25 Anos de Saudade

Tiago Baptista

Portalista
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Grande Prémio de San Marino 1994

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Sim, faz hoje 25 anos que o primeiro dia do quinto mês do ano encerrava o mais trágico fim-de-semana da história do automobilismo. Para além dos inúmeros incidentes ocorridos nesse Grande Prémio de F1, o pior aconteceu. E não por uma única vez. Como se não bastasse a perda do austríaco Roland Ratzenberger, no Sábado, durante a qualificação, os fãs do desporto iriam assistir ao desaparecimento, no dia seguinte, de um dos melhor pilotos de sempre: Ayrton Senna da Silva.

Na altura tinha 3 anos e pouco ou nada me dizia a F1. Não tenho memórias suficientes que permitam construir a linha temporal do que foi esse dia. Somente pequenos flashes me remontam para esse Domingo.
Era dia de passeio e, por esse motivo, a opção para essa tarde estava tomada: um lanche com os meus pais em Tentúgal. Julgo que logo ali houve um primeiro contacto do sucedido mas foi antes de chegar a casa que o meu pai parou o Mini Clubman castanho no café da aldeia para comprar, provavelmente, o seu SG Ventil. Foi aí que nos disseram que um menino brasileiro corredor tinha morrido na corrida (obrigado mãe por teres relatado alguns pormenores). Porém, já em casa, recordo-me de ver na televisão as inúmeras repetições do violento choque do Williams azul e branco da Rothmans na curva Tamburello. Muitos anos depois, fiquei a conhecer ao pormenor todos os acontecimentos ocorridos, as reportagens feitas, os debates, o filme, e, principalmente o significado que teve a perda de um mago das pistas em todos os adeptos - e não só - do automobilismo.

E vocês, portalistas? Adaptando uma frase do jornalista Baptista-Bastos, pergunto, onde estavam no 1º de Maio de 1994? Como souberam da noticia? Acompanhavam a Fórmula 1? Qual era o vosso piloto de eleição nesse ano? E a equipa? Como geriram todos aqueles trágicos acontecimentos? Como recordam o piloto brasileiro?
 

Anexos

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Eu estava em frente a televisão a ver o Grande premio como era habitual aos Domingos ao principio da tarde, na altura tinha 14 anos ia a caminho dos 15, e foi no Auge da formula 1 e do meu interesse, depois o meu interesse pela formula 1 e desportos motorizados em geral começou a diminuir, não por culpa do sucedido mas passei por ter outros centros de atenção^^ ;-), mas agora a formula 1 jà não me captiva como antes, so falta os pilotos estarem numa box a conduzirem os carros radiocomandados, para mim jà não falta nada para isso.
No fim da dos anos 80, (fui ver ao google para o ano exacto), foi no GP de Hockenheim em 1986 que o Prost acabou a empurrar o Mclaren, eram essas coisas que mais me captivavam , a ingeniosidade e o espirito combativo dos pilotos aliado às màquinas , que quanto mais amor e tempo lhes eram prpocionadas melhores e mais performantes eram, agora é tudo diferente.
 

afonsopatrao

Portalista
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Eu estava a ver o GP na televisão.
Acompanhei em directo.

Eu estava em frente a televisão a ver o Grande premio como era habitual aos Domingos ao principio da tarde, na altura tinha 14 anos ia a caminho dos 15, e foi no Auge da formula 1 e do meu interesse, depois o meu interesse pela formula 1 e desportos motorizados em geral começou a diminuir, não por culpa do sucedido mas passei por ter outros centros de atenção^^ ;-), mas agora a formula 1 jà não me captiva como antes, so falta os pilotos estarem numa box a conduzirem os carros radiocomandados, para mim jà não falta nada para isso.
No fim da dos anos 80, (fui ver ao google para o ano exacto), foi no GP de Hockenheim em 1986 que o Prost acabou a empurrar o Mclaren, eram essas coisas que mais me captivavam , a ingeniosidade e o espirito combativo dos pilotos aliado às màquinas , que quanto mais amor e tempo lhes eram prpocionadas melhores e mais performantes eram, agora é tudo diferente.

Justamente como eu. E também eu tinha 14 anos e era vidrado na F1. Ver aquilo em directo não se esquece.

Coisas que não sei se se podem dizer de alguém que morreu tao tragicamente: o Senna não era, na altura, o meu piloto favorito (o que era um sacrilégio, já então); e eu achava mal que ele tivesse deixado a McLaren.
 
