Amigo Fernndo Augusto
As diluições feitas a "olhometro" não tem muito mistério uma vez que é só a prática de fazer diluir uma tinta aquosa com água desionizada até esta ficar com uma consistência que pareça um gouache diluído de modo a que este passe pelos bicos da pistola e se obtenha um bom rendimento da tinta.
Quando existe um compressor portátil de 100 a 300 litros temos que adptar os manipulos da pistola para obter o "leque" pretendido. Nesta situação que falo de 40 bares é uma rmaneira de eu falar que quando o compressor se encontra a 23 metros de distância do posto de trabalho e com uma rede de distribuição pela oficina a servir 2 postos ao mesmo tempo só com essa pressão se consegue adquir o caudal e pressão de ar desejados. Logo pode adaptar a pressão desejada se se servir de um compressor só para si.
As réguas diluidoras e copos de diluição são dornecidas pelos representantes de tintas, pelo que pode conseguir junto de um pintor da sua zona ou fornecedor os mesmos sem custos já que as ráguas diluidoras são gratuitas porque contêm propaganda de quem fornece tintas e demais químicos.
Pode, pois, optar ainda pela compra de medidas em plástico que contenham as escalas que pretende que é o que mais recomendo. Para diluição de tintas uso copos de aço com capacidade de 1 litro adquiridas nas lojas dos 300 e cuja finalidade é culinária mas que servem bem para trabalho de diluição.
O posto que possuo tem pistolas "Sagola" e "DeVilbiss" que obedecem a todas as normas europeias e têm uma pressão na capa de ar acima de 10 psi e eficiência de transferência similar ao HVLP com um consumo de ar menor. Existem, pois, 4 pistolas sendo cada uma específica para um produto (tinta aquosa, tinta acrílica, verniz e aparelho/primário) e nunca utilizadas senão para as funções destinadas desde o início a fim de não haver um contágio já que a limpeza delas é feita de forma diferente consoante o produto que nelas é usado.
Quanto aos bicos eu também uso 1.6, mas não é isso que está em causa na obtenção do leque já que tudo depende da forma como se controla a pistola e a pressão de ar que se possui. Aqui há muito em jogo, pelo que uma pressão demasiado baixa não deixa obter um leque que cubra a superfície uniformemente e mais rapidamente e uma pressão demasiado alta fará com que haja um trabalho final de muitos escorridos. Joga-se, pois, aqui com a distância entre o bico da pistola e a superfície a pintar e ao mesmo tempo a ter em conta o nosso "grande adversário de jogo" que afinal é o compressor e a sua capacidade de gerar pressão de ar pretendida. Um jogo a ter em conta e que em todos os casos é recomedável fazer testes de afinação da pistola antes de começar o trabalho para evitar erros desagradáveis.
Quando estagiei com mestres que já tinham 37 anos de arte fui parar a uma oficina onde o mestre nunca na vida teve um manómetro apesar da bela rede de ar. Controlava a pressão desejada através dos manípulos das pistolas e obtia um trabalho perfeito. Nem sequer tinha uma régua e fazia tudo a "olho vivo" com medidas e resultados finais de fazer inveja a muitos colegas de arte e só a afinação e composição de tintas é que era feita à medida de uso de computador e balança. Outro grande mistério deste mestre era o de nunca usar filtros próprios porque preferia usar meias de nylon de senhora que comprava e cortava a seu gosto e foi aqui que perante este mestre aprendi muito durante 3 meses a 12 horas de trabalho diário de 2ª a 6ª feira e com um único intervalo de 2 horas para almoço.
Este mestre que já era amigo do meu principal mestre de formação começaram no século passado com pistolas (semelhantes à imagem em anexo) em que o copo da tinta era ainda em vidro e muito semelhante aos frascos de compotas e os compressores de parafuso verdadeiros monstros barulhentos.
Cumprimentos