessante Famel Electron, protótipo de uma scooter eléctrica realizada pela Famel em parceria com a Efacec.

Este interessante projecto iria empregar 230 pessoas, contra as 300 que as 3 fabricas possuiam. Para além disso iria-se acabar com a eterna rivalidade entre empresas nacionais e consequente concorrencia interna, fazendo com que todos remassem na mesma direcção.

Em Fevereiro de 2000, a Metalurgia Casal encerra as portas devido á entrega judicial das suas instalações à multinacional Carrefour, já que os terrenos da Metalurgia Casal tinham sido vendidos por 1 milhão de Contos (5 milhões de Euros) em Maio de 1998, e o prazo de entrega das instalações tinha acabado á bastante tempo.
 

Anexos

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Antes Francisco Lemos Ferreira
Em Março de 2000 a fusão destas 3 empresas é ameaçada pelos trabalhadores da Famel, que no tribunal de Águeda, exigem a Falencia da empresa, reclamando 9 mil contos (45 mil Euros) de créditos.

Em Maio de 2000, surge a noticia de que um grupo de crédores iriam recorrer a via judicial para exigir a falência da Casal.

Para além disso, os privados interessados no projecto de fusão das empresas, começariam a perder interesse no projecto, alegadamente por o Estado Português estar a mudar as regras de aquisição destas empresas. Segundo este grupo de investidores privados, o novo modelo de aquisição das 3 empresas de motorizadas proposto pelo Estado, iria ser extremamente prejudicial para este grupo de investidores, e poderia mesmo colocar em causa a sobrevivencia desta Holding das marcas de motorizadas.

Em Setembro de 2000, surge a noticia quase certa que o sector das 2 rodas iria ser salvo, graças á aprovação por parte do IAPMEI da Holding entre Casal e Fundador. A Famel estaria de fora da Holding devido a estar a enfrentar um processo de falência movido pelos trabalhadores da empresa.

Surge um novo nome de um investidor privado na Holding. Esse novo investidor seria a Masac, empresa a actuar no sector.

Começam-se a saber mais detalhes da Holding.

A Masac assumiria a liderança do projecto. A verba a investir pelos privados( Masac, Nuno Figueiredo e Manuel Magalhães), ascenderia aos 700 mil contos ( 3 milhões e 500 mil Euros). O IAPMEI investiria 500 mil Contos (2 milhões e 500 mil Euros ), e o património da Metalugia Casal ascenderia ao 1 milhão e 200 mil Contos ( 6 Milhões de Euros).

Em Dezembro de 2000, a Alpor, coloca uma acção de impugnação da venda do terreno da Metalurgia Casal á firma Francesa Carrefour, garantindo que não teria certeza de ser ressarcida das dividas realizadas pela Metalurgia Casal.

Para além disso, surge o boato que a venda do terreno da Metalurgia Casal à Multinacional Carrefour, não teria sido licita, pois especulava-se que o terreno teria sido vendido muito abaixo do seu real valor.

Recorde-se que o terreno foi vendido em 1998, por 1 milhão de Contos ( 5 milhões de Euros), e calculava-se que o terreno valeria 3 milhões de Contos ( 15 milhões de Euros.

Em Fevereiro de 2001, a Addemoto AB, uma firma Sueca que ao todo importou para este país cerca de 8000 motorizadas Casal, tenta contactar com a Metalurgia Casal de modo a poder importar peças de substituição.

Para pagar as dividas aos crédores, é posto á venda os bens moveis da Casal ( maquinaria, viaturas , material de escritorio, etc...)

Em Março de 2001 é dado a conhecer o interesse da Masac em comprar os activos da Metalurgia Casal por 160 mil Contos (798 mil Euros). Apesar desse interesse, a compra nunca se chegou a realizar devido ao facto da Masac nunca ter sinalizado a compra dos bens moveis.

Segundo Manuel Magalhães, a compra não se chegou a realizar por os activos da Metalurgia estarem incompletos, faltando as participações da Metalurgia em sociedades em Angola, Macau e Estados Unidos da America, para além do contracto de promessa de compra e venda de um terreno para implantar as novas instalações da empresa, celebrado entre a Metalurgia Casal e a Autarquia Aveirense. Para além disso, não estariam também incluidos um importante conjunto de moldes e maquinas.

Em Setembro de 2001, a multinacional Carrefour compra os bens da Metalurgia Casal por 90 mil Contos ( 450 mil Euros), para assim poder destruir o que restava do prédio da empresa e construir um conjunto de médias superficies nesse local. Os bens da Metalurgia Casal são entretanto vendidos a um sucateiro.

