Quizz automobilístico.

Tiago Baptista

Portalista
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Joaquim Moutinho

Mas parece que não assinou...

"A CÉLEBRE REUNIÃO NO ESTORIL SOL
Na sequência do acidente de Joaquim Santos na Lagoa Azul, na primeira etapa do Rali de Portugal de 1986, os pilotos de fábrica fizeram uma reunião de onde sairia um comunicado anunciando a decisão colectiva de abandonarem o rali, alegando falta de condições de segurança. Joaquim Moutinho foi o único piloto português presente.

Confrontado, passados todos estes anos, com a possibilidade de partilhar o que se passou naquela suíte do Estoril-Sol, a resposta foi imediata: “Agora posso! Dos pilotos portugueses, fui o único a marcar presença, convidado pelo falecido Henri Toivonen, com quem travei uma boa relação num Rali da Madeira em que ele havia participado com um Porsche de Grupo B da Rothmans. Chegados ao local, deparámo-nos com todos os pilotos oficiais e ainda alguns patrões das marcas Peugeot, Lancia, Audi, MG Metro, etc. Quem conduziu todo o processo, digamos assim, foi o Walter Röhrl. De pé, com um papel na mão, foi escrevendo o tal comunicado. Jean Todt tentava dissuadir toda aquela gente de tomar tal atitude, mas não conseguiu.

Tudo isto demorou umas duas horas. Depois, passaram o papel a todos, um a um, para ser rubricado. Quando chegou a minha vez, comentei que se firmasse a minha assinatura naquele documento, estaria a assinar a minha desistência para sempre da competição, pois era em Portugal, e em mais sítio nenhum, que praticava automobilismo. Seguiu-se um tempo de espera, que me pareceu uma eternidade. Instantes depois, o Walter Röhrl comentou que entendiam a situação perfeitamente, e que seria um suicídio da minha parte alinhar naquela atitude. E bateram palmas, o que nos deixou, ainda assim, pouco confortáveis, a mim e ao Edgar. Foi, de facto, uma situação incómoda!”​

in A Ultima Entrevista de Joaquim Moutinho ao Autosport

Não tinha conhecimento deste artigo do Autosport. Porém, antes dessa última entrevista, várias foram as publicações, algumas da época, que confirmavam a presença da sua assinatura no tal comunicado. Inclusive, aquando da "comemoração" dos 30 anos da tragédia de Sintra, o próprio Autosport fez, em dois números, a cronologia dos acontecimentos e lá aparecia a referência à dupla da Renault-Galp. O mesmo aconteceu com as gravações de vídeo reproduzidas onde é narrado tal feito.

Mas, contra factos não há argumentos, e assim sendo, tenho de dar a mão à palmatória e reconhecer que estava errado na pergunta que coloquei. Obrigado @João Paulo C. Ribeiro pela chamada de atenção.

Próximo desafio.

Nota: É curioso o antigo piloto afirmar que se tivesse assinado teria acabado ali a sua carreira desportiva. E não é que acabou mesmo no final de 1986?
 
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João Paulo C. Ribeiro

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Não tinha conhecimento deste artigo do Autosport. Porém, antes dessa última entrevista, várias foram as publicações, algumas da época, que confirmavam a presença da sua assinatura no tal comunicado. Inclusive, aquando da "comemoração" dos 30 anos da tragédia de Sintra, o próprio Autosport fez, em dois números, a cronologia dos acontecimentos e lá aparecia a referência à dupla da Renault-Galp. O mesmo aconteceu com as gravações de vídeo reproduzidas onde é narrado tal feito.

Mas, contra factos não há argumentos, e assim sendo, tenho de dar a mão à palmatória e reconhecer que estava errado na pergunta que coloquei. Obrigado @João Paulo C. Ribeiro pela chamada de atenção.

Próximo desafio.

Nota: É curioso o antigo piloto afirmar que se tivesse assinado teria acabado ali a sua carreira desportiva. E não é que acabou mesmo no final de 1986?
Tens toda a razão. Até 2019 também julguei que tinha assinado. Sempre me espantou que tivesse acabado o rallye mas levei para a influencia do Cesar Torres ter dissuadido a desistência. Mas não. Quizz dentro de momentos.
 

Tiago Baptista

Portalista
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para a influencia do Cesar Torres ter dissuadido a desistência

Acho que este fator pesou (e muito) na decisão. O César Torres era contra a desistência dos pilotos de fábrica e os nacionais não tinham grande opção a não ser continuar em prova. Acredito que não fosse só o Moutinho a querer desistir. Mas nos bastidores deve ter existido muita pressão para continuar. E a própria Renault-Galp, com um orçamento a anos luz das equipas internacionais, também não quereria o abandono pois esta era a prova rainha do nacional de ralis e a visibilidade, para os patrocinadores, gigantesca.
 

Eduardo Correia

Portalista
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Eu diria algo de leste, como um UAZ ou um GAZ. Os faróis fazem-me lembrar os LuAZ.
Seja como for, vou parar de tentar adivinhar por hoje. Já tenho os olhos em lágrimas de ver aquele atentado automóvel...
 
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