Mito ou facto?

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Lanço aqui o desafio de confirmar alguns mitos ou provarmos a "factualidade" de algumas das coisas que se dizem sobre carros em geral, não especificamente sobre clássicos mas seria interessante que se mantivesse o mais próximo possível.

Começo eu.

Quando a "luzinha do óleo" acende no painel de instrumentos já é tarde demais.
Também chamada de "luzinha dos tolos", o sensor que provoca o ligar/desligar deste aviso não é de nível do lubrificante do motor mas sim da sua pressão e e funciona de uma forma que só provoca o acendimento do indicador quando a pressão já é baixa demais pelo que muito provavelmente mesmo que encostemos logo de seguida, o mal já está feito.

Mito ou facto? :rolleyes:
 

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Acho que as respostas a este e outros "mito x facto" vão ser maioritariamente "depende", "mais ou menos" e "às vezes".
No concreto, a luz de pressão pode acender por uma série de razões, mas geralmente não acende de repente. Começa a brilhar ao ralenti, e as rotações às quais se apaga vão subindo, sinal de um motor com desgaste interno. Quando não se apaga em andamento, é tarde.
Por outro lado o "é tarde" é muito relativo. Utilizando um óleo mais espesso e mantendo a temperatura sob controlo o motor pode fazer mais uns milhares de quilómetros alegremente, o que nos nossos clássicos são anos de vida.
A luz também pode acender por o óleo estar diluído com ar, água ou combustível, o pickup da bomba de óleo estar entupido, a bomba pode estar morta, o sensor avariado, ... Depende!
 

NunoCouto

Pre-War
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Bom dia Hugo,

Como disse o Pedro parece-me que disse tudo e ao longo da vida já tive umas ou duas situações em que essa luz já me safou.

Preocupa-me mais por exemplo o manómetro ou a luz da temperatura. Essa sim eu costumo dizer que é a luz do "estás f.....!".

Porque quando acende normalmente já a junta queimou.
 

NunoCouto

Pre-War
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Sim... sem dúvida. Por acaso tenho ideia de começar a ouvir falar em cabeças estaladas em carros mais recentes. Tenho ideia que nos antigos não acontecia tanto.

Estarei certo ou é só ideia minha?
 
Depende muito das marcas.
Segundo dizem, por exemplo nos Renault's, quando acende a luz da temperatura já foste!
Na minha experiência em italianos isso já não acontece...já me aconteceu em motorizações tão diferentes como 1.4 16v de 1999, 2.5V6 24v de 2002 ou mesmo o 2.5V6 12v de 1987, foi parar imediatamente e avaliar as razões de tal estar acontecer e nada de grave aconteceu ;)
 

João "Pegadas"

Portalista
Portalista
Depende muito das marcas.
Segundo dizem, por exemplo nos Renault's, quando acende a luz da temperatura já foste!
Na minha experiência em italianos isso já não acontece...já me aconteceu em motorizações tão diferentes como 1.4 16v de 1999, 2.5V6 24v de 2002 ou mesmo o 2.5V6 12v de 1987, foi parar imediatamente e avaliar as razões de tal estar acontecer e nada de grave aconteceu ;)

Acho que esse mito dos Renault's acenderem a luz e ser sinal de "já fostes", não passa disso mesmo… um mito!
Conheço quem tenha feito perto de 200 mil km's sem substituir uma junta da cabeça ou mesmo uma bomba de água.
Manutenção é tudo e quem não a faz quando deve, independentemente da marca, arrisca-se sempre ao "já fostes"...

P.S.: E para quem consulta o meu DB do 205, saberá que o R5 do meu primo, mesmo com junta queimada (causada por um mau aperto da tampa das válvulas, um ligeiro descuido da parte dele) não se conteve em andar entre os 140 e os 150 e no dia a seguir foi fazer TT para a serra algarvia… Ah! E nada de luz, talvez porque se identificou o problema ainda antes do próprio carro começar a queixar-se… :p
 

João Paulo C. Ribeiro

Pre-War
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No FIRE 1000 acendeu a luz várias vezes (tubos rotos principalmente o cotovelo em chapa junto à bomba) ao longo dos anos e nunca queimou a junta. Curiosamente quando queimou, num picanço com um Punto 85. não acendeu a luz. O primeiro sinal foram dois traços de fumo 'tatuados' no capot motor junto ao pára-brisas. Ainda andou cerca de dois mil quilómetros até ter que mudar a junta...
 
Acho que as respostas a este e outros "mito x facto" vão ser maioritariamente "depende", "mais ou menos" e "às vezes".
No concreto, a luz de pressão pode acender por uma série de razões, mas geralmente não acende de repente. Começa a brilhar ao ralenti, e as rotações às quais se apaga vão subindo, sinal de um motor com desgaste interno. Quando não se apaga em andamento, é tarde.
Por outro lado o "é tarde" é muito relativo. Utilizando um óleo mais espesso e mantendo a temperatura sob controlo o motor pode fazer mais uns milhares de quilómetros alegremente, o que nos nossos clássicos são anos de vida.
A luz também pode acender por o óleo estar diluído com ar, água ou combustível, o pickup da bomba de óleo estar entupido, a bomba pode estar morta, o sensor avariado, ... Depende!
Conforme estou a aprender no caso do Pequenote (GT turbo) essa luz pode acender (em conjugação de outras no quadrante) quando o sensor, que é dupla função, der o berro
 

Helder Manuel Oliveira

Pre-War
Premium
Nos VW carocha, quando o nível está um pouco baixo, acende a luz do óleo nas rotundas ou curvas apertadas... depois é só colocar ao nível:D mas estes motores aguentammmm...:thumbs up:
 

Mario_Marques

Veterano
A resposta é, muito bom não é com toda a certeza, o resto.....
Vou explicar de uma forma mega simplificada como funciona esse sistema da pressão e a pressão de oleo no geral.
Ora o motor tem uma bomba de óleo, a bomba por si só não cria pressão, cria apenas fluxo de oleo(bombeia oleo), o que cria a pressão é depois a resistência/força contraria á passagem do fluxo de oleo(ex.: 1bar= 1kg/cm2), os motores são construídos com determinadas tolerâncias que vão restringir a passagem do oleo, de forma a que o mesmo crie um filme protector nas peças e "fique lá", o "switch" de pressão de oleo, não é nada mais, nada menos do que um botão calibrado com uma mola interna, consoante a mola é comprimida ou não fecha ou abre o circuito eletrico, logo se a luz acende é porque quase 100% garantido faltou ali oleo, o resto podem imaginar com base com o que disse antes.
O que vai determinar se o motor vai morrer ou não? - o tipo de óleo que está a ser usado e o seu estado atual, o estado geral do motor e componentes bem como a sua precisão de construção, durante quanto tempo isso acontece.

Nunca é uma coisa boa, isso podem ter a certeza e quanto melhor o motor pior isso vai fazer nele, na verdade, um motor mau, com tolerâncias enormes sobrevive mais facilmente a isso que um motor de alta performance.
 
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