Em Abril de 2002, a Cãmara Municipal de Aveiro, vende um terreno para os interessados na recuperação da Metalurgia Casal, poderem instalar uma nova unidade fabril e iniciarem a produção de motorizadas e acessórios.

Surge ainda a noticia da destruição dos arquivos da Metalurgia Casal por parte do Carrefour. Ao mandarem destruir o edificio onde estava o arquivo da Casal, perdeu-se assim um importante testumunho de uma empresa que marcou o país. Projectos de motorizadas produzidas, ou de protótipos que nunca passaram à produção, como por exemplo o projecto do automóvel Casal ou o projecto do motor nº 2 que bateu um record do mundo de velocidade, entre outros, até ás fichas dos funcionários, ter-se-á perdido todo o espólio conservado durante 40 anos.

Em Março de 2004, volta-se a acender a chama da esperança. Surge uma noticia no Jornal de Noticias a dar conta da troca de galhardetes entre o Presidente da Cãmara Municipal de Aveiro, antigos funcionários da Casal e novos investidores interessados na Casal.

Os antigos funcionários da Metalurgia Casal, assim como os novos investidores interessados na Casal ( Nuno Figueiredo, Arménio Lima, Jasmim Neto e a Fundador), acusam a Cãmara Municipal de má fé, visto ter vendido o terreno prometido para instalar a nova fábrica da Metalurgia Casal à Vulcano.

Os ex -trabalhadores da Casal sentem que esta é a derradeira oportunidade para reaverem os seus postos de trabalho, visto que se estão a acabar os subsídios de desemprego e será muito dificil arranjarem emprego devido à sua idade.

A nova fábrica empregaria cerca de 70 ex-trabalhadores da Casal.

Do outro lado da barricada, o Presidente da Cãmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto Miranda, refere que o projecto não existe, e que se estão a aproveitar da boa fé dos ex-trabalhadores da Casal.

O certo é que já não há moldes nem máquinas para se produzirem motorizadas, pois estes infelizmente foram vendidos a um sucateiro. Como e o que é que iria produzir esta nova fábrica da Metalurgia Casal?

Está então contada mais ou menos a historia do maior fabricante de motorizadas e motas nacional, que apesar de ter tido grande fama em Portugal e de ter sido respeitada no estrangeiro, não lhe poupou o facto de ter falido com quase 2.8 milhões de contos de prejuizo ( 14 milhões de Euros), entre banca, segurança social e fornecedores, e de ter sido saneada de todas as formas possiveis, tendo até perdido o seu arquivo que tinha sido guardado durante 40 anos. Muito pouco respeito por uma empresa que tanto deu a Portugal......

in " Página Pessoal de Gustavo Pinto"
 

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Diogo Lisboa

Veterano
Estou a gostar muito deste tópico!!:D

A destruição da fábrica Casal foi um dos maiores crimes cometidos neste país:wacko::wacko:...

Deu tanto a este país e nem foram capazes de a preservar:wacko::wacko:...
 
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Antes Francisco Lemos Ferreira
A EFS

"220M, a motorizada que venceu e convenceu". Foi com este slogan que foi publicitada a motorizada 220M na Feira de Março de Aveiro em 1964.
A EFS nasceu em 1911 pelas mãos de Eurico Ferreira de Sucena que estabeleceu na Borralha, em Àgueda, uma unidade de produção de acessórios para ciclismo.

Em 1939 surgiram as primeiras bicicletas a pedais fabricadas pela EFS.

Em 1952 iniciou-se a produção de bicicletas a motor.

A década de 60 foi bastante proveitosa para a marca de Eurico Sucena, denotando-se bastantes encomendas para o mercado interno. Ainda na década de 60, iniciaram-se as primeiras exportações de veículos para alguns países europeus, americanos e asiáticos.

Em 1974 deu-se um marco muito importante na história da EFS. Entra em laboração a fabrica nº2 em Avelãs de Caminho (Anadia). Para esta nova unidade fabril mudam-se a sede e administração da empresa.

Em 1978 a EFS aventurou-se na realização de modelos de maior cubicagem lançando uma mota de 125cc a 2 tempos com motor Puch.

A EFS ficaria ainda conhecida pelo elevado número de motores de marcas diferentes com que equipou os seus modelos. Modelos da EFS foram equipados com motores Casal, Zundapp, Sachs, Puch e Kreidler...