Eu na altura tinha somente 12 anos, e estava a ver em directo essa corrida. Já nessa idade era um fã incondicional de Ayrton Senna, aliás uma das paredes do meu quarto era literalmente forrada com posters de Senna no seu lindo Williams- Renault.
Lembro-me que depois do acidente e de ter visto o piloto a partir de helicóptero para o hospital, eu sempre com a esperança que seria salvo , acompanhei o meu pai na altura ao apartamento que a família tinha na praia da Torreira. Já no carro, e pela rádio veio a confirmação de que o piloto tinha morrido.:(
Lembro-me como se fosse hoje esse dia triste para o automobilismo mundial..
 

João P Simões

Clássico
O Senna é um dos meus "heróis".
Era muito míudo e adorava F1. Então os meus pais punham a televisão na transmissão dos grandes prémios. Vi em directo. O Senna era o meu piloto favorito.
Já mais adulto vi tudo o que é possível sobre ele. Um grande exemplo de desportista e de pessoa. Expoente máximo do querer e da paixão pelo que se faz. Um verdadeiro exemplo para a vida.
Recomendo o documentário da Globo que está no Youtube. Tem 4 partes. Muito bom.

 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Eu também vi em direto, e apesar de no dia seguinte ser dia de escola, fiquei colado até bem tarde a ver todos os relatos após a confirmação da sua morte. Um dia daqueles que quem viveu não esquece.

Um mago que ainda hoje me provoca pele de galinha.

Quando me vejo envolvido numa conversa que descamba para a religião, eu costumo interromper a conversa dizendo que só acredito em Ayrton Senna.
 
Era uma altura em que os Domingos após o almoço eram inevitavelmente passados em frente à televisão a ver os GP’s de F1.

Nesse dia estava no sótão de casa dos meus pais, local onde tinha o meu “refúgio” com cama, televisão, aparelho de música, WC e uma mesa de Ping Pong... :cool:

Recordo-me perfeitamente do acidente e da esperança na sobrevivência do Senna, o que infelizmente não se concretizou.

Com o passar dos anos o interesse da F1 desvaneceu-se por completo e agora devo conhecer o nome de 3 ou 4 pilotos e por vezes sou surpreendido com o nome das equipas que participam no campeonato.

E o Senna era Top! Não sei se o melhor dos melhores, porque as nossas opiniões são sempre enviesadas quando na liça estão ídolos que nos foram contemporâneos, mas certamente foi um piloto para discutir a “pole position” entre os melhores de sempre...
 

Rafael Isento

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Eu vi em direto, tinha 17 anos na altura.
Por hábito eu e o meu pai víamos sempre juntos, ele também era grande fã da F1.
Nesse dia estava só eu em frente à TV...

Sempre gostei de desporto motorizado, mais até do que os próprios automóveis.
Os ralis eram a paixão número 1 mas a Fórmula 1 tinha a vantagem de ter todas as provas transmitidas na TV.

Também eu era um fã incondicional de Senna, desde 1985 aos comandos do Lotus-Renault 97T com as cores da JPS.
Lembro-me do saudoso Adriano Cerqueira batizar as voltas dele em qualificação como "Volta-Canhão", tal era a sua habilidade em garantir a Pole Position.
Terei ouvido pela primeira vez a expressão na qualificação do GP de Portugal no Estoril em 1986, desta feita no Lotus 98T, o último com as famosas cores preto e dourado da JPS.

Para mim, a 1 de Maio de 1994 a F1 tinha "morrido" com o Senna mas a paixão pelo desporto falou mais alto e ainda acompanhei mais uns anos.
Depois de Senna torci por Berger e Hakkinen tendo deixado definitivamente de acompanhar em direto assim que o Hakkinen se reformou.

Apesar de ainda hoje ser um fã incondicional do Mestre, a verdade é que nestes 25 anos e com a internet foi possível ver, rever e ler muito sobre a modalidade e de todos os seus intervenientes.
Hoje, 1 de Maio de 2019, continúo fã mas aprendi a dar ENOOOORME valor a outros 4 talentos:
- Jim Clark
- Ronnie Peterson
- James Hunt
- Gilles Villeneuve
Não estão propriamente ordenados pois todos ocupam um lugar de destaque, cada um à sua maneira, mas destes 4 confesso que Gilles será talvez o que mais aprecio.

