Re: A Topos & Clássicos deve ter alguma coia contra nós...
Vendo a esta situação no sentido figurado, podemos concluir que projectos, associações recentememente nascidas ou que à bem pouco tempo iniciaram um rápido percurso de crescimento não são alvo prioritário de cobertura jornalistica. Infelizmente as coisas funcionam um pouco assim no nosso país. Só aquilo que poderá dar um rápido retorno é que se torna em algo apetecível de reportagem.
No caso do Portal, vejo esta situação, da seguinte maneira: trata-se de um projecto já com muitos anos de vida, mas que recentemente conheceu um "boom" no seu crescimento, como já referi fruto de uma reestruturação bem idealizada do Vítor Reis e de um staff incansável no lançamento de novos temas para discussão, bem como dos seus membros que vivem este projecto duma forma apaixonada com participações regulares.
A T&C é uma revista antiga no nosso mercado, mas com uma estrutura jornalistica precária e algo amadora. É uma revista condicionada pelo paupérrimo n.º de colaboradores pagos, isto é, profissionais e que vive sobretudo da carolice de alguns freelancers e de entusiastas de projectos como este do Portal e outras agremiações que para lá enviam as suas notícias.
Julgo que nesta problemática, a T&C devido à sua estrutura pouco profissionalizada, não se tem apercebido do crescimento do Portal dos Clássicos e do seu contributo para o meio dos clássicos. Trata-se dum erro crasso na minha óptica, que só encontro explicação na ainda "amadorização" da revista.
Vejo a T&C como uma revista com um orçamento muito limitado facultado pela sua detentora, o que impossibilita o desenvolvimento da mesma por parte do seu actual staff. Já falo disto há anos, acho que a cobertura jornalistica não deve ser feita pelos leitores, mas sim por jornalistas a sério, pagos para isso.
Mas se termos em conta a carga publicitária que a T&C tem, comparativamente a outras revistas a operarem no ramo, o seu orçamento deveria ser tudo menos limitado e deveria ter uma estrutura jornalistica mais profissionalizada.
Agora imaginem uma só pessoa, o Sr. António Gil, a receber tudo e mais alguma coisa, sem ter ajuda nenhuma, a ter de ler tudo e selecionar o que deve ser publicado e o que fica de fora face àquilo que já disse anteriormente sobre o n.º limitado de páginas que o detentor da revista assim obriga! É obra, e de facto há sempre alguém que fica insatisfeito.
Não culpo o Sr. António Gil, mas sim a detentora da revista que procura desmedidamente o lucro em vez da qualidade da revista, não dando condições aos seus poucos, mas bom profissionais que ainda detém...