Na década de 80 a EFS encerrou as suas portas devido a dificuldades económicas...

in " Página Pessoal de Gustavo Pinto"
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A Pachancho

A Pachancho deve a sua existencia a António Gomes do Vale Peixoto. Nascido em 25 de Dezembro de 1890 em Braga, cedo se tornou aprendiz de torneiro e fundidor. A certa altura de sua vida vê um automóvel ( acontecimento raro num país pobre e pouco desenvolvido na altura), e essa visão fascina-o de tal forma ,que irá ao longo da sua vida construir um pequeno império empresarial em redor dos veículos motorizados e componentes.

O início:

Em 20 de Outubro de 1920, funda uma pequena oficina para fabrico de peças para automóveis, capaz de empregar 8 trabalhadores. O fabrico de componentes para motores tais como pistões, camisas, culassas e segmentos, entre outros produtos, são um sucesso e a firma vai aumentando o nº de empregados e procurando instalações mais espaçosas ás necessidades de uma empresa em constante crescimento.

Década de 50:

Em 1950, a Pachancho diverfica um pouco a sua linha de produtos e começa a construir motorizadas. Contrariamente à maioria dos outros construtores nacionais que se serviam de motores estrangeiros para equipar os seus modelos, a Pachancho cria o seu próprio motor para montar nas suas motorizadas.

As motorizadas Pachancho ficaram conhecidas pela sua fiabilidade e robustez.

O motor Pachancho ficou bem conotado, sendo até usado por outros fabricantes de motorizadas como a Vilar

Em 1955, cria um motor para montar em moto bombas destinadas à agricultura.

Em 1957, compra um forno eléctrico para fundição de aço, e cria uma linha de produtos agricolas ( atomizadores, motocultivadores, etc.)

Em 1958, morre António Peixoto, mas o sucesso do seu império empresarial é continuado pela sua descendencia directa.

Em 1971 é criada a Fábrica Portuguesa de Segmentos.

Em 1987 é criada uma unidade industrial para a produção de camisas centrifugadas para motores.

Actualmente o grupo Pachancho está representado em vários ramos industriais, desde os equipamentos agricolas, fundição de alumínio até aos componentes de motores para a indústria automóvel.

A produção de segmentos para automóveis atingiu um grande sucesso, sendo esta empresa a fornecedora de segmentos para veículos de produção da maior parte dos grandes construtores de automóveis Europeus e Norte -Americanos .

A utilização de segmentos do grupo pachancho em competição também é utilizada, tendo especial incidencia nas competições de Dragsters, veículos que na categoria maxima têm potências na ordem dos 6000 cv!

A utilização dos segmentos do grupo Pachancho em veículos de Tunning tem sido igualmente muito procurada.

Apesar da Pachancho não produzir motorizadas nos dias de hoje por decisão dos gestores da empresa, tornou-se numa empresa bastante diversificada e com bastante sucesso.

As motorizadas Pachancho venceram vários campeonatos de velocidade e bateram vários recordes de velocidade.


in " Página Pessoal de Gustavo Pinto"
 

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Antes Francisco Lemos Ferreira
A Forvel

Esta marca teve a sua sede em Cantanhede e iniciou a produção construindo 3 modelos. Foram eles a Vip2, a Cross e ainda a Sintra .
A Forvel Vip2 tratou-se de uma mini motorizada que foi equipada com motor Casal de 2 velocidades.

A Forvel Cross foi fortemente inspirada nos veículos Japoneses da altura ( Suzuki 125 Trail e Kawasaki 125). Apresentava um design fortemente arrojado e era equipada com motor Casal M154 ( 5 velocidades).

A Forvel Sintra era um modelo de Turismo e dispunha de uma motorização Casal M151 (4velocidades).

Mais tarde seria lançado o modelo Concorde, apresentando posteriormente algumas versões como por ex. a Concorde SS. Era um modelo de estrada com um desenho e desempenho fortemente desportivo.

A forvel construiu um Motociclo de 125cc, sendo este equipado com o fiável motor Hodaka de origem Japonesa . Esta marca ficaria ainda conhecida pela construção dos famosos e duradouros Tricarros, ideais para o transporte de pequenas cargas.

Esta marca teve algum sucesso fora de Portugal, nomeadamente na Bélgica onde até se criou um Clube de Fãs da marca. Isto só foi possivel porque a forvel foi importada e vendida na Bélgica a partir de 1979 pela firma Vanhamne de Waterloo.

A Forvel viria a encerrar as suas portas no fim da década de 80.


in " Página Pessoal de Gustavo Pinto"
 

Anexos

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