Para terminar quero apenas dizer que não alinho nas teorias do "Melhor de Sempre", isso para mim não existe.
Ayrton Senna terá sido porventura o melhor do seu tempo, tão bom que o seu nome se tornou lenda!
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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não alinho nas teorias do "Melhor de Sempre", isso para mim não existe.

Estou de acordo, Eu também não costumo dizer que ele é o melhor de sempre, porque nem conheço os que o antecederam, e muito menos os que o sucederam, pois deixei de acompanhar.

Este poderá ter tido a sorte de ter sido o mais marcante no período em que eu era adepto, mas olhando ao que se diz dele, até pelos seus colegas de profissão, dá para perceber que foi especial.
 

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Estou de acordo, Eu também não costumo dizer que ele é o melhor de sempre, porque nem conheço os que o antecederam, e muito menos os que o sucederam, pois deixei de acompanhar.

Este poderá ter tido a sorte de ter sido o mais marcante no período em que eu era adepto, mas olhando ao que se diz dele, até pelos seus colegas de profissão, dá para perceber que foi especial.
E nunca se pode medir o efeito de ele ter desaparecido no seu auge, sem passar pela habitual decadência que depois aparece. Isso também faz dele mítico.

Mas eu sou um fã estupidamente empedernido do Schumacher. Um tipo que faz a FIA alterar sucessivamente as regras da F1 apenas com o objectivo de ver se ele deixava de ganhar tudo (o que implicava uma perda de interesse nas corridas)... é de herói.
E também foi assolado pela tragédia. Simplesmente, não no seu auge. Não sei se isso não influencia a ideia que se guarda de um piloto.
 

JorgeMonteiro

...o do "Boguinhas"
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Não metas esse ao barulho, senão o tópico descamba. :xD:

Acredito que ele fosse bom piloto, mas faltava-lhe muito como pessoa.

A ideia que ficou dele, não foi só por não ter sido no auge, mas também porque não foi na pista, não era consensual, nem tinha a mesma legião de fãs.
 

Edgar.Guerra

Pre-War
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Eu tinha 13 anos e, como em todos os domingos de F1, estava a ver (e a gravar em VHS) a corrida em direto na TV. Ainda tenho a cassete. Nessa época estava especialmente interessado na F1 (e daí gravar as corridas em VHS para rever até à exaustão) porque tínhamos lá um jovem piloto português muito promissor numa equipa potencialmente competitiva (depois veio-se a verificar que não seria assim tão competitiva), que era o Pedro Lamy.

O Senna era o meu piloto favorito, e eu torcia fervorosamente em todas as corridas.

Quando vi o acidente, atirei uma almofada ao ar, fiquei mesmo lixado. O Senna já tinha desistido nas duas primeiras corridas, e com aquela desistência o atraso no campeonato para o Schumacher já seria demasiado. Mas logo a seguir pensei: ele consegue recuperar, 30 pontos não são nada.

Quando comecei a ver que não saia do carro, e as ambulâncias chegaram, comecei a ficar preocupado. Pensei que então iria falhar 3 ou 4 corridas, e assim já não dava para o Tetra.
Claro que nunca me passou pela cabeça a possibilidade de não voltar a vibrar com as vitórias do capacete amarelo.

Uns dias depois o Pedro Lamy teve um acidente também horrível durante uns treinos privados em Silverstone, partindo as duas pernas e prejudicando a sua evolução de carreira (nunca mais foi o mesmo). Foram tempos difíceis para um fã de fórmula 1.

Eu tinha 13 anos, por isso pensava que era impossível um piloto de F1 morrer. Nunca tinha visto tal coisa, e o pior acidente que tinha memória foi o do Piquet na mesma curva em 1987. Fiquei chocado logo no Sábado com o Ratzenberger...

Atendendo ao fórum onde estamos, creio que já todos terão visto isto, mas nunca é demais recordar.



E para quem se lembra, não foi só na volta inicial que ele brilhou. Terminou com 1 minuto e 23 segundos de avanço sobre o 2º (Hill) e uma volta de avanço sobre o 3º (Prost), ambos num Williams incomparavelmente superior ao McLaren do Senna.
 

João Luís Soares

Pre-War
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Delegado Regional
Portalista
Terminámos o 1º de Maio de 2019 com uma recordação de 25 anos e eu hoje, 2 de Maio de 2019, começo com outra de 33...

Ver anexo 1137737
Henry Toivonen e Sergio Cresto

Made by Antti:


Já agora, acrescento outra com 32 anos, ocorrida precisamente um ano depois...

Attilio Bettega, o senhor 037.

 
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